sábado, 2 de julho de 2011

02/07/2011


A amarga poesia de um momento
Aonde com certeza o que se tenta
Desfaz enquanto enfrenta tal tormenta
E bebo no temor, pressentimento
Que possa e mesmo sendo o que ora enfrento
Transcende ao quanto molda a mais sangrenta
Verdade que deveras me alimenta
Aquém do que pudera o sentimento,
Não vejo e nem sequer pudesse ter
Nas mãos o mais sobejo amanhecer
Superna maravilha da esperança
Vagando sem destino, trilho em vão,
Os dias no futuro mostrarão
Somente esta ilusão que não se alcança.
91

O meu mundo não cabia
No que tanto desejara
A verdade em poesia
Ocupando esta seara
Noutro tom em harmonia
Na verdade me prepara
E se sabe da sangria
Num alento desenhara,
Quando vigorosamente
A incerteza se fizera
No caminho onde apresente
A vereda feita em fera,
O mergulho se ressente
Do que tanto não se espera.

92

Vivo em paz e procurasse
Perguntar a quem mereça
O momento onde se trace
A verdade que obedeça
Noutro rumo, em desenlace,
Noutra farsa não me esqueça
Do caminho onde moldasse
Gira além minha cabeça,
Outro rumo outro fastio
Pouso aonde poderia
Traduzir o meu sombrio
Caminhar em nostalgia,
Mas o tempo eu desafio
E me encharco em utopia.

93

Nada mais se faz presente
Quando tento acreditar
Na expressão que me oriente
Sem saber qualquer lugar
Onde o todo se apresente
Nem pudesse imaginar
O que sempre me contente
Mesmo ausente céu e mar,
Das senzalas da esperança
A liberta realidade
Sempre busca e não se cansa
De viver a claridade,
Mas a vida não avança
Sendo presa da saudade.


94

Bebo um gole da aguardente
Que se fez em raro amor,
Nisto tudo se apresente
A vontade sem rancor,
E meu mundo iridescente
Gera o tanto dissabor
No poder que se alimente
Do que possa recompor.
Navegando até meu cais
Noutro rumo se vertera
A palavra quando trais
A verdade concebera
E deveras são venais
As angústias que tecera.

95

Nada além de mar e sorte,
Nada vem além do sonho
E se possa e me conforte
Noutro tom me recomponho,
O momento bem mais forte
Tantas vezes é bisonho,
Mas se possa num suporte
Viver quanto me proponho,
Navegar é mesmo um fato
Que pudesse traduzir
O que possa e já retrato
Nas essências do porvir,
Caminhando ora constato
Nosso amor que inda há de vir.

96

Louva-deus, meu coração,
Num adeus não se firmara,
A verdade desde então
Dominando esta seara
Preparando outra estação
Sendo a vida o que declara
O caminho em ilusão,
A palavra que me ampara.
Versos soltos, vida presa,
Lentamente quero o sol,
Que talvez invada a tesa
Expressão neste arrebol
E moldando de surpresa
Seja enfim nosso farol



97

Ainda que eu pudesse e mesmo sem sentido
O verso quando o faço expressaria o quanto
A vida noutro tom encontra e se garanto
O tempo sendo após, o verso eu não lapido,
E sei do quanto pude embora revolvido
Caminho onde começa o todo neste tanto
Vagando sem promessa ousando em raro encanto
Vestindo o que se faz em paz e não me olvido,
Encontraria em ti além da plenitude
O todo que ansiara e sei quanto me ilude,
Viver cada momento aquém do que se faz
Gerando na esperança a luta mais tenaz
E tanto quanto possa o todo não se mude
Matando em nascimento o que quisera em paz.


98

Não vivo pensando
No tempo que gira
Nem mesmo sonhando
A sorte, a mentira,
O passo moldando
A luta interfira
E sei desde quando
A farpa me fira.
Vencido e cansado,
Jogado nas rocas
O mundo que invado,
Também tu provocas
Grassando o passado,
E mesmo me tocas.

99

Cansado da luta
Que tanto vagasse
No passo, reluta,
O nada em impasse,
O tanto se escuta
E mostra outra face
Ainda que astuta
A voz não tocasse,
Resumos da vida
A sorte se faz
No quanto a saída
Pudesse tenaz
Viver dividida
Distante da paz…

100

Ainda que tanto pudesse viver
Tentando o caminho sem medo ou descanso
Ao tanto que possa e jamais alcanço
No canto suave que possa entender
Do todo que entrave o quanto rever
Do velho cenário exposto a tal ranço
No medo e na farsa o quanto esperanço
Encontro o meu mundo e sei desprazer,
O risco se aumenta a cada momento
E quando alegria ainda mais tento
O vento soprando invade o meu sonho,
Mergulho no espaço e bebo esta sorte
Que tanto resuma o quanto conforte
Deixando de lado o tempo medonho...
71

Eu não vejo após o fato
Qualquer coisa que divida
Meu caminho sem saída
Onde o nada ora constato,
E se possa ou desacato
Sorte tanto consumida
Na incerteza construída
Na verdade que relato,
Bebo um gole ou noutro gole
O que tanto não percebo
Quantas vezes não me enrole
O que possa e mesmo bebo,
No vazio que console
Quem se faz onde o concebo.

72

Nada mais se faz presente
Quando o todo se adivinha
O caminho se apresente
Nesta sorte que foi minha,
Onde possa iridescente
A verdade não daninha
Outro tom resplandecente
Coração em paz se aninha,
Nas esperas e bonanças
Nas angústias do tormento,
Na verdade quando alcanças
Deixa atrás o pensamento
E se vejo as tardes mansas
No final, em paz me alento.

73

Na palavra que consola
Na esperança que domina,
Coração entra de sola
Nesta sorte cristalina,
Que deveras não imola
Nem tampouco me alucina,
Simplesmente alma decola
E outro sonho determina,
Navegar sei que é preciso,
Mas viver é muito mais,
Nos teus olhos me matizo
Bebo gotas de cristais
E encontrando o paraíso
Quando em luzes derramais.


