sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

FLORES DE PLÁSTICO

FLORES DE PLÁSTICO

Das flores que hoje sei serem de plástico
Eterna imagem morta sem perfume,
Até que meu olhar já se acostume
O quanto deste nada se fez drástico.

O amor que no passado foi bombástico
Agora se traduz em sexo e o lume
Da estrela se perdendo em teu ciúme,
Do cume este abissal caminho espástico.

Sedenta do que fora primavera,
Aguardo uma florada que não vem,
A noite nos motéis, na longa espera,

A fúria sensual sem ter por que,
E quando num espelho busco alguém
Imagem distorcida é o que se vê...

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