sábado, 15 de outubro de 2011

ESTÚPIDA VINGANÇA

Chegando em casa, fúnebre rotina,
A mesma casa, triste e tão vazia...
A mesma imagem queima-lhe a retina,
Das esperanças mortas, onde via

O rosto angelical , sua Marina...
A vida cruel segue novo dia,
E nada mais senão doce menina,
Que o tempo já levou... na ventania.

O quarto aonde noites eram lúbricas,
Fazem dos sonhos cenas tão mais lúdicas,
Mas tudo vai perdido, na lembrança...

Quem dera não tivesse que sonhar,
Quem dera se esquecesse de matar,
A quem amara, estúpida vingança..

AMAR DEMAIS?

Viver apaixonado, velha sina
De um tolo trovador um violeiro,
Fazendo serenata, desafina,
Destoa quando o fato é verdadeiro,

Ao ver; enamorada, esta menina,
O tolo que se faz de seresteiro,
Mudando de calçada, até de esquina,
Procuro outro remanso e vai ligeiro.

A vida do poeta é mesmo assim,
Amar, amar, amar e não ter fim,
Sem poder se entregar completamente,

Pois quanto mais verdade ali existe,
Ficando então silente; amargo e triste,
Por isso é que o poeta, sempre mente...

BEBO SONHOS

Sou uma sombra apenas, nada além;
Vivendo na penumbra bebo sonhos
Que embora muitas vezes tão medonhos,
Transformam e conhecem muito bem

Um ilusório canto; eu sei que tem
Aquele que pensara em céus risonhos,
Porém quando os meus versos, vãos, bisonhos,
Afloram; não encontram mais ninguém...

O tempo é inimigo de quem ama,
Vastos os caminhos, dura estrada,
Hercúlea fantasia dita a trama

Que, embora seja minha nada diz
Do quanto a noite está enluarada,
E por momentos creio ser feliz...

SONHOS AUDAZES

Usando os artifícios da ilusão,
Andei forjando sonhos mais audazes,
Somente por resposta o mesmo não,
Na mão jamais detive tantos ases.

Em cada poesia que me trazes,
Eu vejo o mesmo mote: solidão,
Os dias voam rápido, vorazes
Não mudam nem sequer de direção.

Seriamos felizes, quem me dera.
Ouvindo o belo canto da esperança,
A vida nos devora, louca fera,

E nada deixa em troca, só saudade.
Escombros que carrego na lembrança,
Do que pensara ser felicidade...

AMOR SEM FRONTEIRAS

Amar além de todas as fronteiras
Eternidade feita em mil carinhos,
As horas do teu lado, derradeiras,
Bebendo em nossas bocas raros vinhos...

Vontades tão frequentes, costumeiras
Fazendo dos espaços nossos ninhos,
Hasteio em nossos Céus verdes bandeiras
São feitos de esperança estes caminhos...

Sem medo de sofrer, sem amargura,
O mesmo sentimento que nos cura
Num único momento me inebria.

Escuto da janela a voz do vento
E envolto no calor do sentimento,
Encontro nos teus passos, poesia...

MEU NAUFRÁGIO

Meu medo caminhando meu naufrágio
Procurando nas barcas, meu destino;
Esqueceu de saber qual o presságio
Guardado fosse guia, atroz, mas fino...

Seguindo sem caminho; em desatino
A vida, transcorrendo cada estágio
Se renova na busca do menino
Esquecido no canto, no pedágio

Que a vida paga, lívida e cruel.
Buscando essas estrelas do seu céu,
Sem jamais revestir minhas mortalhas...

Vertendo minhas lágrimas são falhas,
As defesas que tento conhecer.
Pois é tão bom saber sobreviver...

SIMPLESMENTE, TE AMAR

A noite dentro em mim
Jamais seria aquela
Aonde se revela
A falta de jardim,

O amor ditando assim
O tempo onde se atrela
O barco solta a vela
E segue até o fim.

Apenas vejo o brilho
Do amor por onde trilho
E sigo sem cansaço

Vestindo a fantasia
E nela se teria
O mundo em raro traço.

Amar/Amar; solamente amar.

Amar

O dia após o tempo mais venal
Trazendo algum alento a quem buscara
A sorte noutro rumo, outra seara
E vê a mesma face sempre igual,
O tempo se pulsando em temporal
E nele cada passo se escancara
Deixando para trás o que declara
E o tempo mais atroz, mesmo venal,
Resido no que posso e me entranhando
Do sonho mais alegre transformando
A dura realidade em luz suave,
Na face redentora de um amor,
Mudando a cada instante a velha cor,
Traçando com fervor sublime nave


Amar; solamente amar.

El día después de la época más venal
Lleva algo de alegría a aquellos que buscaban
Suerte en otra dirección, otro logar
Y ver la cara siempre la misma,
El tiempo se pulsa en el tiempo
Y cada paso que abre de par
Dejando tras de declarar
Y el momento más terrible, incluso banal,
Yo vivo en lo que puedo y arraigado
Sueño de ser feliz
La dura realidad a la luz suave
En el rostro de un amor redentor,
Cambiando cada vez que el color del tiempo
Ha trazado con la vida uno fervor sublime

A TUA AUSÊNCIA/TU AUSENCIA

A TUA AUSÊNCIA

O quanto que sofri por tua ausência...
Sem ter sequer notícias. O vazio
Tomando a minha vida, a penitência
Tornando o dia a dia mais sombrio...

Entregue sem defesas à demência,
Um mundo imaginário; fantasio.
O amor essa terrível excrescência
Num tumular desejo, amaro e frio...

Regendo a minha vida, esta loucura,
De uma insensata busca; sem respostas...
O sonho, como fosse uma ternura

Por vezes me consola, até me acalma...
Mas quando estas verdades estão postas.
A tristeza se apossa de minha alma...

TU AUSENCIA

Cómo he sufrido por tu ausencia;
Sin ni siquiera noticias. El vacío
Me lleva a vida, la penitencia
Hace el día más oscuro de los días.
Entregue sin defensas a la demencia
Un mundo imaginario, fantasear.
Me encanta esta imagen dolorida
En una tumba de voluntad, el amor y el frío;
Gobernando mi vida, locamente
En una búsqueda tonta; sin respuestas.
El sueño, como si fuera una oferta
A veces me consuela, me calma.
Pero cuando estas verdades se establecen.
¡La tristeza se apodera de mi alma!

Terzo Messaggio

terzo messaggio

Nel terzo messagio fatto su vetrini
Il corpo smembrato di un Dio,
L'assunzione di un istante, spiriti, animali.
Ridere è infame e immondo.
Nel seme della Bestia, la soluzione
Lasciare nulla di intentato
L'umanità, gente ruvida,
Guardando a questo scenario, paúra i dor
Sicuramente sorgerà uno nuovo guida
Salvataggio di alcune o molte di queste persone,
Nella nuova generazione di schiavi, santi,
Il rinnovo della storia sarebbe,
Un nuovo Gesù Cristo, un altro agnello,
Nel sacrificio vecchio, solitario.

A Terceira Mensagem/ El tercer mensaje

A Terceira Mensagem

Na terceira mensagem feita em lâmina,
O corpo desmembrado de algum Deus,
Tomando num instante, espírito, ânima.
Gargalham-se os infames e os ateus.

No sêmen desta Besta, a solução
Que não deixará pedra sobre pedra,
A humanidade, tosca multidão,
Olhando este cenário, cala e medra.

Na certa surgirá um novo guia,
Salvando deste povo alguns ou tantos,
Na nova geração de escravos, santos,

O renovar da história se faria,
Um Novo Jesus Cristo, outro cordeiro,
No velho sacrifício, costumeiro...

El tercer mensaje

En el tercer puesto hecho en lámina
El cuerpo desmembrado de un Dios,
Tomado en un momento por los espíritus, animales.
Ríen los infames y los sucios.
En el semen de la Bestia, la solución
Sin dejar piedra sobre piedra
La humanidad, gente áspera,
Mira eso cuadro e se calla.
Sin duda, se levantará uno nuevo guía
Ahorro de algunas o muchas de estas personas,
En la nueva generación de esclavos, santos,
La renovación de la historia sería,
Un nuevo Jesucristo, otro cordero,
En el antiguo holocausto de costumbre…

LOVING YOU CONFRONTS ETERNITY Marcos Loures e Theo Rustler

I give myself to pleasure, you to me...
No boundaries, no secrets that we keep
And while love's given fantasy is free
My foolish fears are enemies to sleep.

Loving you confronts eternity
So many ways I need that lead that way,
Love proves itself because its quality
Makes life more beautiful with each new day.

Sprinkle on the ground a thousand stars,
Penetrating roofs and balconies
Moon-dreams quickly come and quickly pass,
But weigh the heart much more than they can please...

What matters is - when you come over me,
You light my night with crystal clarity.

Theo Rustler

Entrego-me aos prazeres que me dás,
Sem ter sequer limites, nem segredos,
E enquanto a fantasia amor me traz,
Afasto para sempre os tolos medos...

Amar-te é conduzir-me à eternidade,
Saber quantos caminhos; necessito,
O amor quando se faz com qualidade,
Tornando o nosso mais bonito

Salpica mil estrelas pelo chão,
Adentra o meu telhado, e na varanda,
A lua iluminando o meu rincão,
Pesando o coração, ando de banda...

Só sei que quando vens tu me dominas,
E as noites que iluminas, cristalinas...

The fate of loving you

The fate of loving you

Life brings us many surprises,
Was very generous with me,
In the midst of so many evils and sorrows,
Meeting in my garden, rose supreme,

And it generated the beautiful flower
That one day brought to life more perfumes,
Here by thanking my God,
For the sublime vision of flames

Feeding a heart so
Indeed injured for life,
Love from generation to generation,
In a beautiful journey to be completed.

And having the good fortune of loving you,
The rose that I learned to cultivate ...

The fate of loving you

The fate of loving you

Life brings us many surprises,
Was very generous with me,
In the midst of so many evils and sorrows,
Meeting in my garden, rose supreme,

And it generated the beautiful flower
That one day brought to life more perfumes,
Here by thanking my God,
For the sublime vision of flames

Feeding a heart so
Indeed injured for life,
Love from generation to generation,
In a beautiful journey to be completed.

And having the good fortune of loving you,
The rose that I learned to cultivate ...

Il destino di amarti

Il destino di amarti

La vita ci porta molte sorprese,
È stato molto generoso con me,
In mezzo a tanti mali e dolori,
Incontro nel mio giardino, rosa suprema,
E lo ha generato il bel fiore
Che un giorno ha portato alla vita più profumi,
Qui ringraziando il mio Signore,
Per la visione sublime delle fiamme
Alimentando un cuore così
Infatti ferito per la vita,
L'amore di generazione in generazione,
In un bel viaggio per essere completato.
E avendo la fortuna di amare te,
La rosa che ho imparato a coltivare ...

A sorte de te amar/La suerte de amarte

A sorte de te amar


A vida que nos traz tantas surpresas,
Comigo foi deveras generosa,
Em meio a tantos males e tristezas,
Encontro em meu jardim, suprema rosa,

E dela se gerou a bela flor
Que um dia trouxe à vida mais perfumes,
Agradecendo aqui ao Meu Senhor,
Pela visão sublime destes lumes

Apascentando assim um coração
Deveras machucado pela vida,
O amor de geração em geração,
Numa viagem bela a ser cumprida.

E tendo a grande sorte de te amar,
A rosa que aprendi a cultivar...

La suerte de amarte

La vida nos trae muchas sorpresas,
Fue muy generosa conmigo,
En medio de tantos males y dolores,
Reunió en mi jardín, rosas supremas,
Y que generó la hermosa flor
Que un día trajo a la vida más perfumes,
Aquí las gracias a mi Señor,
Para la visión sublime de las llamas
La alimentación de un corazón triste
De hecho heridas de por vida,
El amor de generación en generación,
En un hermoso viaje que se complete.
Y tener la suerte de amarte,
La rosa que he aprendido a cultivar

Solitudine

solitudine

Prendendo la mia vita semplicemente.
Incidenti sono comuni nel cammino,
La fortuna si desidera, si trova sempre,
Dopo tanto tempo è rimasto nulla.

