ATROZES SENTIMENTOS
Nas lágrimas vertidas, mágoas fortes,
Atrozes sentimentos, vagos medos.
A vida nos penetra em duros cortes
E cala uma alegria, dias ledos...
Mas peço que esta dor, amada abortes,
E faça deste canto teus enredos,
Quem sabe, num momento, nossas sortes
Se mostrem sem temores ou segredos.
Beijar-te devagar e lentamente,
E dar a ti meu colo, meu carinho.
Eu te quero feliz, amor pressente
Que a vida não será mais tão sofrida,
Aguardo em tua carta, onde me aninho,
Certeza de saber de nossa vida...
MARCOS LOURES
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 29 de setembro de 2012
MIRAGENS
MIRAGENS
Não vejo mais agruras nem desertos,
Miragens num oásis são reais.
Meus passos se perdiam, pois incertos,
Palavra mais ouvida foi: Jamais!
Ao mar lançando um barco em desatino,
Um velho timoneiro mal sabia
Que mesmo sob o sol queimando a pino,
A voz de uma sereia em fantasia
Chegara aos meus ouvidos maltratados
Por ventos e procelas sem ter fim.
O sopro da esperança muda os Fados,
E doura cada flor deste jardim.
Perduram os meus sonhos em teus braços,
Desertos já se foram, tristes, baços...
MARCOS LOURES
Não vejo mais agruras nem desertos,
Miragens num oásis são reais.
Meus passos se perdiam, pois incertos,
Palavra mais ouvida foi: Jamais!
Ao mar lançando um barco em desatino,
Um velho timoneiro mal sabia
Que mesmo sob o sol queimando a pino,
A voz de uma sereia em fantasia
Chegara aos meus ouvidos maltratados
Por ventos e procelas sem ter fim.
O sopro da esperança muda os Fados,
E doura cada flor deste jardim.
Perduram os meus sonhos em teus braços,
Desertos já se foram, tristes, baços...
MARCOS LOURES
SENTIMENTO
SENTIMENTO
O vento que te trouxe num momento
Não pode te levar em desatino,
Agora que me invades, sentimento,
Em desmedida dor, muda o destino.
Um dia que se fez tão cristalino
Termina em noite fria, em sofrimento?
Inteiro ao teu dispor, eu já me inclino,
Sozinho, meu amor, eu me atormento...
Não sabes quanto quero o teu desejo,
Nem mesmo quão desejo eu sempre quero,
Quedando sem carinho, sem teu beijo,
Meu mundo,novamente, resta fero,
Futuro tão vazio, assim prevejo,
Repense a decisão, amada, espero...
MARCOS LOURES
O vento que te trouxe num momento
Não pode te levar em desatino,
Agora que me invades, sentimento,
Em desmedida dor, muda o destino.
Um dia que se fez tão cristalino
Termina em noite fria, em sofrimento?
Inteiro ao teu dispor, eu já me inclino,
Sozinho, meu amor, eu me atormento...
Não sabes quanto quero o teu desejo,
Nem mesmo quão desejo eu sempre quero,
Quedando sem carinho, sem teu beijo,
Meu mundo,novamente, resta fero,
Futuro tão vazio, assim prevejo,
Repense a decisão, amada, espero...
MARCOS LOURES
JUNTO A MIM
JUNTO A MIM
Ao ter o teu calor junto de mim
Refaço a minha vida sem temores,
O céu vai renovando suas cores
A lua no teu lábio carmesim
Prateia a nossa cama e traz no fim
O brilho deslumbrante em seus fulgores,
Contigo, meu amor, por onde fores
Mil flores no canteiro, em meu jardim...
Amar, como mereces, o bastante
Jamais conseguirei, isto eu pressinto,
Bebendo de teu corpo tal absinto
E sendo a cada dia teu amante.
De tudo o que vivemos, não duvido,
Por isso este meu verso agradecido...