74

Apresento o que pudera
Traduzir felicidade
E se eu sinto a cada espera
Novo tempo que me invade,
A versão traça outra esfera
E sossega a tempestade,
Quando a vida mais sincera
Transmitisse a claridade,
Nada pude e nem tentasse
Noutro canto ou mesmo em sonho,
O que mostra cada face
No momento mais risonho,
Tanto quanto em desenlace
Encontrando o que proponho.

75

Brindo com a minha sorte
O que possa ser diverso
Do caminho e me conforte
Onde tente e sempre verso,
Possa ser decerto o norte,
Ou talvez nosso universo,
A palavra bem mais forte,
Reproduz canto disperso,
Nada vivo e sem sabia
Do que possa em nova etapa
O que seja a fantasia
Destas mãos jamais escapa,
E o momento de alegria
Não se encontra em qualquer mapa.


76

Creio mesmo na esperança
Que regesse cada passo,
De quem tanto quanto avança
Deixa atrás o seu cansaço,
No momento em confiança
Outro rumo sempre traço,
Vagamente uma lembrança
Ocupando todo espaço,
Resumindo no que pude
Traduzir em plena paz,
O que fora atroz e rude
Deixo agora para trás
E se tanto amor ilude,
Mais amor o amor me traz.

77

Decididamente eu sigo
O que tanto me trouxeste
Sem saber qualquer perigo
O momento onde se investe
Traga sempre a nós o trigo,
Mesmo em tempo mais agreste,
Superando algum perigo,
Outra vida não conteste,
Tramo a sorte de viver
Na expressão mais carinhosa
De quem tanto possa ver
Sem espinhos qualquer rosa,
E pudesse merecer
Tua sorte majestosa.

78

Nada mais que se tentara
Noutro rumo percebia,
A verdade sendo clara
Na esperança em alegria,
Quando a vida se prepara
Outra luz em fantasia,
Dominando a noite rara
Feita em lua e poesia,
Brindo ao sonho com ternura
E sem farsa, sem promessas,
Enfrentando o que tortura
Na verdade recomeças
E se possa em tal candura,
Caminhar sem tantas pressas.


79

Não mergulho no vazio
E tampouco quero crer
No que saiba ou desafio
Mesmo quando possa haver,
Esperança por um fio,
Outro tempo a se perder,
No caminho onde me crio,
A verdade eu possa ver,
Nas angústias de um momento
Onde o todo se desfaz
Quero apenas teu alento,
Quero apenas vida em paz,
Mas se possa e sempre tento,
Muito além eu sou capaz.

80

Onde a vida recomeça
Onde o tempo não sacia
A esperança traz sem pressa
Todo o dom da fantasia,
O caminho não tropeça
Nem gerasse o que viria,
Transcendendo ao que se meça
Com ternura em alegria,
O meu verso se traduz
No que invisto, mansamente,
E bebendo desta luz
Que se torna mais presente
O meu mundo me conduz
Ao que o teu também já sente.

81

Na verdade a poesia
Noutra história noutro rumo,
Tantas vezes me traria
O que possa e até consumo,
Resumindo em utopia
E traçando o mesmo prumo
Onde possa em harmonia,
Traduzir da sorte o sumo,
Quero o sonho mais audaz,
Quero a vida de tal forma
Que meu mundo siga em paz
E deveras se transforma
Na esperança o que é capaz
E se molda em rumo e norma.


82

Não se veja após a queda
O que tanto possa crer
Na esperança onde se enreda
A vontade do querer,
O caminho não se veda,
Nem pudesse perceber,
O momento se envereda
Nas estâncias do querer
Trago os olhos embotados
Do que pude noutro enredo,
E se tramas em legados
Outro passo ora concedo,
Caminhando em ledos prados,
Resguardando este segredo.


82

Ao ascender à sorte
Que tanto poderia
Gerar e me comporte
Trazendo em sintonia
O vento mesmo forte,
E o tempo dia a dia,
Marcando o que me aporte
Em paz e em alegria,
Jamais pudera além
Do quanto nada resta
Viver o que também
Pudesse e já se empresta
E quando a noite vem,
Meu coração em festa.

83

Não tendo outra saída
Tampouco a que presume
Além da própria vida
O quanto de costume
Gerasse a mais dorida
Palavra que se aprume
Deixando em despedida,
O todo que me aprume,
Não bebo mais sequer
A gota necessária
O tanto que vier,
Na fonte temerária
Tramasse da mulher
A rara luminária.

84

Não sei e nem tentasse
Vencer a ingratidão
De quem logo notasse
A rude dimensão,
Ainda que tocasse
Nas tramas da emoção
O todo em nova face
Ou mesmo o eterno não.
Quisera ser feliz
E nada mais tentei
Somente o que desdiz
A vida em norma e lei
Tramando em cicatriz
O quanto desdenhei.

85

Viceja dentro em nós
Um tempo mais suave
E sei do quanto atroz
Pudesse sem entrave
Vencer em viva voz
O todo que se agrave
Na luta logo após
O medo em rude trave,
O canto mais sutil,
O verso que procura
Viver o que pediu
Sentir a imensa cura
Do quanto dividiu
Rendendo tal loucura.


86

Na sorte que mereça
No vento que se queira
Mergulho de cabeça
Na luta derradeira,
E sei quando obedeça
A vida em corredeira
Ou mesmo não se esqueça
Da luta costumeira
Que sempre me enlouqueça;
Vestígios do passado
Encontro no presente
E sei do meu legado
Aonde se apresente
O quanto enfim me evado
Pousando lentamente.

87

Negar cada momento
E ter a sensação
Do quanto possa o vento
Tomando outra estação
Gerando o que apresento
Traçando uma ilusão
Liberto pensamento
No fim outra explosão,
Vivendo sem sentido
O que pudera crer
Nas tramas que lapido
As ânsias do prazer,
Ainda sendo ouvido
O canto em bem querer.