Chi lo sa, cambiare direzione improvvisamente
La vita ci prepara una svolta,
La felicità diventa urgente
Ma la strada di nuovo in silenzio

E i morti tornano alla vecchia casa
Il tempo non perdona e vado da solo,
La notte senza stelle abbracciando me

Sotto le nuvole nascondono la luna.
Non ho mai demolire il vecchio nodo,
E la polvere di solitudine, sto arrivando.

A SOLIDÃO/Soledade

A SOLIDÃO

Levando a minha vida simplesmente.
Percalços são comuns na caminhada,
A sorte desejada, sempre mente,
Depois de tanto tempo resta o nada.

Quem sabe, mude o Norte, de repente,
A vida nos prepara uma guinada,
Felicidade passa a ser urgente,
Mas mudo novamente de calçada

E na calada volto ao velho lar
O tempo não perdoa e sigo só,
A noite sem estrelas me abraçando

Esconde sob as nuvens o luar.
Jamais eu desfarei o antigo nó,
E ao pó da solidão, estou voltando.


Tomando mi vida, simplemente.
Accidentes son comunes en la caminata,
Suerte deseada, siempre miente,
Después de tanto tiempo se deja nada.

Quién sabe, de repente cambiar el Norte
La vida nos prepara a su vez,
La felicidad se convierte en urgente
Pero la calle otra vez en silencio

Y los muertos vuelven a la antigua casa
El tiempo no perdona y yo solos,
La noche sin estrellas abrazándome

Bajo las nubes ocultando la luna.
Nunca demoler el nodo antiguo
Y el polvo de la soledad, ya voy.

Nostalgia non riposa ...

Nulla contro coloro che possono
Ho voluto per molti anni
Il vento viene ora
Basta portare delusioni

Ai miei occhi, perché nessuno
Ama, danni vecchio
Il mio petto contiene solo
La grinta di panno nero.

Alzo lo sguardo e l'orizzonte
Gris, non dice una speranza
D'amore, senza la fonte

Dove c'è acqua più dolce
Hanno nemmeno lasciato il ponte
Nostalgia non riposa ...

Saudade/Nostalgia

Saudade


Nada posso contra quem
Desejei por muitos anos
O vento que agora vem
Só trazendo desenganos

Nos meus olhos, pois, ninguém
Dos amores, velhos danos
O meu peito só contém
O cerrar dos negros panos.

Ergo os olhos e o horizonte
Gris, não diz de uma esperança
Dos amores, sem a fonte

Onde houvera água mais mansa
Já não resta sequer ponte
A saudade não descansa...

Nostalgia

Nada en contra de aquellos que pueden
He querido desde hace muchos años
El viento ahora viene
Sólo tras decepciones

A mis ojos, porque nadie
Ama, el daño del tiempo
Mi pecho contiene sólo
El grano de paño negro.

Levanto la vista y el horizonte
Gris, no dice ni una esperanza
De amor, sin que la fuente

Donde hay agua más suave
Ni siquiera han dejado el puente
Nostalgia no descansa

A SEDE DE JUSTIÇA/Una sed de justicia

A SEDE DE JUSTIÇA

Alvissareiras são Tuas palavras,
Senhor dos Desgraçados e infelizes,
Na terra mais agreste que tu lavras,
Em meio à súcia imunda e meretrizes,

Não creio em tua imagem européia,
Tampouco em teus cabelos alourados.
A tua vida mais que uma Odisséia,
Lutando contra os medos e pecados...

És homem e também um Deus perfeito,
Os pregos que entranharam tua pele,
A cruz, teu derradeiro e cruel leito,
À sede de justiça nos compele...

Arranca desta Terra a humanidade,
Ignara e apodrecida, eis a verdade...

Una sed de justicia

Sus palabras son auspiciosas,
Señor de los desdichados e infelices,
En las tierras agrestes son Sus labras,
En medio de la multitud y las putas sucias

No veo su imagen con ojos azules,
Ni en tu pelo es rubio.
Su vida más que una odisea,
La lucha contra los miedos y pecados ...

Usted es un hombre y un Dios perfecto,
Los clavos que llegó profundamente en Su piel,
La cruz, su cama última y cruel,
La sed de justicia nos obliga ...

Dibuja esta humanidad de la Tierra,
Ignorante y podrida, esa es la verdad .

A SANTINHA

Posando de santinha, faz das suas,
Depois da meia noite, a gata é parda,
Não pode ver ninguém usando farda
Dá logo uma coceira... peles nuas...

Domingo vai à missa e reza o credo,
Mas tendo Satanás nos seus quadris
Na cama faz de tudo e pede bis,
Sabendo já de cor qualquer enredo.

Se fazendo de virgem, pobrezinha
Não pode ver um pinto, esta galinha
Que logo quer botar debaixo dela.

Um gole de cerveja é o bastante,
Um beijinho na nuca e num instante
A moça solta a franga e se revela...

Rivivere

rivivere


Nato dopo la morte del mio sogno
E non hanno nemmeno portare un po 'resto
Cosa pensano della scogliera,
E ora vedo di essere meno timorosi,

E ogni mattina mi ricomporre,
E io alla fine, il mio principio
Se ti piace o non piace questo ufficio,
Il mondo che voglio è più luminoso.

Né tuffarsi in acque torbide
Le ferite, le curve solo la luce,
La strada è piena di vita,

Ma il mio cuore va di fretta,
Per quanto questa vita era sbagliato,
Cosa importa? Io in realtà sono un poeta ...

Renascer/Resucitar

Renascer


Nascer após a morte do meu sonho
E não trazer sequer algum resquício
Daquilo que pensara o precipício,
E agora vejo ser menos medonho,

E a cada amanhecer me recomponho,
E faço do final, o meu princípio,
Se goste ou se não goste deste ofício,
O mundo que desejo é mais risonho.

Tampouco mergulhar em águas turvas
Das mágoas, simplesmente leves curvas,
A estrada do viver está repleta,

Porém meu coração anda apressado,
Por mais que nesta vida tenha errado,
Que importa? Eu na verdade sou poeta...

Resucitar


Nacer después de la muerte de mi sueño
Y ni siquiera traer algún recuerdo
¿Qué piensan del acantilado,
Y ahora veo que menos miedo,

Y cada mañana me vuelva a componer,
Y al final, mi principio
Si te gusta o no de esto trabajo,
El mundo que yo quiero es más brillante.

Ni bucear en aguas turbias
Las heridas, sólo las curvas de luz,
El camino está lleno de vida,

Pero mi corazón está con prisa,
Por más que esta vida era incorrecto,
¿Qué importa? En realidad soy un poeta .

Like a river

Like a river

Just like a river flowing
Although it faces going down rapids.
So does the poet, in defiance
Drinking of familiar words,

And when I add to my dreams
Of the wilds, the old messenger,
The joy that conducive to myself,
Using these images lighter.

I always repeat the same litany,
Speaking of love that suited me
And every night I was awake,

Reaching the archangels, cherubs,
Noble ends justify the means,
So no need to wander in vain ...

Come un fiume

Come un fiume

Proprio come un fiume che scorre
Anche se si trova di fronte scendendo rapide.
Così fa il poeta, a dispetto
Bebe di parole familiari,

E quando nei miei sogni ho alio
Di terre selvagge, il messaggero vecchio,
La gioia che favorevole a me stesso,
Usando queste immagini più chiare.

Ho sempre ripetere la stessa litania,
Parlando di amore che mi adatto
E ogni notte ero sveglio,

Raggiungere l', cherubini arcangeli,
Nobile fine giustifica i mezzi,
Quindi non hai bisogno di vagare invano ...

Como um rio/Como un río

Como um rio

Fluindo simplesmente como um rio
Que desce embora enfrente corredeiras.
Assim faz o poeta, em desafio
Bebendo das palavras costumeiras,

E quando com meus sonhos eu alio
Dos ermos, as antigas mensageiras,
O gozo que a mim mesmo propicio,
Usando estas imagens mais ligeiras.

Repito sempre a mesma ladainha,
Falando deste amor que me convinha
E vinha toda noite me acordar,

Alcançando os arcanjos, querubins,
Os meios justificam nobres fins,
Portanto nem precisa em vão vagar...

Como un río

Al igual que un río que fluye
A pesar de que se enfrenta a ir por los rápidos.
También lo hace el poeta, en desafío
Beber de palabras familiares,

Y cuando en los sueños estás
De los sueños, el viejo mensajero
La alegría que conduce a mí mismo,
El uso de estas imágenes más claras.

Yo siempre repito la misma letanía,
Hablando de amor que me gustaba
Y todas las noches me despierto,

Llegar a los arcángeles, querubines,
Noble fin justifica los medios,
Así que no hay necesidad de vagar en vano.

Un servo semplice

Un servo semplice

Permettetemi di essere servo così semplice
Vassallo del fascino che il capannone,
Anche se io sono solo un
Disegno sempre la pena, alimentato le fiamme.

E più infiammato, il vostro more'm
E quando tu mi lasci, sorriso,
Sapendo che questo amore, tutto guadagnato,
La stella che brilla nel nostro cielo

Non fare il mio unico rammarico un verso,
Esistono e quindi sono felice,
Il tuo bacio per me, un unguento santo,
Una cosa che mai si contraddice:

Lei ha questa magia che mi sfugge,
Perché non ho mai potuto resistere?

Um simples servo/Un servo sencillo

Um simples servo

Permita então que eu seja simples servo
Vassalo deste encanto que derramas,
Mesmo que seja algum em teu acervo,
Valendo sempre a pena, fartas chamas.

E quanto mais inflamas; mais sou teu,
E quando me deixares; sorrirei,
Sabendo que este amor, tudo valeu,
A estrela iluminando nova grei.

Não faço do meu verso um só lamento,
Existes e por isso sou feliz,
Teu beijo para mim, um santo unguento,
Um fato que jamais se contradiz:

Tu tens esta magia que me ilude,
Por que resistirei se nunca pude...


Un servo sencillo




Me permite ser tan simple servo
Vasallo del encanto que arrojan,
A pesar de que sólo soy más uno
Dibujo siempre vale la pena, alimentado las llamas.

Y el más inflamado, soy vuestro
Y cuando usted me deja, la sonrisa,
Sabiendo en este amor, todos los ganados,
La estrella que brilla en nuestro cielo

No lo haga mi único lamento un verso,
Existes, así que estoy feliz,
Su beso a mí, un ungüento santo,
Una cosa que nunca se contradice:

Usted tiene esa magia que se me escapa,
¿Por qué nunca pude resistir?

MARASMO/ES EL MARASMO

Marasmo

Queria pelo menos ter um Norte,
Perdido entre nevascas e tempestas,
Aguardo a cada curva, a minha morte,
As noites se repetem, vãs, funestas;

Quem dera se pudesse inda ser forte,
O coração entregue a gozos, festas,
Porém a cada dia, um novo corte,
O frio penetrando pelas frestas.

Passando pelas ruas, tão sombrio,
Minha alma esvaecida se esfumaça.
Ridícula figura, esta que passa

Vivendo como fosse um desafio,
Amou demais- comentam com sarcasmo,
Depois da intensa fúria, eis o marasmo...

Es el Marasmo

Yo quería tener al menos un Norte
Perdido en las tormentas de nieve, vendavales.
Miro a cada paso, mi muerte,
Las noches se repiten, vanas, desastrosas;

Me gustaría que pudieras ser fuerte inda,
El corazón da a los placeres, las fiestas,
Sin embargo, todos los días, un nuevo corte,
El frío penetra por las grietas.

Caminando por las calles, tan oscuro,
Mi alma perdida en el humo.
Imagen ridícula, esta pasando

Vivir como si fuera un reto,
El amaba demasiado. Ellos dicen con sarcasmo,
Después de la furia intensa, este es el marasmo.

AMANTES/LOS AMANTES

AMANTES

A morte num tropel torpe e medonho,
Avança e vence todas as defesas,
Das doentias chagas do tristonho,
Expondo podres vísceras nas mesas.

Homérico caminho molda o sonho,
Nas gélidas torturas das belezas,
Num cântico mais fúnebre componho
Inúteis e tão frágeis fortalezas...

Lauréis que a vida traz; falsos altares,
Arcanjos frequentando os mesmos bares
Aonde a poesia se entorpece.

Na orgástica loucura que fascina,
A farpa penetrante e cristalina
Aos olhos dos amantes se oferece...