MARCOS LOURES
Ao ter o teu calor junto de mim
Refaço a minha vida sem temores,
O céu vai renovando suas cores
A lua no teu lábio carmesim
Prateia a nossa cama e traz no fim
O brilho deslumbrante em seus fulgores,
Contigo, meu amor, por onde fores
Mil flores no canteiro, em meu jardim...
Amar, como mereces, o bastante
Jamais conseguirei, isto eu pressinto,
Bebendo de teu corpo tal absinto
E sendo a cada dia teu amante.
De tudo o que vivemos, não duvido,
Por isso este meu verso agradecido...
MARCOS LOURES
QUERIDA
QUERIDA
Querida, eu tenho tanto a te dizer
Dos dias que passei sem ter ninguém,
Das noites tão vazias de prazer
De tudo que esperava e nada vem.
Falar destas estrelas mais distantes
De brilho tão sutil, um vaga-lume
De tudo o que passei assim bem antes
De poder conhecer o teu perfume.
Eu quero te contar dos descaminhos
Que a sorte preparou em minha vida.
Amores sempre foram maus vizinhos
Trazendo uma incerteza tão doída.
Porém, quando chegaste sorrateira,
Mudaste a direção da vida inteira...
MARCOS LOURES
Querida, eu tenho tanto a te dizer
Dos dias que passei sem ter ninguém,
Das noites tão vazias de prazer
De tudo que esperava e nada vem.
Falar destas estrelas mais distantes
De brilho tão sutil, um vaga-lume
De tudo o que passei assim bem antes
De poder conhecer o teu perfume.
Eu quero te contar dos descaminhos
Que a sorte preparou em minha vida.
Amores sempre foram maus vizinhos
Trazendo uma incerteza tão doída.
Porém, quando chegaste sorrateira,
Mudaste a direção da vida inteira...
MARCOS LOURES
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
NO FOGO DESTE AMOR
NO FOGO DESTE AMOR
No fogo deste amor que tanto queima
Prazeres e desejos, dor, tristeza,
Na persistência intensa, tanta teima,
A recompensa imensa, com certeza.
Na paz que me angustia, o riso dói,
No toque corrosivo, sou feliz.
Arquitetonicamente destrói
Fazendo assim, de mim, tudo o que eu quis.
É fera carinhosa que me beija
Com garras afiadas, me tatua.
É dor silenciosa que troveja
Pesando em minhas costas, já flutua.
Envolto nos teus braços de mulher
Ele faz de mim tudo o que quiser.
MARCOS LOURES
No fogo deste amor que tanto queima
Prazeres e desejos, dor, tristeza,
Na persistência intensa, tanta teima,
A recompensa imensa, com certeza.
Na paz que me angustia, o riso dói,
No toque corrosivo, sou feliz.
Arquitetonicamente destrói
Fazendo assim, de mim, tudo o que eu quis.
É fera carinhosa que me beija
Com garras afiadas, me tatua.
É dor silenciosa que troveja
Pesando em minhas costas, já flutua.
Envolto nos teus braços de mulher
Ele faz de mim tudo o que quiser.
MARCOS LOURES
PROCURO-TE A MEU LADO
PROCURO-TE A MEU LADO
Procuro-te a meu lado e não estás.
Partiste para nunca mais voltar?
Perguntando às estrelas, lua e mar,
As notícias de ti, ninguém me traz.
Aos poucos me transtorno e perco a paz.
Loucura e desespero a me tomar,
Não quero e nem consigo mais pensar.
Viver sem teu amor? não sou capaz...
O sono nunca chega, vou insone,
Atravessando as noites, sem ninguém.
Saudade é o que me resta, nada vem..
Ao toque mais cruel do telefone
Outra esperança vã, ninguém responde.
Preciso te encontrar, mas não sei onde...
MARCOS LOURES
Procuro-te a meu lado e não estás.
Partiste para nunca mais voltar?
Perguntando às estrelas, lua e mar,
As notícias de ti, ninguém me traz.
Aos poucos me transtorno e perco a paz.