88

Não mais quero o que talvez
Poderia ser aquém
Do que a vida já desfez
Ou do resto que inda vem
Na palavra insensatez
O deserto diz de alguém
Quando o todo agora vês
No final resta ninguém
A expressão se faz suave
Ou quem sabe não viria,
No meu mundo tudo agrave
Sem saber da fantasia,
Que deveras tome a nave
E no fim persistiria.


89

Nada vejo após a queda
Nem tampouco poderia
Quando a vida se envereda
Nas tramoias da alegria
A verdade não mais veda
O que enfim não se veria
No reverso da moeda
No momento em fantasia,
O passado não empresta
Ao que atesta o que pudera
Adentrando cada fresta
No caminho a sorte espera
O que trague nova festa
E no fim se regenera.

90

Numa sorte iridescente
Num momento mais audaz
O que possa e se apresente
Noutro tom não satisfaz,
O caminho que se sente
Novamente não se faz
Nisto sigo mesmo ausente
Do que um dia foi tenaz,
Resumindo o que reúna
A intenção supera o medo,
Quando o canto da graúna
Traz na vida o manso enredo,
Mergulhando em cada duna,
Superando algum rochedo.
61

Quando amor trouxesse luz
Noutro tom bem mais suave
A verdade me conduz
Coração comanda a nave,
E se todo o sonho eu pus,
Na leveza; feito uma ave,
Bebo a sorte que produz
A esperança sem entrave,
Vago além deste horizonte,
Vivo toda esta certeza
Onde o encanto já me aponte
Com ternura e com leveza
Em meu passo, amor é fonte,
Que me enleve sem surpresa.


62

Delirando em fantasias
Onde a sorte se proclama
Acendendo o que trarias
Deste encanto cada chama,
A verdade moldarias
Na palavra quando clama
Alma feita em alegrias,
Enredada em mansa trama,
Nada sigo além do sonho
E se tanto em oração
O meu mundo ora componho
Sem temer a dimensão
Do cenário onde proponho,
Puro amor em devoção.

63

Vendo a lua sobre nós
Imagino o redentor
Que se fez início e foz
Na esperança de um amor,
Quando sigo este veloz
Caminhar em tal louvor
O que vejo logo após
Traz ao mundo o Seu calor,
Nunca tema o que viria,
Nem tampouco a solidão,
Navegando em poesia,
Noutro rumo ou estação
A verdade em paz traria,
No final farta emoção.

64

Calejado sentimento
Entre tanto que pudera
Gestaria o que não tento
Ou talvez em nova esfera,
O caminho mais atento,
Precisão de bote, a fera,
Preparando o sofrimento,
Quando a vida nada espera.
O momento a se perder
Nas entranhas do vazio
O que pude perceber
Noutro tom eu desafio,
Mas sentindo o desprazer
Outra luta eu anuncio.


65

Já não sei do que me traz
A verdade mais sutil,
Meu momento mais audaz
Na verdade se partiu,
O temor rude e tenaz
Com certeza não se viu
E o prazer que satisfaz
Relegado ao passo hostil,
Vejo apenas o que um dia
Poderia e não viesse,
Onde guardo a fantasia
De quem possa e não merece,
Meu amor, esta ironia,
Noutro instante me enlouquece.


66

O que a vida representa
Noutro instante me faz bem,
O meu verso em violenta
Expressão traz o que tem
E se tendo alma sangrenta
Na verdade com desdém
Outro passo desalenta
Ou deveras vai também,
Rudimentos do que o sonho
Não deixara mais de pé,
O cenário onde proponho
Já não tendo a menor fé,
Traz o tempo mais bisonho,
E se mostra por quem é.


67

Nada mais do que um fastio
Nada além da tempestade
O que posso e desafio
Noutro passo já me invade,
Resumisse o mais sombrio
Na suprema claridade,
E bebesse desse rio,
Água farta e com vontade,
No sertão das minhas mágoas
Tanto trazes luz e medo,
O que posso se deságuas
No caminho onde procedo,
Expressasse em tuas fráguas
O meu mundo em desenredo.


68

Nada além do que talvez
Expressasse o sentimento
E se possa ser e vês
O que vivo e enfim alento,
Noutro tom a estupidez
Se enlevando em frágil vento
Traduzisse o que não crês
Num cenário em sofrimento,
Mas a sorte revigora
Cada instante em nossa vida
O que tanto ora se aflora
Diz da velha despedida
Do que possa sem demora
Traduzir nova partida.

69

Não mereço qualquer chance
E bem sei deste recado
Onde o tempo sempre avance
Deixo o passo tatuado
No caminho onde se alcance
O que possa e quando invado
Presumisse outro nuance
Deste todo revelado,
Nada quero e não pudera
Nem tentara sendo assim
A verdade mais sincera
Outro mundo dentro em mim
Se decerto nada espera
Preparasse então meu fim.

70

Não viessem de outro rumo
As estrelas que tocaste,
No final amor resumo
Noutro tom sem mais desgaste,
O que possa e sempre assumo
Na verdade diz contraste
Coração perdendo o prumo,
Nem de perto tu notaste,
A vereda mais sutil,
O caminho mais audaz,
O que tanto se previu
Noutro instante me compraz,
Possa ser decerto hostil,
Mas no fim descanso em paz.
61

Quando amor trouxesse luz
Noutro tom bem mais suave
A verdade me conduz
Coração comanda a nave,
E se todo o sonho eu pus,
Na leveza; feito uma ave,
Bebo a sorte que produz
A esperança sem entrave,
Vago além deste horizonte,
Vivo toda esta certeza
Onde o encanto já me aponte
Com ternura e com leveza
Em meu passo, amor é fonte,
Que me enleve sem surpresa.


62

Delirando em fantasias
Onde a sorte se proclama
Acendendo o que trarias
Deste encanto cada chama,
A verdade moldarias
Na palavra quando clama
Alma feita em alegrias,
Enredada em mansa trama,
Nada sigo além do sonho
E se tanto em oração
O meu mundo ora componho
Sem temer a dimensão
Do cenário onde proponho,
Puro amor em devoção.