LOS AMANTES

La muerte en un ruido asqueroso y terrible,
Seguir adelante y ganar todas las defensas,
Las viejas heridas de la esperanza
La exposición de vísceras podridas

Da forma a la manera homérica sueño
En la belleza sombría de la tortura,
Componer una canción horrible
Fortaleza tan débil e inútil ...

Laureles que la vida trae, altares falsos,
Arcángeles que frecuentan los mismos bares
Donde la poesía se vuelve lenta.

En la locura orgásmica que fascina
La lengüeta de penetración y cristalina
A los ojos de los amantes se presenta.

PÉTALAS / PÉTALOS

Pétalas

Nas pétalas da rosa que eu te dei,
A história deste amor já se desvenda
Do tanto que te quis e desejei,
O vaso se quebrou, não tem emenda.

O mundo que, idiota, imaginei,
Felicidade plena, imensa prenda,
Se um dia, pelo menos eu fui rei,
Agora eu percebi; tolice e lenda.

Aos poucos esta flor seguiu seu rumo,
E o amor perdendo a força, sem aprumo,
Deixado em algum canto, abandonado,

Ainda tenho aqui a velha rosa,
Com seus espinhos, tola e caprichosa,
Retratando este amor, despetalado...


Pétalos

En los pétalos de la rosa que te di,
La historia de este amor, ya que revela
De tanto que quería y deseaba,
El jarrón se rompió, sin enmienda.

El mundo, idiota, pensé,
La felicidad completa, gran regalo,
Si un día, al menos yo era el rey,
Ahora me doy cuenta, tonto y la leyenda.

Poco a poco esta flor siguió su curso,
Y el amor pierde fuerza, sin equilibrio,
Dejó en un rincón, abandonados,

Todavía tengo aquí la habitual rosa
Con sus espinas, tonta y caprichosa,
Retratar este amor, sin pétalos

Caminhando/Caminar

Caminhando

Prossigo o caminhar e reconheço
Que embora existam pedras no caminho,
Há sempre o renascer e o recomeço
Inebriante e doce, suave vinho.

Após cada momento de tropeço,
Erguendo o meu olhar, não vou sozinho,
O amor é muito além de um adereço,
E nele, com coragem, eu me aninho.

Sentindo o aproximar de um novo sol,
Bonanças prometidas, claro dia,
Olhando bem de perto este arrebol,

Reverto o meu destino e volto a ti
Estrela soberana que me guia,
De magnitude igual, eu nunca vi...

Caminar

Mantener el pie y reconocer
Que si bien son piedras de tropiezo,
Siempre hay un renacimiento y la reanudación del
Embriagadora y dulce, vino suave.

Después de cada momento de tropiezo
Alzar los ojos, que no estoy solo,
El amor es mucho más que un apoyo,
En ella, con valentía, me anidados.

Sensación de la proximidad de un nuevo sol
Bonanzas prometido, día claro,
Mirando de cerca a este resplandor,

Invierte mi destino y girar para
Estrella que me guía soberana,
De magnitud increíble.

AMANDO SOB AS ESTRELAS/AMOR BAJO LAS ESTRELLAS

AMANDO SOB AS ESTRELAS

Arrasto-me entre os becos, sorrateiro,
Percurso repetido todo dia.
Se outrora, por amor, me dei inteiro,
O que restou: a noite vaga e fria.

Dos sonhos, um eterno garimpeiro,
Entregue à delicada fantasia,
Se agora entre os esgotos, eu me esgueiro,
Procuro na sarjeta, poesia.

Amando sob estrelas, bebo a lua,
Encontro tua sombra pela rua
E finjo acreditar no grande amor.

Aos poucos, agrisalham-se os cabelos,
Quem dera, teus carinhos inda tê-los,
Do esterco nascerá enfim a flor?

AMOR BAJO LAS ESTRELLAS

Arrástrame entre los callejones, astuto,
Curso repetido todos los días.
Mientras que al mismo tiempo, el amor,
Me converte em lo que queda: una noche vaga y fría.

Sueño, un buscador eterno,
Dar a la fantasía delicada
Ahora bien, entre las alcantarillas, me arrastro,
Veo en la cuneta.; poesía

Amar estrelas; borracho en la luna,
Reunión de la sombra en la calle
Y pretendo creer en el amor verdadero.

Poco a poco, el pelo es canoso,
Oh, tus caricias, aún las tienen,
Estiércol va a nacer al fin la flor?

SER FELIZ/FELICIDAD

Ser feliz

Quem sabe eternidade? O que me importa?
Não tenho as ilusões do cristianismo,
Se existe após a vida, nova porta,
Ou mesmo um precipício, algum abismo...

A pele que se enruga inda suporta
A curva sem temor, mesmo cinismo,
História que num átimo se corta,
Seria necessário o realismo?

Medonhas criaturas infernais,
Angélicas canções, vagos espaços.
Não quero nem pretendo muito mais,

Por isso ser feliz, obrigação,
De quem tem com a vida estreitos laços,
E deixa bater firme o coração...

Ser feliz

¿Quién sabe la eternidad? ¿Qué me importa?
No me hago ilusiones de la cristiandad,
Si hay vida después de, nuevo puerto,
O incluso de un acantilado, un abismo ...

La piel se arruga inda apoya
La curva sin miedo, incluso el cinismo,
La historia que se corta en un instante,
Se necesitaría el realismo?

Criaturas espeluznantes del infierno,
Canciones angelicales, los espacios vacíos.
Ni siquiera estoy seguro .

Así que ser feliz, obligación,
Que tiene estrechos lazos con la vida,
Y dejar que el corazón lata más fuerte ...

Permita-me Senhor

Permita-me Senhor um dia calmo
Durante as mais diversas tempestades
E quando com ternura Tu me invades
Minha alma como fosse um brado, um salmo

Encontra o lenitivo que queria
Nestas adversidades corriqueiras,
No Amor encontro em paz minhas bandeiras
Motivo para a Glória em alegria.

No Teu Amor que sei incomparável,
A senda à qual me dou sem ter segredos
Deixando para trás antigos medos,
Tornando o coração, terreno arável,

E sendo Teu perdoe cada engano,
Pois reconheço em Ti meu Soberano.

Amada/ Mi amada

Amada

Entrego-me aos prazeres que me dás,
Sem ter sequer limites, nem segredos,
E enquanto a fantasia amor me traz,
Afasto para sempre os tolos medos...

Amar-te é conduzir-me à eternidade,
Saber quantos caminhos; necessito,
O amor quando se faz com qualidade,
Tornando o nosso mais bonito

Salpica mil estrelas pelo chão,
Adentra o meu telhado, e na varanda,
A lua iluminando o meu rincão,
Pesando o coração, ando de banda...

Só sei que quando vens tu me dominas,
E as noites que iluminas, cristalinas...

Amada

Yo me entrego al placer que da,
Sin ni siquiera tener límites, no hay secretos,
Y mientras la fantasía, el amor me da,
Eliminar para siempre los temores tontos ...

Amarte es llevar a la eternidad
Saber cómo muchas maneras, lo que necesito,
El amor es cuando la calidad,
Hacer la vida más bella

Espolvoree el suelo un millar de estrellas,
Penetra en mi casa, y un balcón,
La luna iluminaba mi sueño
Pesa el corazón, embrigado

Sólo sé que cuando me pasa,
Y las noches de luz clara y cristalina ...
ALMAS GÊMAS / ALMAS IGUALES
ALMA GÊMEA

Não posso suportar tal sofrimento,
Antítese que atada pelo umbigo,
Transformando no inferno este momento
Num visgo que me atrai ao inimigo.

Imagem carcomida de um amor,
Que segue decomposta, mas nos ata.
Quisera ser, de fato, um bom ator,
Fingir; porém a vida me maltrata

E cospe no meu rosto, co’ironia
Apodrecendo os sonhos do passado,
Pudesse enfim conter esta sangria,
Soltando com vigor, um grito, um brado,

Tu és, eis a verdade uma alma gêmea,
Nas ancas os delírios de uma fêmea...

Almas iguales

No puedo soportar tanto sufrimiento,
Antítesis; une el ombligo,
La transformación de este momento en el infierno
En un muérdago que me atrae al enemigo.

Imagen de un amor podrido,
Lo que sigue descompuesta, pero en cuestión de minutos.
Quería ser, de hecho, un buen actor,
Fingir, pero niega la vida afortunada

Y escupió en la cara, con la ironía
Sueños podridas del pasado,
Finalmente podría contener esta hemorragia,
Cayendo a fuerza de un grito, un grito,

Es usted, aquí hay una verdadera alma gemela,
Los delirios en las caderas de una mujer ...

ALMAS GÊMAS / ALMAS IGUALES

ALMA GÊMEA

Não posso suportar tal sofrimento,
Antítese que atada pelo umbigo,
Transformando no inferno este momento
Num visgo que me atrai ao inimigo.

Imagem carcomida de um amor,
Que segue decomposta, mas nos ata.
Quisera ser, de fato, um bom ator,
Fingir; porém a vida me maltrata

E cospe no meu rosto, co’ironia
Apodrecendo os sonhos do passado,
Pudesse enfim conter esta sangria,
Soltando com vigor, um grito, um brado,

Tu és, eis a verdade uma alma gêmea,
Nas ancas os delírios de uma fêmea...

Almas iguales

No puedo soportar tanto sufrimiento,
Antítesis; une el ombligo,
La transformación de este momento en el infierno
En un muérdago que me atrae al enemigo.

Imagen de un amor podrido,
Lo que sigue descompuesta, pero en cuestión de minutos.
Quería ser, de hecho, un buen actor,
Fingir, pero niega la vida afortunada

Y escupió en la cara, con la ironía
Sueños podridas del pasado,
Finalmente podría contener esta hemorragia,
Cayendo a fuerza de un grito, un grito,

Es usted, aquí hay una verdadera alma gemela,
Los delirios en las caderas de una mujer ...

QUALQUER LUZ / CUALQUIER LUZ

QUALQUER LUZ

Houvesse alguma chance, eu lutaria,
Porém tanto cansaço já me vence,
Envolto pelos braços da agonia,
A morte, simplesmente me convence.

Esqueço; de repente, esta saudade,
Entrego-me aos banais pressentimentos,
E aonde percebera a claridade,
Turvados, os meus frágeis sentimentos...

Inóspitos caminhos, tais searas,
Levando para o fim; estou cansado.
As belas florações, deveras raras,
O tempo de sonhar; ledo passado...

Porém alguma luz ou fluorescência,
Ou simples fantasia, ou coincidência...

CUALQUIER LUZ

Tenido la oportunidad, yo lucharía
Pero ya ha ganado tanto estrés,
Envuelto en los brazos de la agonía,
La muerte, sólo me convence.

Se me olvida, de pronto este anhelo,
Me da el presentimiento banal,
Y donde había visto la luz,
Nublados, mis sentimientos frágiles ...

Inhóspitos caminos, cultivo,
Tomar hasta el final, estoy cansado.
Las hermosas flores, raras,
El tiempo para soñar: triste pasado

Pero un poco de luz y fluorescencia
O simplemente la fantasía, veo todavía.

AINDA TE AMO/TODAVIA TE AMO

Bebendo esta saudade tão amarga,
Minha única parceira, minha amiga,
O pensamento em voz se embarga,
Enquanto a noite fria desabriga.

Falando dos amores que passaram,
Antigas ilusões que inda carrego
As luzes que decerto já brilharam,
Deixaram-me no escuro, sigo cego.

Amei demais, além do que podia,
Meus versos refletindo solidão,
Ouvindo bem distante a melodia
Que um dia se tornou nossa canção,

Revivo constelado e belo céu,
Cometa que passou, seguindo ao léu...

Todavía te amo

Beber este deseo amargo,
Mi único socio, mi amigo,
La idea de la voz embargada,
Mientras que el frío de la noche, negó refugio

Hablando de amor ahora,
Viejas ilusiones, sigue mis pasos
Las luces han iluminado sin duda,
Me dejaron en la oscuridad, me cegaste.

Yo la amaba demasiado, más allá de lo que podría
Mis versos que reflejan la soledad,
Escuchar la melodía de lejos
Que un día se convirtió en nuestra canción,

Revivo y hermoso cielo estrellado,
El cometa ahora, siguiendo sin rumbo ...

