NO RABO DO COMETA
Pego às vezes a carona
Neste rabo de cometa
E se adentro em qualquer greta
A verdade já se adona,
Moça bela e solteirona
Tanto engano que cometa
Minha amiga não prometa
Que este sonho te abandona.
Risca o céu a poesia
E transforma qualquer forma
Muitas vezes já deforma
Ou diversa face cria,
Não pudesse a melodia
Quando o encanto se conforma
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
NADA MAIS QUERO
NADA MAIS QUERO
Reduzido agora a pó
Nada mais quero pra mim,
Sendo agreste o meu jardim,
Esta vida dando um nó,
Caminhando sempre só
Vejo as marcas de onde vim
E teimando até o fim,
Já não quero pena e dó,
Sei da minha desventura
A decerto uma amizade
Tanto bem nos agrade,
Mas deveras nunca cura,
Hoje eu falo de quem tanto
Se perdeu em desencanto.
Reduzido agora a pó
Nada mais quero pra mim,
Sendo agreste o meu jardim,
Esta vida dando um nó,
Caminhando sempre só
Vejo as marcas de onde vim
E teimando até o fim,
Já não quero pena e dó,
Sei da minha desventura
A decerto uma amizade
Tanto bem nos agrade,
Mas deveras nunca cura,
Hoje eu falo de quem tanto
Se perdeu em desencanto.
RASTROS
RASTROS
Rastros vejo do que um dia
Poderia ser diverso
Se eu ainda tento um verso
Onde nada caberia
Não me venha em heresia
Já dizer do quão disperso
Possa ser este universo
Nele o rastro não me guia,
Esgotando toda a sorte
Sem ter nada que suporte
A verdade dita o rumo,
E se tanto sou culpado,
Vejo as sombras do passado,
Qualquer coisa hoje eu consumo.
Rastros vejo do que um dia
Poderia ser diverso
Se eu ainda tento um verso
Onde nada caberia
Não me venha em heresia
Já dizer do quão disperso
Possa ser este universo
Nele o rastro não me guia,
Esgotando toda a sorte
Sem ter nada que suporte
A verdade dita o rumo,
E se tanto sou culpado,
Vejo as sombras do passado,
Qualquer coisa hoje eu consumo.
SE A SEREIA
Não resisto se a sereia
Inda vem em cantoria,
Nem tampouco se inda cria
Num sertão a lua cheia,
Mas a sorte não rodeia
Quem perdendo a fantasia
Assassina a poesia
E deveras não clareia
Sem arreio este corcel
Galopando agora ao léu
Caminhada tão confusa
Pobre mesmo desta que
A beleza não mais vê,
Tenho pena desta Musa...
Inda vem em cantoria,
Nem tampouco se inda cria
Num sertão a lua cheia,
Mas a sorte não rodeia
Quem perdendo a fantasia
Assassina a poesia
E deveras não clareia
Sem arreio este corcel
Galopando agora ao léu
Caminhada tão confusa
Pobre mesmo desta que
A beleza não mais vê,
Tenho pena desta Musa...
SERPENTE
A peçonha diz serpente
A serpente diz do fogo
E deveras neste jogo
Não há fé que me apascente
Não que seja algum demente
Desde quando agora e logo
Se por vezes inda rogo
É que ainda sou temente,
Vivo as cenas do abandono
Vivo as trevas do que agora
Tão somente vejo aflora
E não deixa sobrar nada
A seara destroçada,
Só me dá cansaço e sono...
A serpente diz do fogo
E deveras neste jogo
Não há fé que me apascente
Não que seja algum demente
Desde quando agora e logo
Se por vezes inda rogo
É que ainda sou temente,
Vivo as cenas do abandono
Vivo as trevas do que agora
Tão somente vejo aflora
E não deixa sobrar nada
A seara destroçada,
Só me dá cansaço e sono...
QUALQUER SINAL
QUALQUER SINAL
Não se vê qualquer sinal
Do que fora noutras eras
Poesia em que temperas
Um divino ritual
O caminho magistral
Hoje feito pelas feras
Não se pode em primaveras
Onde eterno este invernal.
E percebo quanto eu falo
Mesmo quando crio calo
A verdade após o quanto
Verso tanto poderia,
Mas a noite sendo fria
Espalhando este quebranto.
Não se vê qualquer sinal
Do que fora noutras eras
Poesia em que temperas
Um divino ritual
O caminho magistral
Hoje feito pelas feras
Não se pode em primaveras
Onde eterno este invernal.
E percebo quanto eu falo
Mesmo quando crio calo
A verdade após o quanto
Verso tanto poderia,
Mas a noite sendo fria
Espalhando este quebranto.
CLEMÊNCIA?
CLEMÊNCIA?
Clementes dias noites tempestades
Se assim já a vida, mas do jeito
Que as coisas vão mostrando já seu pleito
Inusitado rumo em que degrades
Deixando para trás velhas saudades
E nada se mostrando no teu leito
A Musa se mandando, e insatisfeito
Matando a poesia, não agrades
Sequer aos mais sobejos modernistas,
São coisas bem diversas, mas não vês
Aonde se bebesse a insensatez
Disperso amanhecer daí avistas
E crendo que isto é belo, meu amigo
A Diva te condena ao desabrigo...
Marcos Loures
Clementes dias noites tempestades
Se assim já a vida, mas do jeito
Que as coisas vão mostrando já seu pleito
Inusitado rumo em que degrades
Deixando para trás velhas saudades
E nada se mostrando no teu leito
A Musa se mandando, e insatisfeito
Matando a poesia, não agrades
Sequer aos mais sobejos modernistas,
São coisas bem diversas, mas não vês
Aonde se bebesse a insensatez
Disperso amanhecer daí avistas
E crendo que isto é belo, meu amigo
A Diva te condena ao desabrigo...
Marcos Loures
4/2
Amor se torna audaz e convulsivo,
E sei que na verdade isto me ilude
O tempo mata a antiga juventude
E sei que apenas tento e sobrevivo,
O mundo que pudera compreensivo
Agora noutro passo se transmude
E gera sem saber tal magnitude
E nisto dos meus sonhos já me privo.
Arrendando o cenário em turbulência
A luta se transforma em penitência
E bebo cada gole de um passado,
Há tanto noutro sonho desvendado
E nisto arremetendo-me ao que um dia
O canto noutro tom ecoaria.
Amor se torna audaz e convulsivo,
E sei que na verdade isto me ilude
O tempo mata a antiga juventude
E sei que apenas tento e sobrevivo,
O mundo que pudera compreensivo
Agora noutro passo se transmude
E gera sem saber tal magnitude
E nisto dos meus sonhos já me privo.
Arrendando o cenário em turbulência
A luta se transforma em penitência
E bebo cada gole de um passado,
Há tanto noutro sonho desvendado
E nisto arremetendo-me ao que um dia
O canto noutro tom ecoaria.
Adeus aos meus propósitos
Adeus aos meus propósitos
Adeus aos meus propósitos já dei
E não voltando atrás, seguindo em paz,
Do quanto ainda um dia ser capaz
Permite quem me dera, bela grei.
Aonde surrupiam norma e lei
O monstro do vazio é mais mordaz,
E beija como fosse Satanás
Não deixa nem sentir o que escutei
Outrora de uma mestra em português
Falando sobre métrica e cadência
Ainda tenho em mim esta inocência
Enquanto encontro ausente lucidez,
Por isso retirando cada verso
Silente desde já meu universo...
Marcos Loures
Adeus aos meus propósitos já dei
E não voltando atrás, seguindo em paz,
Do quanto ainda um dia ser capaz
Permite quem me dera, bela grei.
Aonde surrupiam norma e lei
O monstro do vazio é mais mordaz,
E beija como fosse Satanás
Não deixa nem sentir o que escutei
Outrora de uma mestra em português
Falando sobre métrica e cadência
Ainda tenho em mim esta inocência
Enquanto encontro ausente lucidez,
Por isso retirando cada verso
Silente desde já meu universo...
Marcos Loures
TOTALMENTE ABANDONADO
TOTALMENTE ABANDONADO
Se às vezes num soneto vão me acampo
Procuro uma defesa pelo menos
Que possa retirar alguns venenos
Que colho quando luto em tosco campo,
Meu telefone agora tendo um grampo
Os dias não serão bem mais amenos
Tampouco me importando se serenos
Matassem o derradeiro pirilampo,
Encampo velharias, sou museu
E jogo meus poemas no porão
Sabendo quão diversa direção
Demonstra a que ponto se perdeu
O velho repentista do passado
Morrendo totalmente abandonado...
Se às vezes num soneto vão me acampo
Procuro uma defesa pelo menos
Que possa retirar alguns venenos
Que colho quando luto em tosco campo,
Meu telefone agora tendo um grampo
Os dias não serão bem mais amenos
Tampouco me importando se serenos
Matassem o derradeiro pirilampo,
Encampo velharias, sou museu
E jogo meus poemas no porão
Sabendo quão diversa direção
Demonstra a que ponto se perdeu
O velho repentista do passado
Morrendo totalmente abandonado...
ESTRADA RELUZENTE?
ESTRADA RELUZENTE?
Cadáver mal cheiroso do que um dia
Ainda fora estrada reluzente
Porquanto a tal loucura se apresente
O sonho para sempre já se adia,
Medonha face exposta se é sombria
Translado se fazendo do doente
Aonde academia nega e mente
O que falar então da confraria?
Não resta senão isso: eu me calar
Não pude com a força deste mar
Há tanto poluído por rapinas,
E sendo assim estúpido poeta
A morte desta inútil se completa
No quanto em versos turvos desatinas...
Cadáver mal cheiroso do que um dia
Ainda fora estrada reluzente
Porquanto a tal loucura se apresente
O sonho para sempre já se adia,
Medonha face exposta se é sombria
Translado se fazendo do doente
Aonde academia nega e mente
O que falar então da confraria?
Não resta senão isso: eu me calar
Não pude com a força deste mar
Há tanto poluído por rapinas,
E sendo assim estúpido poeta
A morte desta inútil se completa
No quanto em versos turvos desatinas...
OBSCURANTISMO
OBSCURANTISMO
Apenas me restando o obscuratismo
Aonde me guardando para o fim,
Renego cada passo de onde vim
E salto neste instante neste abismo.
Por vezes percebera o cataclismo,
Mas quando se perfila tudo assim
O vinho avinagrado sinto enfim
Tomar esta paisagem onde eu cismo.
Pecados cometidos? Poesia.
Apenas nada mais e se eu desisto
Não quero ser do verso como um Cristo
Nem mesmo decorar cena sombria,
E deixo para aqueles que mataram
Soneto, estas carcaças que restaram.
MARCOS LOURES
Apenas me restando o obscuratismo
Aonde me guardando para o fim,
Renego cada passo de onde vim
E salto neste instante neste abismo.
Por vezes percebera o cataclismo,
Mas quando se perfila tudo assim
O vinho avinagrado sinto enfim
Tomar esta paisagem onde eu cismo.
Pecados cometidos? Poesia.
Apenas nada mais e se eu desisto
Não quero ser do verso como um Cristo
Nem mesmo decorar cena sombria,
E deixo para aqueles que mataram
Soneto, estas carcaças que restaram.
MARCOS LOURES
ISOLADO.
ISOLADO.
Isolo-me do mundo e só me resta
Um facho meio opaco desta luz,
Beleza muitas vezes reproduz
O quanto poderia entrar na fresta,
Mas sei tal realidade que é funesta
Vertendo invés do claro torpe pus,
E quanto mais ainda enfim me opus
Jogado porta afora nesta festa,
E o vandalismo toma o que já fora
Uma arte tão sublime e abandonada
A cada novo verso se percebe
Na senda mais atroz e redentora
Quanto improvável ver na mesma sebe
A primavera intensa, outra florada...
Isolo-me do mundo e só me resta
Um facho meio opaco desta luz,
Beleza muitas vezes reproduz
O quanto poderia entrar na fresta,
Mas sei tal realidade que é funesta
Vertendo invés do claro torpe pus,
E quanto mais ainda enfim me opus
Jogado porta afora nesta festa,
E o vandalismo toma o que já fora
Uma arte tão sublime e abandonada
A cada novo verso se percebe
Na senda mais atroz e redentora
Quanto improvável ver na mesma sebe
A primavera intensa, outra florada...
JOGADO ÀS TRAÇAS
JOGADO ÀS TRAÇAS
Jogado agora às traças o meu verso
Jamais teria ao menos um segundo
Aonde em poesia se eu me inundo
O mundo se mostrando mais perverso,
E quando neste pouco ou nada imerso
Sentindo este vazio, torpe e imundo,
O coração de um velho vagabundo
Persegue cada luz, morre disperso.
Não pude compactuar com a heresia
Que vejo amortalhando a poesia
E então prefiro mesmo a solidão.
Esgarçando a palavra esta colheita
Deveras onde a fera se deleita
Traduz assim somente a negação.
MARCOS LOURES
Jogado agora às traças o meu verso
Jamais teria ao menos um segundo
Aonde em poesia se eu me inundo
O mundo se mostrando mais perverso,
E quando neste pouco ou nada imerso
Sentindo este vazio, torpe e imundo,
O coração de um velho vagabundo
Persegue cada luz, morre disperso.
Não pude compactuar com a heresia
Que vejo amortalhando a poesia
E então prefiro mesmo a solidão.
Esgarçando a palavra esta colheita
Deveras onde a fera se deleita
Traduz assim somente a negação.
MARCOS LOURES
Ourives da palavra
Ourives da palavra
Ourives da palavra algum poeta
Que possa traduzir um sentimento
Enquanto outro caminho ainda tento
A vida se transforma e me deleta,
Não pude competir contra a completa
Loucura de quem dita o pensamento,
E assim ao me afastar por um momento
Não quero confirmar nesta concreta
Paisagem feita em trágica figura,
E quando solitária se afigura
A sorte de quem tanto quis a luz,
Rasgando cada verso de um soneto
Ao pálido caminho me arremeto
Somente este vazio me conduz...
Marcos Loures
Ourives da palavra algum poeta
Que possa traduzir um sentimento
Enquanto outro caminho ainda tento
A vida se transforma e me deleta,
Não pude competir contra a completa
Loucura de quem dita o pensamento,
E assim ao me afastar por um momento
Não quero confirmar nesta concreta
Paisagem feita em trágica figura,
E quando solitária se afigura
A sorte de quem tanto quis a luz,
Rasgando cada verso de um soneto
Ao pálido caminho me arremeto
Somente este vazio me conduz...
Marcos Loures
MINHA SORTE
Minha sorte
Jogando a minha sorte noutro tanto
Aonde não pudesse transcender
Ao menos qualquer forma de prazer
Envolta em falsa luz, teimoso eu canto.
Não posso sonegar sequer o espanto
E quando aprendo aos poucos o viver
Nefasta realidade passo a ver
Enlutando com dores cada manto
Esboço reações, nada adianta
A vida não se dá sem ser assim,
A morte vencerá num ledo fim,
E a voz inda vai presa na garganta,
Um dia quis ouvir algum alento,
Mas sei que solitário eu me atormento...
Jogando a minha sorte noutro tanto
Aonde não pudesse transcender
Ao menos qualquer forma de prazer
Envolta em falsa luz, teimoso eu canto.
Não posso sonegar sequer o espanto
E quando aprendo aos poucos o viver
Nefasta realidade passo a ver
Enlutando com dores cada manto
Esboço reações, nada adianta
A vida não se dá sem ser assim,
A morte vencerá num ledo fim,
E a voz inda vai presa na garganta,
Um dia quis ouvir algum alento,
Mas sei que solitário eu me atormento...
Cada segredo
Cada segredo
Pudesse desvendar cada segredo
Embora saiba sempre ser assim
O tanto que fizesse gera o fim
E nela tantos erros eu procedo
Fazendo do vazio o meu enredo
Dessedentando em fúria meu jardim
Aonde dito o rito enquanto enfim
Quem sabe continue alheio e ledo.
Não vejo solução e nem podia
Viver outro momento que não este
Embora em tua ausência não em deste
Sequer a menor chance, perco a luta
Na lua tão distante o teu reflexo
E quando ainda busco qualquer nexo
Minha alma insanamente, pois, reluta...
Pudesse desvendar cada segredo
Embora saiba sempre ser assim
O tanto que fizesse gera o fim
E nela tantos erros eu procedo
Fazendo do vazio o meu enredo
Dessedentando em fúria meu jardim
Aonde dito o rito enquanto enfim
Quem sabe continue alheio e ledo.
Não vejo solução e nem podia
Viver outro momento que não este
Embora em tua ausência não em deste
Sequer a menor chance, perco a luta
Na lua tão distante o teu reflexo
E quando ainda busco qualquer nexo
Minha alma insanamente, pois, reluta...
PUDESSE TRADUZIR
Ainda que se faça farsa aonde
Pudera a fera imensa traduzir
O quanto nada tendo no porvir
Passado traça a linha e assim esconde
E nada do que fomos traz ainda
O tanto onde pudera parecer
Enquanto a vida eu sinto esvaecer
Futuro eu não concebo nem deslindo
Assisto à formidável heresia
Escravo desta métrica infernal
Não posso transformar um ritual
Em outro senão mato a fantasia
E morta a fantasia se deleta
O que dentro de mim fora um poeta...
Pudera a fera imensa traduzir
O quanto nada tendo no porvir
Passado traça a linha e assim esconde
E nada do que fomos traz ainda
O tanto onde pudera parecer
Enquanto a vida eu sinto esvaecer
Futuro eu não concebo nem deslindo
Assisto à formidável heresia
Escravo desta métrica infernal
Não posso transformar um ritual
Em outro senão mato a fantasia
E morta a fantasia se deleta
O que dentro de mim fora um poeta...
ESPECULAR IMAGEM
ESPECULAR IMAGEM
Além da curvatura da cintura
A moça requebrando trouxe em mim
Lembrança de outros tempos, chego ao fim
Depois de tanto tempo de amargura
Quem sabe possa ver na criatura
A flor mais temporã deste jardim,
E tanto poderia ser assim
A vida que decerto se procura,
Mas sei destes quadris fenomenais
Rebola, bole e quando me dá bola
Vontade de menino toma e assola,
Porém sei que não posso nunca mais
Caindo na real, eu vejo o espelho
E dando um grande esporro me aconselho.
Além da curvatura da cintura
A moça requebrando trouxe em mim
Lembrança de outros tempos, chego ao fim
Depois de tanto tempo de amargura
Quem sabe possa ver na criatura
A flor mais temporã deste jardim,
E tanto poderia ser assim
A vida que decerto se procura,
Mas sei destes quadris fenomenais
Rebola, bole e quando me dá bola
Vontade de menino toma e assola,
Porém sei que não posso nunca mais
Caindo na real, eu vejo o espelho
E dando um grande esporro me aconselho.
MEDONHA FACE EXPOSTA
Medonha face exposta da verdade
E nela se percebe muito bem
O que tanta mentira em si contém
Num ato tão terrível que degrade
Funesta festa feita em tom maior
Arquibancada vê o novo drama
E quando um geraldino já reclama
A coisa vai ficando bem pior,
Assim a poesia se entregando
E dela nem mortalha mais se vê
Defunto caminhando sem por que
Cenário que bem sei ser tão nefando,
Um cavaleiro andante quixotesco
Que fez num meio agora mais dantesco?
E nela se percebe muito bem
O que tanta mentira em si contém
Num ato tão terrível que degrade
Funesta festa feita em tom maior
Arquibancada vê o novo drama
E quando um geraldino já reclama
A coisa vai ficando bem pior,
Assim a poesia se entregando
E dela nem mortalha mais se vê
Defunto caminhando sem por que
Cenário que bem sei ser tão nefando,
Um cavaleiro andante quixotesco
Que fez num meio agora mais dantesco?
VELANDO A POESIA
Resisto a tanta dor embora eu creia
Na farsa exposta enquanto produzisse
Caminho mais diverso da mesmice
Que tanto invade agora cada veia,
Velando este cadáver, poesia,
Não vejo mais saída e nem pretendo,
Fazendo do meu verso o dividendo
Do nada que este nada só recria,
Aguardo alguma chance, mas eu sei
Que nada se fará após a chuva
Minha alma com seus dotes de viúva
Ainda vê deveras velha grei
Das sendas do passado? Nem a sombra
Apenas o vazio que hoje assombra.
Na farsa exposta enquanto produzisse
Caminho mais diverso da mesmice
Que tanto invade agora cada veia,
Velando este cadáver, poesia,
Não vejo mais saída e nem pretendo,
Fazendo do meu verso o dividendo
Do nada que este nada só recria,
Aguardo alguma chance, mas eu sei
Que nada se fará após a chuva
Minha alma com seus dotes de viúva
Ainda vê deveras velha grei
Das sendas do passado? Nem a sombra
Apenas o vazio que hoje assombra.
E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
A velha prostituta do passado
Vendida a Constantino num jogral
Ainda se pensando a principal
Demônio em santidade disfarçado,
O corpo de um Jesus crucificado
Num mesmo e tão perverso ritual
Aonde se pudera angelical
Apenas sobrevive do pecado.
Satânicos padrecos entre lama
Os riscos do viver sempre aumentando
Quisera ouvir um canto doce e brando,
Mas quando vocifera a fera clama
Sacrificando enfim este cordeiro
Num ato quase insano e traiçoeiro...
Vendida a Constantino num jogral
Ainda se pensando a principal
Demônio em santidade disfarçado,
O corpo de um Jesus crucificado
Num mesmo e tão perverso ritual
Aonde se pudera angelical
Apenas sobrevive do pecado.
Satânicos padrecos entre lama
Os riscos do viver sempre aumentando
Quisera ouvir um canto doce e brando,
Mas quando vocifera a fera clama
Sacrificando enfim este cordeiro
Num ato quase insano e traiçoeiro...
ALCATÉIA
O Cristo que eu conheço é libertário
Diverso deste milagreiro ser
Que em cada nova Igreja eu posso ver
Por vezes um satânico operário.
Vendido como fosse a panacéia
Jogado contra as feras, Daniel,
Sem ter sequer mortalha, bebe o fel
Depois se crucifica pra platéia.
Atéia esta alcatéia desairosa
Que tanto ouvir falar, mas não percebe
Suprema maravilha de uma sebe
E quando demonstrava a paz, a rosa
Guerreiros do Senhor ou do demônio,
Pastores fazem Deus, seu patrimônio...
Diverso deste milagreiro ser
Que em cada nova Igreja eu posso ver
Por vezes um satânico operário.
