SAUDADES
Abençoado o solo que ora piso
Bebendo da saudade, sigo em frente
E quando me pensara penitente
Nos olhos da esperança me matizo.
O tempo não tem tempo nem aviso
E segue seu caminho indiferente,
E quando um claro dia se pressente
À noite se congela em vão granizo.
Carpindo cada sorte que não veio,
Vestindo esta ilusão, supremo veio
Por onde navegasse em mar tranqüilo.
Esqueço cada dor e reagindo
Pressinto amanhecer audaz e lindo,
Mudando minha forma, em novo estilo...
MARCOS LOURES
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