CORRENTES/CORRIENTES

Correntes

Parece ser tão fácil ser cristão,
Um cidadão honesto; paga impostos,
Esquecendo de olhar para outros rostos,
Jamais perceberá qual direção

Seguir em meio à grande multidão
Aonde os corações vão sendo postos,
E quanto aos miseráveis quando expostos,
Moedas garantindo a salvação...

Tens nojo das horrendas criaturas,
Jogadas nas calçadas, quase nuas.
E a tua caminhada; continuas...

Olhando para alhures, tu procuras
Somente soluções pros teus problemas,
Sem perceber nas mãos, tuas algemas...

corrientes

Parece tan fácil ser cristiano,
Un ciudadano honesto, pagar impuestos,
Olvidarse de mirar a otros rostros,
No reparas en la dirección

Pasando por la gran multitud
Donde los corazones se están realizando,
¿Qué pasa con los miserables cuando se expone
Monedas de asegurar la salvación ...

¿Estás harto de las criaturas feas,
Jugado en la acera, casi desnuda.
Y su caminar; continua ...

Mirar a otra parte, que busca
Ventajas sólo las soluciones de sus problemas,
Sin darse cuenta de que en tus manos, tus cadenas ...

ALGUMA LUZ/ALGO DE LUZ

Orquídeas florescendo no jardim,
Percebo que inda resta alguma luz
Brilhando vagamente dentro em mim,
Pesando volta e meia, imensa cruz.

Refaço este caminho de onde vim,
E ao nada, minha vida me conduz,
Acendo este pavio, este estopim,
Revivo cada sonho ao qual me opus.

E creio ser possível ver meu filho
Correndo pela casa novamente,
Ultrapassando em paz outro empecilho

Abrindo estes portais rumo ao futuro.
Olhando bem de perto, fixamente,
Há traços de horizonte além do muro...

Algo de luz

Las orquídeas florecen en el jardín
Me doy cuenta de que algo de luz inda
Brilla sobre mís esperanzas.
Con un peso de vez en cuando, enorme cruz.

Yo desandar este camino de donde vengo,
Y por nada, mi vida me lleva,
Enciendo este fusible, el fusible,
Vuelvo a vivir todos los sueños que me opuse.

Y puedo ver a mi hijo
Corriendo por la casa de nuevo,
La superación de un nuevo revés en la paz

La apertura de estos portales en el futuro.
Mirando de cerca, de manera constante,
Hay rastros de el horizonte más allá del muro ...

ALGUMA LUZ/ALGO DE LUZ

Orquídeas florescendo no jardim,
Percebo que inda resta alguma luz
Brilhando vagamente dentro em mim,
Pesando volta e meia, imensa cruz.

Refaço este caminho de onde vim,
E ao nada, minha vida me conduz,
Acendo este pavio, este estopim,
Revivo cada sonho ao qual me opus.

E creio ser possível ver meu filho
Correndo pela casa novamente,
Ultrapassando em paz outro empecilho

Abrindo estes portais rumo ao futuro.
Olhando bem de perto, fixamente,
Há traços de horizonte além do muro...

Algo de luz

Las orquídeas florecen en el jardín
Me doy cuenta de que algo de luz inda
Brilla sobre mís esperanzas.
Con un peso de vez en cuando, enorme cruz.

Yo desandar este camino de donde vengo,
Y por nada, mi vida me lleva,
Enciendo este fusible, el fusible,
Vuelvo a vivir todos los sueños que me opuse.

Y puedo ver a mi hijo
Corriendo por la casa de nuevo,
La superación de un nuevo revés en la paz

La apertura de estos portales en el futuro.
Mirando de cerca, de manera constante,
Hay rastros de el horizonte más allá del muro ...

O AMOR VERDADEIRO/EL AMOR VERDADERO

O verdadeiro amor não delimita
Espaço, penetrando e nada mais,
Não deixo de querer te amar jamais,
Tu és entre as estrelas, mais bonita,

O meu olhar aos céus, fixado, fita
Encontra as maravilhas siderais,
Perceba quanto é bom amar demais,
A vida se tornando enfim, bendita.

Nas margens do Guaíba, uma sereia
Desfila uma beleza fluvial,
E quando pela rua ela passeia

Olhares desejosos incendeia
Enquanto este mineiro passional,
Derrama sobre o rio, dor e sal...

EL AMOR VERDADERO

El verdadero amor no delimita
Espacio, que penetra en el alma,
Así que no se olvida
Que están entre las estrellas, más hermoso,

Mi mirada a los cielos, conjunto, la cinta
Encuentra las maravillas siderales,
Aviso de lo bueno que es amar a los demás,
La vida cada vez finalmente bendecidos.

En las orillas del Guaíba, una sirena
A las gargantas del río hermoso,
Y cuando ella camina por la calle

Ojos de lujuria en el fuego
Aunque este poeta apasionado,
Vierta sobre el río, el dolor y la sal ...

LA VÍSPERA DE LA RISA

LA VÍSPERA DE LA RISA

La víspera de la risa lágrimas
Y por la cara del payaso,
Se corra el maquillaje, una característica,
Demuestra una batalla, una batalla ...

Por más que una fantasía, ser feliz,
Me encontré, después de cada paso,
Y con cada nuevo verso que a veces lo hacen,
La realidad atroz, ardor y punzante ...

Podía descansar tal vez un poco,
Lejos de este mundo, intenso y loco
Me imagino que el interminable deambular ...

Retrocediendo en el tiempo para tener un sueño
Que en medio de las tormentas que escribo,
En los ojos más sensibles de un niño ...

À VÉSPERA DO RISO

A véspera do riso lacrimeja
E desce pelo rosto do palhaço,
Manchando a maquiagem, cada traço,
Demonstra uma batalha, uma peleja...

Por mais que a fantasia; alegre, seja
Vou trôpego, seguindo cada passo,
E em cada novo verso que ora faço,
A realidade atroz; queima e lateja...

Pudesse descansar quem sabe, um pouco,
Distante deste mundo intenso e louco,
Vagando os infinitos que imagino...

Voltando num momento a ter um sonho,
Que em meio a tempestades eu componho,
Nos olhos mais sensíveis de um menino...

NO INFINITO

Encontro no infinito esta deidade,
Fulgindo constelar; misteriosa.
E a par desta tamanha claridade,
Na flamejante luz, maravilhosa.

Essência da suprema liberdade,
Perfume que recende à bela rosa,
Indômito desejo que me invade,
De uma fúria sublime e fabulosa.

Nas Ânsias e delírios conjugados,
Vibrantes sensações, raros cristais,
Cenários por prazer emoldurados,

Clarões e tempestades, arrepios,
Inefáveis loucuras, sensuais,
Numa explosão unindo nossos cios...

Lejos de los ojos

Lejos de los ojos y solo.
A raíz de la fuerte corriente en contra,
El mundo se está volviendo imprudente,
La vida me condena a la incertidumbre

Por lo pronto, el calendario,
Sólo su retrato en la mesa,
Y mientras esta terrible adversario
Lo que hace que el simple sentimiento atrapado

Un día yo estaba feliz, me doy cuenta,
Yo sólo quería un nuevo comienzo
A partir de esta historia de amor que terminó.

Y todas las noches me siento su presencia
Tal vez finalmente recompensa
Tener a la mujer que ha sido siempre solamente sueño.

DISTANTE DOS TEUS OLHOS

Distante dos teus olhos; solitário.
Seguindo contra a forte correnteza,
O mundo se tornando temerário,
A vida me condena à incerteza

Passando tão depressa, o calendário,
Apenas teu retrato sobre a mesa,
E o tempo este terrível adversário
Que faz do sentimento simples presa

Um dia fui feliz; eu reconheço,
Queria simplesmente o recomeço
Da história deste amor que se findou.

E toda noite sinto esta presença
Quem sabe enfim terei a recompensa
Tendo a meu lado quem jamais voltou...


Marcos Loures
15/10/11

Descendo estas montanhas da esperança
Encontro o vale rude da saudade
Que embora se inundando, na verdade
Jamais outro cenário a vista alcança

Montanha tão distante onde se lança
A marca que deveras nos degrade
Jogando a solidão que tanto invade
Marcando com terror enquanto avança.

Já não concederia novo aparte
A quem noutro cenário não comparte
Nem mesmo me permita algum alento,

Um velho sonhador já sem espaço,
O canto sem louvor quando o desfaço
Traduz o que deveras nem mais tento.

2

Encontro nas manhãs o belo sol
Que tanto desejei e não viera,
A sorte renovando em primavera
Traduz o quanto bebo em arrebol,

Não pude imaginar se sigo em prol
Ao todo que deveras logo impera
Ousando acreditar no que me espera
Fazendo de teu corpo meu lençol.

Espero pelo menos dentro em pouco
Viver o quanto possa e mesmo louco
Audaciosamente acreditar

Nas tantas ingerências do passado
Deixando para trás o demarcado
Caminho sem saber de algum lugar.


3

Mineiro coração de um sonhador
Que tenta acreditar nos seus cristais
E quando a noite trama em desiguais
Caminhos procurando cada flor,

E nesta sensação ao recompor
O tempo quando além tu já te esvais,
O rústico cenário em tons banais
Presume o nascimento de um amor.

Quem sabe, na casinha de sapé
O sonho se deslinda em rara fé
E gere a consciência de um instante

Que possa me trazer nova faceta
E tendo toda a sorte que prometa
Felicidade eu vivo doravante.
15/10/11

Descendo estas montanhas da esperança
Encontro o vale rude da saudade
Que embora se inundando, na verdade
Jamais outro cenário a vista alcança

Montanha tão distante onde se lança
A marca que deveras nos degrade
Jogando a solidão que tanto invade
Marcando com terror enquanto avança.

Já não concederia novo aparte
A quem noutro cenário não comparte
Nem mesmo me permita algum alento,

Um velho sonhador já sem espaço,
O canto sem louvor quando o desfaço
Traduz o que deveras nem mais tento.

2

Encontro nas manhãs o belo sol
Que tanto desejei e não viera,
A sorte renovando em primavera
Traduz o quanto bebo em arrebol,

Não pude imaginar se sigo em prol
Ao todo que deveras logo impera
Ousando acreditar no que me espera
Fazendo de teu corpo meu lençol.

Espero pelo menos dentro em pouco
Viver o quanto possa e mesmo louco
Audaciosamente acreditar

Nas tantas ingerências do passado
Deixando para trás o demarcado
Caminho sem saber de algum lugar.


3

Mineiro coração de um sonhador
Que tenta acreditar nos seus cristais
E quando a noite trama em desiguais
Caminhos procurando cada flor,

E nesta sensação ao recompor
O tempo quando além tu já te esvais,
O rústico cenário em tons banais
Presume o nascimento de um amor.

Quem sabe, na casinha de sapé
O sonho se deslinda em rara fé
E gere a consciência de um instante

Que possa me trazer nova faceta
E tendo toda a sorte que prometa
Felicidade eu vivo doravante.

A VOZ DO VENTO

Ouvia a voz do vento convidando
Ao manso caminhar entre as estrelas,
As aves, como plêiades, num bando,
Guardadas na memória, posso vê-las...

Um dia fui feliz e isto me basta,
Agora a vida leva seus enfeites,
Enquanto a poesia, assim se afasta,
Morrendo sem prazeres e deleites.

Sonhar que um dia eu possa reviver
Momentos tão suaves do passado.
No quando tive tudo e pude crer
No amor, meu companheiro e aliado.

É pena que a semente não vingou,
E a fonte sem motivos, já secou...

DISTANTE DESTE OLHAR

Distante deste olhar
A vida não tem rumo,
O quanto me consumo
Vontade de sonhar,

Bebendo devagar
Inteiro o raro sumo,
Em ti caminho e prumo,
Aprendo a navegar,

Deixando para trás
Os medos e temores,
No quanto aonde fores,

Viver sempre este audaz
Delírio em que me entranho,
Num jogo sempre ganho.

OTRA VIDA

OTRA VIDA

Al ver que finalmente cree
En la vida tranquila, e incluso de intentar
Sensación de esta belleza con alegría
En la noche muy suave e incluso hacer desaparecer

En verdad en el amor cuando se declara
Y, ciertamente, doma un fuerte viento,
Tomando el sentimiento sin miedo
Y así mi historia va en usted ..

¿Cómo podría incluso creer
En el sol sin límite en contacto
Haciendo de esta mañana memorable?

