quarta-feira, 26 de setembro de 2012

NA PURA ENTREGA 027




 NA PURA ENTREGA   027


Na pura entrega que inda veja
A luz quando a desejo mais suave
Cerzindo enquanto a vida sempre agrave
A luta mais audaz e malfazeja,

E possa desvendar o quanto almeja
A sorte mergulhando em cada entrave,
Ousando acreditar qual fosse uma ave,
Envolta pelas teias da peleja,

Noviciando o mundo que de fato
Apenas noutro engano ora retrato
Aquém desta ilusão e nela morra

A senda mais sublime que inda tente
Vencer o descaminho impertinente
Sem nada que em verdade me socorra.

MARCOS LOURES

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