NOCIVA SENSAÇÃO
Nociva sensação do que se trame
Nas lutas mais sutis quando as pudesse
Marcando com terror a mesma messe
Que invade minha vida em rude enxame,
O prazo no que possa se derrame
E gere o quanto queira e não se esquece
Do verso que decerto a vida tece
E marca a solidão que não reclame,
O vento noutro rumo noutro senso,
O prazo se define e quando penso
No quanto inda viria, eu nada vejo,
Somente esta semente que se aborta
A vida sem sentido, rude e morta,
O passo demarcado num lampejo.
ML
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