La vida está incrustado en otra vida
Un mundo mucho mejor, lisa y suave
Donde se cree en los sueños raros.

OTRA VIDA

OTRA VIDA

Al ver que finalmente cree
En la vida tranquila, e incluso de intentar
Sensación de esta belleza con alegría
En la noche muy suave e incluso hacer desaparecer

En verdad en el amor cuando se declara
Y, ciertamente, doma un fuerte viento,
Tomando el sentimiento sin miedo
Y así mi historia va en usted ..

¿Cómo podría incluso creer
En el sol sin límite en contacto
Haciendo de esta mañana memorable?

La vida está incrustado en otra vida
Un mundo mucho mejor, lisa y suave
Donde se cree en los sueños raros.

A VIDA NOUTRA VIDA

Ao percebê-la enfim acreditara
Na vida mais tranquila, ou mesmo tento
Sentir com alegria este provento
Da noite bem suave ou mesmo clara,

No amor quando deveras se declara
E doma com certeza um forte vento,
Tomando sem temor o sentimento
E assim a minha história em ti se ampara.

O quanto pude mesmo acreditar
No sol sem ter limite a nos tocar
Tornando esta manhã bem mais bonita,

A vida noutra vida se entranhando
Um mundo bem melhor, suave e brando
Aonde em sonhos raros se acredita.

PRIMAVERA

Amar e ter apenas a certeza
De um dia em calma e paz, ah quem me dera,
A sorte noutra face degenera
E toma com terror a correnteza,

Não quero caçador sequer a presa,
Apenas calmaria onde sincera
A vida moldaria a primavera
Sem ter sequer qualquer dura incerteza,

Quem sabe no futuro, noutro tempo,
Cansado de tormenta e contratempo
Vivendo tão somente amor em paz,

Distante de loucura e tempestade
No quanto este delírio já degrade
E nunca na verdade satisfaz.

O SONHO DE UM MUNDO MAIS GENTIL

Eu tenho em minhas veias, liberdade,
E sonho com um mundo mais gentil,
Aonde ao encontrar serenidade,
Esqueça do passado, amargo e vil,

Vivendo esta esperança, eis a verdade,
Busco quem me deixou e já partiu,
Vagando pelas ruas da cidade,
Um sonho que entre dedos se esvaiu...

Bebendo a nostalgia gota a gota,
Minha alma transparente e quase rota,
Perdendo a sua rota, segue assim.

Quem dera se voltasses, neste instante,
O mundo se mostrando radiante,
Traria a paz que busco para mim...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TUA BELEZA

Tua beleza, crime sem castigo,
Me fascina qual fora meu pecado;
Quero viver somente do teu lado
Um mundo mais tranqüilo, em paz e amigo

Distante deste sonho, enfim prossigo
Cada momento a mais, desesperado,
Esperando poder ter encontrado,
Em plena tempestade, o meu abrigo.

Na tua fuga, busco por meus olhos;
Em vão, pois os carregas, tento ver
Mas nada enxergarei. Qual andarilho

Vagando entre desertos, nos abrolhos
Que a vida semeou, vou sem prazer
Perdido, sem destino, senda ou trilho...

BELEZA SENSUAL

Olhando sorrateiro, a bela dama
Que vejo adormecida no seu quarto,.
Beleza sensual acende a chama,
O meu olhar de ti jamais aparto.

Terrível tentação, imenso drama,
Ao fim da madrugada, então eu parto,
Minha alma te deseja e te reclama,
Quisera meu amor completo e farto...

Deitado em minha cama, sonhos tantos,
Envolto pelos mágicos encantos
Que emanas, mesmo quando adormecida,

Pudesse ter nas mãos, o teu afeto,
Meu mundo então seria mais completo,
E valeria a pena, minha vida...

AH! COMO EU TE AMO..

AH! COMO EU TE AMO..

Nas noites frias quando, enfim, não tenho
O calor de teus braços me acolhendo,
A tristeza invadindo tudo, fecho o cenho,
Pouco a pouco, perdido vou morrendo.

Mal acredito, nada resta. Venho,
Em caminhos tortos me perdendo...
Nessa procura, no vazio embrenho;
Não consigo saber nenhum adendo...

Te quis, decerto essa certeza foge
Não me deixou, sequer, sentir o alforje
Que pesava atroz me machucando os ombros...

Não sei mais repartir sequer o peso,
Só me resta encolher quem fora teso;
E recolher meus restos dos escombros...

AGUARDO-TE

Aguardo-te querida neste instante,
Tomando o pensamento por inteiro,
O amor que nos domou, tiro certeiro,
Tornando o coração de ti amante.

Tu és a criatura fascinante
Que tanto procurei; sentir teu cheiro
Chamando para o amor, e vou ligeiro
Qual fora algum corcel em seu rompante.

Satisfazendo assim nossas vontades,
Desejos se tornando realidades,
Viver cada segundo sem pudores.

Teus lábios carmesins, pura delícia,
Na pele cada toque, uma carícia,
Momentos divinais e redentores...

AGONIZANTE

AGONIZANTE

A febre que me toma neste instante,
Quarenta graus, intenso fogaréu,
Qual fora um livro exposto numa estante
Sem ser tocado; um monte de papel

Jogado pela casa, delirante
As sombras na parede, sonho ao léu.
A morte me rondando e a faiscante
Presença de uma deusa em rubro véu.

O vinho de teus lábios. Tudo gira,
E o vento ainda acende antiga pira
Dizendo que talvez tenha uma chance.

Agonizante, bebo esta esperança,
Porém soturna luz vem e me alcança
Nada impede, enfim, que a morte avance...

ADORO-TE

Heréticos delírios de um farsante;
Apenas o que entrego como brinde,
Pretendo que este amor cedo deslinde,
Num gesto sendo audaz e inebriante...

Verdugo de mim mesmo; um hedonista,
Perdido entre fantasmas que criou;
O tempo quase nada me deixou;
Nem mesmo um horizonte toma a vista.

Resíduos de um amor que não devia,
Percorrem o meu sangue feramente,
E sinto quando a morte é mais premente,
Causando, sem piedade, sepsemia...

Adoro-te; talvez isso apascente,
Revigorando o córrego, a nascente...

ADEUS

No quase ser feliz, um suicídio
Na sôfrega batalha, corte e dor
Idílios vida a fora do glicídio
Fogo silencioso a decompor...

A morte resvalando na janela,
O dreno, a pneumonia; pesadelos...
Enquanto o fim mais próximo revela
Envolto pela febre em seus novelos...

A ausência da poesia, este vazio
O que outrora pensara monolítico
Fugindo a cada novo ansiolítico

O solo outrora fértil, o longo estio
E as mãos sangram sonetos terminais
Num cíclico estribilho: Nunca mais!

ADEUS SAUDADE

Bicuda na saudade, vamo’embora
Que o tempo faz questão de não parar,
A fantasia serve como escora,
Senão não fica nada no lugar.

A redenção, garantem, não demora,
Melhor ficar sentado e se calar,
Se uma alma caipira sempre chora,
A plantação inteira vai salgar.

Cansado de te ouvir falar besteira,
Reclama o tempo todo e nada faz,
A gente vai ficando na rabeira

E o páreo nem ao menos começou,
Quem quer, deseja muito vai atrás,
Fui reparar direito: terminou...

ESTÚPIDO ANIMAL

Pudesse descobrir, homem ignaro
A presença de Deus na própria vida,
Talvez não existisse desamparo,
Tampouco a multidão vague perdida,

Estúpido animal, sem rumo ou faro,
Olhando pra si próprio e sua lida,
Já não consegue ver, mesmo se claro,
Alimentando a dor, corte e ferida

Matando o semelhante sem saber
Que nele existe o Deus, o Criador.
Quem sabe poderia conceber

Que tendo em suas mãos, a própria história,
Fizesse do perdão, o seu louvor,
Teria a salvação, na imensa glória...

MENTI DEMAIS

Deixando para trás os meus enganos
Abrindo o coração, menti demais.
Se tudo o que sonhei não foi jamais,
Esqueço antigos dias, velhos planos.

Descanso o meu olhar noutro horizonte
E vejo-te desnuda, nuvem bela;
E quando a fantasia se revela,
Desfaço com a vida qualquer ponte.

Mergulho nesta infinda insensatez,
Alvoroçado peito de um poeta
Que tendo a poesia como meta,

Aplaca o que seria lucidez
E bebe até fartar-se da ilusão,
Abrindo, escancarando o coração...

QUASIMODO CONTEMPORÂNEO

Sou feio, mas bom gosto não me falta,
Por isso é casei com moça bela,
Olhando de mansinho da janela,
Vontade de chegar perto, me assalta.

O coração moleque, este peralta,
Pros sonhos e ilusões nunca deu trela,
Mas quando a realidade ali se atrela,
O velho sem querer já sobressalta...

Eu reconheço aqui minha feiúra,
Mas tendo quase a força de um miúra,
Quasimodo moderno, sim senhor...

Sabendo de Esmeralda, não desisto,
Por mais que seja horrendo, ainda insisto,
Acreditando sempre num amor...

ACERTAR NO MILHAR

Bacana este sujeito, o tal do Chico
Vendendo seus bilhetes na calçada.
Meu sonho, não te engano, é ficar rico,
Porém outra semana e não deu nada...

Na dita mega-sena acumulada,
Eu vivo é só pagando o mesmo mico,
A sorte vagabunda, essa safada,
Não deixa para mim nem mesmo um tico.

Um dia a minha sorte vai mudar,
Acerto na centena e no milhar,
Pois sei que no bilhar sou negação.

Aí vamos fugir pra Xangri-lá
Quem sabe o Morengueira anda por lá.
E acordo de manhã, sem um tostão...

A VISITA DA PAIXÃO

Aguardo esta visita há muitos anos,
Subindo a escadaria do meu prédio,
Depois de tempestades, desenganos,
Supero devagar o imenso tédio.

Os dias alterando antigos planos,
Não vejo para o caso algum remédio,
Corrijo com palavras parcos danos,
E deixo à poesia o seu assédio.

Não quero mais saber se sei ou não,
Apenas importando a solução,
Adormecendo os sonhos de rapaz.

Loucura não faz bem e não faz mal,
Festejo ainda o tolo ritual
Que a tola da paixão ainda traz...

A VIDA EM PAZ

Quisera ter talvez algum momento
Em que pudesse a vida ter a paz,
E mesmo que pareça ser audaz,
Esteio de meu tolo pensamento,

Arcar com meus enganos; doce alento,
E me sinto por isto mais capaz,
Enquanto uma armadilha, o tempo paz,
Mantenho mais distante este tormento...

Cercado por diversas ilusões,
Ardis; quando os preparo dia a dia,
Envolvo meu viver nos turbilhões

Sonhando com a praia, longa espera
Por mais que a minha sorte eu não queria,
Dos meus caminhos todos, se apodera...

A VIDA É BELA DUETO COM RONALDO RHUSSO

A VIDA É BELA


A Musa inspira, é fato, isso eu não nego.
Carrego essa certeza e busco a minha...
Eu tinha o privilégio, mas fui pego
qual cego até perder minha rainha...

Definha em mim a alma e não sossego;
entrego-me à jornada e sigo a linha
que é vinha a ser cuidada e a ela eu rego.
Sonego a calma e vem-me um frio na espinha...

Sozinha a fantasia é pouca monta.
Desmonta até vontade de viver.
Meu ser nem teme mais o vil sofrer.

Dizer que a vida é bela e não dar conta
afronta claramente o sonho antigo?
Persigo uma resposta. A tens, amigo?


Ronaldo Rhusso


Só sei que não sabendo quase nada,
Além do que toca o coração,
Instinto bem maior que a razão,
A vida em loteria transformada,

Uma alma, muitas vezes malfadada,
Que encontra nos seus ermos, solução,
Sabendo que somente amor, perdão,
Garantem a viagem sossegada,

Espero pela chuva com o olhar
De quem sabe que ela irá fertilizar
Crisálidas da terra: grãos, sementes

E assim se refazendo a cada dia,
A vida nos permite a poesia,
Tramando a realidade que ora mentes...

A VIDA DO POETA

Almejo pelo menos liberdade
Que possa ser ouvido por alguém
Distante dos meus olhos, na verdade,
Dentro do coração, sempre; porém...

