Liberta sensação
que me domasse
De um mundo sem
sequer alguma luz
E nada do que possa
mais seduz
Gerando no final o
velho impasse,
Ainda quando a vida
contornasse
O tempo noutro
engano, eu justapus,
Meu nada com tal
nada em fardo e cruz
Mesclando o quase
ser co’a velha face,
Esquálido cometa
sem futuro,
Enquanto outro
momento; em paz, procuro,
Vestígios deste
pálido poeta
Enfrentam o que
possa e não se veja
Notando o quanto
quero em benfazeja
Vontade quando nada
mais completa.
MARCOS LOURES
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