Vendido como fosse a panacéia
Jogado contra as feras, Daniel,
Sem ter sequer mortalha, bebe o fel
Depois se crucifica pra platéia.
Atéia esta alcatéia desairosa
Que tanto ouvir falar, mas não percebe
Suprema maravilha de uma sebe
E quando demonstrava a paz, a rosa
Guerreiros do Senhor ou do demônio,
Pastores fazem Deus, seu patrimônio...
ESGARES
Esgares desta vida em turbulência
Já não permitem mais que se acredite
No rumo aonde existe algum limite
Enquanto mais distante uma inocência.
Ao menos poderia ser diverso
Se a força não vencesse sempre o frágil,
E embora muitas vezes sou tão ágil
Não tendo um só fuzil, restando o verso
E ainda sendo assim um vão soneto
Ultrapassada forma de expressão
As mortes entre tantas mostrarão
Ao quanto na verdade eu me arremeto,
Usando esta palavra, meu cinzel,
Eu tento e vou cumprindo o meu papel...
Já não permitem mais que se acredite
No rumo aonde existe algum limite
Enquanto mais distante uma inocência.
Ao menos poderia ser diverso
Se a força não vencesse sempre o frágil,
E embora muitas vezes sou tão ágil
Não tendo um só fuzil, restando o verso
E ainda sendo assim um vão soneto
Ultrapassada forma de expressão
As mortes entre tantas mostrarão
Ao quanto na verdade eu me arremeto,
Usando esta palavra, meu cinzel,
Eu tento e vou cumprindo o meu papel...
EM DESALENTO
Em desalento vejo este retrato
E tanto espelho a dor que ora cultivo
E neste nada ou pouco sigo altivo
Mal importando mesmo qualquer fato,
Espúrio caminheiro do vazio,
Um quixotesco rumo? Nunca mais,
Aonde se pudesse em sensuais
Prazeres do poder, quero e desfio.
Resisto? Na verdade só me acanho.
Ainda não sou podre como tantos,
Embora esta sereia com seus cantos
Prometendo ao corrupto belo ganho,
Mesquinharia diz do mundo agora
A fera? Outra maior chega e devora!
E tanto espelho a dor que ora cultivo
E neste nada ou pouco sigo altivo
Mal importando mesmo qualquer fato,
Espúrio caminheiro do vazio,
Um quixotesco rumo? Nunca mais,
Aonde se pudesse em sensuais
Prazeres do poder, quero e desfio.
Resisto? Na verdade só me acanho.
Ainda não sou podre como tantos,
Embora esta sereia com seus cantos
Prometendo ao corrupto belo ganho,
Mesquinharia diz do mundo agora
A fera? Outra maior chega e devora!
CENÁRIO TENEBROSO
Deslinda-se em cenário tenebroso
O quanto poderia em claridade
No passo que deveras desagrade
Jamais se traduzindo em sorte e gozo.
Um melindroso assunto, vida e morte,
E tanto eu quis até ser mais tranqüilo,
Mas quando em amargor assim desfilo
Que faço se é tão pútrido este aporte?
A porta se mantendo assim cerrada
O quadro desenhado tanto assusta
A força em desvario tão robusta
Gerando após o todo, sempre o nada,
E tanto se porfia inutilmente
Nem mesmo o suicídio me apascente...
O quanto poderia em claridade
No passo que deveras desagrade
Jamais se traduzindo em sorte e gozo.
Um melindroso assunto, vida e morte,
E tanto eu quis até ser mais tranqüilo,
Mas quando em amargor assim desfilo
Que faço se é tão pútrido este aporte?
A porta se mantendo assim cerrada
O quadro desenhado tanto assusta
A força em desvario tão robusta
Gerando após o todo, sempre o nada,
E tanto se porfia inutilmente
Nem mesmo o suicídio me apascente...
AUTO-DESTRUIÇÃO
Dos féretros que esta alma já soubera
As ânsias não são mais somente fins
Semente apodrecida em meus jardins
Aonde posso ver a primavera?
A fera se expressando no não ser
A Terra se tornando outra Agripina,
Lunático caminho em que alucina
A fome incomparável do poder,
E posso até saber de um novo sol
Aonde tanta bruma doma a cena,
Mas quando a realidade assim se acena
Ofusca em dor e pranto este arrebol,
Poeta. Um mensageiro da esperança?
Porém voz ao vazio já se lança.
As ânsias não são mais somente fins
Semente apodrecida em meus jardins
Aonde posso ver a primavera?
A fera se expressando no não ser
A Terra se tornando outra Agripina,
Lunático caminho em que alucina
A fome incomparável do poder,
E posso até saber de um novo sol
Aonde tanta bruma doma a cena,
Mas quando a realidade assim se acena
Ofusca em dor e pranto este arrebol,
Poeta. Um mensageiro da esperança?
Porém voz ao vazio já se lança.
PORTO MORTO
Ao corpo, porto morto o barco leva
E traça após a farsa novo cais
Esparsos dias velhos temporais
Atrozes caminheiros? Mesma treva.
Pudesse em prece ou riso um rito novo
E tanto não viria outra mortalha,
Mas quando encontro a dor que se amealha
Revejo a fome imensa de meu povo.
Estrias dentro da alma, na alameda
Aonde poderia ser melhor,
Desta injustiça a liça sei de cor
Tanta aguardente amarga me embebeda
E tento e não consigo, mas prossigo
Porém o joio toma o que era trigo.
E traça após a farsa novo cais
Esparsos dias velhos temporais
Atrozes caminheiros? Mesma treva.
Pudesse em prece ou riso um rito novo
E tanto não viria outra mortalha,
Mas quando encontro a dor que se amealha
Revejo a fome imensa de meu povo.
Estrias dentro da alma, na alameda
Aonde poderia ser melhor,
Desta injustiça a liça sei de cor
Tanta aguardente amarga me embebeda
E tento e não consigo, mas prossigo
Porém o joio toma o que era trigo.
SOLILÓQUIO
Jogado em algum canto imerso em solilóquio
Aprendo com a vida a não seguir conselhos
Pois neles não se vê além dos meus espelhos
E a cada novo passo um outro que provoque-o;
Assim a vida traça o medo do não ser
Insuperável erro aonde se sacia
O tétrico caminho em torno da agonia
Gerando a cada engodo um novo anoitecer.
Estradas onde um dia ainda imaginara
A sorte mais sobeja e mesmo até mais bela
O verso noutro tanto exposto se revela
Por tanto que inda seja a vida tão amara.
Medonho este fantasma em luz tão vária e rude
Lutar contra mim mesmo, o que deveras pude
Aprendo com a vida a não seguir conselhos
Pois neles não se vê além dos meus espelhos
E a cada novo passo um outro que provoque-o;
Assim a vida traça o medo do não ser
Insuperável erro aonde se sacia
O tétrico caminho em torno da agonia
Gerando a cada engodo um novo anoitecer.
Estradas onde um dia ainda imaginara
A sorte mais sobeja e mesmo até mais bela
O verso noutro tanto exposto se revela
Por tanto que inda seja a vida tão amara.
Medonho este fantasma em luz tão vária e rude
Lutar contra mim mesmo, o que deveras pude
AGRESSIVO
Ainda se mostrando em tom tão agressivo
O resto do que fui entranha a sala e toma
Cenário mais atroz e quando vejo a soma
Do pendular espelho ainda sobrevivo,
Mortalha que tecera a vida desde quando
O tempo transformado em treva e ventania
Gerara este demônio e nele se recria
A sorte desairosa; e a noite se entornando...
Ouvisse qualquer som em noite solitária
O mundo não teria a face desdenhosa
De quem sem ter saída ainda teima e glosa
Achando ser a morte espúria necessária.
Ecléticos, sutis, os dias são falazes
Diversos deste tanto; aonde o sonho trazes.
O resto do que fui entranha a sala e toma
Cenário mais atroz e quando vejo a soma
Do pendular espelho ainda sobrevivo,
Mortalha que tecera a vida desde quando
O tempo transformado em treva e ventania
Gerara este demônio e nele se recria
A sorte desairosa; e a noite se entornando...
Ouvisse qualquer som em noite solitária
O mundo não teria a face desdenhosa
De quem sem ter saída ainda teima e glosa
Achando ser a morte espúria necessária.
Ecléticos, sutis, os dias são falazes
Diversos deste tanto; aonde o sonho trazes.
SERVIL
Servil, mas sem ser vil nada teria
Quem eviscera a sorte em dor, punhal
O rito se tornando mais banal
A morte doma a fera? Fantasia...
Gestando o que pudesse ainda ter
Sementes onde agora vejo apenas
A morte se entornando em toscas cenas
Parindo a cada instante o desprazer.
Vestido do terror onde talvez
Pudesse acreditar num novo alento,
E quando outro caminho anseio ou tento
Errático cometa se desfez
E tanto poderia haver a estrada,
Mas como se minha alma atormentada?
Quem eviscera a sorte em dor, punhal
O rito se tornando mais banal
A morte doma a fera? Fantasia...
Gestando o que pudesse ainda ter
Sementes onde agora vejo apenas
A morte se entornando em toscas cenas
Parindo a cada instante o desprazer.
Vestido do terror onde talvez
Pudesse acreditar num novo alento,
E quando outro caminho anseio ou tento
Errático cometa se desfez
E tanto poderia haver a estrada,
Mas como se minha alma atormentada?
MEUS TEMPORAIS
MEUS TEMPORAIS
O sangue se entornando a cada corte
E tendo a solução bem mais distante
Arrastam-se correntes; delirante
Caminho me levando para a morte,
Do todo se vertendo o mesmo nada
E quando vi a sorte noutra senda
Sem ter cada alegria que se atenda
Dos meus anseios; tosca debandada.
Esgarçam-se as já rotas ilusões
E morto em vida resta tão somente
A lúdica esperança que apascente
Diversa do que em dor venal me expões
E tendo esta certeza do jamais
Cultivo dentro em mim, meus temporais.
O sangue se entornando a cada corte
E tendo a solução bem mais distante
Arrastam-se correntes; delirante
Caminho me levando para a morte,
Do todo se vertendo o mesmo nada
E quando vi a sorte noutra senda
Sem ter cada alegria que se atenda
Dos meus anseios; tosca debandada.
Esgarçam-se as já rotas ilusões
E morto em vida resta tão somente
A lúdica esperança que apascente
Diversa do que em dor venal me expões
E tendo esta certeza do jamais
Cultivo dentro em mim, meus temporais.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
JORNADA
JORNADA
Jornada em trevas feita, luz escassa
A vida não pudesse ter deveras
Além do dia a dia entre tais feras
Imagem que se mostre mais devassa,
O tempo amortalhado agora passa
E sangra em dores fartas, nas quimeras
Medonhas muito além do que inda esperas
Enquanto uma esperança se esfumaça.
Riscando deste mapa uma alegria,
Amedrontado encontro neste espelho
O olhar inebriado, em tom vermelho,
Venenos que hoje bebo me salvando
Do quanto no passado fui cruel,
E assim ao mergulhar em turvo véu,
Risível espantalho, um ser nefando...
Jornada em trevas feita, luz escassa
A vida não pudesse ter deveras
Além do dia a dia entre tais feras
Imagem que se mostre mais devassa,
O tempo amortalhado agora passa
E sangra em dores fartas, nas quimeras
Medonhas muito além do que inda esperas
Enquanto uma esperança se esfumaça.
Riscando deste mapa uma alegria,
Amedrontado encontro neste espelho
O olhar inebriado, em tom vermelho,
Venenos que hoje bebo me salvando
Do quanto no passado fui cruel,
E assim ao mergulhar em turvo véu,
Risível espantalho, um ser nefando...
MINHA BATALHA CONTRA A SORTE
MINHA BATALHA CONTRA A SORTE
Sustento esta batalha contra a sorte
E vejo decomposto cada sonho,
E quando à fantasia enfim me oponho
Seduz-me a realidade dita em morte,
E nego da esperança algum aporte
Resíduos do que fora decomponho
E morto em vida, mesmo em ar medonho,
Não tendo quem talvez inda conforte,
Este andarilho em tosca luz sombria
A cada nova noite soerguia
A voz nefanda e fria do abandono,
Resíduos em carcaças, carniceiro
O amor que tantas vezes rapineiro,
Tomando o que me resta espúrio sono...
Sustento esta batalha contra a sorte
E vejo decomposto cada sonho,
E quando à fantasia enfim me oponho
Seduz-me a realidade dita em morte,
E nego da esperança algum aporte
Resíduos do que fora decomponho
E morto em vida, mesmo em ar medonho,
Não tendo quem talvez inda conforte,
Este andarilho em tosca luz sombria
A cada nova noite soerguia
A voz nefanda e fria do abandono,
Resíduos em carcaças, carniceiro
O amor que tantas vezes rapineiro,
Tomando o que me resta espúrio sono...
Fadigas
Fadigas
Fadigas vão roubando as minhas pernas
E tento alguma fuga, mas não posso
E quando algum tormento ainda endosso,
As dores poderão ser mais eternas,
Não tendo em minhas mãos sequer lanternas
O quanto deste nada é sempre nosso,
E assim nesta mortalha eu me remoço
Volvendo aos duros dias das cavernas,
Terríveis cenas, névoas, torpes luzes,
E quando mais temível passo eu sigo,
O tempo condenando ao desabrigo
E nele meus demônios reproduzes,
Satânico momento morte atroz,
Ninguém escutará do sonho a voz...
Fadigas vão roubando as minhas pernas
E tento alguma fuga, mas não posso
E quando algum tormento ainda endosso,
As dores poderão ser mais eternas,
Não tendo em minhas mãos sequer lanternas
O quanto deste nada é sempre nosso,
E assim nesta mortalha eu me remoço
Volvendo aos duros dias das cavernas,
Terríveis cenas, névoas, torpes luzes,
E quando mais temível passo eu sigo,
O tempo condenando ao desabrigo
E nele meus demônios reproduzes,
Satânico momento morte atroz,
Ninguém escutará do sonho a voz...
NAS CAMPINAS
Dos animais que vejo nas campinas,
Das mortes em tocaia, dos chacais,
Os olhos tão famintos, temporais
E neles com certeza te fascinas,
Aonde em aridez houvesse minas,
Aonde não se viam vendavais
Somente agora em atos terminais
Corcéis em vão galope soltas crinas,
Demônios em satânicas orgias,
E quando se percebem heresias
Gargalhas entre as brumas, mais cruel,
E tudo se esvaindo em sanguinário
Momento aonde o medo é necessário
Urdido tão somente em fúria e fel.
Das mortes em tocaia, dos chacais,
Os olhos tão famintos, temporais
E neles com certeza te fascinas,
Aonde em aridez houvesse minas,
Aonde não se viam vendavais
Somente agora em atos terminais
Corcéis em vão galope soltas crinas,
Demônios em satânicas orgias,
E quando se percebem heresias
Gargalhas entre as brumas, mais cruel,
E tudo se esvaindo em sanguinário
Momento aonde o medo é necessário
Urdido tão somente em fúria e fel.
ESPELHO
Posso até rever no espelho
Tanta sorte que talvez
Ao tocar a lucidez
Vez por outra me aconselho
Ao vencer tantas desditas
Ditos soltos, frases ocas
E deveras nestas bocas
Quando inúteis forem ditas
Perpetuam a falácia
De quem tanto aventureiro
Meu caminho derradeiro
Não se faz com tanta audácia
Caminheiro do vazio,
Com meus erros me recrio.
Tanta sorte que talvez
Ao tocar a lucidez
Vez por outra me aconselho
Ao vencer tantas desditas
Ditos soltos, frases ocas
E deveras nestas bocas
Quando inúteis forem ditas
Perpetuam a falácia
De quem tanto aventureiro
Meu caminho derradeiro
Não se faz com tanta audácia
Caminheiro do vazio,
Com meus erros me recrio.
UM MUNDO QUE ENCANTASSE
Um mundo que encantasse e transcorresse
Com toda a calma enquanto a vida corta,
A sorte de sonhar; percebo morta,
Não tendo mais da vida uma benesse,
E sei que se recebe o que merece,
Por isso ao reabrir a velha porta,
Nem mesmo a fantasia ainda importa
O quadro em solidão, assim se tece.
Fagulhas de ilusão? Meros momentos
Aonde acreditei noutro caminho,
Mas quando me percebo mais sozinho,
São variáveis mesmo tantos ventos,
O fim se aproximando e o que fazer?
Somente os meus escombros recolher...
Com toda a calma enquanto a vida corta,
A sorte de sonhar; percebo morta,
Não tendo mais da vida uma benesse,
E sei que se recebe o que merece,
Por isso ao reabrir a velha porta,
Nem mesmo a fantasia ainda importa
O quadro em solidão, assim se tece.
Fagulhas de ilusão? Meros momentos
Aonde acreditei noutro caminho,
Mas quando me percebo mais sozinho,
São variáveis mesmo tantos ventos,
O fim se aproximando e o que fazer?
Somente os meus escombros recolher...
CADA SOMBRA
Olhando cada sombra do que fui
Revejo desde cedo os meus engenhos,
E aonde poderia com empenhos
Mudar o meu caminho, nada influi.
O tanto que sonhei e o peito intui
Traduz estas diversas faces, cenhos,
Traumáticos deveras desempenhos
A incompetência; assumo e o mundo rui.
Risível caricato, nada além.
Perdendo tanto tempo em solitário
Caminho que bem sei desnecessário
A poesia é morta e não convém
Somente a quem delira ou se perdeu,
Assim como bem sei, deveras, eu.
MARCOS LOURES
Revejo desde cedo os meus engenhos,
E aonde poderia com empenhos
Mudar o meu caminho, nada influi.
O tanto que sonhei e o peito intui
Traduz estas diversas faces, cenhos,
Traumáticos deveras desempenhos
A incompetência; assumo e o mundo rui.
Risível caricato, nada além.
Perdendo tanto tempo em solitário
Caminho que bem sei desnecessário
A poesia é morta e não convém
Somente a quem delira ou se perdeu,
Assim como bem sei, deveras, eu.
MARCOS LOURES
QUIETA E TRISTE
Sabendo ser minha alma quieta e triste,
Vasculho qualquer sombra de ilusão
E tento mesmo às vezes negação
Porém esta incerteza enfim persiste.
O quando da mortalha ainda existe
Moldando esta figura em solidão,
O rito mais audaz: transformação,
O mundo ainda teima, atroz insiste.
Resido no passado e disto eu sei,
Pudesse renovar a minha grei
E ter novo horizonte, mas a sorte
De quem se fez um louco alucinado
Viver marmorizado neste prado,
Aguardando silente pela morte.
Vasculho qualquer sombra de ilusão
E tento mesmo às vezes negação
Porém esta incerteza enfim persiste.
O quando da mortalha ainda existe
Moldando esta figura em solidão,
O rito mais audaz: transformação,
O mundo ainda teima, atroz insiste.
Resido no passado e disto eu sei,
Pudesse renovar a minha grei
E ter novo horizonte, mas a sorte
De quem se fez um louco alucinado
Viver marmorizado neste prado,
Aguardando silente pela morte.
FLORES DE PLÁSTICO
FLORES DE PLÁSTICO
Das flores que hoje sei serem de plástico
Eterna imagem morta sem perfume,
Até que meu olhar já se acostume
O quanto deste nada se fez drástico.
O amor que no passado foi bombástico
Agora se traduz em sexo e o lume
Da estrela se perdendo em teu ciúme,
Do cume este abissal caminho espástico.
Sedenta do que fora primavera,
Aguardo uma florada que não vem,
A noite nos motéis, na longa espera,
A fúria sensual sem ter por que,
E quando num espelho busco alguém
Imagem distorcida é o que se vê...
Das flores que hoje sei serem de plástico
Eterna imagem morta sem perfume,
Até que meu olhar já se acostume
O quanto deste nada se fez drástico.
O amor que no passado foi bombástico
Agora se traduz em sexo e o lume
Da estrela se perdendo em teu ciúme,
Do cume este abissal caminho espástico.
Sedenta do que fora primavera,
Aguardo uma florada que não vem,
A noite nos motéis, na longa espera,
A fúria sensual sem ter por que,
E quando num espelho busco alguém
Imagem distorcida é o que se vê...
ESPLENDOR E CLARIDADE
Aonde em esplendor a claridade
Tomava há muito tempo a minha vida,
Agora sem saber qualquer saída
A cada novo tempo que degrade
O mundo que sonhara em liberdade,
Mas quando desta glória se duvida
A estrada que se vê tão dividida
Apenas resta a luz em falsidade.
Da lua nem sequer um brilho eu vejo,
Neons tomando tudo, nem lampejo
De estrelas decorando ainda o céu,
Mortalha da emoção, mera tolice,
O dia a dia em fúria me desdisse,
A turbulência dita o tom do véu...
Tomava há muito tempo a minha vida,
Agora sem saber qualquer saída
A cada novo tempo que degrade
O mundo que sonhara em liberdade,
Mas quando desta glória se duvida
A estrada que se vê tão dividida
Apenas resta a luz em falsidade.
Da lua nem sequer um brilho eu vejo,
Neons tomando tudo, nem lampejo
De estrelas decorando ainda o céu,
Mortalha da emoção, mera tolice,
O dia a dia em fúria me desdisse,
A turbulência dita o tom do véu...
PRADOS VERDEJANTES?
Dos prados verdejantes nem sinal,
Agora entre estes prédios, solidão,
E tanto se perdendo a direção
O mundo noutra face e ritual,
O sonho de um poeta perde a nau
E aonde sem saber rumo ou timão
Eu possa perceber atracação,
Mas transcorrendo em seu normal,
Um carro de polícia, uma ambulância
A moça com seu ar, pura arrogância
Venenos tão comuns do dia a dia.
Neste engarrafamento o tempo passa,
Aonde quis o sol, mera fumaça,
Será que ainda cabe a fantasia?
Agora entre estes prédios, solidão,
E tanto se perdendo a direção
O mundo noutra face e ritual,
O sonho de um poeta perde a nau
E aonde sem saber rumo ou timão
Eu possa perceber atracação,
Mas transcorrendo em seu normal,
Um carro de polícia, uma ambulância
A moça com seu ar, pura arrogância
Venenos tão comuns do dia a dia.
Neste engarrafamento o tempo passa,
Aonde quis o sol, mera fumaça,
Será que ainda cabe a fantasia?
O ARROIO
O arroio se prendendo em suas margens
Não tendo mais vazão, seguindo em frente
Assim também a vida em contingente
Não deixa que eu conheça as paisagens
E tendo no meu peito tais visagens
Porquanto o novo sempre se apresente
Só resta-me seguir esta corrente
Ao percorrer assim mesmas viagens.