A vida se fazendo em claridade
É tudo o que ao poeta mais convém,
Viver eterna e bela realidade,
Fraternidade diz do imenso bem

Que sempre procuramos; camarada,
Usando destes versos como lastro,
Erguendo uma bandeira a pleno mastro,

A sorte com certeza está lançada,
E quando não houver mais amanhã,
A vida do poeta nunca é vã...

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA GATA BORRALHEIRA

A gata borralheira não sabia
Das outras intenções desta madrasta,
Realidade versus fantasia,
É coisa que decerto já contrasta.

As filhas da madame eram barangas,
Terríveis cascavéis, dois tribufus,
Pior quando vestiam suas tangas,
Deixavam os pintinhos jururus...

Mas tendo em suas mãos a Cinderela,
A dona do pedaço, boa idéia,
A de usando como isca a moça bela,
Trazia freguesia pra mocréia...

Madrasta tendo mente cristalina,
Virou deste reinado, a cafetina...

VELHICE

Liberto o coração, seguindo à risca
As velhas prescrições que tu me deste,
A juventude passa; sendo arisca,
Hoje um colar de rugas me reveste.

Olhar aventureiro sequer pisca,
Morena sensual, o amor investe,
Depois vem a velhice; jogo bisca,
Confundo norte e sul, leste c’oeste.

Usando qual apoio uma bengala
Também como defesa. A bordoada
Deixando a bandida atordoada.

Enquanto que o Tibet minha alma escala,
Subir alguns degraus me sacrifica;
Verdade se bem dita, mortifica...

A ÚLTIMA QUE MORRE, OU MELHOR A PENÚLTIMA...

A ÚLTIMA QUE MORRE, OU MELHOR A PENÚLTIMA...

Abrindo o coração e sendo franco,
Não posso mais pensar como um menino,
Na vida vou tomando cada tranco
Capoto numa esquina do destino,

Levando o dia a dia num arranco,
Aguardando o dobrar de um velho sino,
A cada novo passo, mais desanco,
Nem à porrada o troço fica a pino...

Mas tendo a teimosia como marca,
Por mais que naufragando a minha barca,
Eu creio ser possível novo dia,

Aonde uma sereia ainda faça
Aquele devorado pela traça
Trazer ainda um pouco de alegria...

NOSSA HISTÓRIA DE AMOR

Imagem decomposta especular,
A pútrida presença do que fomos,
Desfaz-se em incontáveis, fartos gomos,
Carcaça que inda teimo em cultivar...

Se o féretro se fez há tantos anos,
Insepulta, mantenho tua imagem,
Pois dela, muitas vezes a coragem
Proporciona força em desenganos.

O tempo vai fluindo e nada muda,
Abutres vão rondando, rapineiros,
A pele que desfeita já se gruda

Entranha no meu corpo e me domina,
Recende pelos ares, podres cheiros,
Porém tal heresia me alucina,,,

POR ONDE CAMINHEI

Não posso suportar a tua ausência
E vejo a solução dos meus problemas
Rompendo num rompante estas algemas,
Tocando a lucidez em sua essência.

Vibrando com; talvez, tanta inocência,
Misturo os atuais e velhos temas,
Não quero lapidar tais falsas gemas,
Só peço com carinho, esta clemência...

No quarto, sem a luz, vago sem rumo,
E quando imaginando algum aprumo
Assumo os fatais erros do passado,

Servindo ao grande amor que não virá,
Pergunto novamente desde já
Por onde caminhei, se estive errado...

AONDE ESTÁS

O quanto que sofri por tua ausência...
Sem ter sequer notícias. O vazio
Tomando a minha vida, a penitência
Tornando o dia a dia mais sombrio...

Entregue sem defesas à demência,
Um mundo imaginário; fantasio.
O amor essa terrível excrescência
Num tumular desejo, amaro e frio...

Regendo a minha vida, esta loucura,
De uma insensata busca; sem respostas...
O sonho, como fosse uma ternura

Por vezes me consola, até me acalma...
Mas quando estas verdades estão postas.
A tristeza se apossa de minha alma...

TERCEIRA LÂMINA

Na terceira mensagem feita em lâmina,
O corpo desmembrado de algum Deus,
Tomando num instante, espírito, ânima.
Gargalham-se os infames e os ateus.

No sêmen desta Besta, a solução
Que não deixará pedra sobre pedra,
A humanidade, tosca multidão,
Olhando este cenário, cala e medra.

Na certa surgirá um novo guia,
Salvando deste povo alguns ou tantos,
Na nova geração de escravos, santos,

O renovar da história se faria,
Um Novo Jesus Cristo, outro cordeiro,
No velho sacrifício, costumeiro...

À NOITE

À noite sob a lua, um andarilho
Encontra encruzilhadas tão diversas,
As suas decisões então dispersas
Escolhem o caminho, segue o trilho.

E a cada nova esquina um empecilho,
Ouvindo bem distantes, as conversas,
Em plenos pesadelos vão imersas
As frias sensações; soturno brilho...

Andando sem destino por veredas,
Aguardo o renascer de um claro sol,
Embrenho-me por várias alamedas,

Qualquer esconderijo, qualquer toca,
E encontro finalmente este paiol,
Aonde a fantasia vã se estoca...

MINHA MUSA

A Musa que era bela e tão risonha,
Singela maravilha: perfeição,
Agora, garatuja que medonha
Assusta qualquer pobre cidadão.

Admito, fui um cabra sem-vergonha,
Pulando muitas vezes, o portão,
Mas juro, não pensava ser pamonha,
E ter sob controle a direção...

Depois que eu descobri a safadeza,
Mulher é a rainha da destreza,
Não pude, meu amigo, ficar mudo.

Se toda a vizinhança fez a festa,
Protuberância nasce em minha testa,
De fato, com certeza, sou chifrudo...

A MULHER DOS MEUS SONHOS

Não gosto de mulher falsificada,
Produto da ciência e da burrice.
Comprando sem pensar qualquer tolice,
Estria e celulite demarcada.

Eu posso até estar dando mancada,
Mas não retiro nada do que eu disse,
Jamais serei primeiro e sequer vice,
Mas gosto da mulher enamorada...

Aquela que Vinicius já cantava,
A sonhadora diva de outras eras,
Mudaram os verões e as primaveras,

Agora é fechadura, tranca e trava,
Buraco, meu amigo, é mais embaixo,
Um dia, até quem sabe ainda encaixo...

LA MUERTE

LA MUERTE

Podría girar en mi pasado
Volver viví cada momento.
La muerte está rondando aquí
Me siento esta presencia de al lado.

La luz de la luna que alguna vez fue
Siento que el tiempo es perdido.
Mi barco está fuera de control
Y el muelle, se lo aseguro, ya no se ve.

El fin se acerca, la noche ...
El corazón sin fuerzas para vencer a
Mi canción triste, sucumbiendo ...

Gritando su personal, su vieja amiga.
Rondando mi cama, hay casas,
Irónica, me doy cuenta, está sonriendo ...

A MORTE

Pudesse revolver o meu passado
Voltar cada momento que vivi.
A morte vem rondando por aqui
Eu sinto esta presença bem do lado.

O céu que outrora fora enluarado
Eu sinto que faz tempo já perdi.
Meu barco hoje está desgovernado
E o cais, eu te garanto, não mais vi.

O fim se aproximando, anoitecer...
O coração sem forças pra bater
Meu canto entristecido, sucumbindo...

Bradando o seu cajado, a velha amiga.
Rondando a minha cama, lá se abriga,
Irônica, eu percebo, está sorrindo...

A MORTE SE APROXIMA

Às vezes a esperança me abandona
E deixa em seu lugar, imensa dor,
Pudesse ser da vida, o domador,
Porém a morte sabe ser a dona,

Minha alma vez em quando até ressona,
Mas como ser feliz sem ter amor?
Enquanto a realidade muda a cor,
Toda a verdade surge, vem à tona...

Embora traga ainda algum sorriso,
Das cores da ilusão, eu me matizo
E sinto-me um falsário; simplesmente...

O fim se aproximando, a correria,
Por isso fazer tanta poesia,
Palavras vão saindo qual torrente...

LA MUERTE DE UN POETA

La muerte del poeta, el soñador,
En medio de la realidad dura y fría,
Lo etéreo, este navegador banal
Lo que al final ni siquiera se pierda ...

Crecer en su pecho, la risa y el dolor,
La búsqueda de la ilusión, la eternidad.
"Poeta, pretendiente de emociones"
La transformación de las utopías en realidad.

Amante de las ilusiones falsas,
Un vagabundo y el necio corazón,
Un hombre que se ahoga sed de emoción,

A menudo entregados a los leones,
Un cínico payaso, un juglar,
Que incluso en el infierno es el cielo ..

A MORTE DO POETA

A morte do poeta; o sonhador,
Em meio à dura e fria realidade,
Do etéreo, este banal navegador,
Que ao fim não deixará sequer saudade...

Cultiva no seu peito, o riso e a dor,
Buscando esta ilusão; eternidade.
“Poeta, com certeza um fingidor”
Transformando utopias em verdade.

Amante das espúrias ilusões,
Um vagabundo e tolo coração,
Um náufrago sedento de emoção,

Entregue muitas vezes aos leões,
Um cínico palhaço, um menestrel,
Que mesmo em pleno inferno encontra o Céu...

A MORTE DA POESIA

A arcaica poesia agonizando,
Aos poucos transformada no vazio.
E quando, por loucura, insânia, eu crio
Castelo de ilusões; vou desabando.

Não tendo mais certeza; nem sei quando
Virá o tão querido e amado estio,
E o canto deste amante tão vadio,
Em outro coração, vai ecoando...

Inspiração divina? Morte às Musas,
Perdidas vão sem rumo, tão confusas,
Gerando estes disformes caricatos.

Outrora a bela Ninfa, agora o vago,
O mundo dominado por um "Mago",
Servindo sanduíche em falsos pratos.

LUA DE SÃO JORGE

A lua se mostrando clara e cheia
Dominando o cenário, nua e bela,
O quanto de magia nos revela,
Enquanto em poesia ela vadeia.

Por mais que a humanidade ainda creia,
Eu vejo com certeza noutra tela
Corcel de um sonhador atrela a sela
E voa pela noite e se incendeia.

Um nauta quis fazer da velha dama,
Apenas um satélite sem vida,
Porém meu coração mantém a chama

Caminha pela lua de São Jorge,
Se a multidão vagueia assim perdida,
Eu trago o seu clarão em meu alforje...

Linguagem do prazer

Linguagem do prazer, universal,
A pele diz bem mais que mil palavras,
Pois toda recompensa é natural,
Depende da maneira que tu lavras.

No olhar, o brilho é sempre um traidor,
No toque, no perfume, nos sentidos,
Aflora sem defesas, pleno amor,
Num turbilhão sublime das libidos,

O amor não tendo dono nem juízo,
Traduz perfeitamente a liberdade,
Chegando sem perguntas, sem aviso,
Reinando sobre toda a humanidade

Por isso não resista um só segundo
Não há força maior em todo o mundo...

À JUVENTUDE... SEM HIPOCRISIA...

E viva a juventude alienada
Que assiste toda tarde a Malhação.
Saindo - minissaia- na balada,
O filme só é bom quando de ação.

Eu digo essa verdade e não discuto,
Se eu fiquei velho a culpa é toda minha,
Usando sempre o preto, eterno luto,
Me enterrem, por favor, lá na Lapinha.

Jogar conversa fora, botequim,
Salvar a humanidade; ser herói.
Usando ultrapassado manequim,
Falar do meu passado sempre dói.

E viva a juventude; mesmo alheia,
Que toda noite o mundo ela incendeia...

A IMENSA MARAVILHA DE TE AMAR

Desejos proibidos e profanos,
Momentos de total entrega eu quero
Entre beijos ferozes quase insanos,
Num gozo sem limites, louco e fero.

Caminhos sensuais, doces viagens,
Delírios incontidos, mil delícias,
Aos céus mais delicados, decolagens
Envolto com ternura em tais carícias.

Alçar o firmamento e num instante
Sentir-me feito um deus; e ser inteiro,
Podendo ser amigo e ser amante,
De todos os desejos teu parceiro.

E entregue sem defesas, ser teu par,
Na imensa maravilha que é te amar...

A HUMANIDADE

Assisto à derrocada deste verme
Um habitante horrendo e sem valia
Espúria criatura, agora inerme,
Na esplêndida e fatídica agonia.

