Dos animais que vejo nas campinas,
Das mortes em tocaia, dos chacais,
Os olhos tão famintos, temporais
E neles com certeza te fascinas,
Aonde em aridez houvesse minas,
Aonde não se viam vendavais
Somente agora em atos terminais
Corcéis em vão galope soltas crinas,
Demônios em satânicas orgias,
E quando se percebem heresias
Gargalhas entre as brumas, mais cruel,
E tudo se esvaindo em sanguinário
Momento aonde o medo é necessário
Urdido tão somente em fúria e fel.
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