QUEM DERA...
A sorte de encontrar quem não sabia
Durante a tempestade, naufragado,
O vento muitas vezes malfadado,
Fazendo deste sonho uma heresia.
Herméticos poemas, fantasia,
O beijo que foi sempre sonegado,
Atendo tão solícito ao chamado,
Porém sei que ninguém me respondia
Apenas minha voz num eco vago,
E bebo da esperança mais um trago,
Trazendo o grande amor dentro de mim,
Estúpida aridez, ermos carinhos,
Quem dera se pudesse; passarinhos
Veriam pelo menos meu jardim...
MARCOS LOURES
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