Errônea e fatal disparidade,
Gerando o mais estúpido animal
Retendo em suas mãos a deidade
Espalha mortandade sem igual

Caóticos insetos destrutivos,
Ao ventre que os pariu, a maldição.
Soberbos imbecis, tolos altivos,
Da natureza tosca aberração.

O que virá depois do Apocalipse
A morta humanidade em tosco eclipse...

A FÚRIA DA PAIXÃO

Qual fora um sol intenso de verão
Chegaste sem pedir qualquer licença,
Tomado pelos raios da paixão
Simples loucura ou trágica doença?

Mudando dos meus rumos, direção,
Negando meus princípios, sonhos, crença,
Na força tão insana de um vulcão,
Jamais sentira fúria mais intensa...

Ao invadir as margens deste rio,
Enchente que, incontida tudo invade,
A lucidez ficando por um fio...

Aos poucos, tudo volta ao seu normal,
Porém lutar, vencer, não sei quem há de
Insânia que entorpece e nos faz mal...

"A formiga sabe que erva corta."

A faca que aprofundas no meu peito,
Decerto se faz dura, porém torta,
A vida se mostrando é desse jeito,
Formiga já conhece erva que corta.

A AMIZADE

Amiga como é bom poder sentir
Que estás sempre comigo, pareados.
Os dias entre dores são contados,
Ausente muitas vezes o porvir.

Mas quando estás aqui, o prosseguir
Permite novos sonhos encantados
E os medos quando são desafiados
Não voltam e nem vão se repetir.

Angústias, diluídas nos sorrisos,
Na força da amizade, o meu poder
Trazendo além de tudo este prazer

Momentos tão suaves e precisos.
Não deixe que este encanto se arrefece
Uma amizade é como fosse prece...

PÁLIDA ESPERANÇA

Descora-se a esperança, verde claro,
Nesta aquarela resta a negritude,
Enquanto não mudarmos de atitude,
Felicidade é um dom ausente ou raro.

Usando cada verso, hoje declaro,
Que mesmo que o cenário ainda mude,
O coração humano, sendo rude,
Prepara tão somente o desamparo.

Vagando pelas ruas, velhas gralhas,
Carcomidas crianças, toscas tralhas,
Nas mãos dos idiotas e canalhas,

Enquanto nas esquinas, as navalhas,
Cometendo de novo antigas falhas,
Cobrindo a humanidade toscas malhas...

A DURA REALIDADE

Andando pelas ruas e vielas,
Crianças sem apoio, nem paragem,
No amargo desta triste paisagem,
A nossa realidade em frias telas...

Quem disse que o futuro será delas?
Escuto vez em quando esta bobagem,
Felicidade apenas u’a miragem,
Ao gado só restando arreios, selas...

Meninas são vendidas nas esquinas,
Madames e senhoras, cafetinas,
Enquanto a rapineira sociedade

Bebendo cada gota deste sangue,
Transforma o paraíso em sujo mangue,
E a podridão nas almas, vem e invade...

A DERRADEIRA POESIA

Abordo meus fantasmas com descrenças
À bordo dos meus sonhos, sigo insone
E quando ouço chamar neste interfone
Preparo pra enfrentar mais desavenças.

Não tendo mais nem fé sequer as crenças
Nem mesmo uma palavra que me abone,
Por mais que a solidão não me abandone
Antigas esperanças são imensas.

E quando apodrecendo mais um tanto,
A vida se perdendo em farto encanto
No desencanto grana um novo dia

Imerso nas neblinas corriqueiras,
Arcaicas ilusões erguem bandeiras
E nasce a derradeira poesia...

A CRIAÇÃO DO DEMÔNIO

O homem quando criou os seus demônios
Contendo eticamente os seus desmandos,
Além de controlar tantos hormônios,
No ataque feito em grupos, tribos, bandos,

Delimitou seus passos sobre a Terra,
E o Deus que é vingativo, se fez morto,
Verdade é que no Amor, meu Deus se encerra,
Gerando na amizade, o cais e o porto...

O mal sendo inerente é controlável
Somente pelas garras do terror,
O Pai que com certeza é tão amável,
Por ser de todo mundo o Criador,

Deixou a todos nós como lição,
O Amor na plenitude do perdão...

A CRIAÇÃO DA XOXOTA - DUETO COM MÁRIO QUINTANA

A CRIAÇÃO DA XOXOTA

Sete bons homens de fino saber
criaram a xoxota, como se pode ver:

Chegando na frente, veio um açougueiro,
com faca afiada deu talho certeiro.

Um bom marceneiro, com dedicação,
fez furo no centro com malho e formão.

Um terceiro, alfaiate, capaz e moderno,
forrou com veludo o lado interno.

Um bom caçador, chegando na hora,
forrou com raposa a parte de fora.

Em quinto chegou sagaz pescador
e esfregando-lhe um peixe, deu-lhe o odor.

Um sexto, bom padre da igreja daqui
e benzeu-a dizendo: é só pra xixi!

Por fim o marujo zarolho e perneta
chupou-a, fodeu-a e chamou-a: BUCETA

MARIO QUINTANA citado por

GOLBERY CHAPLIN

Pois com tanta presteza, bons artistas
Criaram do vazio a maravilha,
Que serve de atração e de armadilha,
Belezas tão sutis e jamais vistas.

É obra de velhacos comunistas,
Diriam ditadores de outra trilha,
Porém minha alma livre, esta andarilha
Persegue a dita cuja em suas pistas...

Palavra tão gostosa de dizer
Além de nos trazer tanto prazer,
Beleza sem igual além da cota,

Bendita a criação de tal figura,
Que a difusão da raça ela assegura,
Divina e tão fantástica XOXOTA...

A COURAÇA

Usando esta couraça protetora
Enfrento os corriqueiros vendavais,
Na imagem mais sutil e redentora,
Sonhar com plena paz nunca é demais.

Mergulho nos abismos que criei,
Vagando entre os penhascos e penedos,
Na tétrica aridez da triste grei,
Vencendo a cada dia velhos medos.

Usando esta couraça, sigo em frente,
Deixando para trás qualquer tormento,
No amor que nos redime, eterno crente,
Nas tramas do perdão, tomando assento;

Usando esta couraça, assim resisto,
Nas palavras do Pai, que é Jesus Cristo...

A CONQUISTA DA LIBERDADE

Desde infância, aprendi que a liberdade,
Ainda que tardia é bem supremo,
Com ela conhecemos claridade,
Direcionando a vida, leme e remo...

Porém sua conquista é tão sangrenta,
Por sobre mil cadáveres, a flor,
Que incrível paradoxo, me apascenta
Com seu forte poder libertador.

A morte é um adubo necessário,
Imprescindível mesmo a podridão,
Nas sendas do guerreiro e do corsário
A liberdade implanta cada grão

Gerando o mais fantásticos dos dons,
Nascido num rosal de megatons...

ENTRE ENXURRADAS

Navega entre enxurradas, barco à vela
Papéis que se transformam; liberdade,
O vento que o carrega nos revela
Do quanto a vida traz fragilidade.

Pintando esta paisagem numa tela
Encontro virtual tranqüilidade.
Corcel que nos meus sonhos, gozo sela,
Moldando esta emoção que agora invade...

Efêmeros momentos de alegria
Que valem toda a vida, eu te garanto.
Se a noite se apresenta mais sombria,

Dos olhos gotejando dor e pranto,
Criar um frágil barco de esperança
Que um dia, imenso mar, decerto alcança...
14/10/2011


1

O coração que em secas se criou,
Jogado sobre as pedras e os espinhos
Os dias se repetem; são daninhos,
A flor de uma esperança já murchou.

E quando me pergunto o que restou
Olhando para os ermos tão mesquinhos
Avinagrando enfim todos os vinhos
Que o tempo noutro instante renegou.

Já não me cabe mais sequer um sonho
E quando sem amor eu decomponho
O fato que pudera me salvar

Esbarro no vazio e sem demora
A sorte noutro rumo me apavora
E toma tudo o quanto pude amar.

2

Aos poucos sem domínio a vida passa
E trama outro detalhe, nova luta
E quando o caminheiro mal reluta
A sorte noutro instante mais escassa.

Fazendo da esperança a minha praça
A face se desenha mais astuta
E nisto com certeza não se escuta
O quanto a fantasia leda traça.

Não pude e nem tivera este momento,
Sabendo do que tanto agora tento,
Vencido sonhador, já nada resta,

Somente esta lembrança de outras eras
E quando a cada instante degeneras
A noite se aproxima mais funesta.

3


Bebendo deste amor que me fartara
De sonhos e de lutas sem igual,
O verso se mostrando mais banal
A sorte sendo assim diversa e rara.

O prazo pouco a pouco se escancara
E marca com veneno o ritual
Que tanto imaginara sensual
E agora no final nada prepara.

Vacância quando mesmo pude crer
No tanto que se fez inutilmente
A luta quantas vezes se apresente

Marcando o que devesse conceber
Não tendo novo passo, sigo aquém
Do grande sentimento que não vem...

À CARCAÇA DE UM SONETO

Querida, sou um simples sonetista
Que usando da palavra aqui me exponho,
E toda poesia que componho,
Farsante; escondo assim, pegada e pista.

Minha alma te percebe e já despista,
Não quero que me vejas tão medonho.
Sequer posso falar do que inda sonho,
Por mais que quem me escuta ainda insista...

Um velho ultrapassado e tão capenga,
Não pode suportar qualquer arenga
E fica então calado; é bem melhor...

Meu mundo é bem arcaico, reconheço,
Por isso a cada passo outro tropeço,
Antigos xingamentos; sei de cor...

"A cavalo dado não se olha o pêlo."

Querida, nem reclamo deste adorno
Que deste de presente. Mas ao vê-lo
Percebo quanto é duro ser um corno.
Porém cavalo dado... esqueça o pêlo...

A REALIDADE DA ARTE NO BRASIL

Eu não suporto tanta hipocrisia
E nem sequer aguento tanta empáfia,
Assim como na vida, a poesia,
Contem na sua base, imensa máfia...

Talento sem apoio; não diz nada,
Apoio sem talento; traz sucesso,
Eu reconheço a minha derrocada,
Há tempos que não faço algum progresso.

Não minto, nem omito, sou sincero,
Aplaudo o que me agrada, ou nada falo,
Se reconhecimento; já não quero,
Não pise sem pudores no meu calo!

Não represento a ti, uma ameaça,
Meu verso simplesmente vai e passa...

A RAÇA HUMANA

Excêntrico e disforme parasita,
Surgindo nos esgotos mal cheirosos,
Humores simplesmente biliosos,
Uma alma em pleno caos, inda palpita.

Um vírus que em cadáveres habita
Nos mórbidos demônios caprichosos,
Argutos passageiros belicosos
A podridão humana se exercita

Pairando sobre todos; a figura
Asquerosa e sarcástica: Satã
Fazendo da esperança, a força vã.

Gargalha com fatídica amargura
Erguendo dos escombros o futuro,
Previsto em Evangelhos, torpe e escuro...

A REAL LIBERDADE?

Não quero carregar nas minhas costas
O peso dos pecados ancestrais,
As falsas liberdades tão banais,
Escravos são perdidos em apostas...

O sexo como eu gosto, sei que gostas,
Desejos na verdade, essenciais,
Não importando quão menos ou mais,
As cadelas no cio vão expostas

E nem por isso sabem liberdade,
É muito além de simples vaidade,
Nas drogas, só conheço escravidão...

Nos cérebros boçais da mocidade,
Baboseira qualquer, vira verdade;
Distantes da real libertação...

A POESIA

Eu sei que isto parece sem valor,
Ficar perdendo tempo com poemas,
Seria bem melhor trabalhador
Se andasse pesquisando uns outros temas.

Por mais que eu te pareça um vagabundo,
Não tendo muito coisa pra fazer,
Prefiro viajar por este mundo,
Usando a fantasia para ter

Nos olhos estas praias tropicais,
No balançar sutis dos coqueirais,
Fechando os olhos, viva a liberdade!

Porém sei que amanhã, é um novo dia,
Sem sonhos, sem mergulho ou poesia,
Imerso na loucura da cidade...