Quisera a liberdade em céu imenso
E quando noutros mundos teimo e penso,
A sorte me calando não permite
Que eu siga inusitada e bela grei,
A liberdade é tudo o que sonhei,
Sem ter fronteira, margem nem limite...
Não tendo mais vazão, seguindo em frente
Assim também a vida em contingente
Não deixa que eu conheça as paisagens
E tendo no meu peito tais visagens
Porquanto o novo sempre se apresente
Só resta-me seguir esta corrente
Ao percorrer assim mesmas viagens.
Quisera a liberdade em céu imenso
E quando noutros mundos teimo e penso,
A sorte me calando não permite
Que eu siga inusitada e bela grei,
A liberdade é tudo o que sonhei,
Sem ter fronteira, margem nem limite...
NA TAÇA DE CRISTAL
NA TAÇA DE CRISTAL
Na taça primorosa de cristal
O vinho maturado em minha adega,
Aonde esta vontade já se apega
Traçando este momento magistral,
O amor ao conhecer tal ritual,
Porquanto novos rumos, pois navega
Sabendo a divindade desta entrega
Percebe este delírio sem igual,
Na lânguida presença feminina
Enquanto uma alma imersa se fascina
Adentro os paraísos entreabertos,
E assim em festa e dança a noite esvai,
Mal importando a chuva que ora cai,
Porém dentro de mim, vivos desertos...
Na taça primorosa de cristal
O vinho maturado em minha adega,
Aonde esta vontade já se apega
Traçando este momento magistral,
O amor ao conhecer tal ritual,
Porquanto novos rumos, pois navega
Sabendo a divindade desta entrega
Percebe este delírio sem igual,
Na lânguida presença feminina
Enquanto uma alma imersa se fascina
Adentro os paraísos entreabertos,
E assim em festa e dança a noite esvai,
Mal importando a chuva que ora cai,
Porém dentro de mim, vivos desertos...
INSANA LUCIDEZ
Os corpos entre copos, vinhos, taças
E as noites envolvidas na demência
Aonde poderia a convivência
Gerar as fantasias em que grassas,
Assim ao se encontrar enquanto traças
Momentos mais audazes, a inocência
Deixada para trás, conveniência
Aonde houvera fogos há fumaças,
Incandescente noite em fúria e gozo,
Penetro no cenário majestoso
E bebo em brindes fartos esta orgia
Bacantes desfilando em tal nudez
E toda esta heresia que ora vês
Criada pela insana fantasia...
E as noites envolvidas na demência
Aonde poderia a convivência
Gerar as fantasias em que grassas,
Assim ao se encontrar enquanto traças
Momentos mais audazes, a inocência
Deixada para trás, conveniência
Aonde houvera fogos há fumaças,
Incandescente noite em fúria e gozo,
Penetro no cenário majestoso
E bebo em brindes fartos esta orgia
Bacantes desfilando em tal nudez
E toda esta heresia que ora vês
Criada pela insana fantasia...
VINHOS
Os vinhos nesta orgia mais banal,
São quase bagaceiras, nada valem,
Bem antes que estes tolos já me calem,
Eu falo e me transtorno, não faz mal,
Pagando o mesmo preço, é tudo igual,
Porquanto as almas toscas se avassalem,
Não tendo mais os colos que me embalem,
Procuro noutra face o ritual,
Sem louros de vitória, sem a glória
Refaço a cada mês a mesma história
Pagando este aluguel para viver,
Se o verso não tem pé nem tem cabeça
Já serve para aquela que endereça
O resta nem precisa me entender...
São quase bagaceiras, nada valem,
Bem antes que estes tolos já me calem,
Eu falo e me transtorno, não faz mal,
Pagando o mesmo preço, é tudo igual,
Porquanto as almas toscas se avassalem,
Não tendo mais os colos que me embalem,
Procuro noutra face o ritual,
Sem louros de vitória, sem a glória
Refaço a cada mês a mesma história
Pagando este aluguel para viver,
Se o verso não tem pé nem tem cabeça
Já serve para aquela que endereça
O resta nem precisa me entender...
DIVERSO CAMINHAR
DIVERSO CAMINHAR
Original caminho desengana
Quem tenta procurar alguma senda
Aonde na verdade se desvenda
A face muitas vezes soberana
Daquela que se diz tola e profana
No fundo aos meus desejos não atenda
E pode-se dizer que estando à venda
Não Vale sequer mês, talvez semana.
Peçonha se demais, matando a cobra,
E quando do que nada às vezes sobra
Não serve como alento a quem picara
Assim ao se trazer pura verdade
Nem tudo que se fala aqui te agrade
Diverso caminhar, mesma seara?
Original caminho desengana
Quem tenta procurar alguma senda
Aonde na verdade se desvenda
A face muitas vezes soberana
Daquela que se diz tola e profana
No fundo aos meus desejos não atenda
E pode-se dizer que estando à venda
Não Vale sequer mês, talvez semana.
Peçonha se demais, matando a cobra,
E quando do que nada às vezes sobra
Não serve como alento a quem picara
Assim ao se trazer pura verdade
Nem tudo que se fala aqui te agrade
Diverso caminhar, mesma seara?
RARA FORMOSURA
Da rara formosura apenas traço
E nada do que pode merecer
Talvez ainda mostre este prazer
Embora na verdade sem espaço
O quanto meu caminho se faz lasso
E o quando não já pode apetecer
tentnado acreditarn no bem querer
Transcende a qualquer dor dita o cansaço
E assim ao me mostrar quase desnudo
Se eu posso ou se não devo mais acudo
E teimo contra a força desumana
A poesia traz e tão somente
O que deveras quis ser a semente,
Mas sei que no final decerto engana...
E nada do que pode merecer
Talvez ainda mostre este prazer
Embora na verdade sem espaço
O quanto meu caminho se faz lasso
E o quando não já pode apetecer
tentnado acreditarn no bem querer
Transcende a qualquer dor dita o cansaço
E assim ao me mostrar quase desnudo
Se eu posso ou se não devo mais acudo
E teimo contra a força desumana
A poesia traz e tão somente
O que deveras quis ser a semente,
Mas sei que no final decerto engana...
SENDO POR TALVEZ
Unicamente sendo por talvez
Expressar o quanto pude e não refaço
Se o magistral permanecer diz passo
O que a verdade poderá não vês
Se eu sou medonho e no disfarce crês
O meu caminho em podridão eu traço
E no poder que da senzala espaço
Ocupa alcanço a procurar porquês
Não mais liberto ou tentaria ser
O que decerto sonegou prazer
Não vale a pena nem se Deus quisesse
Assim se mudo ou transmudo em prece
O quanto valho e na verdade vejo
Não merecendo nem sequer desejo.
Expressar o quanto pude e não refaço
Se o magistral permanecer diz passo
O que a verdade poderá não vês
Se eu sou medonho e no disfarce crês
O meu caminho em podridão eu traço
E no poder que da senzala espaço
Ocupa alcanço a procurar porquês
Não mais liberto ou tentaria ser
O que decerto sonegou prazer
Não vale a pena nem se Deus quisesse
Assim se mudo ou transmudo em prece
O quanto valho e na verdade vejo
Não merecendo nem sequer desejo.
VIDA SEM MISTÉRIO
A vida sem mistérios não teria
Sequer esta beleza em que se tenta
Vencer qualquer discórdia, uma tormenta
Que quando não tem fim jamais se adia,
E vendo assim a imensa fantasia
Na qual e pela qual a dor se aumenta
E quanta vez eu vejo e me atormenta
Enquanto traz o medo ou a alegria,
Imensurável tempo em carrossel
Girando eternamente dita o léu
E o véu que assim decerto nos recobre
E trama o que não sendo passa a ser,
Gerando a fonte imensa do prazer
Somente ao existir se faz mais nobre.
Sequer esta beleza em que se tenta
Vencer qualquer discórdia, uma tormenta
Que quando não tem fim jamais se adia,
E vendo assim a imensa fantasia
Na qual e pela qual a dor se aumenta
E quanta vez eu vejo e me atormenta
Enquanto traz o medo ou a alegria,
Imensurável tempo em carrossel
Girando eternamente dita o léu
E o véu que assim decerto nos recobre
E trama o que não sendo passa a ser,
Gerando a fonte imensa do prazer
Somente ao existir se faz mais nobre.
A VIDA NOS MOLDANDO
O amor que nos traduza sol ou lua
A vida quando molda uma esperança
Na sorte que deveras quando avança
Expressa o quanto possa e continua,
Vagando sem temores, sempre atua,
Gerando no final esta aliança
E o velho coração feito criança
Bebendo da alegria que cultua,
O vento se mostrasse mais audaz
E mesmo quando a vida teima e traz
Borrascas e terrores; nada assusta,
Meu mundo nos teus braços se faz manso,
E o quanto poderia agora alcanço,
Na sorte que se faz além de justa...
A vida quando molda uma esperança
Na sorte que deveras quando avança
Expressa o quanto possa e continua,
Vagando sem temores, sempre atua,
Gerando no final esta aliança
E o velho coração feito criança
Bebendo da alegria que cultua,
O vento se mostrasse mais audaz
E mesmo quando a vida teima e traz
Borrascas e terrores; nada assusta,
Meu mundo nos teus braços se faz manso,
E o quanto poderia agora alcanço,
Na sorte que se faz além de justa...
3/2
Vestido de desejos em lascívia
O quanto procurei e não vieste
O sonho que pudera ser celeste
Deixando a minha face agora nívea
Procuro qualquer tom que me assegure
E sei do muito pouco quando vejo
O tempo noutro instante e num desejo
Não possa traduzir o quanto dure
O verso sem sentido e sem proveito
A luta embaraçosa e mais audaz
O vento quando tanto satisfaz
Presume o que pudera e não aceito,
Esbarro nos enganos mais cruéis
E vago entre diversos carrosséis.
Vestido de desejos em lascívia
O quanto procurei e não vieste
O sonho que pudera ser celeste
Deixando a minha face agora nívea
Procuro qualquer tom que me assegure
E sei do muito pouco quando vejo
O tempo noutro instante e num desejo
Não possa traduzir o quanto dure
O verso sem sentido e sem proveito
A luta embaraçosa e mais audaz
O vento quando tanto satisfaz
Presume o que pudera e não aceito,
Esbarro nos enganos mais cruéis
E vago entre diversos carrosséis.
MINHA VIDA
Levando a minha vida deste jeito
Enquanto não coubera outro momento
Ainda quando o sonho em vão fomento
O todo sem sentido algum aceito,
E arisco coração expressa o pleito
Que possa traduzir noutro tormento
Percebo o quanto trague o velho vento
E de tal forma luto e me deleito,
Não sei se merecesse nova chance
Ao menos o que possa e nos alcance
Nuances tão diversos ditam regras,
E sei do que tentara inutilmente
E a vida quando em si já nos desmente
Expressa o que de fato desintegras.
Enquanto não coubera outro momento
Ainda quando o sonho em vão fomento
O todo sem sentido algum aceito,
E arisco coração expressa o pleito
Que possa traduzir noutro tormento
Percebo o quanto trague o velho vento
E de tal forma luto e me deleito,
Não sei se merecesse nova chance
Ao menos o que possa e nos alcance
Nuances tão diversos ditam regras,
E sei do que tentara inutilmente
E a vida quando em si já nos desmente
Expressa o que de fato desintegras.
NO QUANTO RESTA
No quanto resta ao menos poderia
Vencer a tempestade que virá
E sei do que imagino aqui ou lá
Na noite feita em dor, morta ou sombria,
Apenas redundando na sangria
Que possa ou na verdade moldará
O tempo que se faça e mostrará
Pousando no cenário em agonia,
Vestindo a fantasia mais atroz
Ninguém escutaria a minha voz
Tampouco seguiria o velho sonho
Aonde o que inda reste se mostrasse
Marcando com terror a rude face
E nela o quanto teimo e recomponho.
Vencer a tempestade que virá
E sei do que imagino aqui ou lá
Na noite feita em dor, morta ou sombria,
Apenas redundando na sangria
Que possa ou na verdade moldará
O tempo que se faça e mostrará
Pousando no cenário em agonia,
Vestindo a fantasia mais atroz
Ninguém escutaria a minha voz
Tampouco seguiria o velho sonho
Aonde o que inda reste se mostrasse
Marcando com terror a rude face
E nela o quanto teimo e recomponho.
NADA MAIS PUDERA
O tempo se anuncia em tempestades
E nada mais pudera além da queda
A sorte quando em vão já se envereda
Expressa o quanto queres ou evades,
E nada do que possam liberdades
Ou mesmo acreditar no que se veda
Pagando com certeza esta moeda
Impeça no final outras verdades,
O fardo é cardo e corta mais profundo,
E quando sem sentido algum me inundo
Do todo que pudesse ser diverso
O preço que se paga vale o quanto
A vida se mostrara e não garanto
Nem quando o que procuro em vão disperso...
E nada mais pudera além da queda
A sorte quando em vão já se envereda
Expressa o quanto queres ou evades,
E nada do que possam liberdades
Ou mesmo acreditar no que se veda
Pagando com certeza esta moeda
Impeça no final outras verdades,
O fardo é cardo e corta mais profundo,
E quando sem sentido algum me inundo
Do todo que pudesse ser diverso
O preço que se paga vale o quanto
A vida se mostrara e não garanto
Nem quando o que procuro em vão disperso...
DE TAL FORMA
Levando a minha vida de tal forma
Que nada mais pudesse desenhar
Senão a mesma ausência de luar
Aonde o que se tenta nos deforma,
A sorte se perdendo em velha norma
O preço tão difícil de pagar
A vida não teria outro lugar,
Nem mesmo se mostrasse outra reforma,
Apresentando o caos aonde o canto
Calcasse com ternura o que adianto
Na queda após o passo sem sentido,
O peso de uma luta sem descanso
Ao menos quando possa nada alcanço
E sigo sem saber do quanto olvido...
Que nada mais pudesse desenhar
Senão a mesma ausência de luar
Aonde o que se tenta nos deforma,
A sorte se perdendo em velha norma
O preço tão difícil de pagar
A vida não teria outro lugar,
Nem mesmo se mostrasse outra reforma,
Apresentando o caos aonde o canto
Calcasse com ternura o que adianto
Na queda após o passo sem sentido,
O peso de uma luta sem descanso
Ao menos quando possa nada alcanço
E sigo sem saber do quanto olvido...
AS PEDRAS DO CAIS
Jogado sobre as pedras deste cais
O vento não traria solução
E o prazo se esgotando desde então
Não deixa o quanto quero ter jamais,
Se nada do que possa transformais
Ou mesmo noutros dias se verão
A marca do que fosse solidão
Deixando dias vãos descomunais,
E o peso sem apreço preza o enfado
E sei do quanto eu pude, desregrado,
Apenas amenizo queda e corte,
Não tento transformar e me resumo
No quanto poderia em novo rumo
Que ao menos, me compraze e me conforte.
O vento não traria solução
E o prazo se esgotando desde então
Não deixa o quanto quero ter jamais,
Se nada do que possa transformais
Ou mesmo noutros dias se verão
A marca do que fosse solidão
Deixando dias vãos descomunais,
E o peso sem apreço preza o enfado
E sei do quanto eu pude, desregrado,
Apenas amenizo queda e corte,
Não tento transformar e me resumo
No quanto poderia em novo rumo
Que ao menos, me compraze e me conforte.
EM MÁGOA E MEDO
Lavando o coração em mágoa e medo
Arcando com meus erros no final,
Ainda que pudesse ser igual
Ao tanto que tateio e me concedo,
A vida se mostrasse desde cedo
E o vento se tornando temporal
A luta se mostrara atemporal
E nisto de tal forma em vão procedo.
Queria muito mais que simplesmente
Viver o quanto resta e sem semente
Um ente se perdesse em solo agreste,
Assim ao presumir o quanto houvera
A própria solidão se faz austera
E o nada traduzisse o que conteste.
Arcando com meus erros no final,
Ainda que pudesse ser igual
Ao tanto que tateio e me concedo,
A vida se mostrasse desde cedo
E o vento se tornando temporal
A luta se mostrara atemporal
E nisto de tal forma em vão procedo.
Queria muito mais que simplesmente
Viver o quanto resta e sem semente
Um ente se perdesse em solo agreste,
Assim ao presumir o quanto houvera
A própria solidão se faz austera
E o nada traduzisse o que conteste.
O QUASE
O quase se tornando o mais completo
E o pendular caminho se espraiando
Aonde o que pudera fosse brando
E nisto em face espúria me repleto,
Tentando retornar ao velho feto
O medo se transforma derramando
A fúria sobre o quanto fosse quando
Tornasse o coração um mero inseto.
Apenas o que possa resumir
O tempo que deveras redimir
No prazo mais audaz e mais sutil,
O canto sem ternura em força bruta
Ao menos poderia enquanto luta
Tramar o que de fato ninguém viu.
E o pendular caminho se espraiando
Aonde o que pudera fosse brando
E nisto em face espúria me repleto,
Tentando retornar ao velho feto
O medo se transforma derramando
A fúria sobre o quanto fosse quando
Tornasse o coração um mero inseto.
Apenas o que possa resumir
O tempo que deveras redimir
No prazo mais audaz e mais sutil,
O canto sem ternura em força bruta
Ao menos poderia enquanto luta
Tramar o que de fato ninguém viu.
REINANDO SOBRE NÓS
Jogado sobre as pedras deste porto
O vértice da vida se mostrara
Ainda quando a sorte fosse rara
O mundo desenhado semimorto,
E nada do que possa quando absorto
Surtisse algum efeito e nada ampara
A luta que deveras se prepara
E deixa o caminhar atroz e torto,
Não mais que meras luzes ou quem tenta
Viver a sombra amarga e mais sangrenta
Do quanto se expressasse em harmonia,
A lástima tomando cada poro,
Gerando a própria vida noutro esporo,
Reinando sobre nós a hipocrisia.
O vértice da vida se mostrara
Ainda quando a sorte fosse rara
O mundo desenhado semimorto,
E nada do que possa quando absorto
Surtisse algum efeito e nada ampara
A luta que deveras se prepara
E deixa o caminhar atroz e torto,
Não mais que meras luzes ou quem tenta
Viver a sombra amarga e mais sangrenta
Do quanto se expressasse em harmonia,
A lástima tomando cada poro,
Gerando a própria vida noutro esporo,
Reinando sobre nós a hipocrisia.
DETALHES
Meu sonho sem perder qualquer detalhe
Expressa o quanto teimo em cada passo
E quando no final a morte eu traço
Reparo cada farsa que retalhe,
O vento que decerto agora espalhe
E geste no caminho o ledo espaço
Enquanto se mostrasse em meu cansaço
O peso que presume algum entalhe,
Não quero e nem pudera de tal forma
Vencer o que deveras me transforma
E bebe cada gota do veneno
Aonde o que se faça mais instável,
Presume algum momento inadiável
E nele em todo instante me condeno...
Expressa o quanto teimo em cada passo
E quando no final a morte eu traço
Reparo cada farsa que retalhe,
O vento que decerto agora espalhe
E geste no caminho o ledo espaço
Enquanto se mostrasse em meu cansaço
O peso que presume algum entalhe,
Não quero e nem pudera de tal forma
Vencer o que deveras me transforma
E bebe cada gota do veneno
Aonde o que se faça mais instável,
Presume algum momento inadiável
E nele em todo instante me condeno...
ARCANDO COM MEUS ERROS
Arcando com meus erros e tentando
Vencer os desacordos onde eu tenha
A face mais audaz, mesmo ferrenha,
De um tempo que julgara bem mais brando,
O peso pouco a pouco me envergando
O todo que de fato me convenha
E a lua noutra face quando venha
Expressa este cenário desabando,
Abrando minha voz, mas não consigo,
A cada novo infausto o desabrigo
Rondando o quanto fora esta seara,
A vida não permite a caminhada
E sei que no final a morta estrada
Apenas ao vazio me prepara.
Vencer os desacordos onde eu tenha
A face mais audaz, mesmo ferrenha,
De um tempo que julgara bem mais brando,
O peso pouco a pouco me envergando
O todo que de fato me convenha
E a lua noutra face quando venha
Expressa este cenário desabando,
Abrando minha voz, mas não consigo,
A cada novo infausto o desabrigo
Rondando o quanto fora esta seara,
A vida não permite a caminhada
E sei que no final a morta estrada
Apenas ao vazio me prepara.
IMAGINASSE QUALQUER FATO
Jamais imaginasse qualquer fato
Nem mesmo o que pudesse ser diverso
Do tanto quanto deva e desconverso
Ousando o que em verdade mal constato,
A luta se esvaindo em cada trato
O preço a se pagar sendo disperso
Ainda quando veja no universo
O mundo de tal forma que o retrato,
Percebo o quanto tenha e nada vejo
Senão a mesma forma de um desejo
Atroz que não calasse o coração,
A voz que se irradia noutro espaço
O tempo se desenha enquanto traço
Os dias mais doridos que virão.
Nem mesmo o que pudesse ser diverso
Do tanto quanto deva e desconverso
Ousando o que em verdade mal constato,
A luta se esvaindo em cada trato
O preço a se pagar sendo disperso
Ainda quando veja no universo
O mundo de tal forma que o retrato,
Percebo o quanto tenha e nada vejo
Senão a mesma forma de um desejo
Atroz que não calasse o coração,
A voz que se irradia noutro espaço
O tempo se desenha enquanto traço
Os dias mais doridos que virão.
PROMESSAS
Não mais que tantos olhos e promessas
Tampouco o quanto pude e não teria
Vagando sobre o quanto restaria
E nisto outro momento recomeças,
As lutas entre enganos me confessas
E sei do quanto resta em heresia,
A faca no pescoço, a noite fria,
O verso aonde em vão tentas, tropeças.
Resulto deste indulto em falso brilho
E quando no final decerto eu trilho
As frágeis pontes ditas esperanças,
No logro que permita qualquer erro,
Apenas aguardando o meu enterro,
Enquanto qual a morte, eu sei que avanças.
Tampouco o quanto pude e não teria
Vagando sobre o quanto restaria
E nisto outro momento recomeças,
As lutas entre enganos me confessas
E sei do quanto resta em heresia,
A faca no pescoço, a noite fria,
O verso aonde em vão tentas, tropeças.
Resulto deste indulto em falso brilho
E quando no final decerto eu trilho
As frágeis pontes ditas esperanças,
No logro que permita qualquer erro,
Apenas aguardando o meu enterro,
Enquanto qual a morte, eu sei que avanças.