63

Vendo a lua sobre nós
Imagino o redentor
Que se fez início e foz
Na esperança de um amor,
Quando sigo este veloz
Caminhar em tal louvor
O que vejo logo após
Traz ao mundo o Seu calor,
Nunca tema o que viria,
Nem tampouco a solidão,
Navegando em poesia,
Noutro rumo ou estação
A verdade em paz traria,
No final farta emoção.

64

Calejado sentimento
Entre tanto que pudera
Gestaria o que não tento
Ou talvez em nova esfera,
O caminho mais atento,
Precisão de bote, a fera,
Preparando o sofrimento,
Quando a vida nada espera.
O momento a se perder
Nas entranhas do vazio
O que pude perceber
Noutro tom eu desafio,
Mas sentindo o desprazer
Outra luta eu anuncio.


65

Já não sei do que me traz
A verdade mais sutil,
Meu momento mais audaz
Na verdade se partiu,
O temor rude e tenaz
Com certeza não se viu
E o prazer que satisfaz
Relegado ao passo hostil,
Vejo apenas o que um dia
Poderia e não viesse,
Onde guardo a fantasia
De quem possa e não merece,
Meu amor, esta ironia,
Noutro instante me enlouquece.


66

O que a vida representa
Noutro instante me faz bem,
O meu verso em violenta
Expressão traz o que tem
E se tendo alma sangrenta
Na verdade com desdém
Outro passo desalenta
Ou deveras vai também,
Rudimentos do que o sonho
Não deixara mais de pé,
O cenário onde proponho
Já não tendo a menor fé,
Traz o tempo mais bisonho,
E se mostra por quem é.


67

Nada mais do que um fastio
Nada além da tempestade
O que posso e desafio
Noutro passo já me invade,
Resumisse o mais sombrio
Na suprema claridade,
E bebesse desse rio,
Água farta e com vontade,
No sertão das minhas mágoas
Tanto trazes luz e medo,
O que posso se deságuas
No caminho onde procedo,
Expressasse em tuas fráguas
O meu mundo em desenredo.


68

Nada além do que talvez
Expressasse o sentimento
E se possa ser e vês
O que vivo e enfim alento,
Noutro tom a estupidez
Se enlevando em frágil vento
Traduzisse o que não crês
Num cenário em sofrimento,
Mas a sorte revigora
Cada instante em nossa vida
O que tanto ora se aflora
Diz da velha despedida
Do que possa sem demora
Traduzir nova partida.

69

Não mereço qualquer chance
E bem sei deste recado
Onde o tempo sempre avance
Deixo o passo tatuado
No caminho onde se alcance
O que possa e quando invado
Presumisse outro nuance
Deste todo revelado,
Nada quero e não pudera
Nem tentara sendo assim
A verdade mais sincera
Outro mundo dentro em mim
Se decerto nada espera
Preparasse então meu fim.

70

Não viessem de outro rumo
As estrelas que tocaste,
No final amor resumo
Noutro tom sem mais desgaste,
O que possa e sempre assumo
Na verdade diz contraste
Coração perdendo o prumo,
Nem de perto tu notaste,
A vereda mais sutil,
O caminho mais audaz,
O que tanto se previu
Noutro instante me compraz,
Possa ser decerto hostil,
Mas no fim descanso em paz.
51

Já não posso desvendar
O que tanto me açodasse
E mostrando algum lugar
Onde a sorte em desenlace
Não pudesse navegar
Nem tampouco se mostrasse
Com vontade de chegar,
Ou na mesma velha face,
Não quisera ter além
Do momento mais cruel,
Quando a noite ronda e vem,
Demonstrando o turvo véu,
Teu sorriso, diz desdém,
Meu anseio, carrossel...

52

Nos beirais de uma esperança
Na verdade mais completa
O meu passo quando avança
Traz a sorte que repleta
Alma tanto rude ou mansa,
Mas sabendo desta seta
O que enfim contrabalança
Gesta esta alma de poeta,
Não seria de tal forma
O meu passo sem sentido,
O caminho onde se informa
O cenário resumido
A palavra que deforma,
O meu canto dilapido.


53

Mapeando esta saudade
Encontrei cada momento
Onde o todo se degrade
Enfrentando o imenso vento,
No cenário a realidade,
No passado sempre tento,
Caminhar em liberdade
Ou viver o sentimento.
Nas angústias mais frequentes
Nos tormentos da emoção
Onde quer e sei que sentes
Outros dias mostrarão
Os caminhos reticentes
Ou quem sabe outra estação.


54

Inda mesmo quando a vida
Se fizera mais audaz
O que tento e não duvida
Quem deveras tudo faz
A verdade desprovida
Do cenário mais mordaz,
O caminho sem saída,
O meu mundo já sem paz,
A lembrança deste encanto
Outro canto e logo após
O momento que garanto
Onde solte a minha voz,
Não se trama no que espanto,
Ata velhos laços, nós.

55

Braço forte? Uma mentira.
O meu tempo desabara
Na verdade o que retira
Expressasse a sorte amara,
No caminho que interfira
Na incerteza da seara,
Outro dom já se prefira,
Quando a vida desprepara,
Navegando mansamente
Contra a fúria das marés
Sei do quanto se apresente
Meu amor e por quem és
Noutro passo estou contente,
Nos teus pés rudes galés.


56

Se eu pudesse neste instante
Traduzir o que se quer,
Na verdade o quanto avante
Bebo o todo que vier,
Nada mais, pois se garante,
Nem os sonhos da mulher,
Que vivesse doravante
Sem saber nada, sequer.
O passeio no passado,
O prazer em rudes tons,
Outro tempo desenhado,
Esperança em megatons,
E se agora enfim me evado,
Enlevado em vários sons.

57

Na tramoia costumeira
Nesta angústia sem sentido,
O que possa e mesmo queira
Dita o tempo já perdido,
E o que vejo em verdadeira
Ilusão, não resumido,
O caminho, esta ladeira,
Noutra queda, presumido.
Vivo sem saber do quanto
Mesmo possa ou também tente,
Na verdade o desencanto
Seja sempre impertinente
Ou trouxesse o que garanto
Ou marcasse o que apresente.