SONETO DO CONGRESSO NACIONAL

A pulga num cachorro faz sucesso
E vive o tempo inteiro de carona
Bebendo muito sangue, eu te confesso
Que a pulga não descansa na poltrona

Verdade é que com ela não me estresso,
Além de ser terrível e mandona
De cão em cão fazendo este progresso
Parece que do bicho, se fez dona...

Pior são as pulguinhas que nascendo
Aumentam a terrível freguesia,
Enquanto o pulgaréu já se procria

Mais sangue no canil anda bebendo,
Preciso terminar com esta festa,
Só pulga no coitado é o que inda resta...

BRINCANDO COM PALAVRAS

Fugir da dolorosa realidade,
Usando a poesia como ponte,
O sol que ainda brilha no horizonte,
Perdendo dia a dia, a claridade...

Aguardo numa esquina a novidade,
Que um dia secará sublime fonte,
Mas antes que a mortalha enfim se apronte,
Eu teimo em demonstrar tranqüilidade...

Meu tempo se esgotando, o que fazer?
Somente desfrutar deste prazer
De ter entre os meus dedos, universos...

Forjando da tristeza um bom motivo,
De assim permanecer ainda vivo,
Brincando com palavras, faço versos.

A PELEJA DO DIABO COM O DONO DO CÉU...

Na guerra do diabo contra Deus,
As armas do demônio são mais fortes,
Cristãos que na verdade são ateus,
Sem rumo desconhecem próprios Nortes,

Das várias tentações, grandes aportes,
Tocando tanto crentes quanto hebreus,
Medalhas; coleciona em tais esportes,
É Cristo entregue às mãos dos fariseus...

Pelejando o Capeta é invencível,
A força do demônio sempre incrível
Somente uns três ou quatro inda resistem.

E o pobre Deus capenga, solitário,
Conhecendo tão bem seu adversário,
Aplaude os poucos loucos que inda insistem...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A PAZ QUE REINA SOBRE NÓS

Abutres devorando esta criança
Exposta na calçada, fome e frio,
Uma ameaça tosca que vã trança
Nas ruas e ladeiras, meio-fio.

Uma alma entorpecida desde cedo,
A vítima carrega algum punhal
O corpo apodrecido, um arremedo
Do que se diz justiça social.

Autoridades tomam providência,
O rabecão transporta esta indigente,
Livrando desde cedo a consciência
Apascentando assim, a toda gente

Que volta do trabalho, da labuta,
Liberta do perigo, morta a puta...

LA PASIÓN

la Pasión

Es un gran momento para mí.
Déjame caminar en libertad,
Donde imaginó la claridad,
La luna es engañosa, y nada más.

En el brillo horizonte que me permite
Me veo en el silencio que invade
Momentos más felices, la ilusión.

En las manos de las marcas, cicatrices,
Ilusión romántica a la superficie,
Y mientras que la realidad me repele,

Mis pasiones son muy malas actrices,
Engañar al principio, pero después,
Estúpidas, sangran nuestros sueños.

A PAIXÃO

É um grande favor que ora me fazes.
Deixar-me caminhar em liberdade,
Aonde imaginei a claridade,
A lua se enganando troca as fases,

Por vezes os olhares mais audazes
Impedem com total voracidade
Que eu veja no silêncio que me invade
Momentos mais felizes; inda trazes

Nas mãos as velhas marcas, cicatrizes,
Romântica ilusão à flor da pele,
E enquanto a realidade me repele,

Paixões são na verdade más atrizes,
Iludem no começo, mas depois
Estúpidos; sangramos a nós dois...

FESTA

Apago o que sobrou desta comédia;
Juntando os meus escombros, pouco resta,
Não quero transformar numa tragédia,
Aquilo que em verdade, lembra festa.

Nas frestas dos portais de um grande amor,
O vento faz estragos, sobra nada.
Estive o tempo inteiro a teu dispor,
Minha alma tantas vezes enganada.

Ardendo em pleno inferno, após a morte,
Pois se da minha; inferno tu fizeste,
Espero que o demônio te suporte,
E retribua tudo o que me deste,

Caricatura tosca, uma ilusão,
Que um dia ousei pensar ser solução...

A NOVA MULHER?

Menina disfarçada de princesa,
Brincando de boneca; isto faz tempo,
Outrora qualquer simples passatempo
Jamais nos causaria uma surpresa...

Coloca seu baton e a microssaia,
Desfila pelos shoppings, a pivete,
Querendo ser chamada piriguete,
Caiando na balada ou na gandaia...

O cérebro, entretanto se atrofia,
Cabeça de melão, bunda arriada,
Porém na academia, bem malhada,

Se não der certo; tem a cirurgia...
Coloca silicone em cada seio,
A vaca preparada pro rodeio...

BESTA FERA

Não posso acreditar que inda é possível
A salvação de espécie tão atroz,
A besta mais audaz e mais feroz,
Não é capaz de ser tão infalível.

Um ser que se mostrando corruptível
Se vende por trocados; dá seus nós,
Não crendo que inda exista um mundo após,
Transforma o nosso mundo, isto é implausível.

Destrói a própria raça, sem motivos
Que possam ser cabíveis, aceitáveis,
E aqueles que inda restam semi-vivos

Nos guetos, nos escombros, nas favelas,
A multidão de seres miseráveis
Marcando em suas costas, lanhos, selas...

A NOSSA FÉ- dueto RONALDO RHUSSO E MARCOS LOURES

A NOSSA FÉ
Razão tu tens, irmão, poeta e amigo!
Então deslizo e falo de outra vida
Em céu, em Terra Nova prometida!
A mim costuma ser o que eu persigo...

Viver, morrer, aqui é um perigo!
E eu sei, também a ti, ELE convida
A ir pr’esse lugar que é sem medida.
Ah! Creias, tou falando de um abrigo!

Eu sei que ELE virá porque já veio.
Repare no comer da multidão!
Tilintam sinos dessa falsa fé,

Mas Cristo, eu sei, te quer doar um seio
Além do que o pulsar do coração.
Ta bom! Sou sonhador, mas isso é fé!


Ronaldo Rhusso

Nós temos a esperança feita em fé
De um tempo bem mais calmo e mais suave,
Após nossa viagem, noutra nave
Que faça este percurso; aonde? Até?

Mas quando a noite chega e traz vazios,
Mergulho num abismo sem respostas,
E mesmo que ainda crie, firmes crostas,
Às vezes dolorosos arrepios...

Eu creio, nunca nego, em Cristo Deus,
E faço desta crença uma bandeira,
Dizer sempre até logo e nunca adeus,

Marcando desde sempre pela dor,
Amiga tão voraz e costumeira,
Parceira de oração e de louvor...

NOSSAS DORES

Amigo é quem entende nossas dores,
E faz do dia a dia, mais tranqüilo,
Estende mansamente belas flores,
Critica, se preciso, nosso estilo.

Amigo não esconde nossos erros,
E sempre francamente é verdadeiro,
Por mais que sejam duros os desterros,
Mergulha ao nosso lado, por inteiro.

Amigo de verdade? São bem raros,
Se existem, valem mais do que tesouros,
Por isso é que me são sempre tão caros,
Trazendo em segurança, ancoradouros.

Ao tê-la, companheira, aqui do lado,
Eu sinto-me por Deus já laureado...

DIVERSOS PRECIPÍCIOS

Diversos precipícios enfrentei
Na dura caminhada pela vida,
Abismos com meus pés, tolo criei,
Porém cada batalha foi vencida.

Poder contar com todo o teu apoio
Seguir contra as marés, ir adiante,
Aprendo a separar trigo do joio,
Ouvir cada palavra que agigante

Podendo discernir o bem e o mal,
Somente na amizade encontro, enfim,
As forças pra cevar no meu quintal
O amor que florirá todo o jardim,

Poder ser teu amigo e companheiro,
Um diamantino brilho verdadeiro...

A NOITE

Minha alma pensativa quer respostas
Que a noite tão somente ainda me traz,
Silenciosamente, tudo em paz,
As horas avançadas, mesas postas,

Arranham mil demônios minhas costas,
E penso quanto outrora fui capaz,
Agora este vazio. O frio audaz
As chagas e as feridas sendo expostas...

Perdido entre vagares e vazios,
Os ermos da ilusão são companheiros,
Lançado aos doloridos desafios,

A carne apodrecida nada vale,
Quem dera os dias fossem mais ligeiros,
Talvez em algum canto, uma alma fale...

MEU AMIGO

Não quero mais saber de confusões
Escrevo pra mim mesmo e isto me basta
Não tenho tempo, amigo e me desgasta
Viver as mais distantes ilusões.

Franqueza com certeza aos borbotões
E isto dos meus versos sempre afasta
Quem pensa ser poeta e doutra casta
Não vou ficar na cova com leões...

Apenas quero ter a liberdade
De ser o que pretendo enquanto há tempo
A poesia sendo um mero passatempo

Não pode destroçar uma amizade
Perdoe se te ofendo ou ofendi,
Mas quero a plena paz que encontro aqui...

AMIGA, COMO É BOM SENTIR

Amiga como é bom poder sentir
Que estás sempre comigo, pareados.
Os dias entre dores são contados,
Ausente muitas vezes o porvir.

Mas quando estás aqui, o prosseguir
Permite novos sonhos encantados
E os medos quando são desafiados
Não voltam e nem vão se repetir.

Angústias, diluídas nos sorrisos,
Na força da amizade, o meu poder
Trazendo além de tudo este prazer

Momentos tão suaves e precisos.
Não deixe que este encanto se arrefece
Uma amizade é como fosse prece...

À NOITE

À noite sob a lua, um andarilho
Encontra encruzilhadas tão diversas,
As suas decisões então dispersas
Escolhem o caminho, segue o trilho.

E a cada nova esquina um empecilho,
Ouvindo bem distantes, as conversas,
Em plenos pesadelos vão imersas
As frias sensações; soturno brilho...

Andando sem destino por veredas,
Aguardo o renascer de um claro sol,
Embrenho-me por várias alamedas,

Qualquer esconderijo, qualquer toca,
E encontro finalmente este paiol,
Aonde a fantasia vã se estoca...

O PODER QUE ME FASCINA

Tu tens este poder que me fascina,
Retiras empecilhos do caminho,
No olhar tão delicado da menina,
Poderes sem igual; neles me aninho

E busco interminável e rara mina,
Distante de teus olhos me definho,
A vida por si só já determina,
Aonde encontrarei repouso e ninho...

No quanto sou feliz em poder crer
Na doce fantasia de viver
Ao lado deste alguém que eu amo tanto...

Vencer as intempéries, ser mais forte,
Usando o sentimento como norte
Calando desde sempre a dor e o pranto...

ONLY KNOW YOU LOVED ...

ONLY KNOW YOU LOVED ...

Diving in the past, and your portrait
Taking my mind, fully
Saying how happy, in love,
And the dreams I snatch a moment

While I think of you, suffering,
The love that I wanted, abandoned,
Only the void, and upset,
I realize how foolish or ungrateful.

The letters he sent, in the drawer,
The look sincere and pure teen
The intoxicating night, wine, parties,

Life in an outburst that comet
Happiness then became urgent,
The sweet illusions, dead, dismal ...

SOLO SAPERE TI HA AMATO ...

SOLO SAPERE TI HA AMATO ...

Immersioni in passato, e il tuo ritratto
Prendendo la mia mente, completamente
Dire quanto sono felice, innamorata,
E i sogni che strappare un momento

Mentre penso a te, la sofferenza,
L'amore che ho voluto, abbandonati,
Solo il vuoto, e sconvolto,
Mi rendo conto di quanto stupido o ingrato.

Le lettere che inviava, nel cassetto,
Il teen sguardo sincero e puro
La notte inebriante, il vino, feste,

La vita in un'esplosione che cometa
La felicità poi divenne urgente,
Le illusioni dolce, morto, triste ...

Sólo sé que te encantó ...

Sólo sé que te encantó ...

Buceando en el pasado, y su retrato
Tomando mi mente, totalmente
Diciendo lo feliz que, en el amor,
Y los sueños que arrebatarle un momento

Mientras pienso en ti, el sufrimiento,
El amor que yo quería, abandonados,
Sólo el vacío, y molesto,
Me doy cuenta de lo tonto o ingrato.

Las cartas que envió, en el cajón,
El adolescente mirada sincera y pura
La noche embriagante, el vino, fiestas,

La vida en una explosión que cometa
La felicidad se convirtió en urgente,
Los dulces ilusiones, muerto, triste ...