sábado, 29 de setembro de 2012

MIRAGENS

 MIRAGENS

Não vejo mais agruras nem desertos,
Miragens num oásis são reais.
Meus passos se perdiam, pois incertos,
Palavra mais ouvida foi: Jamais!

Ao mar lançando um barco em desatino,
Um velho timoneiro mal sabia
Que mesmo sob o sol queimando a pino,
A voz de uma sereia em fantasia

Chegara aos meus ouvidos maltratados
Por ventos e procelas sem ter fim.
O sopro da esperança muda os Fados,
E doura cada flor deste jardim.

Perduram os meus sonhos em teus braços,
Desertos já se foram, tristes, baços...

MARCOS LOURES

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