AUDAZ
O quanto do que possa ser além
Do mundo mais audaz e mesmo rude
Viceja dentro da alma a juventude
E o tempo se permite e mesmo vem,
Audaciosamente sem ninguém
Que possa traduzir o quanto pude
Vivendo o que me resta em atitude
Enquanto a solidão inda convém,
Angustiadamente o tempo passa
E o verso se espraiando em tal fumaça
Arranca com vigor cada momento,
Alio-me ao que possa noutro enredo
E sei do quanto vago e me concedo
Enquanto outra saída inútil tento...
Do mundo mais audaz e mesmo rude
Viceja dentro da alma a juventude
E o tempo se permite e mesmo vem,
Audaciosamente sem ninguém
Que possa traduzir o quanto pude
Vivendo o que me resta em atitude
Enquanto a solidão inda convém,
Angustiadamente o tempo passa
E o verso se espraiando em tal fumaça
Arranca com vigor cada momento,
Alio-me ao que possa noutro enredo
E sei do quanto vago e me concedo
Enquanto outra saída inútil tento...
Nouvelle lumière
Nouvelle lumière
Les mains qui nous aident
Autoriser nouvelle lumière
Mais à plusieurs reprises, mis
Les yeux collés cas
Les sortes qui souvent
Jouent du temps et,
Quitter rétroéclairé
La mesure dans laquelle transmutée,
Et donc la vie
La chance que la pierre tombale,
Exprime la fin seulement,
Et quand la sécheresse
La terre était cassé,
Que vaudra de semences?
Marcos Loures
Les mains qui nous aident
Autoriser nouvelle lumière
Mais à plusieurs reprises, mis
Les yeux collés cas
Les sortes qui souvent
Jouent du temps et,
Quitter rétroéclairé
La mesure dans laquelle transmutée,
Et donc la vie
La chance que la pierre tombale,
Exprime la fin seulement,
Et quand la sécheresse
La terre était cassé,
Que vaudra de semences?
Marcos Loures
ESQUÁLIDOS
Jogado sobre as pedras do que um dia
Pudera ser um porto, manso cais,
Ainda quando veja em vendavais
O quanto noutro tempo não veria,
A farsa se mostrando em ironia
O tempo quando aos poucos tu te esvais
E os erros com certeza são fatais
Matando o que me resta em agonia,
Vertentes são diversas e nem posso
Ousar além do quanto algum destroço
Esforços são deveras quase inválidos,
Os olhos entre fúrias e vulcões
Marcando o quanto possa e agora expões
Nos dias mais famélicos e esquálidos...
Pudera ser um porto, manso cais,
Ainda quando veja em vendavais
O quanto noutro tempo não veria,
A farsa se mostrando em ironia
O tempo quando aos poucos tu te esvais
E os erros com certeza são fatais
Matando o que me resta em agonia,
Vertentes são diversas e nem posso
Ousar além do quanto algum destroço
Esforços são deveras quase inválidos,
Os olhos entre fúrias e vulcões
Marcando o quanto possa e agora expões
Nos dias mais famélicos e esquálidos...
EU ME DISPERSO
Jamais imaginasse outro cometa
Que possa me levar ao infinito
Do sonho que de fato eu acredito
Ao nada cada passo me arremeta,
Vencendo o que deveras se prometa
Espreito o quanto deva e me permito
Marcando minha pele em tal granito
Invés de algum buril, tosca marreta.
O prazo degolando o quanto e o quando
No fundo deste abismo mergulhando
E lançando sem sentido algum o verso,
Meu tempo se mostrasse de tal forma
E o quanto poderia e se deforma
Enquanto passo a passo me disperso.
Que possa me levar ao infinito
Do sonho que de fato eu acredito
Ao nada cada passo me arremeta,
Vencendo o que deveras se prometa
Espreito o quanto deva e me permito
Marcando minha pele em tal granito
Invés de algum buril, tosca marreta.
O prazo degolando o quanto e o quando
No fundo deste abismo mergulhando
E lançando sem sentido algum o verso,
Meu tempo se mostrasse de tal forma
E o quanto poderia e se deforma
Enquanto passo a passo me disperso.
CONTRA A FÚRIA
Navego contra a fúria das marés
E sei que na verdade nada existe
O velho coração seguindo triste
Expressa com certeza o que tu és.
Meu mundo se rendendo segue aos pés
De quem não mais lutasse nem persiste
E vago sem saber quanto resiste
Vestindo outro instante de viés,
Nas tramas e nos trâmites comuns,
Dos dias mais audazes, vejo alguns,
Num átimo mergulho no vazio,
E bebo do que possa em mel e fel
E sei do caminhar sem rumo ao léu
E nisto outro momento em vão recrio.
E sei que na verdade nada existe
O velho coração seguindo triste
Expressa com certeza o que tu és.
Meu mundo se rendendo segue aos pés
De quem não mais lutasse nem persiste
E vago sem saber quanto resiste
Vestindo outro instante de viés,
Nas tramas e nos trâmites comuns,
Dos dias mais audazes, vejo alguns,
Num átimo mergulho no vazio,
E bebo do que possa em mel e fel
E sei do caminhar sem rumo ao léu
E nisto outro momento em vão recrio.
A QUEM INTERESSAR POSSA
A PARTIR DO MOMENTO EM QUE SE É PROIBIDO DE SE RELACIONAR, PERDOEM MEUS AMIGOS, MAS A MINHA PACIÊNCIA COM ISSO AQUI JÁ SE ESGOTOU O MEU BLOG NÃO TEM PROPAGANDA ALGUMA NÃO TEREI LIVRO E AMALDIÇOO MEU CÉREBRO, ANTES NÃO TIVESSE E SERIA MAIS FELIZ. UM BEIJO NO PROGRAMA DE COMPUTADOR CHAMADO FACEBOOK E MEUS PARABÉNS POR TRATAR TODOS OS SEUS PARTÍCIPES COMO FOSSEM SPAM, O QUE ME FAZ CRER QUE SPAM É O PRÓPRIO FACEBOOK, POIS CONSIDERA TODOS IGUAIS A SI PRÓPRIO. PERDOEM, MAS NÃO SOU MOLEQUE.
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
A LUTA
Lutando contra a força que não veio
Opondo minha fúria contra o fato
Que tanto quanto possa ora constato
Sem ter sequer sentido de receio,
Marcando o que inda resta sigo alheio
E bebo da loucura onde resgato
O risco de vagar em simples ato
Pousando neste encanto em vão recreio.
Não quero e não pudera ser assim
A sorte determina início e fim
O vento sobrepondo ao que inda possa
Vestígios de uma vida sem sentido
O tempo noutro instante resumido
E a luta não se cansa, é toda nossa.
Opondo minha fúria contra o fato
Que tanto quanto possa ora constato
Sem ter sequer sentido de receio,
Marcando o que inda resta sigo alheio
E bebo da loucura onde resgato
O risco de vagar em simples ato
Pousando neste encanto em vão recreio.
Não quero e não pudera ser assim
A sorte determina início e fim
O vento sobrepondo ao que inda possa
Vestígios de uma vida sem sentido
O tempo noutro instante resumido
E a luta não se cansa, é toda nossa.
AQUÉM
Meu mundo não pudera ser aquém
Do quanto desejei em liberdade
E quando a solução decerto invade
O todo noutro fato se contém,
Meu passo sem certezas segue e vem
Marcando o quanto possa em tal verdade
A luta pouco a pouco me degrade
E nada do que resta dita alguém,
O prazo determina o fim do jogo,
E mesmo quando invado fúria e fogo
As sortes mais dispersas e diversas
Vagando entre as estrelas do passado,
O vento que se faça degradado
Expressa este cenário onde tu versas...
Do quanto desejei em liberdade
E quando a solução decerto invade
O todo noutro fato se contém,
Meu passo sem certezas segue e vem
Marcando o quanto possa em tal verdade
A luta pouco a pouco me degrade
E nada do que resta dita alguém,
O prazo determina o fim do jogo,
E mesmo quando invado fúria e fogo
As sortes mais dispersas e diversas
Vagando entre as estrelas do passado,
O vento que se faça degradado
Expressa este cenário onde tu versas...
Qualquer fato
Qualquer fato
Já não me caberia qualquer fato
Diverso do que pude ou mesmo quis
A vida se mostrando por um triz
O tanto que se teima inda constato,
O quanto inda restasse no meu prato,
A morte me esperando onde a desfiz
Vivendo o que seria este aprendiz
No fundo o quanto possa, eu mal retrato,
Resgato meus anseios e caminho
Vagando tantas vezes mais sozinho
E nada do que resta se anuncia,
Vacante coração de um sonhador
Expressa o quanto resta em medo e dor,
Deixando a sorte ausente e mais vazia...
Já não me caberia qualquer fato
Diverso do que pude ou mesmo quis
A vida se mostrando por um triz
O tanto que se teima inda constato,
O quanto inda restasse no meu prato,
A morte me esperando onde a desfiz
Vivendo o que seria este aprendiz
No fundo o quanto possa, eu mal retrato,
Resgato meus anseios e caminho
Vagando tantas vezes mais sozinho
E nada do que resta se anuncia,
Vacante coração de um sonhador
Expressa o quanto resta em medo e dor,
Deixando a sorte ausente e mais vazia...
CAMINHOS.
CAMINHOS.
Apresentando ao menos um caminho
Que possa traduzir noutra vertente
O tanto que de fato se apresente
Expressa o quanto pude e além me alinho,
No tempo já sem tempo perco o ninho
E vago como fosse penitente
Pousando pouco a pouco onde fomente
O sonho que me impede ser sozinho,
Velando o que inda pude e não teria
Marcando o quanto resta em fantasia
O vento de tal forma se refaz,
O passo noutro enredo ou noutro prumo,
Enquanto o quanto tento agora assumo,
Buscando algum descanso em simples paz.
ML
Apresentando ao menos um caminho
Que possa traduzir noutra vertente
O tanto que de fato se apresente
Expressa o quanto pude e além me alinho,
No tempo já sem tempo perco o ninho
E vago como fosse penitente
Pousando pouco a pouco onde fomente
O sonho que me impede ser sozinho,
Velando o que inda pude e não teria
Marcando o quanto resta em fantasia
O vento de tal forma se refaz,
O passo noutro enredo ou noutro prumo,
Enquanto o quanto tento agora assumo,
Buscando algum descanso em simples paz.
ML
Audacious solution
Audacious solution
For more than audacious to attempt the solution
The world does not see another way
And when one realizes more lost,
My soul is already happy soak and follows
At odds with my own thinking
Overcome by commonplace question
Vestiges of that out? Never more.
Distant from to me tormented my own.
Inside other outputs that is not
And the weight of the living increases just
The fate often violent
In others, insensitive and sinister.
Scratching my past life and without future
The present transpiring vague and dark...
Marcos Loures
For more than audacious to attempt the solution
The world does not see another way
And when one realizes more lost,
My soul is already happy soak and follows
At odds with my own thinking
Overcome by commonplace question
Vestiges of that out? Never more.
Distant from to me tormented my own.
Inside other outputs that is not
And the weight of the living increases just
The fate often violent
In others, insensitive and sinister.
Scratching my past life and without future
The present transpiring vague and dark...
Marcos Loures
NOCIVA SENSAÇÃO
NOCIVA SENSAÇÃO
Nociva sensação do que se trame
Nas lutas mais sutis quando as pudesse
Marcando com terror a mesma messe
Que invade minha vida em rude enxame,
O prazo no que possa se derrame
E gere o quanto queira e não se esquece
Do verso que decerto a vida tece
E marca a solidão que não reclame,
O vento noutro rumo noutro senso,
O prazo se define e quando penso
No quanto inda viria, eu nada vejo,
Somente esta semente que se aborta
A vida sem sentido, rude e morta,
O passo demarcado num lampejo.
ML
Nociva sensação do que se trame
Nas lutas mais sutis quando as pudesse
Marcando com terror a mesma messe
Que invade minha vida em rude enxame,
O prazo no que possa se derrame
E gere o quanto queira e não se esquece
Do verso que decerto a vida tece
E marca a solidão que não reclame,
O vento noutro rumo noutro senso,
O prazo se define e quando penso
No quanto inda viria, eu nada vejo,
Somente esta semente que se aborta
A vida sem sentido, rude e morta,
O passo demarcado num lampejo.
ML
TRAÇOS
TRAÇOS
Jamais imaginasse essa ruptura
Que possa traduzir em tal enchente
O mundo noutro passo se apresente
E a própria solidão enfim perdura,
Não quero desta forma sequer cura,
Ousando acreditar no imprevidente
Cenário que decerto ora consente
Matando o quanto houvera em vã brandura,
O vértice dos sonhos na verdade
Apenas pouco a pouco já degrade
O quanto inda restara dos meus passos,
Ocupo do que fora algum instante
E a vida noutro tom não mais garante
Sequer do que eu queria meros traços.
ML
Jamais imaginasse essa ruptura
Que possa traduzir em tal enchente
O mundo noutro passo se apresente
E a própria solidão enfim perdura,
Não quero desta forma sequer cura,
Ousando acreditar no imprevidente
Cenário que decerto ora consente
Matando o quanto houvera em vã brandura,
O vértice dos sonhos na verdade
Apenas pouco a pouco já degrade
O quanto inda restara dos meus passos,
Ocupo do que fora algum instante
E a vida noutro tom não mais garante
Sequer do que eu queria meros traços.
ML
SEM DESCANSO.
SEM DESCANSO.
Jogado sobre o canto nesta sala
A vida não teria solução
Meu verso cerze sempre esta emoção
E o tempo na verdade me vão se cala.
Presumo o quanto pude e não teria
Vagando nas torpezas que virão
Galgando o quanto traga o coração
Sem nexo sem caminho ou poesia,
O preço deste todo é o quase nada
A sorte noutro rumo anunciada
E a luta sem sentido e sem proveito,
Ausento-me deveras do que pude
Sabendo do meu sonho amargo e rude
E nisto sem descanso algum me deito.
ML
Jogado sobre o canto nesta sala
A vida não teria solução
Meu verso cerze sempre esta emoção
E o tempo na verdade me vão se cala.
Presumo o quanto pude e não teria
Vagando nas torpezas que virão
Galgando o quanto traga o coração
Sem nexo sem caminho ou poesia,
O preço deste todo é o quase nada
A sorte noutro rumo anunciada
E a luta sem sentido e sem proveito,
Ausento-me deveras do que pude
Sabendo do meu sonho amargo e rude
E nisto sem descanso algum me deito.
ML
ERROS TAIS
ERROS TAIS
Não quero acreditar em erros tais
Que possam desfazer cada promessa
E o tempo noutro tempo recomeça
Tornando sem efeito meus cristais,
A vida quando aquém do quanto esvais
Estanca o que no fundo se confessa
Versando sobre o medo que se expressa
Pousando entre momentos desiguais,
Não quero e nem devesse ser assim,
O quanto possa ou reste dentro em mim
Banalizando o canto mais sutil,
O todo se perdera do bom senso
E quando no meu passo ainda penso
A queda sem sentido se previu.
ML
Não quero acreditar em erros tais
Que possam desfazer cada promessa
E o tempo noutro tempo recomeça
Tornando sem efeito meus cristais,
A vida quando aquém do quanto esvais
Estanca o que no fundo se confessa
Versando sobre o medo que se expressa
Pousando entre momentos desiguais,
Não quero e nem devesse ser assim,
O quanto possa ou reste dentro em mim
Banalizando o canto mais sutil,
O todo se perdera do bom senso
E quando no meu passo ainda penso
A queda sem sentido se previu.
ML
SONHOS
SONHOS
Não mais se imaginasse qualquer sonho
Que possa atravessar mil cordilheiras
E tanto quanto deva em tais bandeiras
O verso; sem sentido algum, proponho,
Ousando acreditar no mais bisonho
Cenário feito em tantas bandalheiras
A luta se mostrando em derradeiras
Escalas noutro fato ora enfadonho,
Componho mais um verso e nada mais
Os dias entre passos anormais
Expressam o que pude e não teria,
Vencido pela angústia do poder
E nada mais pudesse ou queira ser
Senão a mesma face em utopia...
ML
Não mais se imaginasse qualquer sonho
Que possa atravessar mil cordilheiras
E tanto quanto deva em tais bandeiras
O verso; sem sentido algum, proponho,
Ousando acreditar no mais bisonho
Cenário feito em tantas bandalheiras
A luta se mostrando em derradeiras
Escalas noutro fato ora enfadonho,
Componho mais um verso e nada mais
Os dias entre passos anormais
Expressam o que pude e não teria,
Vencido pela angústia do poder
E nada mais pudesse ou queira ser
Senão a mesma face em utopia...
ML
CONTRA AS PRISÕES DOS GRUPOS DE RELACIONAMENTO
CONTRA AS PRISÕES DOS GRUPOS DE RELACIONAMENTO
Não quero mais cabresto, com certeza,
Que possa me impedir de prosseguir
Não tento acreditar no que há de vir
Sabendo minha voz calada e presa,
Compartilhar a caça, sendo presa,
Ousando acreditar sem impedir
O passo quando ousasse presumir
A luta mesmo atroz ou sendo ilesa,
Não quero outro momento, pois bem sei,
Que o pasto se transforma em grande grei
E nele meu repasto não me basta,
O vento se transforma livremente
E o quanto do meu canto ainda tente
Aos poucos deste arreio já me afasta...
ML
Não quero mais cabresto, com certeza,
Que possa me impedir de prosseguir
Não tento acreditar no que há de vir
Sabendo minha voz calada e presa,
Compartilhar a caça, sendo presa,
Ousando acreditar sem impedir
O passo quando ousasse presumir
A luta mesmo atroz ou sendo ilesa,
Não quero outro momento, pois bem sei,
Que o pasto se transforma em grande grei
E nele meu repasto não me basta,
O vento se transforma livremente
E o quanto do meu canto ainda tente
Aos poucos deste arreio já me afasta...
ML
Light of freedom
Light of freedom
The light that is libertarian, so it emerges
Molding a clear day, delicious,
Living in paradise, from now
I perceive how good it is our love.
The peace in a moment have mastered
And our life takes in a sudden,
Promises, you will never though
Lying in your arms, tender.
We add our dreams without fear.
The time is full in love affair
That life has already brought us so long.
When supplanted together setback
Plow on of a hard aridity floor
Collecting the rare flowers of emotion...
Marcos Loures
The light that is libertarian, so it emerges
Molding a clear day, delicious,
Living in paradise, from now
I perceive how good it is our love.
The peace in a moment have mastered
And our life takes in a sudden,
Promises, you will never though
Lying in your arms, tender.
We add our dreams without fear.
The time is full in love affair
That life has already brought us so long.
When supplanted together setback
Plow on of a hard aridity floor
Collecting the rare flowers of emotion...
Marcos Loures
LA RIVIÈRE DE L'ESPOIR
LA RIVIÈRE DE L'ESPOIR
La rivière se jette dans la prairie de l'espoir
Loin de ce que j'en comprends
La chance de se perdre dans une autre étape
Et le verset sûrement établi.
Mon monde n'avait pas volontiers
Un point quelconque où même le plaisir
Tracé de la plus doux matin
Dans une époque marquée stupide.
Marche vers l'ensemble permettant
Gagnant avec tendresse à son boues
J'espère seulement ce qui aurait
Apporter à chaque main un nouveau soleil
Vivre cette beauté toujours privilégier
Quel est mise à nu dans la fantaisie.
MARCOS LOURES
La rivière se jette dans la prairie de l'espoir
Loin de ce que j'en comprends
La chance de se perdre dans une autre étape
Et le verset sûrement établi.
Mon monde n'avait pas volontiers
Un point quelconque où même le plaisir
Tracé de la plus doux matin
Dans une époque marquée stupide.
Marche vers l'ensemble permettant
Gagnant avec tendresse à son boues
J'espère seulement ce qui aurait
Apporter à chaque main un nouveau soleil
Vivre cette beauté toujours privilégier
Quel est mise à nu dans la fantaisie.
MARCOS LOURES
Luz y brillante
Luz y brillante
Negar en cualquier momento la luz y el resplandor
Barrer en el alma y no veo nada,
Sólo lo cualquier oportunidad para
Marca el corazón del viajero,
Y cuando entro en un vago tono distinto
Soportar el costo del deseo,
Mis sueños más salvajes cuando anhelamos
Expresa en lo que podría abstenerse,
No quiero que refleje precisamente eso,
El bien no venga, pero codiciarás,
El precio a pagar no volvería a ver,
La aflicción que me cubre, no se retira
Fortuna cual los lugares más fugaces sobre otro
Expresa esa sonrisa en la agonía.
VALERIO Mannarino / DIASBETTI
Negar en cualquier momento la luz y el resplandor
Barrer en el alma y no veo nada,
Sólo lo cualquier oportunidad para
Marca el corazón del viajero,
Y cuando entro en un vago tono distinto
Soportar el costo del deseo,
Mis sueños más salvajes cuando anhelamos
Expresa en lo que podría abstenerse,
No quiero que refleje precisamente eso,
El bien no venga, pero codiciarás,
El precio a pagar no volvería a ver,
La aflicción que me cubre, no se retira
Fortuna cual los lugares más fugaces sobre otro
Expresa esa sonrisa en la agonía.
VALERIO Mannarino / DIASBETTI
CANTO LIBERTÁRIO
CANTO LIBERTÁRIO
Meu canto libertário não cerceia
A vida que pudesse de tal jeito
Armar o quanto pude e não aceito
Enquanto a luta volve e devaneia,
Não quero mais o enredo desta teia
Tampouco outro momento onde o preceito
Expressa o quanto pude em meu direito
Vagando no que tange em dor alheia,
Vestígios dos meus passos nesta estrada
Na sorte tantas vezes desolada,
Nas ânsias mais cruéis do sonhador,
O mundo se anuncia em disparate
Que tanto quanto possa e desacate
Marcasse a cada passo nova dor.
ML
Meu canto libertário não cerceia
A vida que pudesse de tal jeito
Armar o quanto pude e não aceito
Enquanto a luta volve e devaneia,
Não quero mais o enredo desta teia
Tampouco outro momento onde o preceito
Expressa o quanto pude em meu direito
Vagando no que tange em dor alheia,
Vestígios dos meus passos nesta estrada
Na sorte tantas vezes desolada,
Nas ânsias mais cruéis do sonhador,
O mundo se anuncia em disparate
Que tanto quanto possa e desacate
Marcasse a cada passo nova dor.