Loucura e desespero a me tomar,
Não quero e nem consigo mais pensar.
Viver sem teu amor? não sou capaz...
O sono nunca chega, vou insone,
Atravessando as noites, sem ninguém.
Saudade é o que me resta, nada vem..
Ao toque mais cruel do telefone
Outra esperança vã, ninguém responde.
Preciso te encontrar, mas não sei onde...
MARCOS LOURES
AS SOMBRAS DO MEU SONHO
AS SOMBRAS DO MEU SONHO
A dádiva suprema esboçada na dor
Permite que se vença o medo, os dissabores
Um velho caminheiro irá sempre propor
Caminho conhecido envolto em belas flores
Porém ao perceber as garras do rancor
Mudará, num segundo o céu em novas cores
Na certeza que irei meu mundo recompor
O olhar cego e vazio em meio aos estupores.
Mas sequer o rumo encontro ao fim do dia,
Enfrentando o temor de velhas tempestades
Esboço algum sorriso imerso em ironia
Mantendo nos meus pés as antigas correntes
Da noite sinto vir em falsas claridades
As sombras do meu sonho, algozes penitentes...
MARCOS LOURES
A dádiva suprema esboçada na dor
Permite que se vença o medo, os dissabores
Um velho caminheiro irá sempre propor
Caminho conhecido envolto em belas flores
Porém ao perceber as garras do rancor
Mudará, num segundo o céu em novas cores
Na certeza que irei meu mundo recompor
O olhar cego e vazio em meio aos estupores.
Mas sequer o rumo encontro ao fim do dia,
Enfrentando o temor de velhas tempestades
Esboço algum sorriso imerso em ironia
Mantendo nos meus pés as antigas correntes
Da noite sinto vir em falsas claridades
As sombras do meu sonho, algozes penitentes...
MARCOS LOURES
MEU CORAÇÃO...
MEU CORAÇÃO
Meu coração palpita em tanta festa
Ao receber a carta que mandaste.
No fundo de minha alma já tocaste
Abrindo no meu peito imensa fresta.
Não quero mais saber do que me resta
Nem quero mais pensar se houver desgaste,
Mal sabes quanta luz tu me emprestaste
Salvando-me da dor que sei funesta...
Saudades que acumulo pela vida,
Lembranças de teu corpo, porto e cais.
Perceba quanto enfim iluminais
Na carta com anseios recebida.
Sabendo que tu sentes minha falta,
Felicidade, assim, minha alma pauta...
MARCOS LOURES
Meu coração palpita em tanta festa
Ao receber a carta que mandaste.
No fundo de minha alma já tocaste
Abrindo no meu peito imensa fresta.
Não quero mais saber do que me resta
Nem quero mais pensar se houver desgaste,
Mal sabes quanta luz tu me emprestaste
Salvando-me da dor que sei funesta...
Saudades que acumulo pela vida,
Lembranças de teu corpo, porto e cais.
Perceba quanto enfim iluminais
Na carta com anseios recebida.
Sabendo que tu sentes minha falta,
Felicidade, assim, minha alma pauta...
MARCOS LOURES
CONSENSO
CONSENSO
Que bom que enfim chegamos,
A ter este consenso,
É certo, nos amamos,
Amor que sei imenso,
Bons mares navegamos,
Em ti, eu sempre penso,
Agora, aqui estamos,
Acenando alvo lenço...
Vem logo não demore,
Eu quero me embrenhar,
Na mata que se explore
Sereno e devagar,
Prazer que em nós aflore,
Demais até fartar....
MARCOS LOURES
Que bom que enfim chegamos,
A ter este consenso,
É certo, nos amamos,
Amor que sei imenso,
Bons mares navegamos,
Em ti, eu sempre penso,
Agora, aqui estamos,
Acenando alvo lenço...
Vem logo não demore,
Eu quero me embrenhar,
Na mata que se explore
Sereno e devagar,
Prazer que em nós aflore,
Demais até fartar....
