sábado, 2 de março de 2013

APARÊNCIAS

APARÊNCIAS

São simples aparências, nada mais, 
A voz que sussurrante me chamava, 
A ausência de teus olhos sensuais
O frio toma a casa, afasta a lava.

O vento me responde: nunca mais,
Silêncio corta a noite, quem amava
Agora tão distante diz jamais.
O velho coração, a firme trava.

Vagando pela sala, sem respostas, 
As velhas esperanças decompostas
Expostas ilusões férrea saudade.

No quanto fui feliz e não podia,
A noite se prepara e mata o dia, 
Aonde encontrarei felicidade?

MARCOS LOURES

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