ML
SEM DESTINO
SEM DESTINO
A vida sem destino caminhando
Tocando entre os diversos sóis que trago
Marcasse o quanto possa em turvo lago,
As aves da esperança ora migrando,
E vejo esta emoção em tosco bando
Enquanto cada passo que eu afago
Demonstra a solidão e tolo vago
Em meio ao quanto possa navegando.
Presumo os meus momentos mais dispersos
E tento na esperança de outros versos
A sorte que não veio e nem virá,
O mundo se anuncia de tal forma
Que tanto o quanto possa se transforma
E mata pouco a pouco e desde já...
ML
A vida sem destino caminhando
Tocando entre os diversos sóis que trago
Marcasse o quanto possa em turvo lago,
As aves da esperança ora migrando,
E vejo esta emoção em tosco bando
Enquanto cada passo que eu afago
Demonstra a solidão e tolo vago
Em meio ao quanto possa navegando.
Presumo os meus momentos mais dispersos
E tento na esperança de outros versos
A sorte que não veio e nem virá,
O mundo se anuncia de tal forma
Que tanto o quanto possa se transforma
E mata pouco a pouco e desde já...
ML
CADA VERSO
CADA VERSO
Já nada mais coubesse aonde um dia
Fizesse do meu sonho uma arma a mais
E neste delirar em vendavais
O tempo noutro tempo poderia,
Vencido caminheiro em agonia,
Ousando acreditar entre os banais
Tormentos mais diversos quando vais
E esvais entre os derrames da ironia.
O preço a se pagar já não mais conta,
O passo se presume e esta alma tonta
Espera qualquer fato tão diverso,
Não quero caminhar sobre os meus erros
Tampouco levarei dos meus desterros
O quanto poderia em cada verso.
ML
Já nada mais coubesse aonde um dia
Fizesse do meu sonho uma arma a mais
E neste delirar em vendavais
O tempo noutro tempo poderia,
Vencido caminheiro em agonia,
Ousando acreditar entre os banais
Tormentos mais diversos quando vais
E esvais entre os derrames da ironia.
O preço a se pagar já não mais conta,
O passo se presume e esta alma tonta
Espera qualquer fato tão diverso,
Não quero caminhar sobre os meus erros
Tampouco levarei dos meus desterros
O quanto poderia em cada verso.
ML
O VAZIO
O VAZIO
Jamais pudesse um dia imaginar
As velhas artimanhas de um passado
Diverso do que tenho imaginado
E nele não pudesse caminhar,
Procuro entre as estrelas divagar
E tento novo tempo emoldurado
Aonde se pensasse no marcado
Momento aonde eu possa me encontrar.
Vivendo o quanto pude e não soubera
A solidão temível, rude e austera
Espera atocaiada noutro instante,
A vida sem sentido algum se faz
E o quanto poderia ser capaz,
Apenas o não ser já se garante...
MARCOS LOURES
Jamais pudesse um dia imaginar
As velhas artimanhas de um passado
Diverso do que tenho imaginado
E nele não pudesse caminhar,
Procuro entre as estrelas divagar
E tento novo tempo emoldurado
Aonde se pensasse no marcado
Momento aonde eu possa me encontrar.
Vivendo o quanto pude e não soubera
A solidão temível, rude e austera
Espera atocaiada noutro instante,
A vida sem sentido algum se faz
E o quanto poderia ser capaz,
Apenas o não ser já se garante...
MARCOS LOURES
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
A TUA PRAIA
Invado mansamente tua praia
E tento conseguir um novo porto
E sei do que pudesse quase morto
Enquanto a realidade mesmo traia,
Alçando a liberdade que se esvai
Por entre minhas mãos e nada resta,
Senão a mesma face mais funesta
Do tempo que deveras sempre trai,
A luta não cessasse um só momento
E o prazo se findando, o quanto sobra
Expressa a solidão que se recobra
E traz o que pudesse e em vão fomento,
Ausenta-se das mãos esta esperança
E o fim sem mais defesas, vai e avança...
Valerio Mannarino
E tento conseguir um novo porto
E sei do que pudesse quase morto
Enquanto a realidade mesmo traia,
Alçando a liberdade que se esvai
Por entre minhas mãos e nada resta,
Senão a mesma face mais funesta
Do tempo que deveras sempre trai,
A luta não cessasse um só momento
E o prazo se findando, o quanto sobra
Expressa a solidão que se recobra
E traz o que pudesse e em vão fomento,
Ausenta-se das mãos esta esperança
E o fim sem mais defesas, vai e avança...
Valerio Mannarino
MAR ADENTRO
MAR ADENTRO
Navego sem sentido mar adentro
E busco o que pudesse ser uma ilha
E nada do que deva maravilha
Enquanto no vazio me concentro,
Meu sonho sem sentido, vento frágil,
A luta determina este cansaço
E quando no final apenas traço
O passo poderia ser mais ágil.
Restauro dos meus dias o que há tanto
Restara sem motivos nem razões
E nisto o que em verdade tu me expões
Traduz o que pudesse e assim me espanto,
Arcasse com enganos mais sutis
E o mundo então seria como eu quis...
Valerio Mannarino
Navego sem sentido mar adentro
E busco o que pudesse ser uma ilha
E nada do que deva maravilha
Enquanto no vazio me concentro,
Meu sonho sem sentido, vento frágil,
A luta determina este cansaço
E quando no final apenas traço
O passo poderia ser mais ágil.
Restauro dos meus dias o que há tanto
Restara sem motivos nem razões
E nisto o que em verdade tu me expões
Traduz o que pudesse e assim me espanto,
Arcasse com enganos mais sutis
E o mundo então seria como eu quis...
Valerio Mannarino
CENÁRIO
CENÁRIO
Jamais imaginasse este cenário
Nas tantas e sofridas noites vagas
Aonde com certeza mais afagas
O tempo se mostrando imaginário,
Não quero perceber que o itinerário
Adentra esta ilusão e não apagas
As sortes mais diversas fossem magas
O todo se fingisse necessário,
Acarretando engodos mais ferozes
Ouvindo da expressão divina as vozes
De algozes que pudessem me trazer
Um resto de alegria onde não tenho
Sequer este momento mais ferrenho,
Amortalhando o sonho sem lazer.
VALERIO MANNARINO.
Jamais imaginasse este cenário
Nas tantas e sofridas noites vagas
Aonde com certeza mais afagas
O tempo se mostrando imaginário,
Não quero perceber que o itinerário
Adentra esta ilusão e não apagas
As sortes mais diversas fossem magas
O todo se fingisse necessário,
Acarretando engodos mais ferozes
Ouvindo da expressão divina as vozes
De algozes que pudessem me trazer
Um resto de alegria onde não tenho
Sequer este momento mais ferrenho,
Amortalhando o sonho sem lazer.
VALERIO MANNARINO.
MERAMENTE
MERAMENTE
Não mais que meramente quis a sorte
Diversa do caminho mais sutil,
E o quanto na verdade se previu
Tramasse o que jamais sei e comporte,
O mundo se resume a medo e corte,
O leque de expressões não presumiu,
O quanto poderia ser gentil,
Porém a cada passo, a velha morte.
Não quero olhar de fato e perceber
Silente madrugada e passo a ver
O verso sem sentido ou sem razão
No fundo sei que outros momentos vêm,
E o canto se espalhando sem ninguém
Conter o quanto possa o coração.,
VALERIO MANNARINO
Não mais que meramente quis a sorte
Diversa do caminho mais sutil,
E o quanto na verdade se previu
Tramasse o que jamais sei e comporte,
O mundo se resume a medo e corte,
O leque de expressões não presumiu,
O quanto poderia ser gentil,
Porém a cada passo, a velha morte.
Não quero olhar de fato e perceber
Silente madrugada e passo a ver
O verso sem sentido ou sem razão
No fundo sei que outros momentos vêm,
E o canto se espalhando sem ninguém
Conter o quanto possa o coração.,
VALERIO MANNARINO
LEGADOS DIFERENTES
LEGADOS DIFERENTES
Legados diferentes, dias tais
Que nada mais pudesse desde quando
O vento noutro rumo me levando
Expressa este caminho onde me trais.
Pressinto entre diversos vendavais
O todo sem saber se destroçando
E o vento que pudesse ser mais brando
Arcando com terríveis temporais.
Não quero outro momento e nem pudera
A vida se expressando feito fera
A cada novo instante outra tocaia,
A sorte se desfaz e nada resta,
Senão a mesma face tão funesta
E o vento que de fato sempre traia.
VALERIO MANNARINO.
Legados diferentes, dias tais
Que nada mais pudesse desde quando
O vento noutro rumo me levando
Expressa este caminho onde me trais.
Pressinto entre diversos vendavais
O todo sem saber se destroçando
E o vento que pudesse ser mais brando
Arcando com terríveis temporais.
Não quero outro momento e nem pudera
A vida se expressando feito fera
A cada novo instante outra tocaia,
A sorte se desfaz e nada resta,
Senão a mesma face tão funesta
E o vento que de fato sempre traia.
VALERIO MANNARINO.
LUZ E BRILHO
LUZ E BRILHO
Negar qualquer momento em luz e brilho
Vasculho dentro da alma e nada vejo,
Apenas o que possa a cada ensejo
Marcar o coração deste andarilho,
E quando noutro tom embalde eu trilho,
Arcando com o custo do desejo,
Meu sonho mais audaz quando eu almejo
Expressa o que pudesse em estribilho,
Não quero refletir apenas isso,
O tanto que não veio, mas cobiço,
O preço a se pagar jamais veria,
O luto que me cobre não retira
Fortuna mais fugaz que noutra mira
Expressa este sorriso em agonia.
VALERIO MANNARINO
Negar qualquer momento em luz e brilho
Vasculho dentro da alma e nada vejo,
Apenas o que possa a cada ensejo
Marcar o coração deste andarilho,
E quando noutro tom embalde eu trilho,
Arcando com o custo do desejo,
Meu sonho mais audaz quando eu almejo
Expressa o que pudesse em estribilho,
Não quero refletir apenas isso,
O tanto que não veio, mas cobiço,
O preço a se pagar jamais veria,
O luto que me cobre não retira
Fortuna mais fugaz que noutra mira
Expressa este sorriso em agonia.
VALERIO MANNARINO
TEMPO VORAZ
TEMPO VORAZ
O tempo que se torna mais voraz
Destroça qualquer sonho que inda reste
E mesmo num cenário tão agreste
Ainda procurasse a rara paz,
O verso noutro tom já se desfaz
E o medo, com certeza, contiveste
E quando noutro tom mesmo vieste,
A luta sem final não satisfaz,
O vento balançando os teus cabelos
Os sonhos entre tantos, envolve-los,
E o canto mais agudo da esperança
Um mundo mais diverso do que trazes,
A vida se mostrando em tantas fases
E frases sem sentido enfim me lanças.
VALERIO MANNARINO
O tempo que se torna mais voraz
Destroça qualquer sonho que inda reste
E mesmo num cenário tão agreste
Ainda procurasse a rara paz,
O verso noutro tom já se desfaz
E o medo, com certeza, contiveste
E quando noutro tom mesmo vieste,
A luta sem final não satisfaz,
O vento balançando os teus cabelos
Os sonhos entre tantos, envolve-los,
E o canto mais agudo da esperança
Um mundo mais diverso do que trazes,
A vida se mostrando em tantas fases
E frases sem sentido enfim me lanças.
VALERIO MANNARINO
2/2
Deixando um rastro pleno em liberdade
Seguindo cada estrela que nos traz
A sorte que pudera mais audaz
E o peso quando tudo se degrade,
Resumo todo verso na ansiedade
E se isto me permite ser capaz
O tanto se desenha ora fugaz
Vagando pelas ruas da cidade.
Meu tempo se esgotara há tantos anos
E sei dos meus caminhos soberanos
Envoltos nesta bruma que não deixa
Sequer qualquer anseio e vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
E tramas o que possa em rude queixa.
Deixando um rastro pleno em liberdade
Seguindo cada estrela que nos traz
A sorte que pudera mais audaz
E o peso quando tudo se degrade,
Resumo todo verso na ansiedade
E se isto me permite ser capaz
O tanto se desenha ora fugaz
Vagando pelas ruas da cidade.
Meu tempo se esgotara há tantos anos
E sei dos meus caminhos soberanos
Envoltos nesta bruma que não deixa
Sequer qualquer anseio e vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
E tramas o que possa em rude queixa.
ANGÚSTIA..
ANGÚSTIA..
Sabendo que andei só na vasta estrada
Que leva ao pensamento uma alegria,
Tristeza vai chegando disfarçada
Irrompe furiosa em agonia,
Deixando não restar mais quase nada,
Tornando a minha vida bem mais fria.
Tristeza de saber que fui feliz
E agora vou vivendo por um triz.
Palavras que escutei de amor imenso,
Não foram, nem sequer realidade.
Meu dia se perdendo, frágil, tenso
Matando em nascedouro a liberdade.
O fogo da paixão, queimando intenso,
Morreu mal começou num fim de tarde.
Deixando duras sombras no caminho,
Agora vou medonho, estou sozinho.
Vieste e qual cometa já partiste,
Deixando um rastro feito em tanta dor.
Meu coração restando só e triste,
Não tendo mais um sonho a recompor,
Padece, mas teimoso inda persiste,
E tenta cultivar ainda a flor
De uma esperança tola e malfazeja,
E a lança da tristeza me dardeja.
Quem dera se eu tivesse algum motivo
Pra rir e prosseguir a caminhada,
Apenas, tão somente sobrevivo,
Seguindo sem destino a minha estrada
Quem teve no passado um dia altivo
Não sabe o que fazer se encontra o nada.
Tocado pelo vento da tristeza
A dor se alvoroçando põe a mesa.
Mortalha que me cobre, solidão,
Ferocidade plena em suas garras.
Rasgando sem piedade o coração,
Mantendo com firmeza tais agarras
Na crueldade encontra uma razão,
Para firmar com força estas amarras.
Deixando o gosto amargo do vazio,
Rondando com olhar sempre sombrio.
Talvez quem sabe; um dia eu poderei
Falar de uma esperança, quem me dera!
Agora que em seus braços me entreguei,
Não vejo mais as flores, primavera,
De tudo o que pensara, cobicei
Um dia mais feliz, mas esta fera
Felina em ironia não me deixa,
E sinto no meu rosto uma madeixa
De seus cabelos frios, braços fortes,
Carpindo com sorrisos, sem ter pena,
Mudando meu caminho, pr’outros nortes,
Gargalha enquanto louca já me acena,
Promete novamente fundos cortes,
E soberana invade cada cena,
Tristeza, companheira derradeira,
Com certeza, minha última parceira...
VALÉRIO MANNARINO
Sabendo que andei só na vasta estrada
Que leva ao pensamento uma alegria,
Tristeza vai chegando disfarçada
Irrompe furiosa em agonia,
Deixando não restar mais quase nada,
Tornando a minha vida bem mais fria.
Tristeza de saber que fui feliz
E agora vou vivendo por um triz.
Palavras que escutei de amor imenso,
Não foram, nem sequer realidade.
Meu dia se perdendo, frágil, tenso
Matando em nascedouro a liberdade.
O fogo da paixão, queimando intenso,
Morreu mal começou num fim de tarde.
Deixando duras sombras no caminho,
Agora vou medonho, estou sozinho.
Vieste e qual cometa já partiste,
Deixando um rastro feito em tanta dor.
Meu coração restando só e triste,
Não tendo mais um sonho a recompor,
Padece, mas teimoso inda persiste,
E tenta cultivar ainda a flor
De uma esperança tola e malfazeja,
E a lança da tristeza me dardeja.
Quem dera se eu tivesse algum motivo
Pra rir e prosseguir a caminhada,
Apenas, tão somente sobrevivo,
Seguindo sem destino a minha estrada
Quem teve no passado um dia altivo
Não sabe o que fazer se encontra o nada.
Tocado pelo vento da tristeza
A dor se alvoroçando põe a mesa.
Mortalha que me cobre, solidão,
Ferocidade plena em suas garras.
Rasgando sem piedade o coração,
Mantendo com firmeza tais agarras
Na crueldade encontra uma razão,
Para firmar com força estas amarras.
Deixando o gosto amargo do vazio,
Rondando com olhar sempre sombrio.
Talvez quem sabe; um dia eu poderei
Falar de uma esperança, quem me dera!
Agora que em seus braços me entreguei,
Não vejo mais as flores, primavera,
De tudo o que pensara, cobicei
Um dia mais feliz, mas esta fera
Felina em ironia não me deixa,
E sinto no meu rosto uma madeixa
De seus cabelos frios, braços fortes,
Carpindo com sorrisos, sem ter pena,
Mudando meu caminho, pr’outros nortes,
Gargalha enquanto louca já me acena,
Promete novamente fundos cortes,
E soberana invade cada cena,
Tristeza, companheira derradeira,
Com certeza, minha última parceira...
VALÉRIO MANNARINO
HISTÓRIA DERRADEIRA
HISTÓRIA DERRADEIRA
A vida se pudesse em cada amanhecer
Trazer uma esperança além do vago sonho,
Embora sem sentido o quanto aquém, componho,
Espero lentamente entregue ao bel prazer,
O quanto se tentasse e desejasse ser
O mesmo sem porvir, num aspecto medonho,
Impede o que mais queira e mesmo te proponho,
Vestindo neste olhar o que inda possa ter,
Jamais imaginasse a sorte sem seu prumo,
E quando noutro engodo, a farsa, engulo e assumo.
No sumo a soma segue e nada do que eu queira
Voltasse mansamente em forma mais suave
Apenas o que tanto engana e nos entrave
Usando a farsa como história derradeira...
DIAS BETTI
A vida se pudesse em cada amanhecer
Trazer uma esperança além do vago sonho,
Embora sem sentido o quanto aquém, componho,
Espero lentamente entregue ao bel prazer,
O quanto se tentasse e desejasse ser
O mesmo sem porvir, num aspecto medonho,
Impede o que mais queira e mesmo te proponho,
Vestindo neste olhar o que inda possa ter,
Jamais imaginasse a sorte sem seu prumo,
E quando noutro engodo, a farsa, engulo e assumo.
No sumo a soma segue e nada do que eu queira
Voltasse mansamente em forma mais suave
Apenas o que tanto engana e nos entrave
Usando a farsa como história derradeira...
DIAS BETTI
ARDENTES EMOÇÕES
ARDENTES EMOÇÕES
Queria ter um verso mais conciso
Aonde eu poderia vos falar
Do quanto é necessário tanto amar
Para se poder se crer num Paraíso
Enquanto em vossos sonhos me escravizo
Exposta aos raios tantos de um luar
Aqui é com certeza um bom lugar
Distante das geleiras, do granizo
Ardentes emoções mais sensuais
No fogo que deveras derramais
Incendiando em fúria inabalável
Tomando toda a cena num rompante
O mundo ora percebo delirante
Desejo que se aflora incontrolável.
VALMAR LOUMANN
Queria ter um verso mais conciso
Aonde eu poderia vos falar
Do quanto é necessário tanto amar
Para se poder se crer num Paraíso
Enquanto em vossos sonhos me escravizo
Exposta aos raios tantos de um luar
Aqui é com certeza um bom lugar
Distante das geleiras, do granizo
Ardentes emoções mais sensuais
No fogo que deveras derramais
Incendiando em fúria inabalável
Tomando toda a cena num rompante
O mundo ora percebo delirante
Desejo que se aflora incontrolável.
VALMAR LOUMANN
DELICIOSAMENTE
DELICIOSAMENTE
Percebes do que amor se faz capaz
Ao teres meus momentos de ventura
Deliciosamente se procura
Um toque mais suave ou tão audaz
E quantas alegrias já me traz
O amor que noutro amor se transfigura
Esqueço qualquer dor ou amargura
E tua luz decerto satisfaz
A pele se arrepia sendo tua
Mulher e nesta cama quando atua
Se expressando feroz, voluptuosa
Depois ronrona quieta; obediente
Neste êxtase supremo que ora sente
No instante divinal, sublime, goza.
VALMAR LOUMANN
Percebes do que amor se faz capaz
Ao teres meus momentos de ventura
Deliciosamente se procura
Um toque mais suave ou tão audaz
E quantas alegrias já me traz
O amor que noutro amor se transfigura
Esqueço qualquer dor ou amargura
E tua luz decerto satisfaz
A pele se arrepia sendo tua
Mulher e nesta cama quando atua
Se expressando feroz, voluptuosa
Depois ronrona quieta; obediente
Neste êxtase supremo que ora sente
No instante divinal, sublime, goza.
VALMAR LOUMANN
DISTANTE DE QUEM TANTO QUIS
DISTANTE DE QUEM TANTO QUIS
Em tons pastéis a vida vai sem graça
Distante de quem tanto eu quis querer
Na ausência deste sonho, o desprazer
Esboça este vazio quando passa
Ao longe dos meus olhos, rua e praça
Aquele a quem desejo e sabe ser
E tendo nos seus braços tal poder
Que a vida sem sabê-lo se esfumaça.
Marcando a cada dia em carne viva
Uma alma que sem ele já se priva
De tudo o que pudesse traduzir
Felicidade imensa em glórias feita,
E quando a fantasia está desfeita
Ausente dos meus olhos o porvir.
VALMAR LOUMANN
Em tons pastéis a vida vai sem graça
Distante de quem tanto eu quis querer
Na ausência deste sonho, o desprazer
Esboça este vazio quando passa
Ao longe dos meus olhos, rua e praça
Aquele a quem desejo e sabe ser
E tendo nos seus braços tal poder
Que a vida sem sabê-lo se esfumaça.
Marcando a cada dia em carne viva
Uma alma que sem ele já se priva
De tudo o que pudesse traduzir
Felicidade imensa em glórias feita,
E quando a fantasia está desfeita
Ausente dos meus olhos o porvir.
VALMAR LOUMANN
O TEMPO NOS TRANSFORMA
O TEMPO NOS TRANSFORMA
Ainda que se mostre desejável
O tempo nos transforma totalmente
E mesmo quando a fúria se pressente
O quadro muitas vezes imutável
Agora se tornando palatável
Cevando da esperança uma semente
Diversa da quer vira antigamente
Num solo que hoje não era arável.
Mas tendo o teu amor nada mais quero
Somente esta emoção que assim transborda
Num elo bem mais forte, sou sincero
Não vejo mais tão rota a velha corda
Que unira nossos passos e eu espero
A farta paz que agora nos aborda.