MARCOS LOURES
NÃO FALE DESSE JEITO!
NÃO FALE DESSE JEITO!
Não fale deste jeito
Senão a cobra fuma,
Também tenho o direito,
Por isso eu peço,assuma,
Tu pensas não escuto?
Ouvido aberto e pleno
Por ser simples matuto
Conheço o teu veneno,
Por isso não emplaca
A tua verborréia
Pareces jararaca
Com cancro e gonorréia
Prepare que amanhã
Te levo ao Butantã
MARCOS LOURES
Não fale deste jeito
Senão a cobra fuma,
Também tenho o direito,
Por isso eu peço,assuma,
Tu pensas não escuto?
Ouvido aberto e pleno
Por ser simples matuto
Conheço o teu veneno,
Por isso não emplaca
A tua verborréia
Pareces jararaca
Com cancro e gonorréia
Prepare que amanhã
Te levo ao Butantã
MARCOS LOURES
O MEL DA VIDA
O MEL DA VIDA
O mel da vida encontro em teus carinhos
Tragando cada gozo encantador.
Imperam os sentidos, bebo os vinhos
Que emanas em desejos, com ardor.
No inebriante gosto de teus beijos,
Num êxtase adentrando belas furnas
Trocando assim humores e desejos,
Sofreguidão de entregas mil, noturnas...
Em fartas sobremesas, mato a fome,
E vago em tua pele; geometrias,
Na louca insensatez que nos consome,
Demonstras tuas prendas, maestrias...
Sorvendo deste cálice, eu pressinto,
Embriaguez divina de um absinto..
MARCOS LOURES
O mel da vida encontro em teus carinhos
Tragando cada gozo encantador.
Imperam os sentidos, bebo os vinhos
Que emanas em desejos, com ardor.
No inebriante gosto de teus beijos,
Num êxtase adentrando belas furnas
Trocando assim humores e desejos,
Sofreguidão de entregas mil, noturnas...
Em fartas sobremesas, mato a fome,
E vago em tua pele; geometrias,
Na louca insensatez que nos consome,
Demonstras tuas prendas, maestrias...
Sorvendo deste cálice, eu pressinto,
Embriaguez divina de um absinto..
MARCOS LOURES
LUA DE MEL
LUA DE MEL
Amada, faz um ano... Lembro bem,
Que a gente começou a namorar.
Durante tanto tempo sem ninguém
Sozinho, sem ninguém para encontrar!
Alguns dias depois, quase brigamos,
Ciúmes de quem fora teu amor.
Por mares tão difíceis navegamos,
Em busca deste cais encantador
Um ano de namoro e muita história,
Felizes, somos dois apaixonados.
Amar é se render a toda glória
É prova de que existe um Deus no Céu,
Muito obrigado e que sejam nossos fados,
Eterna seja assim, lua de mel!
MARCOS LOURES
Amada, faz um ano... Lembro bem,
Que a gente começou a namorar.
Durante tanto tempo sem ninguém
Sozinho, sem ninguém para encontrar!
Alguns dias depois, quase brigamos,
Ciúmes de quem fora teu amor.
Por mares tão difíceis navegamos,
Em busca deste cais encantador
Um ano de namoro e muita história,
Felizes, somos dois apaixonados.
Amar é se render a toda glória
É prova de que existe um Deus no Céu,
Muito obrigado e que sejam nossos fados,
Eterna seja assim, lua de mel!
MARCOS LOURES
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
CONVULSO
CONVULSO
O riso que se escarra em minha face
Fazendo-me um palhaço sem futuro,
Tristíssimo motivo num disfarce
Abraça-me convulso, torpe e impuro.
Satânicos delírios neste esgarce
Que lambem meu sentido, opaco, escuro,
Bisonhos estandartes onde espace
O manto mais vetusto quase puro...
