Fadigas
Fadigas vão roubando as minhas pernas
E tento alguma fuga, mas não posso
E quando algum tormento ainda endosso,
As dores poderão ser mais eternas,
Não tendo em minhas mãos sequer lanternas
O quanto deste nada é sempre nosso,
E assim nesta mortalha eu me remoço
Volvendo aos duros dias das cavernas,
Terríveis cenas, névoas, torpes luzes,
E quando mais temível passo eu sigo,
O tempo condenando ao desabrigo
E nele meus demônios reproduzes,
Satânico momento morte atroz,
Ninguém escutará do sonho a voz...
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