58

Não mergulho no vazio
Nem procuro soluções
Onde tanto ora desfio
A verdade tu me expões
E se possa tão sombrio
Encontrar nossos porões
Invadissem nosso rio
As espúrias emoções,
Nada mais após a queda
Nada veda o mesmo passo,
Quando a vida se envereda
Noutro rumo sigo o traço
E se mostra em tal moeda,
O sentido do cansaço.


59

Reparando muito bem
O que um dia fora nosso,
No caminho quando vem
Sou apenas o destroço
Amiúdo o que ninguém
Demonstrasse e já não posso,
Reviver o quanto o bem
Trague o todo onde me aposso,
Nada vejo e nem tentara
Bem soubera do desmando,
Minha vida outrora clara,
Pouco a pouco se nublando,
Na verdade o que me ampara
Já reparo, desabando.

60

Sei das tantas ilusões
E também dos meus anseios
Vago aonde tu te expões
E procuro por teus seios,
Nas verdades, emoções,
Pulsam sem saber rodeios,
Onde possa em tais opções
Vicejar sem ter receios,
Acrescento novo passo
E se tente ser diverso
Meu futuro quando o traço
Sobre o tanto agora verso
E bebendo deste escasso,
Delirar quase perverso.
51

Já não posso desvendar
O que tanto me açodasse
E mostrando algum lugar
Onde a sorte em desenlace
Não pudesse navegar
Nem tampouco se mostrasse
Com vontade de chegar,
Ou na mesma velha face,
Não quisera ter além
Do momento mais cruel,
Quando a noite ronda e vem,
Demonstrando o turvo véu,
Teu sorriso, diz desdém,
Meu anseio, carrossel...

52

Nos beirais de uma esperança
Na verdade mais completa
O meu passo quando avança
Traz a sorte que repleta
Alma tanto rude ou mansa,
Mas sabendo desta seta
O que enfim contrabalança
Gesta esta alma de poeta,
Não seria de tal forma
O meu passo sem sentido,
O caminho onde se informa
O cenário resumido
A palavra que deforma,
O meu canto dilapido.


53

Mapeando esta saudade
Encontrei cada momento
Onde o todo se degrade
Enfrentando o imenso vento,
No cenário a realidade,
No passado sempre tento,
Caminhar em liberdade
Ou viver o sentimento.
Nas angústias mais frequentes
Nos tormentos da emoção
Onde quer e sei que sentes
Outros dias mostrarão
Os caminhos reticentes
Ou quem sabe outra estação.


54

Inda mesmo quando a vida
Se fizera mais audaz
O que tento e não duvida
Quem deveras tudo faz
A verdade desprovida
Do cenário mais mordaz,
O caminho sem saída,
O meu mundo já sem paz,
A lembrança deste encanto
Outro canto e logo após
O momento que garanto
Onde solte a minha voz,
Não se trama no que espanto,
Ata velhos laços, nós.

55

Braço forte? Uma mentira.
O meu tempo desabara
Na verdade o que retira
Expressasse a sorte amara,
No caminho que interfira
Na incerteza da seara,
Outro dom já se prefira,
Quando a vida desprepara,
Navegando mansamente
Contra a fúria das marés
Sei do quanto se apresente
Meu amor e por quem és
Noutro passo estou contente,
Nos teus pés rudes galés.


56

Se eu pudesse neste instante
Traduzir o que se quer,
Na verdade o quanto avante
Bebo o todo que vier,
Nada mais, pois se garante,
Nem os sonhos da mulher,
Que vivesse doravante
Sem saber nada, sequer.
O passeio no passado,
O prazer em rudes tons,
Outro tempo desenhado,
Esperança em megatons,
E se agora enfim me evado,
Enlevado em vários sons.

57

Na tramoia costumeira
Nesta angústia sem sentido,
O que possa e mesmo queira
Dita o tempo já perdido,
E o que vejo em verdadeira
Ilusão, não resumido,
O caminho, esta ladeira,
Noutra queda, presumido.
Vivo sem saber do quanto
Mesmo possa ou também tente,
Na verdade o desencanto
Seja sempre impertinente
Ou trouxesse o que garanto
Ou marcasse o que apresente.

58

Não mergulho no vazio
Nem procuro soluções
Onde tanto ora desfio
A verdade tu me expões
E se possa tão sombrio
Encontrar nossos porões
Invadissem nosso rio
As espúrias emoções,
Nada mais após a queda
Nada veda o mesmo passo,
Quando a vida se envereda
Noutro rumo sigo o traço
E se mostra em tal moeda,
O sentido do cansaço.


59

Reparando muito bem
O que um dia fora nosso,
No caminho quando vem
Sou apenas o destroço
Amiúdo o que ninguém
Demonstrasse e já não posso,
Reviver o quanto o bem
Trague o todo onde me aposso,
Nada vejo e nem tentara
Bem soubera do desmando,
Minha vida outrora clara,
Pouco a pouco se nublando,
Na verdade o que me ampara
Já reparo, desabando.

60

Sei das tantas ilusões
E também dos meus anseios
Vago aonde tu te expões
E procuro por teus seios,
Nas verdades, emoções,
Pulsam sem saber rodeios,
Onde possa em tais opções
Vicejar sem ter receios,
Acrescento novo passo
E se tente ser diverso
Meu futuro quando o traço
Sobre o tanto agora verso
E bebendo deste escasso,
Delirar quase perverso.
41

Na atribulada senda da esperança
A vida não condiz com o que eu quero
E sinto meu caminho mais sincero
Vencido pela sorte onde se avança
E o cântico diverge da lembrança
De um tempo mais audaz, e mesmo fero,
Tramando o quanto queira e destempero,
Vivendo a mais sofrível vã vingança;
O caos se apresentasse de tal forma
Que nada do que possa se transforma
Num átimo mergulho no vazio,
E o tétrico delírio se anuncia
Vagando sem sequer a fantasia
Que tanto quanto alento, busco e crio.