VALMAR LOUMANN
Ainda que se mostre desejável
O tempo nos transforma totalmente
E mesmo quando a fúria se pressente
O quadro muitas vezes imutável
Agora se tornando palatável
Cevando da esperança uma semente
Diversa da quer vira antigamente
Num solo que hoje não era arável.
Mas tendo o teu amor nada mais quero
Somente esta emoção que assim transborda
Num elo bem mais forte, sou sincero
Não vejo mais tão rota a velha corda
Que unira nossos passos e eu espero
A farta paz que agora nos aborda.
VALMAR LOUMANN
VIVER TAIS EMOÇÕES
VIVER TAIS EMOÇÕES
Durante a minha vida imaginara
Algum momento aonde eu poderia
Entregue aos devaneios da alegria
Selando um novo dia sem a escara
Que tanto me ferira e maltratara
E enquanto uma esperança desafia
O coração atroz da poesia
Aonde a sorte às vezes desampara.
Viver tais emoções e ser além
Do vago que sozinha me contém
Sem ter sequer posseiro que me invada
A moça se desnuda em força tanta
E quando esta ilusão sublime encanta
Voltando a ter nos olhos, sonho e Fada.
VALMAR LOUMANN
Durante a minha vida imaginara
Algum momento aonde eu poderia
Entregue aos devaneios da alegria
Selando um novo dia sem a escara
Que tanto me ferira e maltratara
E enquanto uma esperança desafia
O coração atroz da poesia
Aonde a sorte às vezes desampara.
Viver tais emoções e ser além
Do vago que sozinha me contém
Sem ter sequer posseiro que me invada
A moça se desnuda em força tanta
E quando esta ilusão sublime encanta
Voltando a ter nos olhos, sonho e Fada.
VALMAR LOUMANN
ASSÉDIOS DA ILUSÃO
ASSÉDIOS DA ILUSÃO
Trazendo no meu peito esta medalha
Aonde se mostrasse mais feliz
A sorte muitas vezes traz matiz
Diverso do que outrora vi; mortalha
E quando esta esperança me amealha
E levando minha alma tanto diz
Permita que eu me veja menos gris
E toda a fantasia se retalha.
Assédios da ilusão são costumeiros
Assim como as daninhas nos canteiros,
Mas creio que terei belas verbenas
Depois da chuvarada em desamor,
Belo desabrochar de cada flor,
Pois quando estás comigo me serenas.
VALMAR LOUMANN
Trazendo no meu peito esta medalha
Aonde se mostrasse mais feliz
A sorte muitas vezes traz matiz
Diverso do que outrora vi; mortalha
E quando esta esperança me amealha
E levando minha alma tanto diz
Permita que eu me veja menos gris
E toda a fantasia se retalha.
Assédios da ilusão são costumeiros
Assim como as daninhas nos canteiros,
Mas creio que terei belas verbenas
Depois da chuvarada em desamor,
Belo desabrochar de cada flor,
Pois quando estás comigo me serenas.
VALMAR LOUMANN
Maakyury
Maakyury
En el sintoísmo la diosa prudente yo veo
Las aguas de su reinado, la bebida ideal
Y mientras los ojos, e incluso yo propongo,
Lo tanto aprovechando mejor las oportunidades,
La convierte mundo y el azulejo
Venía en dirección contraria no me opongo
A raíz de lo que se podría más brillante,
El uso de toda la suerte que predecir,
Y ella emana la sabiduría
Mi alma entonces convertirse en un vasallo,
Aprender a tratar con la vida;
El orden establece,
La calle que había sido más oscura,
Ahora bien brillante y colorida.
VALERIO MANNARINO E LUCIO P. MORENO
En el sintoísmo la diosa prudente yo veo
Las aguas de su reinado, la bebida ideal
Y mientras los ojos, e incluso yo propongo,
Lo tanto aprovechando mejor las oportunidades,
La convierte mundo y el azulejo
Venía en dirección contraria no me opongo
A raíz de lo que se podría más brillante,
El uso de toda la suerte que predecir,
Y ella emana la sabiduría
Mi alma entonces convertirse en un vasallo,
Aprender a tratar con la vida;
El orden establece,
La calle que había sido más oscura,
Ahora bien brillante y colorida.
VALERIO MANNARINO E LUCIO P. MORENO
Izanagi and Izanami
Izanagi and Izanami
The couple of other kamis generating,
However to them take kamis of fire,
Izanami died without a plea
It promises a vengeance and unsay.
Had sworn return then this underworld,
But it staying there finally for so long,
Fearing any new setback
Izanagi following to go deep.
But when he came to see give birth
Demons and devils, betrayal,
Of larvae is the meal itself.
And have them persecuting furiously,
Izanagi by fleeing; power of the sun,
Destroy as many devils in the afterglow.
VALERIO MANNARINO E DIASBETTI
The couple of other kamis generating,
However to them take kamis of fire,
Izanami died without a plea
It promises a vengeance and unsay.
Had sworn return then this underworld,
But it staying there finally for so long,
Fearing any new setback
Izanagi following to go deep.
But when he came to see give birth
Demons and devils, betrayal,
Of larvae is the meal itself.
And have them persecuting furiously,
Izanagi by fleeing; power of the sun,
Destroy as many devils in the afterglow.
VALERIO MANNARINO E DIASBETTI
Abebé
Abebé
Oshun trayendo en sus manos Abebé
Iemanjá señora, la diosa y la reina
Manteniendo la vieja llama de la esperanza
Llevar la fe inmensa con mansedumbre,
Cómo puedo creer y conocer
La vida, incluso en las peleas cuando se llora,
Ganando el corazón para leer exclama
Y trate de caminar sin cadenas más,
El momento en que se basan en la luna llena
Y cuando veo la Sirenita de Abebé
Los mares preguntando y la belleza
Me enfrento cada caída así
Nada más que sin duda deforme
Mis manos se liberan.
GILBERTO FREITAS E DIASBETTI
Oshun trayendo en sus manos Abebé
Iemanjá señora, la diosa y la reina
Manteniendo la vieja llama de la esperanza
Llevar la fe inmensa con mansedumbre,
Cómo puedo creer y conocer
La vida, incluso en las peleas cuando se llora,
Ganando el corazón para leer exclama
Y trate de caminar sin cadenas más,
El momento en que se basan en la luna llena
Y cuando veo la Sirenita de Abebé
Los mares preguntando y la belleza
Me enfrento cada caída así
Nada más que sin duda deforme
Mis manos se liberan.
GILBERTO FREITAS E DIASBETTI
Abalaú-aie
Abalaú-aie
Abalaú-aie in the protecting
Of the wounds, the pain so many bladders
And when I finally looked on, rise up
The world would be more cruel both
The step is in fact bringing
Where this assurance says from the Holy
Diverse more than words where you scares
The dream just made in a patch,
My God protects us of this damn
And when in reality the dictates fate
Sense that could transform
After every gashes on our skin,
The luck has already tenderly rejects
And leaves the sunshine in peace at clear.
Marcos Loures e GILBERTO FREITAS
Abalaú-aie in the protecting
Of the wounds, the pain so many bladders
And when I finally looked on, rise up
The world would be more cruel both
The step is in fact bringing
Where this assurance says from the Holy
Diverse more than words where you scares
The dream just made in a patch,
My God protects us of this damn
And when in reality the dictates fate
Sense that could transform
After every gashes on our skin,
The luck has already tenderly rejects
And leaves the sunshine in peace at clear.
Marcos Loures e GILBERTO FREITAS
NOS BRAÇOS DESTE AMOR
NOS BRAÇOS DESTE AMOR
Nos braços deste amor que nos desperta,
Eu faço a refeição, farta merenda,
O amor quando demais, pra sempre alerta
Retira dos meus olhos qualquer venda.
Aos poucos adentrando no Nirvana,
Do amor eu faço a mais perfeita droga,
De um jeito mais moleque e tão sacana,
Minha alma em teus prazeres já se afoga.
Galgando mil galáxias num momento,
Vislumbro o raro céu em farta luz.
Montada em meu corcel, tomando assento
Estrela em tua pele, vem, reluz...
Do quanto eu te desejo e não me farto,
O paraíso chega ao nosso quarto...
GILBERTO FREITAS
Nos braços deste amor que nos desperta,
Eu faço a refeição, farta merenda,
O amor quando demais, pra sempre alerta
Retira dos meus olhos qualquer venda.
Aos poucos adentrando no Nirvana,
Do amor eu faço a mais perfeita droga,
De um jeito mais moleque e tão sacana,
Minha alma em teus prazeres já se afoga.
Galgando mil galáxias num momento,
Vislumbro o raro céu em farta luz.
Montada em meu corcel, tomando assento
Estrela em tua pele, vem, reluz...
Do quanto eu te desejo e não me farto,
O paraíso chega ao nosso quarto...
GILBERTO FREITAS
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Joerg Feller in German – auf Deutsch...
Gilberto Freitas
Dein Partner
Habe keine Wahl mehr, ich bin Dein Partner.
Ernte so, dass es immer vollständig ist
Genieße ich die Herrlichkeit des Obstgartens
Gemästet für die Liebe, die vollständig ist
In den Augen, die für das Mondlicht fruchten.
Ich verfolge jede Nacht den Stern, der führt,
Lasse das Leiden in einem anderen Reich
Die Welt ist voller Freude
Erlaubt, die Frühlingszeit erneut zu erleben
Tötend mit sanfter Phantasie
Den Schmerz der Einsamkeit, das fürchterliche Biest.
Und zu unseren Träumen, unendlich
In die wunderschönsten Momente eintauchen...
GILBERTO FREITAS E VALÉRIO MANNARINO
Gilberto Freitas
Dein Partner
Habe keine Wahl mehr, ich bin Dein Partner.
Ernte so, dass es immer vollständig ist
Genieße ich die Herrlichkeit des Obstgartens
Gemästet für die Liebe, die vollständig ist
In den Augen, die für das Mondlicht fruchten.
Ich verfolge jede Nacht den Stern, der führt,
Lasse das Leiden in einem anderen Reich
Die Welt ist voller Freude
Erlaubt, die Frühlingszeit erneut zu erleben
Tötend mit sanfter Phantasie
Den Schmerz der Einsamkeit, das fürchterliche Biest.
Und zu unseren Träumen, unendlich
In die wunderschönsten Momente eintauchen...
GILBERTO FREITAS E VALÉRIO MANNARINO
CORAÇÃO
CORAÇÃO
O coração dos sonhos tradutor
Tramando a cada dia nova história
E dela redundando dor ou glória
Mudança que se faz, todo vapor,
Viver extasiada o bem do amor
Na força insuperável da vitória
Trazendo os meus prazeres na memória
Decora minha casa a bela flor
Composta em tais matizes tão diversos
Traçando com carinho a ti meus versos
Encontro a solução para os problemas
E quando em noite imensa me entregando,
A fúria da paixão se demonstrando
Enquanto em teus delírios tu me algemas.
VALMAR LOUMANN
O coração dos sonhos tradutor
Tramando a cada dia nova história
E dela redundando dor ou glória
Mudança que se faz, todo vapor,
Viver extasiada o bem do amor
Na força insuperável da vitória
Trazendo os meus prazeres na memória
Decora minha casa a bela flor
Composta em tais matizes tão diversos
Traçando com carinho a ti meus versos
Encontro a solução para os problemas
E quando em noite imensa me entregando,
A fúria da paixão se demonstrando
Enquanto em teus delírios tu me algemas.
VALMAR LOUMANN
A FORÇA QUE NOS MOVE
A FORÇA QUE NOS MOVE
Amar tendo esta força que me move
E deixa-me deveras mais audaz
O quanto amor já fora tão fugaz,
O medo pouco a pouco se remove
E tendo esta vontade que comprove
Delícia que decerto satisfaz
Enquanto novo dia ele me traz
Tirando sem temor prova dos nove.
Englobo-vos nos braços, quero mais
E quanto mais feliz vos demonstrais
Serei também querido namorado,
Vivendo esta alegria sem igual,
O amor se mostra enfim tão natural
Distante do que fora no passado.
VALMAR LOUMANN
Amar tendo esta força que me move
E deixa-me deveras mais audaz
O quanto amor já fora tão fugaz,
O medo pouco a pouco se remove
E tendo esta vontade que comprove
Delícia que decerto satisfaz
Enquanto novo dia ele me traz
Tirando sem temor prova dos nove.
Englobo-vos nos braços, quero mais
E quanto mais feliz vos demonstrais
Serei também querido namorado,
Vivendo esta alegria sem igual,
O amor se mostra enfim tão natural
Distante do que fora no passado.
VALMAR LOUMANN
CAIS
CAIS
Pensando neste cais feito em teus braços
Depois de temporais ter enfrentado
O amor que foi demais no meu passado
Agora se trançando em novos passos,
E neles reconheço os velhos traços
Dos medos que vieram num nublado
Momento onde houvera vislumbrado
Os erros cometidos, todos crassos.
Mas tendo novamente esta esperança
A sorte em tuas mãos o sonho lança
E tua sem temor ora mergulho
E mesmo que espinheiro eu encontrasse
A vida superando antigo impasse
Arranca do caminho o pedregulho.
VALMAR LOUMANN
Pensando neste cais feito em teus braços
Depois de temporais ter enfrentado
O amor que foi demais no meu passado
Agora se trançando em novos passos,
E neles reconheço os velhos traços
Dos medos que vieram num nublado
Momento onde houvera vislumbrado
Os erros cometidos, todos crassos.
Mas tendo novamente esta esperança
A sorte em tuas mãos o sonho lança
E tua sem temor ora mergulho
E mesmo que espinheiro eu encontrasse
A vida superando antigo impasse
Arranca do caminho o pedregulho.
VALMAR LOUMANN
APAIXONADA
APAIXONADA
E quando te imagino, apaixonada
Ao vê-lo como fosse quase um deus
Desejos incontidos teus s meus,
Estrada com prazeres desbravada
A vida se mostrando em tal jornada
Deixando para trás o medo e o adeus,
Podendo caminhar em plenos breus
Estando, pois contigo, iluminada.
Vencer os meus temores naturais
Querendo me entregar cada vez mais
E sem sequer saber de alguns limites
Só quero ser tão tua e sem cobranças
Vivendo a fantasia em que me lanças
E nelas sem temor, quero, acredites.
VALMAR LOUMANN
E quando te imagino, apaixonada
Ao vê-lo como fosse quase um deus
Desejos incontidos teus s meus,
Estrada com prazeres desbravada
A vida se mostrando em tal jornada
Deixando para trás o medo e o adeus,
Podendo caminhar em plenos breus
Estando, pois contigo, iluminada.
Vencer os meus temores naturais
Querendo me entregar cada vez mais
E sem sequer saber de alguns limites
Só quero ser tão tua e sem cobranças
Vivendo a fantasia em que me lanças
E nelas sem temor, quero, acredites.
VALMAR LOUMANN
TE PROCURO
TE PROCURO
Meus olhos te procuram noite afora
Distante do que outrora te queria,
O amor que é muitas vezes utopia
Ainda bem mais forte ora se aflora
E quando em teus delírios se decora
Uma alma passageira da agonia
Desvenda este mistério e assim me guia
Porquanto noutros braços se demora.
Agouros que trouxeste se esfacelam
Desejos sem respostas se cancelam
E a vida renascendo após o fim
De toda farsa feita em desengano,
Revejo a minha vida em novo plano
Neste mergulho insano dentro em mim.
VALMAR LOUMANN
Meus olhos te procuram noite afora
Distante do que outrora te queria,
O amor que é muitas vezes utopia
Ainda bem mais forte ora se aflora
E quando em teus delírios se decora
Uma alma passageira da agonia
Desvenda este mistério e assim me guia
Porquanto noutros braços se demora.
Agouros que trouxeste se esfacelam
Desejos sem respostas se cancelam
E a vida renascendo após o fim
De toda farsa feita em desengano,
Revejo a minha vida em novo plano
Neste mergulho insano dentro em mim.
VALMAR LOUMANN
CORRENTES
CORRENTES
Senzalas que me deste no passado
Arrebentando agora tais correntes,
Além do que deveras inda sentes
Não quero este fantasma aqui do lado,
O mundo novamente vislumbrado
Por mais que velhos dias inda tentes,
Não sabes nem percebes tais dementes
Momentos onde o sonho é naufragado,
Pudesse ter ainda a juventude,
Mas mesmo assim mantenho esta atitude
Embora te pareça tão tardia,
A fêmea feita em loba já se acorda
E rompe com passado qualquer corda
E em luzes bem mais fortes se recria.
VALMAR LOUMANN
Senzalas que me deste no passado
Arrebentando agora tais correntes,
Além do que deveras inda sentes
Não quero este fantasma aqui do lado,
O mundo novamente vislumbrado
Por mais que velhos dias inda tentes,
Não sabes nem percebes tais dementes
Momentos onde o sonho é naufragado,
Pudesse ter ainda a juventude,
Mas mesmo assim mantenho esta atitude
Embora te pareça tão tardia,
A fêmea feita em loba já se acorda
E rompe com passado qualquer corda
E em luzes bem mais fortes se recria.
VALMAR LOUMANN
ILUSÕES
ILUSÕES
Espero a cada noite esta presença
De quem tanto desejo, mas não vem
E quando me percebo sem ninguém
Sem ter quem de um amor já me convença
Sozinha nesta andança a recompensa
No gozo solitário se contém
E toda a fantasia fica aquém
De uma realidade audaz e intensa.
Vestindo de ilusões uma princesa
Encontra no teu corpo farta mesa
E assim se banqueteia noite afora,
O quadro se reflete nesta cena
E quando a vida atroz já me envenena
Apenas fantasia me decora.
VALMAR LOUMANN
Espero a cada noite esta presença
De quem tanto desejo, mas não vem
E quando me percebo sem ninguém
Sem ter quem de um amor já me convença
Sozinha nesta andança a recompensa
No gozo solitário se contém
E toda a fantasia fica aquém
De uma realidade audaz e intensa.
Vestindo de ilusões uma princesa
Encontra no teu corpo farta mesa
E assim se banqueteia noite afora,
O quadro se reflete nesta cena
E quando a vida atroz já me envenena
Apenas fantasia me decora.
VALMAR LOUMANN
NOITES ANSIADAS
NOITES ANSIADAS
Perpetuamente vossa e nada mais
Nas ansiosas noites, solidão,
As tramas mais doridas da paixão
Que em versos tantas vezes demonstrais
E sigo após momentos tão venais
Buscando nos teus braços a amplidão
E nela novos tempos mostrarão
Cenários com certeza, magistrais
E deles absorvendo cada luz
E o fogo desvairado me conduz
Ao teu colo querido companheiro
E sendo tão somente assim só tua
Exposta nesta cama quase nua
Nas ânsias de quem amo já me inteiro.
VALMAR LOUMANN
Perpetuamente vossa e nada mais
Nas ansiosas noites, solidão,
As tramas mais doridas da paixão
Que em versos tantas vezes demonstrais
E sigo após momentos tão venais
Buscando nos teus braços a amplidão
E nela novos tempos mostrarão
Cenários com certeza, magistrais
E deles absorvendo cada luz
E o fogo desvairado me conduz
Ao teu colo querido companheiro
E sendo tão somente assim só tua
Exposta nesta cama quase nua
Nas ânsias de quem amo já me inteiro.
VALMAR LOUMANN
Hard curves
Hard curves
After the hard curves of the path,
The luck that had sought finally reaches
Knowing that I will not ever alone.
In the love that made me soft and meek,
Certainly each step, now line up.
Standing beyond these mountains
My eyes demand at this look,
By changing all of a sudden, my reminder,
I realize how good it feels can dream.
The lights next to you are such,
By making our road glitter.
I know how much I want to be with you,
Winning every form of danger...
Marcos Loures E GILBERTO FREITAS
After the hard curves of the path,
The luck that had sought finally reaches
Knowing that I will not ever alone.
In the love that made me soft and meek,
Certainly each step, now line up.
Standing beyond these mountains
My eyes demand at this look,
By changing all of a sudden, my reminder,
I realize how good it feels can dream.
The lights next to you are such,
By making our road glitter.
I know how much I want to be with you,
Winning every form of danger...
Marcos Loures E GILBERTO FREITAS
Dolores
Dolores
El dolor que venía como en una manada
A cada nuevo sueño en que se adhiera
Permite un nuevo día, anunciando.
La tortura que penetra la piel en la
Sensación continua, por todas partes.
Posee la nostalgia bien guardada
La herencia de un instante vil, cruel,
Al ver en último momento la felicidad.
Pero azules nuevos tocaran todo mi cielo,
Promesas de divinidades benéficas
Hemos derramado la miel pura.
Sentado tranquilamente junto a Zeus,
Yo no quiero ni permitir que los males vuelvan…
GILBERTO FREITAS Y MARCOS LOURES
El dolor que venía como en una manada
A cada nuevo sueño en que se adhiera
Permite un nuevo día, anunciando.
La tortura que penetra la piel en la
Sensación continua, por todas partes.
Posee la nostalgia bien guardada
La herencia de un instante vil, cruel,
Al ver en último momento la felicidad.
Pero azules nuevos tocaran todo mi cielo,
Promesas de divinidades benéficas
Hemos derramado la miel pura.
Sentado tranquilamente junto a Zeus,
Yo no quiero ni permitir que los males vuelvan…
GILBERTO FREITAS Y MARCOS LOURES
VENCENDO OS MEDOS
VENCENDO OS MEDOS
Vencemos os antigos, mortos, medos
A cada alvorecer em pleno gozo
Deixando mais distantes os degredos
De um tempo tantas vezes caprichoso.
Colhendo cada fruto do pomar,
Quarando as nossas roupas no varal,
Sentindo esta emoção aqui chegar,
Florindo em paz serena o meu quintal.
Das ladeiras que outrora transpassei,
Dos espinhos que foram tão freqüentes,
Destes cardos que tanto cultivei
Os acúleos; decerto, não mais sentes.
Seguimos; peito franco em alma aberta
Nos braços deste amor que nos desperta.
GILBERTO FREITAS
Vencemos os antigos, mortos, medos
A cada alvorecer em pleno gozo
Deixando mais distantes os degredos
De um tempo tantas vezes caprichoso.
Colhendo cada fruto do pomar,
Quarando as nossas roupas no varal,
Sentindo esta emoção aqui chegar,
Florindo em paz serena o meu quintal.
Das ladeiras que outrora transpassei,
Dos espinhos que foram tão freqüentes,
Destes cardos que tanto cultivei
Os acúleos; decerto, não mais sentes.
Seguimos; peito franco em alma aberta
Nos braços deste amor que nos desperta.
