quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A CADA NOVA CURVA

 A CADA NOVA CURVA

Fiz tantas e tamanhas barbeiragens
Que a cada nova curva, capotei.
Perdi durante as quedas as bagagens.
Por ser um sonetista, me estrepei.

Quem dera se eu cantasse sacanagens,
Asneira no Brasil, já virou lei,
O corpo vou encher de tatuagens,
Mensagens de paixão, escreverei,

Fazer quem sabe a letra de um pagode,
Virar um forrozista não dá bode,
Fingir que sou cornudo... Agora eu vejo

A solução tá dada. Vamos nessa,
Que o tempo não demora e já me apressa,
Eu vou virar chifrudo sertanejo.


MARCOS LOURES

Um comentário:

Celia De Nobrega Lamelza disse...

Poeta, Marcos Loures.
Esse teu personagem está me saindo um grade rebelde, hein!

Sertanejo cornudo! Isso é coisa de se ver? rsrs vai se juntar aos milhares de cornos cantores espalhados pelo país afora? rsrs Rindo muito aqui...

Beijos, poeta!

Gosto mais de sua personalidade romântica. Viajo com mais carícias das palavras...

Regina cnl