42

O tanto que esgotasse um descaminho
A quem se fez além de meramente
O todo na verdade se apresente
Embora tantas vezes vá sozinho,
Quisera perceber quando me alinho
E beba deste sonho claramente,
Vagando muito além desta vertente
Apresentando em paz, o velho ninho,
A sensação que trague alguma luz
O verso noutro tom se reproduz
E gera tão somente esta esperança
Negando a cada dia nova senda
O mundo quando além a vida lança
Traduz o quanto possa e se desvenda.


43

Sobre as ondas saveiros, barcos, sonhos,
E os dias mais audazes e sutis,
Ainda que pudesse e mesmo quis
Vencido pelos ermos enfadonhos,
Não quero apresentar dias medonhos
Nem mesmo meu cenário sempre gris,
Ou tanto quanto possa em cicatriz
Diversa dos tormentos tão bisonhos.
Apenas não seria mais vital
Acreditar no quanto em virtual
Caminho este oceano fosse meu,
Ameaçando apenas este ocaso,
O beijo sem sentido sempre atraso
E o tempo noutro enredo se perdeu.

44

Anseio pelos dias mais tranquilos
Embora na verdade sejam raros,
Os olhos da emoção não serão claros
Tampouco nos meus passos teus vacilos,
A boca se encharcando com bacilos,
As sendas entre dias mais amaros,
E os erros são comuns em desamparos
Trazendo novos templos sem estilos.
Restauro com o sonho o que perdi,
O tanto que encontrara em frenesi
Espuriamente atravessando o mar,
Que possa ser mais nosso e traga a paz
E mesmo quando seja enfim capaz
De traduzir o quanto pude amar.


45

Um perigoso sonho entre diversos
E os olhos procurando qualquer cais
Aonde com certeza transformais
O quanto poderiam universos,
Os ventos noutro enredo vão dispersos
E os ermos quando muito provocais
Gerando dias fartos e banais,
Enquanto nos teus erros, meus, imersos.
Ainda não pudera ter somente
O que se desenhara e não desmente
A mente sem juízo e sem saber
Do tanto que se perde pouco a pouco,
No fato mais constante, feito um louco,
Não sei onde pudesse me verter.

46

Um dia após a queda do que outrora
Vibrasse em consonância com meu sonho,
A luta se transforma e decomponho
O quanto sem certeza me devora,
Na força que tentara e desancora
O barco se traduz em tom medonho
Versando sobre o todo recomponho
Meu prazo que bem sei já não tem hora.
Assenhorasse a vida em tal detalhe
E quando no final a sorte atalhe
Invadindo o cenário, ato final,
Cortinas se fechando, e sem aplauso,
Meu passo neste instante duro eu pauso
E vejo o salto rústico e mortal.


47

Funâmbulo; deveras, desejei,
Apenas um momento de descanso,
Porém a cada instante mais avanço
Deixando para trás a antiga grei,
Não sei e não me importa o que serei,
Apenas outro tanto em turvo ranço,
Cadenciando o todo onde me lanço
Expresso o que desejo e mergulhei,
Nas ânsias mais presentes e constantes
Os sonhos tantas vezes por instantes
Desvendam o mistério da existência,
Mas nada do que pude se garanta
Na farsa que se mostra sempre tanta
E amor seria apenas coincidência.


48

Não quero ser apenas figurante
Na farsa que me trazes, vil bufão,
A luta se demonstra sem razão,
E o corte se apresente doravante,
Não tento acreditar no que garante
A senda mais diversa no verão
Nem mesmo se moldasse outra estação
Ainda que se faça fascinante.
O cândido caminho não existe,
O olhar que tanto quero segue em riste
E assiste o que se fez de camarote,
Não possa traduzir o que denote
A sorte vicejando em primavera,
Enquanto a minha vida destempera.


49

Brindando com sorrisos e mentiras
As tramas que trouxeste sem segredo
E quando na verdade ora concedo
O beijo sem sentido me retiras,
Não quero acreditar nas tantas iras
E nelas vejo apenas desenredo,
O prazo se derrama e desde cedo,
Recolho da esperança suas tiras,
Não tenho mais por que seguir assim,
A cada novo passo, mais o fim,
O vento não me traz felicidade,
E sei que no final em contratempo,
Apenas encontrando o rude tempo
Gerando dentro da alma a tempestade.


50

Maceras com teus olhos o horizonte
E bebes desta fonte mais atroz,
No quanto meu cenário perde a voz,
O sol noutro momento já desponte,
E sei que quando a vida desaponte
O sonho se moldara em mesma foz
Gerando o que pudera logo após,
Trazendo no cenário nova ponte,
Meu mundo se desaba numa inglória
Vontade que pudesse merencória
Tramar outro momento mais diverso,
Não quero e não vivesse tal anseio,
E tanto quanto possa sempre veio
Nos olhos o que tanto temo e verso.
41

Na atribulada senda da esperança
A vida não condiz com o que eu quero
E sinto meu caminho mais sincero
Vencido pela sorte onde se avança
E o cântico diverge da lembrança
De um tempo mais audaz, e mesmo fero,
Tramando o quanto queira e destempero,
Vivendo a mais sofrível vã vingança;
O caos se apresentasse de tal forma
Que nada do que possa se transforma
Num átimo mergulho no vazio,
E o tétrico delírio se anuncia
Vagando sem sequer a fantasia
Que tanto quanto alento, busco e crio.

42

O tanto que esgotasse um descaminho
A quem se fez além de meramente
O todo na verdade se apresente
Embora tantas vezes vá sozinho,
Quisera perceber quando me alinho
E beba deste sonho claramente,
Vagando muito além desta vertente
Apresentando em paz, o velho ninho,
A sensação que trague alguma luz
O verso noutro tom se reproduz
E gera tão somente esta esperança
Negando a cada dia nova senda
O mundo quando além a vida lança
Traduz o quanto possa e se desvenda.


43

Sobre as ondas saveiros, barcos, sonhos,
E os dias mais audazes e sutis,
Ainda que pudesse e mesmo quis
Vencido pelos ermos enfadonhos,
Não quero apresentar dias medonhos
Nem mesmo meu cenário sempre gris,
Ou tanto quanto possa em cicatriz
Diversa dos tormentos tão bisonhos.
Apenas não seria mais vital
Acreditar no quanto em virtual
Caminho este oceano fosse meu,
Ameaçando apenas este ocaso,
O beijo sem sentido sempre atraso
E o tempo noutro enredo se perdeu.