GILBERTO FREITAS
BEIJO SEM IGUAL
BEIJO SEM IGUAL
No beijo sem igual que me alucina,
Eu mato a minha sede totalmente.
A lua num instante se declina
E toca a nossa pele, claramente.
Loucuras que fazemos toda noite
Certeza de um desejo saciado.
Sem medo da tristeza, duro açoite,
Sem remorsos, libertos do pecado.
Aguando com delícias este jardim,
Decerto colheremos mil perfumes,
Mostrando o que melhor carrego em mim,
Eu tenho nos teus olhos, belos lumes.
Assim, num jogo aberto e sem segredos,
Vencemos os antigos, mortos, medos...
GILBERTO FREITAS
No beijo sem igual que me alucina,
Eu mato a minha sede totalmente.
A lua num instante se declina
E toca a nossa pele, claramente.
Loucuras que fazemos toda noite
Certeza de um desejo saciado.
Sem medo da tristeza, duro açoite,
Sem remorsos, libertos do pecado.
Aguando com delícias este jardim,
Decerto colheremos mil perfumes,
Mostrando o que melhor carrego em mim,
Eu tenho nos teus olhos, belos lumes.
Assim, num jogo aberto e sem segredos,
Vencemos os antigos, mortos, medos...
GILBERTO FREITAS
A MANSIDÃO DO PARAÍSO
A MANSIDÃO DO PARAÍSO
Sentir a mansidão de um paraíso
Depois do duro inferno que eu tivera.
No toque carinhoso o que eu preciso,
Bastante pra verter a primavera.
As cartas sobre a mesa, sorte/azar
A vida em correnteza nunca pára,
Depois de tanto tempo, vim buscar
A flor que com certeza me aguardara
Fazendo do canteiro um lugar nobre,
Perfumes adentrando na janela.
Amor que em maravilha se descobre,
Na glória que decerto se revela
Na boca sedutora da menina
No beijo sem igual que me alucina...
GILBERTO FREITAS
Sentir a mansidão de um paraíso
Depois do duro inferno que eu tivera.
No toque carinhoso o que eu preciso,
Bastante pra verter a primavera.
As cartas sobre a mesa, sorte/azar
A vida em correnteza nunca pára,
Depois de tanto tempo, vim buscar
A flor que com certeza me aguardara
Fazendo do canteiro um lugar nobre,
Perfumes adentrando na janela.
Amor que em maravilha se descobre,
Na glória que decerto se revela
Na boca sedutora da menina
No beijo sem igual que me alucina...
GILBERTO FREITAS
La luz de la Liberación
La luz de la Liberación
La luz que es libertaria, por lo que emerge
Conformación de un día claro, delicioso,
Vivir en el paraíso, de ahora en adelante
Me doy cuenta cuán bueno es nuestro amor.
La paz en un momento apoderase
Toma nuestra vida de inmediato.
Promete, jamás se irá,
Acostada en tus brazos, tierna.
Añadimos nuestros sueños sin temor.
El tiempo está lleno del amor
Que la vida nos ha traído tanto tiempo.
Cuando suplantado en conjunto contratiempo
Aramos en un terreno seco y duro,
Cosecha flores raras de la emoción...
VALÉRIO MANNARINO
La luz que es libertaria, por lo que emerge
Conformación de un día claro, delicioso,
Vivir en el paraíso, de ahora en adelante
Me doy cuenta cuán bueno es nuestro amor.
La paz en un momento apoderase
Toma nuestra vida de inmediato.
Promete, jamás se irá,
Acostada en tus brazos, tierna.
Añadimos nuestros sueños sin temor.
El tiempo está lleno del amor
Que la vida nos ha traído tanto tiempo.
Cuando suplantado en conjunto contratiempo
Aramos en un terreno seco y duro,
Cosecha flores raras de la emoción...
VALÉRIO MANNARINO
Your partner
Your partner
Do not have more choice, I am your partner.
Harvest that it is always complete
I enjoy all the glory from the orchard
Fatted for the love that is completed
In the eyes that impregnate for moonlight.
I chase every night the guide star,
Leaving the suffering in another realm.
The world are filled with joy
Allows relive springtime
Killing with gentle fantasy
The pain of loneliness, terrible beast.
In addition our dreams, infinite
Invade within the most beautiful moments...
VALÉRIO MANNARINO
Do not have more choice, I am your partner.
Harvest that it is always complete
I enjoy all the glory from the orchard
Fatted for the love that is completed
In the eyes that impregnate for moonlight.
I chase every night the guide star,
Leaving the suffering in another realm.
The world are filled with joy
Allows relive springtime
Killing with gentle fantasy
The pain of loneliness, terrible beast.
In addition our dreams, infinite
Invade within the most beautiful moments...
VALÉRIO MANNARINO
MANSIDÃO
MANSIDÃO
Encontra o cai perfeito em teu desejo
O amor que tantas vezes vagou só.
Bebendo a claridade que ora vejo,
Da saudade não sinto nem o pó
Deixado nas estradas que passei,
Em fartas ventanias levantado.
Agora que o caminho eu encontrei
Tristezas já são coisas do passado.
Retrato deste amor que me liberta,
Fornalhas em carinhos e prazeres.
A lágrima em meus olhos já deserta
A sorte está; querida onde estiveres.
E sinto ser possível, num sorriso,
Sentir a mansidão de um paraíso.
GILBERTO FREITAS
Encontra o cai perfeito em teu desejo
O amor que tantas vezes vagou só.
Bebendo a claridade que ora vejo,
Da saudade não sinto nem o pó
Deixado nas estradas que passei,
Em fartas ventanias levantado.
Agora que o caminho eu encontrei
Tristezas já são coisas do passado.
Retrato deste amor que me liberta,
Fornalhas em carinhos e prazeres.
A lágrima em meus olhos já deserta
A sorte está; querida onde estiveres.
E sinto ser possível, num sorriso,
Sentir a mansidão de um paraíso.
GILBERTO FREITAS
O CAIS PERFEITO
O CAIS PERFEITO
De cada vez mais firme procurar
Saída para as dores que carrego,
Invado num momento o teu luar
E bebo do teu rumo, feito cego.
No rum de tua boca, me embriago,
Sentindo o teu perfume pelos ares.
Tomando de teu corpo cada trago,
Estendo o meu prazer a raros mares.
A moça poetisa se mostrando
A deusa que eu queria em minha vida,
A fonte dos desejos me entornando
A glória de encontrar clara saída.
Assim um navegante benfazejo
Encontra o cais perfeito em teu desejo.
GILBERTO FREITAS
De cada vez mais firme procurar
Saída para as dores que carrego,
Invado num momento o teu luar
E bebo do teu rumo, feito cego.
No rum de tua boca, me embriago,
Sentindo o teu perfume pelos ares.
Tomando de teu corpo cada trago,
Estendo o meu prazer a raros mares.
A moça poetisa se mostrando
A deusa que eu queria em minha vida,
A fonte dos desejos me entornando
A glória de encontrar clara saída.
Assim um navegante benfazejo
Encontra o cais perfeito em teu desejo.
GILBERTO FREITAS
BELO AMANHECER
BELO AMANHECER
Tramando um belo e raro amanhecer
A noite se prepara em bela prata
No claro plenilúnio eu posso ver
As folhas dançarinas nesta mata.
Convite para a festa e pro prazer
Que aos poucos, vem chegando e me arremata.
Amor que não tem fim vem me dizer
O quanto esta paixão sempre arrebata
O peito enamorado. Rondo estrelas,
Nas asas deste sonho eu me liberto.
Contando vaga-lumes, tu atrelas
Teu barco e assim chegamos a um remanso.
Vivendo o nosso amor, em rumo certo,
Eu quero o teu carinho, e não me canso.
VALERIO MANNARINO
Tramando um belo e raro amanhecer
A noite se prepara em bela prata
No claro plenilúnio eu posso ver
As folhas dançarinas nesta mata.
Convite para a festa e pro prazer
Que aos poucos, vem chegando e me arremata.
Amor que não tem fim vem me dizer
O quanto esta paixão sempre arrebata
O peito enamorado. Rondo estrelas,
Nas asas deste sonho eu me liberto.
Contando vaga-lumes, tu atrelas
Teu barco e assim chegamos a um remanso.
Vivendo o nosso amor, em rumo certo,
Eu quero o teu carinho, e não me canso.
VALERIO MANNARINO
OLHAR EM PAZ
OLHAR EM PAZ
Olhares no futuro em paz, eu boto
E vejo o dia claro que vem vindo.
O vento feito em brisa, agora eu noto,
Amor faz este mundo ser tão lindo.
A fonte do prazer jamais esgoto
E sinto o belo sol que vem surgindo,
Depois de um tempo amargo, ora remoto,
O medo de viver vai se extinguindo.
O quanto sou feliz contigo, amor,
Não cabe nos meus versos descrever,
O bom da vida mostra o seu valor
Em forma de alegria e de prazer.
Um novo mundo eu vejo recompor
Tramando um belo e raro amanhecer.
VALERIO MANNARINO
Olhares no futuro em paz, eu boto
E vejo o dia claro que vem vindo.
O vento feito em brisa, agora eu noto,
Amor faz este mundo ser tão lindo.
A fonte do prazer jamais esgoto
E sinto o belo sol que vem surgindo,
Depois de um tempo amargo, ora remoto,
O medo de viver vai se extinguindo.
O quanto sou feliz contigo, amor,
Não cabe nos meus versos descrever,
O bom da vida mostra o seu valor
Em forma de alegria e de prazer.
Um novo mundo eu vejo recompor
Tramando um belo e raro amanhecer.
VALERIO MANNARINO
FLORES RARAS
FLORES RARAS
Colhendo as flores raras da emoção
Fazendo uma corbelha divinal.
Tocando mais profundo o coração,
O amor vai se tornando sem igual.
E mesmo que isso seja uma ilusão
Mergulho carinhoso e triunfal;
Caminho que me leva à sedução
Do corpo mais perfeito e sensual.
As mãos que se procuram noite afora,
O medo vai distante, se perdendo.
Prazer que eternamente revigora
Promessas desta vida que eu bem quis,
No gozo deste amor, sinto vertendo
Felicidades; feito um chafariz.
VALÉRIO MANNARINO
Colhendo as flores raras da emoção
Fazendo uma corbelha divinal.
Tocando mais profundo o coração,
O amor vai se tornando sem igual.
E mesmo que isso seja uma ilusão
Mergulho carinhoso e triunfal;
Caminho que me leva à sedução
Do corpo mais perfeito e sensual.
As mãos que se procuram noite afora,
O medo vai distante, se perdendo.
Prazer que eternamente revigora
Promessas desta vida que eu bem quis,
No gozo deste amor, sinto vertendo
Felicidades; feito um chafariz.
VALÉRIO MANNARINO
FLUORESCÊNCIAS
FLUORESCÊNCIAS
Alçando ao infinito em fluorescências
Estendo em nosso quarto; mil estrelas,
Sentindo a raridade das essências,
Aromas sensuais que me revelas.
Delícia que se faz; doces ardências,
Culminam no prazer de assim contê-las
Dos raios do luar, calmas dolências
Permitem que se possa conhecê-las.
Assim caminha a terna madrugada
Na espera de um sublime amanhecer.
A lua tão serena, enamorada
Abraça a tua tez; prata morena,
E em meio a tantas ondas de prazer
Felicidade imensa, enfim se acena...
VALÉRIO MANNARINO
Alçando ao infinito em fluorescências
Estendo em nosso quarto; mil estrelas,
Sentindo a raridade das essências,
Aromas sensuais que me revelas.
Delícia que se faz; doces ardências,
Culminam no prazer de assim contê-las
Dos raios do luar, calmas dolências
Permitem que se possa conhecê-las.
Assim caminha a terna madrugada
Na espera de um sublime amanhecer.
A lua tão serena, enamorada
Abraça a tua tez; prata morena,
E em meio a tantas ondas de prazer
Felicidade imensa, enfim se acena...
VALÉRIO MANNARINO
BRISA MANSA
BRISA MANSA
Eu sinto a brisa mansa, em calmo vento
Roçando a minha pele, o teu sorriso
Poeira no meu peito toma assento
E o toque dos teus lábios; mais preciso.
A vida vem trazendo sem aviso
De todo o que passei; cada tormento,
Um novo amanhecer em que diviso
O fim dessa amargura e sofrimento.
Sabendo da colheita prometida,
Nos braços deste nobre jardineiro,
Amor vai transformando a minha vida,
Permite que eu mantenha o peito aberto,
Aguando em emoções o meu canteiro,
A seca do passado, enfim, deserto.
VALERIO MANNARINO
Eu sinto a brisa mansa, em calmo vento
Roçando a minha pele, o teu sorriso
Poeira no meu peito toma assento
E o toque dos teus lábios; mais preciso.
A vida vem trazendo sem aviso
De todo o que passei; cada tormento,
Um novo amanhecer em que diviso
O fim dessa amargura e sofrimento.
Sabendo da colheita prometida,
Nos braços deste nobre jardineiro,
Amor vai transformando a minha vida,
Permite que eu mantenha o peito aberto,
Aguando em emoções o meu canteiro,
A seca do passado, enfim, deserto.
VALERIO MANNARINO
POESIA
POESIA
Surgindo nos meus olhos, poesia;
Fazendo rebrilhar um sonho bom,
A lua se espalhando invade o dia,
E mostra a claridade em mesmo tom.
O quanto a noite em luzes principia
Garante ao manso dia o raro dom
Que é feito da beleza em fantasia,
A melodia acalma; suave som.
Trazendo para a vida a sensação
Da eterna juventude, inesgotável;
Aos poucos vem raiando uma emoção
Que entorna sobre nós felicidade,
Tornando o nosso solo mais arável
Verdeja em nosso peito, a liberdade...
VALERIO MANNARINO
Surgindo nos meus olhos, poesia;
Fazendo rebrilhar um sonho bom,
A lua se espalhando invade o dia,
E mostra a claridade em mesmo tom.
O quanto a noite em luzes principia
Garante ao manso dia o raro dom
Que é feito da beleza em fantasia,
A melodia acalma; suave som.
Trazendo para a vida a sensação
Da eterna juventude, inesgotável;
Aos poucos vem raiando uma emoção
Que entorna sobre nós felicidade,
Tornando o nosso solo mais arável
Verdeja em nosso peito, a liberdade...
VALERIO MANNARINO
01/02
A vida nos teus braços calma passa
E gera esta esperança aonde um dia
Vivesse com ternura a fantasia
Que a sorte noutro instante sempre traça,
Vagando sem destino em plena praça
A luta na verdade não se adia,
Marcante sorte dita em harmonia
A verdadeira face mesmo escassa.
Não tento outro caminho e se for este
O quanto a cada dia concebeste
Já não resistiria ao quanto valho,
Meu mundo sendo assim diverso e falho,
Apresentando os erros costumeiros
Expressa meus cenários sem luzeiros.
A vida nos teus braços calma passa
E gera esta esperança aonde um dia
Vivesse com ternura a fantasia
Que a sorte noutro instante sempre traça,
Vagando sem destino em plena praça
A luta na verdade não se adia,
Marcante sorte dita em harmonia
A verdadeira face mesmo escassa.
Não tento outro caminho e se for este
O quanto a cada dia concebeste
Já não resistiria ao quanto valho,
Meu mundo sendo assim diverso e falho,
Apresentando os erros costumeiros
Expressa meus cenários sem luzeiros.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
NOITES VAZIAS
NOITES VAZIAS
Entre imensas penedias
Aportar com pudesse?
Se tampouco tantas messes
Tu decerto merecias
Entre noites mais vazias
Outras sendas tu já teces
E se tanto em dor esqueces
O que foram raros dias,
Navegando contra o vento,
Nada pude, vela aberta
A saudade quando aperta
Toma logo o sentimento
Esperança já deserta
Só restando o desalento...
VALÉRIO MANNARINO
Entre imensas penedias
Aportar com pudesse?
Se tampouco tantas messes
Tu decerto merecias
Entre noites mais vazias
Outras sendas tu já teces
E se tanto em dor esqueces
O que foram raros dias,
Navegando contra o vento,
Nada pude, vela aberta
A saudade quando aperta
Toma logo o sentimento
Esperança já deserta
Só restando o desalento...
VALÉRIO MANNARINO
INJÚRIAS
Não se apaga qualquer nome
Com injúrias tão venais
Seres raros magistrais
Tanta luz que assim nos dome,
E percebo quanto some
Mesmo em turvos desiguais
Dias ledos são fatais
A quem tanto tente e some
Em momentos terminais,
Esta cena se repete
E deveras me arremete
Ao que tanto poderia,
Mas augusta sorte alheia,
Nada trama e se incendeia,
No final é sempre fria...
VALÉRIO MANNARINO
Não se apaga qualquer nome
Com injúrias tão venais
Seres raros magistrais
Tanta luz que assim nos dome,
E percebo quanto some
Mesmo em turvos desiguais
Dias ledos são fatais
A quem tanto tente e some
Em momentos terminais,
Esta cena se repete
E deveras me arremete
Ao que tanto poderia,
Mas augusta sorte alheia,
Nada trama e se incendeia,
No final é sempre fria...
VALÉRIO MANNARINO
TEMPORAIS
TEMPORAIS
Passem noites, temporais
Passem vidas após vidas
E tanto sei urdidas
As estradas magistrais
Encontrando aqui o cais
Não se vêm mais perdidas,
E o contrário se duvida
Quando enfrento os vendavais,
Caminhante do passado
Adentrando este futuro
Solidão expressa o muro,
Mas se tento acompanhado,
Pelo menos um alento
Redimindo o sofrimento...
MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES
Passem noites, temporais
Passem vidas após vidas
E tanto sei urdidas
As estradas magistrais
Encontrando aqui o cais
Não se vêm mais perdidas,
E o contrário se duvida
Quando enfrento os vendavais,
Caminhante do passado
Adentrando este futuro
Solidão expressa o muro,
Mas se tento acompanhado,
Pelo menos um alento
Redimindo o sofrimento...
MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES
A VERDADE EM POESIA
A VERDADE EM POESIA
Feito que jamais se esquece
Na labuta a cada dia,
Quanto mais tento e porfia
Nova senda dita a messe,
E se vejo em tom de prece
O que fora aleivosia
A verdade em poesia
Novas regras obedece.
Se romântico cantor,
Se deveras sonhador,
Tanta dor trazendo a morte,
Mote quando em tez amarga
Onde outrora a sorte larga
Não se vê qualquer suporte...
MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES
Feito que jamais se esquece
Na labuta a cada dia,
Quanto mais tento e porfia
Nova senda dita a messe,
E se vejo em tom de prece
O que fora aleivosia
A verdade em poesia
Novas regras obedece.
Se romântico cantor,
Se deveras sonhador,
Tanta dor trazendo a morte,
Mote quando em tez amarga
Onde outrora a sorte larga
Não se vê qualquer suporte...
MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES
Tu compañero
Tu compañero
No tengo más opciones, yo soy tu compañero.
La cosecha que está siempre llena
Disfruta de toda la gloria del vergel
Cebados por el amor que se ha completado
En los ojos que impregnan la luz de la luna.
Yo persigo en cada noche la estrella guía,
Dejando el sufrimiento en otro tiempo.
El mundo está lleno de alegría
Dejando reavivar la primavera
Matando con fantasía suave
El dolor de la soledad, la temible bestia.
Añadiendo nuestros sueños, infinitos,
Invaden los momentos más bellos.
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
No tengo más opciones, yo soy tu compañero.
La cosecha que está siempre llena
Disfruta de toda la gloria del vergel
Cebados por el amor que se ha completado
En los ojos que impregnan la luz de la luna.
Yo persigo en cada noche la estrella guía,
Dejando el sufrimiento en otro tiempo.
El mundo está lleno de alegría
Dejando reavivar la primavera
Matando con fantasía suave
El dolor de la soledad, la temible bestia.
Añadiendo nuestros sueños, infinitos,
Invaden los momentos más bellos.
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
LITERATURA?
LITERATURA?
Porquanto fosse exótico o caminho
Ainda mesmo assim eu não teria
Lembranças do que outrora em agonia
Vencera sem demora pedra e espinho.
Arcar com meus enganos de poder
Sentir o doce alento da manhã,
Realidade é tosca, torpe e vã
Por mais que a fantasia diz prazer.
Mediocridade grassa sobre a Terra
Matando o que já fora uma arte nobre,
Agonizando aos poucos se descobre
A podre realidade em que se encerra.
Dos píncaros às fossas abissais
Literatura, amigo? Nunca mais!
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
Porquanto fosse exótico o caminho
Ainda mesmo assim eu não teria
Lembranças do que outrora em agonia
Vencera sem demora pedra e espinho.
Arcar com meus enganos de poder
Sentir o doce alento da manhã,
Realidade é tosca, torpe e vã
Por mais que a fantasia diz prazer.
Mediocridade grassa sobre a Terra
Matando o que já fora uma arte nobre,
Agonizando aos poucos se descobre
A podre realidade em que se encerra.
Dos píncaros às fossas abissais
Literatura, amigo? Nunca mais!
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
31/12
Delicadeza extrema em liberdade.
Pousando num caminho mais sutil,
O verso que em verdade se previu
Transfere o quanto pode ou desagrade,
O verso se tornando realidade
O manto aonde o todo não se viu
O marco com certeza nada ouviu
Senão a mais diversa ansiedade.
Ocaso da esperança o medo trama
Apenas o que pode cada chama
Deixando para trás o que mais quero,
Meu verso se perdendo sem valia
A luta mata o pouco que haveria
Num ato mais sublime e até sincero.
Delicadeza extrema em liberdade.
Pousando num caminho mais sutil,
O verso que em verdade se previu
Transfere o quanto pode ou desagrade,
O verso se tornando realidade
O manto aonde o todo não se viu
O marco com certeza nada ouviu
Senão a mais diversa ansiedade.
Ocaso da esperança o medo trama
Apenas o que pode cada chama
Deixando para trás o que mais quero,
Meu verso se perdendo sem valia
A luta mata o pouco que haveria
Num ato mais sublime e até sincero.
Paz al fin.
Paz al fin.
La paz que domina toda la escena,
llevando el suave viento en el fresco de la mañana
de una vida que se renueva a cada momento
y transforma lo que fue macabro en la magia,
con tranquilidad a las expectativas,
sin terrores más dolorosos
o la angustia del soñador solitario.
A raíz de la vida de manera segura
junto a la mujer que elegí como compañera de viaje,
sabiendo que algún día el tren descarrilará
y al final romper este vínculo,
al menos por ahora,
se calmará los vórtices muchos de la vida ...