Num estertor agônico me entrego,
Na mão trago a fornalha que te queima,
Ao menos o diabo que eu carrego
Retesa-se num riso qual sardônico,
O meu cadáver lúbrico não teima,
Implode em um formato arquitetônico!
MARCOS LOURES
O riso que se escarra em minha face
Fazendo-me um palhaço sem futuro,
Tristíssimo motivo num disfarce
Abraça-me convulso, torpe e impuro.
Satânicos delírios neste esgarce
Que lambem meu sentido, opaco, escuro,
Bisonhos estandartes onde espace
O manto mais vetusto quase puro...
Num estertor agônico me entrego,
Na mão trago a fornalha que te queima,
Ao menos o diabo que eu carrego
Retesa-se num riso qual sardônico,
O meu cadáver lúbrico não teima,
Implode em um formato arquitetônico!
MARCOS LOURES
QUANDO...
QUANDO...
Quando restar apenas simples luz,
Quando nos olhos nem sequer reflexo;
Quando a beleza se tornar sem nexo,
Quando a delícia transformar-se em cruz.
Quando a saudade transtornada, blues...
Quando o côncavo vago sem convexo;
Quando não me restar nem sequer sexo,
Quando a seca aflorar, só restar pus;
Quando meu verso não tiver sentido,
Quando um abraço for mordaz, perdido,
Quando a saudade me negar querer,
Quando meus passos forem tontos, vários...
Quando o nada restar, calar canários;
Se estiveres aqui, quero viver!
MARCOS LOURES
Quando restar apenas simples luz,
Quando nos olhos nem sequer reflexo;
Quando a beleza se tornar sem nexo,
Quando a delícia transformar-se em cruz.
Quando a saudade transtornada, blues...
Quando o côncavo vago sem convexo;
Quando não me restar nem sequer sexo,
Quando a seca aflorar, só restar pus;
Quando meu verso não tiver sentido,
Quando um abraço for mordaz, perdido,
Quando a saudade me negar querer,
Quando meus passos forem tontos, vários...
Quando o nada restar, calar canários;
Se estiveres aqui, quero viver!
MARCOS LOURES
DELÍCIAS E PRAZERES
DELÍCIAS E PRAZERES
O sol qual fosse um deus mais ciumento,
Sabendo das delícias e prazeres,
Com inveja profunda de dois seres,
Invade nosso quarto num momento.
Às vezes eu percebo e mal aguento,
E fecho esta cortina, se quiseres,
Assim restituindo estes quereres,
De nosso amor, divino e santo unguento.
De minha pele, dona e soberana,
Em nossos jogos sinto esta vontade
Que vem e do desejo assim se emana,
-Ó sol que em nosso corpo, enfim, quando arde
Decerto, violento, em claridade,
Não venha me acordar, volte mais tarde.
MARCOS LOURES
O sol qual fosse um deus mais ciumento,
Sabendo das delícias e prazeres,
Com inveja profunda de dois seres,
Invade nosso quarto num momento.
Às vezes eu percebo e mal aguento,
E fecho esta cortina, se quiseres,
Assim restituindo estes quereres,
De nosso amor, divino e santo unguento.
De minha pele, dona e soberana,
Em nossos jogos sinto esta vontade
Que vem e do desejo assim se emana,
-Ó sol que em nosso corpo, enfim, quando arde
Decerto, violento, em claridade,
Não venha me acordar, volte mais tarde.
MARCOS LOURES
LIBERTA SENSAÇÃO
LIBERTA SENSAÇÃO
Liberta sensação
que me domasse
De um mundo sem
sequer alguma luz
E nada do que possa
mais seduz
Gerando no final o
velho impasse,
Ainda quando a vida
contornasse
O tempo noutro
engano, eu justapus,
Meu nada com tal
nada em fardo e cruz
Mesclando o quase
ser co’a velha face,
Esquálido cometa
sem futuro,
Enquanto outro
momento; em paz, procuro,
Vestígios deste
pálido poeta
Enfrentam o que
possa e não se veja
Notando o quanto
quero em benfazeja
Vontade quando nada
mais completa.