44

Anseio pelos dias mais tranquilos
Embora na verdade sejam raros,
Os olhos da emoção não serão claros
Tampouco nos meus passos teus vacilos,
A boca se encharcando com bacilos,
As sendas entre dias mais amaros,
E os erros são comuns em desamparos
Trazendo novos templos sem estilos.
Restauro com o sonho o que perdi,
O tanto que encontrara em frenesi
Espuriamente atravessando o mar,
Que possa ser mais nosso e traga a paz
E mesmo quando seja enfim capaz
De traduzir o quanto pude amar.


45

Um perigoso sonho entre diversos
E os olhos procurando qualquer cais
Aonde com certeza transformais
O quanto poderiam universos,
Os ventos noutro enredo vão dispersos
E os ermos quando muito provocais
Gerando dias fartos e banais,
Enquanto nos teus erros, meus, imersos.
Ainda não pudera ter somente
O que se desenhara e não desmente
A mente sem juízo e sem saber
Do tanto que se perde pouco a pouco,
No fato mais constante, feito um louco,
Não sei onde pudesse me verter.

46

Um dia após a queda do que outrora
Vibrasse em consonância com meu sonho,
A luta se transforma e decomponho
O quanto sem certeza me devora,
Na força que tentara e desancora
O barco se traduz em tom medonho
Versando sobre o todo recomponho
Meu prazo que bem sei já não tem hora.
Assenhorasse a vida em tal detalhe
E quando no final a sorte atalhe
Invadindo o cenário, ato final,
Cortinas se fechando, e sem aplauso,
Meu passo neste instante duro eu pauso
E vejo o salto rústico e mortal.


47

Funâmbulo; deveras, desejei,
Apenas um momento de descanso,
Porém a cada instante mais avanço
Deixando para trás a antiga grei,
Não sei e não me importa o que serei,
Apenas outro tanto em turvo ranço,
Cadenciando o todo onde me lanço
Expresso o que desejo e mergulhei,
Nas ânsias mais presentes e constantes
Os sonhos tantas vezes por instantes
Desvendam o mistério da existência,
Mas nada do que pude se garanta
Na farsa que se mostra sempre tanta
E amor seria apenas coincidência.


48

Não quero ser apenas figurante
Na farsa que me trazes, vil bufão,
A luta se demonstra sem razão,
E o corte se apresente doravante,
Não tento acreditar no que garante
A senda mais diversa no verão
Nem mesmo se moldasse outra estação
Ainda que se faça fascinante.
O cândido caminho não existe,
O olhar que tanto quero segue em riste
E assiste o que se fez de camarote,
Não possa traduzir o que denote
A sorte vicejando em primavera,
Enquanto a minha vida destempera.


49

Brindando com sorrisos e mentiras
As tramas que trouxeste sem segredo
E quando na verdade ora concedo
O beijo sem sentido me retiras,
Não quero acreditar nas tantas iras
E nelas vejo apenas desenredo,
O prazo se derrama e desde cedo,
Recolho da esperança suas tiras,
Não tenho mais por que seguir assim,
A cada novo passo, mais o fim,
O vento não me traz felicidade,
E sei que no final em contratempo,
Apenas encontrando o rude tempo
Gerando dentro da alma a tempestade.


50

Maceras com teus olhos o horizonte
E bebes desta fonte mais atroz,
No quanto meu cenário perde a voz,
O sol noutro momento já desponte,
E sei que quando a vida desaponte
O sonho se moldara em mesma foz
Gerando o que pudera logo após,
Trazendo no cenário nova ponte,
Meu mundo se desaba numa inglória
Vontade que pudesse merencória
Tramar outro momento mais diverso,
Não quero e não vivesse tal anseio,
E tanto quanto possa sempre veio
Nos olhos o que tanto temo e verso.
O sono que invadisse plenamente
Tomando os meus sentidos já de assalto
E quando na verdade até ressalto
O todo se moldara e a vida mente,
Descanso quanto pude e quando ausente
Do tempo sem saber de sobressalto,
O canto noutro instante, num tom alto,
Entoa o que teimara em rude mente.
Ainda sem sentido ou proteção
A queda se anuncia e do vão
Apenas rastejantes criaturas,
E nelas entre tantas as que vês
Ousasse acrescentar na insensatez
O pouco quando tanto ora perduras.

32

Abandonando aos poucos o caminho
Por onde a vida trouxe o que não resta
Sequer a solidão que ora se empresta
Sequer outro momento mais daninho,
Ainda que se veja em plena festa,
O corte tantas vezes dita o ninho
E bebo deste encanto, e sou sozinho,
Vagando sobre o tanto que me empesta,
Não mesmo acreditasse no disfarce
E o temporal deveras a demonstrar-se
Expressaria apenas o meu fim,
Mas quando na verdade ressuscito,
O tempo se moldara no infinito
E guardo a eternidade dentro em mim.


33

Além do meu olhar esta colina
Desvenda em ululantes sonhos rudes
As farsas quando em tons me desiludes
E nisto a voz se torna cristalina,
A face que deveras descortina
Os ermos em doridas atitudes,
Na insânia que permite enquanto mudes
O engodo mais atroz, que ora domina.
Não peço o quanto tente nem atento
Vencido pelo vago alheamento,
Necessitando apenas de coragem,
A vida noutro enredo satisfaz
A quem se fez deveras mais audaz,
E enfrenta com ternura tal voragem.

34

Num vale aonde escondo a escuridão
Dos templos desenhados noutra farsa,
A vida noutro engodo se disfarça
E veste a mais temida ingratidão,
Resplandecendo assim somente o não
O prazo torna a vida mais esparsa
E quem se faz amigo até comparsa,
Espera dias duros que virão.
O amor que na verdade ao concebê-lo
Traduza muito além do pesadelo
E nisto outro cenário ver-se-ia
Tentando acreditar no mais sublime
Momento aonde a vida ora subestime
O todo que pudesse em fantasia.