MARCOS LOURES
La paz que domina toda la escena,
llevando el suave viento en el fresco de la mañana
de una vida que se renueva a cada momento
y transforma lo que fue macabro en la magia,
con tranquilidad a las expectativas,
sin terrores más dolorosos
o la angustia del soñador solitario.
A raíz de la vida de manera segura
junto a la mujer que elegí como compañera de viaje,
sabiendo que algún día el tren descarrilará
y al final romper este vínculo,
al menos por ahora,
se calmará los vórtices muchos de la vida ...
MARCOS LOURES
Sacrifice.
Sacrifice.
Saving what would be the suffering of so much desire,
I expose myself to a life of painful webs
without nexus and joys,
only in the hope that one day
the ship docking at the pier softly.
In the generalized chaos of the hope
and shrouded debased by the many disillusions,
that remains for me it just looks
at the marks of the tracks left all her life
without even knowing if there will be rest.
The sorrow wherever there might be mastering the tranquility,
but what to do with so many turbulent waters,
if the way was lost and the skyline no longer exists?
Marcos Loures
Saving what would be the suffering of so much desire,
I expose myself to a life of painful webs
without nexus and joys,
only in the hope that one day
the ship docking at the pier softly.
In the generalized chaos of the hope
and shrouded debased by the many disillusions,
that remains for me it just looks
at the marks of the tracks left all her life
without even knowing if there will be rest.
The sorrow wherever there might be mastering the tranquility,
but what to do with so many turbulent waters,
if the way was lost and the skyline no longer exists?
Marcos Loures
DESEJO ATROZ
DESEJO ATROZ
Num frenesi tão mágico e feroz
Confusas emoções, convulsos passos
E neles demonstrando os teus cansaços
Não vê nem reconhece minha foz,
E quando te desejo mais atroz
Encontro nos teus braços frios laços
E os olhos embotados quase baços
Aonde desejara mais feroz.
Assisto ao nosso fim de camarote
Qual fera que prepara último bote
Espreito este momento terminal
Mulher que sabe bem o que desejo,
Já não suporto mais frágil lampejo
Eu quero um homem forte e sensual.
VALMAR LOUMANN
Num frenesi tão mágico e feroz
Confusas emoções, convulsos passos
E neles demonstrando os teus cansaços
Não vê nem reconhece minha foz,
E quando te desejo mais atroz
Encontro nos teus braços frios laços
E os olhos embotados quase baços
Aonde desejara mais feroz.
Assisto ao nosso fim de camarote
Qual fera que prepara último bote
Espreito este momento terminal
Mulher que sabe bem o que desejo,
Já não suporto mais frágil lampejo
Eu quero um homem forte e sensual.
VALMAR LOUMANN
A DURA GREI
A DURA GREI
Dicitur ignis homo, sic
femina stupa vocatur; insuflat deamons: — gignitur ergo focus.
Incendiando a vida
Em fogaréu intenso
Enquanto em ti eu penso
A sorte decidida,
A fúria presumida
O mundo onde compenso
Meu passo em tão imenso
Cenário, esta avenida
Aonde o que se quer
Ousando na mulher
Que tanto desejei,
No complemento raro,
O mundo onde me amparo
Expressa a bela grei.
MARCOS LOURES
Dicitur ignis homo, sic
femina stupa vocatur; insuflat deamons: — gignitur ergo focus.
Incendiando a vida
Em fogaréu intenso
Enquanto em ti eu penso
A sorte decidida,
A fúria presumida
O mundo onde compenso
Meu passo em tão imenso
Cenário, esta avenida
Aonde o que se quer
Ousando na mulher
Que tanto desejei,
No complemento raro,
O mundo onde me amparo
Expressa a bela grei.
MARCOS LOURES
CADA NUANCE
CADA NUANCE
Ao ver-te assim tão longe de meus dedos
Pudesse pelo menos ter a chance
De ter o teu carinho ao meu alcance
Não mais teria enfim, da vida, medos,
E quanto desvendares meus segredos
Vivendo neste amor cada nuance
Aonde mais se quer que assim avance
Os passos que penara fossem ledos
A tua prostituta, a diva, a santa
Enquanto com prazeres já te encanta
Sacia-se em complexas companhias,
E assíduas vezes teima em navegar
Reconhecendo ao longe um bravo mar
Diverso do que agora tu desfias.
VALMAR LOUMANN
Ao ver-te assim tão longe de meus dedos
Pudesse pelo menos ter a chance
De ter o teu carinho ao meu alcance
Não mais teria enfim, da vida, medos,
E quanto desvendares meus segredos
Vivendo neste amor cada nuance
Aonde mais se quer que assim avance
Os passos que penara fossem ledos
A tua prostituta, a diva, a santa
Enquanto com prazeres já te encanta
Sacia-se em complexas companhias,
E assíduas vezes teima em navegar
Reconhecendo ao longe um bravo mar
Diverso do que agora tu desfias.
VALMAR LOUMANN
ESCRAVIZADA
ESCRAVIZADA
Coexistindo em mim a fêmea e o macho
Que tanto te procura e te sacia
Uma alma vagabunda e tão vadia
Às vezes te pisando sou capacho,
E quanto mais procuro menos acho
O rumo que me leve à fantasia
Deveras transbordando em agonia
O gozo se possível mais escracho.
Escrava que dos sonhos se assenhora
Pretendo tê-la aqui e sem demora
Vibrar com tua língua, lábios, dedos
Nos vários e distintos caminhares
Aos deuses e às deusas meus altares
Sortida imagem tramam tais enredos.
VALMAR LOUMANN
Coexistindo em mim a fêmea e o macho
Que tanto te procura e te sacia
Uma alma vagabunda e tão vadia
Às vezes te pisando sou capacho,
E quanto mais procuro menos acho
O rumo que me leve à fantasia
Deveras transbordando em agonia
O gozo se possível mais escracho.
Escrava que dos sonhos se assenhora
Pretendo tê-la aqui e sem demora
Vibrar com tua língua, lábios, dedos
Nos vários e distintos caminhares
Aos deuses e às deusas meus altares
Sortida imagem tramam tais enredos.
VALMAR LOUMANN
ESCRAVIZADA
ESCRAVIZADA
Coexistindo em mim a fêmea e o macho
Que tanto te procura e te sacia
Uma alma vagabunda e tão vadia
Às vezes te pisando sou capacho,
E quanto mais procuro menos acho
O rumo que me leve à fantasia
Deveras transbordando em agonia
O gozo se possível mais escracho.
Escrava que dos sonhos se assenhora
Pretendo tê-la aqui e sem demora
Vibrar com tua língua, lábios, dedos
Nos vários e distintos caminhares
Aos deuses e às deusas meus altares
Sortida imagem tramam tais enredos.
VALMAR LOUMANN
Coexistindo em mim a fêmea e o macho
Que tanto te procura e te sacia
Uma alma vagabunda e tão vadia
Às vezes te pisando sou capacho,
E quanto mais procuro menos acho
O rumo que me leve à fantasia
Deveras transbordando em agonia
O gozo se possível mais escracho.
Escrava que dos sonhos se assenhora
Pretendo tê-la aqui e sem demora
Vibrar com tua língua, lábios, dedos
Nos vários e distintos caminhares
Aos deuses e às deusas meus altares
Sortida imagem tramam tais enredos.
VALMAR LOUMANN
NOS MARES DOS ANSEIOS
NOS MARES DOS ANSEIOS
Boiando sem sentido ou direção
Nos mares dos anseios mais fugazes
Percebo quanto o amor se mostra em fases
E nelas outras cores mostrarão
Delírios contumazes da emoção
Enquanto este prazer que tu me trazes
Deixando no passado tão mordazes
Caminhos que diziam perdição
Acolho-te menino e te ninando
O mundo que se faz agora brando
Permite um belo e raro amanhecer
Nas sendas mais perversas caminhara
E agora quando a vida se faz clara,
Não penso e nem pretendo te perder.
VALMAR LOUMANN
Boiando sem sentido ou direção
Nos mares dos anseios mais fugazes
Percebo quanto o amor se mostra em fases
E nelas outras cores mostrarão
Delírios contumazes da emoção
Enquanto este prazer que tu me trazes
Deixando no passado tão mordazes
Caminhos que diziam perdição
Acolho-te menino e te ninando
O mundo que se faz agora brando
Permite um belo e raro amanhecer
Nas sendas mais perversas caminhara
E agora quando a vida se faz clara,
Não penso e nem pretendo te perder.
VALMAR LOUMANN
AMORES...
AMORES...
Clarões entre as neblinas me anunciam
Raiar de um sol fantástico, deveras,
Aonde se pensara em duras feras
Momentos delicados prenunciam
Amores que eu pretendo me saciam
E neles cada noite mais temperas
Vivendo etereamente primaveras
Que os sonhos realizados propiciam.
Amena madrugada nos teus braços,
E sinto que se estreitam nossos laços
Podendo me sentir como a menina
Que um dia quis a sorte de saber
O príncipe encantado posso ver
Na luz que adentra agora na neblina.
VALMAR LOUMANN
Clarões entre as neblinas me anunciam
Raiar de um sol fantástico, deveras,
Aonde se pensara em duras feras
Momentos delicados prenunciam
Amores que eu pretendo me saciam
E neles cada noite mais temperas
Vivendo etereamente primaveras
Que os sonhos realizados propiciam.
Amena madrugada nos teus braços,
E sinto que se estreitam nossos laços
Podendo me sentir como a menina
Que um dia quis a sorte de saber
O príncipe encantado posso ver
Na luz que adentra agora na neblina.
VALMAR LOUMANN
JASMINS
JASMINS
Aromas delicados de jasmins
Adentram as narinas de quem ama,
E ao manter acesa a velha chama
Reclama por sobejos querubins
Distantes dos meus olhos, meus jardins,
Agora novamente a sorte clama
E traz invés de medo, angústia e drama,
Momentos em delírios mais afins.
Servindo a quem me serve com denodo,
Deixando para trás a lama e o lodo,
Voltando a ser menina neste instante
Depois de tantos anos solitária,
A vida se mostrando uma operária
Bendita gera imagem deslumbrante.
VALMAR LOUMANN
Aromas delicados de jasmins
Adentram as narinas de quem ama,
E ao manter acesa a velha chama
Reclama por sobejos querubins
Distantes dos meus olhos, meus jardins,
Agora novamente a sorte clama
E traz invés de medo, angústia e drama,
Momentos em delírios mais afins.
Servindo a quem me serve com denodo,
Deixando para trás a lama e o lodo,
Voltando a ser menina neste instante
Depois de tantos anos solitária,
A vida se mostrando uma operária
Bendita gera imagem deslumbrante.
VALMAR LOUMANN
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
30/01
Amor que em pura essência traz a graça
E nada mais tentara quando a vida
Repara com ternura esta ferida
E toda esta beleza também passa.
Não quero acreditar quando esfumaça
A sorte sem saber, desprevenida
A porta reproduz o que divida
A luta sem sentido ou mais devassa.
Não tendo outro caminho senão esse
O mundo com certeza já tecesse
A sorte que redima cada engano
Atormentado passo rumo ao não
O amor expressa a vida além do vão
E neste caminhar ora me dano.
Amor que em pura essência traz a graça
E nada mais tentara quando a vida
Repara com ternura esta ferida
E toda esta beleza também passa.
Não quero acreditar quando esfumaça
A sorte sem saber, desprevenida
A porta reproduz o que divida
A luta sem sentido ou mais devassa.
Não tendo outro caminho senão esse
O mundo com certeza já tecesse
A sorte que redima cada engano
Atormentado passo rumo ao não
O amor expressa a vida além do vão
E neste caminhar ora me dano.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Deseo
Deseo
Pensé que conocía mis deseos...
Pensé sólo conocía mis errores
Al saber los campos de exiliados
Donde se encuentran, tontos, nuestros besos
Yo veía y se sentía en las entrañas,
Los valles, cordilleras, fueron inútiles.
Pensamos el amor como hermanos
Fundamentalmente, los sentimientos corrompidos...
Ahora sé mis faltas,
Mis labios te verán como un sol...
Mis ojos devorando hermosos pechos.
En la vida, tengo esa ilusión incrustada.
¡Te quiero! Yo te busco, girasol,
En tu majestad, inmenso deseo...
Marcos Loures
Pensé que conocía mis deseos...
Pensé sólo conocía mis errores
Al saber los campos de exiliados
Donde se encuentran, tontos, nuestros besos
Yo veía y se sentía en las entrañas,
Los valles, cordilleras, fueron inútiles.
Pensamos el amor como hermanos
Fundamentalmente, los sentimientos corrompidos...
Ahora sé mis faltas,
Mis labios te verán como un sol...
Mis ojos devorando hermosos pechos.
En la vida, tengo esa ilusión incrustada.
¡Te quiero! Yo te busco, girasol,
En tu majestad, inmenso deseo...
Marcos Loures
Emerging in my eyes
Emerging in my eyes
Appearing into my eyes, poetry;
Making a good dream glitter,
The moon spreading invade the day,
And it shows clarity in the same tone.
The lights on the night begins
Guarantees the day to gentle rare gift
Which is made of beauty on fantasy,
The melody soothes, soft sound.
Bringing to life the feeling
Of eternal youth, inexhaustible;
Gradually come a dawning emotion
Who spills over us happiness,
Becoming our land more arable
Bringing in our chests the freedom ...
Marcos Loures
Appearing into my eyes, poetry;
Making a good dream glitter,
The moon spreading invade the day,
And it shows clarity in the same tone.
The lights on the night begins
Guarantees the day to gentle rare gift
Which is made of beauty on fantasy,
The melody soothes, soft sound.
Bringing to life the feeling
Of eternal youth, inexhaustible;
Gradually come a dawning emotion
Who spills over us happiness,
Becoming our land more arable
Bringing in our chests the freedom ...
Marcos Loures
Tranquilidad
Tranquilidad
Después de sufrir por toda la vida.
Elevando el pensamiento EN la poesía
Finalmente percibo una salida.
Llena de emoción y alegría,
Sin duda ya protegido por el Cielo.
Senderos que sigo sin cansancio,
Dentro de la inmensidad del mar hecho en el amor.
Acostado en mí placer cada abrazo,
Siento que el mundo entero me proponga
Un día de tranquilidad que ahora tengo;
La dirección de este libertador bienestar:
Del pasado que grabada en mi piel,
El amor con su poder, alcanza y rechaza.
Marcos Loures
Después de sufrir por toda la vida.
Elevando el pensamiento EN la poesía
Finalmente percibo una salida.
Llena de emoción y alegría,
Sin duda ya protegido por el Cielo.
Senderos que sigo sin cansancio,
Dentro de la inmensidad del mar hecho en el amor.
Acostado en mí placer cada abrazo,
Siento que el mundo entero me proponga
Un día de tranquilidad que ahora tengo;
La dirección de este libertador bienestar:
Del pasado que grabada en mi piel,
El amor con su poder, alcanza y rechaza.
Marcos Loures
Pains
Pains
The pain that came as in a pack.
With each new dream where attaching itself
Enables an another day, announcing
The glory that penetrates every skin
Continuous sensation, all over.
It holds the nostalgia in closets;
Heritages from one moment vile, cruel,
On seeing at last birth, happiness,
A new blue taken all my sky
Promise benevolent divinities
We spilled the pure honey.
Sitting quietly beside Zeus,
I do not want nor permit further bye.
Marcos Loures
The pain that came as in a pack.
With each new dream where attaching itself
Enables an another day, announcing
The glory that penetrates every skin
Continuous sensation, all over.
It holds the nostalgia in closets;
Heritages from one moment vile, cruel,
On seeing at last birth, happiness,
A new blue taken all my sky
Promise benevolent divinities
We spilled the pure honey.
Sitting quietly beside Zeus,
I do not want nor permit further bye.
Marcos Loures
29/01
Permite a claridade magistral
A senda mais audaz e procurada
Ousando acreditar na velha estrada
E nela novo tom consensual.
Enquanto se procura bem ou mal
A luta no vazio desenhada
Palavra mansamente encaminhada
Vagando no infinito em belo astral.
Sedenta sensação de ser feliz
E nada mais deveras contradiz
O passo que tentara noutro fato.
Mergulho no vazio deste sonho
E tanto quanto quero mais componho
Caminho que sem medo ora constato.
Permite a claridade magistral
A senda mais audaz e procurada
Ousando acreditar na velha estrada
E nela novo tom consensual.
Enquanto se procura bem ou mal
A luta no vazio desenhada
Palavra mansamente encaminhada
Vagando no infinito em belo astral.
Sedenta sensação de ser feliz
E nada mais deveras contradiz
O passo que tentara noutro fato.
Mergulho no vazio deste sonho
E tanto quanto quero mais componho
Caminho que sem medo ora constato.
BEBENDO DA ALEGRIA
BEBENDO DA ALEGRIA
Assisto à derrocada da quimera
Que tanto provocada farto estrago
E quando em minhas mãos um sonho trago
A sorte pouco a pouco regenera,
E bebo da alegria que tempera
Usando tão somente algum afago
Compactuada luz em brilho mago
Apascentando em mim a fúria, a fera.
O príncipe estando há tanto morto,
A vida se mostrando em cada aborto
Terrível vendaval que me destroça
E quando a poesia rege uma alma,
A voz da fantasia já me acalma
E o toque de quem quero enfim me adoça.
VALMAR LOUMANN
Assisto à derrocada da quimera
Que tanto provocada farto estrago
E quando em minhas mãos um sonho trago
A sorte pouco a pouco regenera,
E bebo da alegria que tempera
Usando tão somente algum afago
Compactuada luz em brilho mago
Apascentando em mim a fúria, a fera.
O príncipe estando há tanto morto,
A vida se mostrando em cada aborto
Terrível vendaval que me destroça
E quando a poesia rege uma alma,
A voz da fantasia já me acalma
E o toque de quem quero enfim me adoça.
VALMAR LOUMANN
ALMA PROFANA
ALMA PROFANA
Não deixe pra depois o que talvez
Não tenhas outra chance de fazer,
E quando se tratando de prazer,
Além do que decerto ainda vês
Bem mais até querido do que crês
Quem sabe deixa sempre acontecer
E vendo neste nosso amanhecer
Resíduos de uma tola lucidez
Ainda que se mostre tão profana
Minha alma muitas vezes já te engana
E teima em buscar outras direções
Diversas das que agora tu adentras
E quando nos meus gozos não concentras
O macho tolo e estúpido me expões.
VALMAR LOUMANN
Não deixe pra depois o que talvez
Não tenhas outra chance de fazer,
E quando se tratando de prazer,
Além do que decerto ainda vês
Bem mais até querido do que crês
Quem sabe deixa sempre acontecer
E vendo neste nosso amanhecer
Resíduos de uma tola lucidez
Ainda que se mostre tão profana
Minha alma muitas vezes já te engana
E teima em buscar outras direções
Diversas das que agora tu adentras
E quando nos meus gozos não concentras
O macho tolo e estúpido me expões.
VALMAR LOUMANN
ENVOLTA EM TUAS TRAMAS
ENVOLTA EM TUAS TRAMAS
Relembro do começo deste amor
Envolta em tuas tramas, desejosa,
E quanto a poesia ainda goza
De um mundo com certeza sedutor
Soergue-se a visão de um refletor
Tornando nossa senda vigorosa
E sei que sendo assim, vitoriosa
Estendo as minhas mãos em teu louvor,
Descemos cachoeira, mesma foz,
E quando desembocas mais atroz
Estrondos delirantes, meus prazeres,
E assim ao demonstrares teus poderes
Dois corpos irmanados, nossos seres
Num ato tão gostoso quão feroz.
VALMAR LOUMANN
Relembro do começo deste amor
Envolta em tuas tramas, desejosa,
E quanto a poesia ainda goza
De um mundo com certeza sedutor
Soergue-se a visão de um refletor
Tornando nossa senda vigorosa
E sei que sendo assim, vitoriosa
Estendo as minhas mãos em teu louvor,
Descemos cachoeira, mesma foz,
E quando desembocas mais atroz
Estrondos delirantes, meus prazeres,
E assim ao demonstrares teus poderes
Dois corpos irmanados, nossos seres
Num ato tão gostoso quão feroz.
VALMAR LOUMANN
SONHOS DO PASSADO
SONHOS DO PASSADO
Imorredouro sonho que inda trago
Desde uma adolescência em risos feita,
A imagem do passado, já desfeita
Sonega no presente algum afago,
E quando da ilusão eu bebo um trago
A sorte que aos meus olhos vai refeita
Enquanto noutra sanha se deleita
O amor deveras louco quase um mago
Alquímicos caminhos vão se abrindo
No olhar deste quem amo, forte e lindo
Momento de beleza incomparável,
Mas quando amanhecendo e não estás
Ausente de meus olhos; perco a paz
E o que era doce agora é intragável.
VALMAR LOUMANN
Imorredouro sonho que inda trago
Desde uma adolescência em risos feita,
A imagem do passado, já desfeita
Sonega no presente algum afago,
E quando da ilusão eu bebo um trago
A sorte que aos meus olhos vai refeita
Enquanto noutra sanha se deleita
O amor deveras louco quase um mago
Alquímicos caminhos vão se abrindo
No olhar deste quem amo, forte e lindo
Momento de beleza incomparável,
Mas quando amanhecendo e não estás
Ausente de meus olhos; perco a paz
E o que era doce agora é intragável.
VALMAR LOUMANN
DESEJAR...
DESEJAR...
São tantos os perigos para quem
Deseja muito mais do que recebe,
E quando penetrando escura sebe
A noite em pesadelos ora vem
Falando deste tanto que ninguém
Um dia em luz imensa já percebe,
Aquém do que o amor enfim concebe
Tempestas feita em vida nos contém.
Assisto aos meus naufrágios, sonhadora
Na ausência deste encanto em que se fora
Formada esta ilusão feroz e fera
Aonde se pensara em primavera
O outono sonegando a florescer,
É como vejo a vida sem prazer.
VALMAR LOUMANN
São tantos os perigos para quem
Deseja muito mais do que recebe,
E quando penetrando escura sebe
A noite em pesadelos ora vem
Falando deste tanto que ninguém
Um dia em luz imensa já percebe,
Aquém do que o amor enfim concebe
Tempestas feita em vida nos contém.
Assisto aos meus naufrágios, sonhadora
Na ausência deste encanto em que se fora
Formada esta ilusão feroz e fera
Aonde se pensara em primavera
O outono sonegando a florescer,
É como vejo a vida sem prazer.
VALMAR LOUMANN
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