MARCOS LOURES
VIDA E MORTE
VIDA E MORTE
As horas se
transformam noutro instante
E o pendular
cenário, vida e morte,
Enquanto noutro
fardo não comporte
A luta se mostrara
delirante,
Negociando o quanto
se adiante
Depois de certo
tempo já sem norte,
Enquanto a menor
dor não se suporte
O mundo se desdenha
degradante,
Negar o quanto
havia e mesmo sei,
Ainda borbulhando
em torpe grei
Reinando sobre o
nada ora absoluto,
Esgueiro meu
caminho pelo entulho
E quando do vazio
enfim me orgulho,
Sem mesmo a menor
força teimo e luto.
MARCOS LOURES
DIVERSA DO QUE EU QUERIA
DIVERSA DO QUE EU QUERIA
Necessitar apenas
do que um dia
Erguera a cada
passo quem lutara
A vida se desdenha
e se declara
Diversa do que
tanto antes queria,
Bebendo cada gole
em poesia
Traçando na ilusão
esta seara
Cerzindo com terror
a luta amara
Deixando para trás
o quanto havia,
Felicidade então é
mera hipótese,
O sonho se perdendo
em falsa prótese
Caindo no vazio do
impossível,
Agonizante sombra
do que aflora,
Marcando a solidão
quando senhora
Do mundo que eu
buscara, outrora crível...
MARCOS LOURES
NEGAR O MEU ANSEIO
NEGAR O MEU ANSEIO
Negar o meu anseio
e acreditar
Mergulhos no meu
próprio inconsciente
E nisto novo rumo
se apresente
Sem mesmo ter
sequer algum lugar,
Vestígios do que
pude imaginar,
Notando o ser de
fato incoerente
Marcando cada passo
e prepotente
Tentando noutro
nada tatear,
Rescendo ao meu
maior caminho quando
A vida sem sentido
deformando
O néctar de um anseio
se esvaindo,
Restando tão
somente o que se creia
Deixando a solidão
em voz alheia
Num tempo desenhado
e quase infindo.
MARCOS LOURES
CONVITE
CONVITE
Convido-te, querida, à noite imensa
Que temos pela frente, em danças tantas...
A vida assim, promete a recompensa
No jeito em que me tocas e me encantas.
Boleros, valsas, tangos, toda crença
No amor que nos transborda, danças, cantas...
Assim as intempéries esquecemos,
Rodando no salão, vamos felizes.
De tanto que nos temos e queremos
Distantes dos problemas e das crises
Nos passos dessa dança, uma alegria
Mostrando o quanto é bom estar contigo.
Vivemos nosso amor em harmonia
Em teus braços, amor, conheço abrigo...
MARCOS LOURES
Convido-te, querida, à noite imensa
Que temos pela frente, em danças tantas...
A vida assim, promete a recompensa
No jeito em que me tocas e me encantas.
Boleros, valsas, tangos, toda crença
No amor que nos transborda, danças, cantas...
Assim as intempéries esquecemos,
Rodando no salão, vamos felizes.
De tanto que nos temos e queremos
Distantes dos problemas e das crises
Nos passos dessa dança, uma alegria
Mostrando o quanto é bom estar contigo.
Vivemos nosso amor em harmonia
Em teus braços, amor, conheço abrigo...
MARCOS LOURES
NADA RESTA
NADA RESTA
Sem degredos, sem
medos, nada resta
Somente o meu
anseio sem sentido
E bebo cada passo
dividido
Envolto pela trama
mais funesta
E quando a solidão
enfim se atesta
Furor noutro
caminho presumido,
O tempo noutro
instante resumido,
Aproveitando enfim
a menor fresta,
Resumos do que
fomos num passado
Distante do que
trago e lado a lado
Alados corações,
versos e motes,
Depositando além da
tempestade
A força mais sutil
que vem e invade
Embora na verdade
nem me notes.
MARCOS LOURES
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