35

A pavorosa face em polvorosa,
A lúbrica expressão que me convida
E gera na verdade a própria vida,
Entona com ternura verso e prosa,
Mas sendo a própria senda caprichosa
Atenda aos desenganos da esquecida
Vontade pelos erros resumida,
Na sorte tão dorida quão jocosa.
Não quero mais o tempo aonde o tanto
Vestisse o que se faz em desencanto
Grassando sobre vales e campinas,
Nos erros costumeiros de um poeta
A vida noutro tom já se repleta
Do quanto sem saber tu mais fascinas.

36

Banhando-me na luz que nos inspira
A crer numa emoção quando viesse,
Tentando desvendar a velha prece
E dela o que pudesse e se prefira,
Não quero nem a rota e velha tira,
O mesmo noutro templo se obedece
Vagando sobre o quanto desmerece,
A vida feita em roda, sempre gira,
Nos bares e nos antros mais venais,
O som que a cada nota demonstrais
Vestígios de uma noite prepotente
Aonde o que pudera não se sente,
E brindo com teus cálices, cristais,
Enquanto noutro tom a luz se ausente.

37

Reparo cada anseio e vejo o todo,
Marcando em ironia o quanto tenha
Da luta mesmo quando mais ferrenha
Adentrando decerto o imenso lodo,
E passo sem sentir o velho engodo,
Da vida não teria qualquer senha
E sei do que deveras me convenha
Gestando o quanto possa em tal denodo,
Denota-se deveras a esperança
E nela toda a sorte que se alcança
Matando mansamente o que tortura,
Após a noite espessa em solidão,
Encontro no vazio a dimensão
Da noite sem sentido, sempre escura.

38

Guiando o meu caminho, cada estrela,
Pudesse me trazer qualquer notícia
Da vida que se faz com tal carícia
Diversa da que um dia pude vê-la,
Ao menos noutro sonho percebê-la
Seria qualquer forma de sevícia
Ou tanto quanto viva sem malícia
Expresse a solução e enfim vivê-la.
Nos ermos caminhares noite afora,
Cristalizando o sonho que devora
Aquele que se nega ao mais sublime
Cenário feito em luzes tão mutantes
Prismáticos cenários me adiantes
Enquanto o descaminho me redime.

39

Assombram-me diversas ilusões
E vejo consumido noutro engano,
O quanto se fizera soberano
Marcando dia a dia em seus senões,
As tramas e diversas emoções
O roto caminhar expressa o dano
E sigo o que pudera e se me encano
Navego o mar imenso que me expões,
Resulto deste infausto e sei do que
A vida se perdera e quem há de
Negar o que decerto evidencias,
Atormentando o todo que me resta,
Na farsa mais audaz e até funesta
E nela imersas tantas ironias.


40

Perdura-se no tempo o que de fato
Não pude e nem tentara disfarçar
A luta não desejo desvendar
Nem mesmo noutro instante o que constato,
Reparo na expressão do sonho ingrato
Que lute sempre até mesmo cansar,
Vagando sem saber o que encontrar,
Senão a mesma luta, em vão distrato,
O prazo determina o fim de tudo,
E quando na verdade ora me iludo,
Vacante sensação do ser feliz
Expressaria o sonho de tal forma
Que toda esta emoção agora informa
Do quanto poderia e bem mais quis.
O sono que invadisse plenamente
Tomando os meus sentidos já de assalto
E quando na verdade até ressalto
O todo se moldara e a vida mente,
Descanso quanto pude e quando ausente
Do tempo sem saber de sobressalto,
O canto noutro instante, num tom alto,
Entoa o que teimara em rude mente.
Ainda sem sentido ou proteção
A queda se anuncia e do vão
Apenas rastejantes criaturas,
E nelas entre tantas as que vês
Ousasse acrescentar na insensatez
O pouco quando tanto ora perduras.

32

Abandonando aos poucos o caminho
Por onde a vida trouxe o que não resta
Sequer a solidão que ora se empresta
Sequer outro momento mais daninho,
Ainda que se veja em plena festa,
O corte tantas vezes dita o ninho
E bebo deste encanto, e sou sozinho,
Vagando sobre o tanto que me empesta,
Não mesmo acreditasse no disfarce
E o temporal deveras a demonstrar-se
Expressaria apenas o meu fim,
Mas quando na verdade ressuscito,
O tempo se moldara no infinito
E guardo a eternidade dentro em mim.


33

Além do meu olhar esta colina
Desvenda em ululantes sonhos rudes
As farsas quando em tons me desiludes
E nisto a voz se torna cristalina,
A face que deveras descortina
Os ermos em doridas atitudes,
Na insânia que permite enquanto mudes
O engodo mais atroz, que ora domina.
Não peço o quanto tente nem atento
Vencido pelo vago alheamento,
Necessitando apenas de coragem,
A vida noutro enredo satisfaz
A quem se fez deveras mais audaz,
E enfrenta com ternura tal voragem.

34

Num vale aonde escondo a escuridão
Dos templos desenhados noutra farsa,
A vida noutro engodo se disfarça
E veste a mais temida ingratidão,
Resplandecendo assim somente o não
O prazo torna a vida mais esparsa
E quem se faz amigo até comparsa,
Espera dias duros que virão.
O amor que na verdade ao concebê-lo
Traduza muito além do pesadelo
E nisto outro cenário ver-se-ia
Tentando acreditar no mais sublime
Momento aonde a vida ora subestime
O todo que pudesse em fantasia.

35

A pavorosa face em polvorosa,
A lúbrica expressão que me convida
E gera na verdade a própria vida,
Entona com ternura verso e prosa,
Mas sendo a própria senda caprichosa
Atenda aos desenganos da esquecida
Vontade pelos erros resumida,
Na sorte tão dorida quão jocosa.
Não quero mais o tempo aonde o tanto
Vestisse o que se faz em desencanto
Grassando sobre vales e campinas,
Nos erros costumeiros de um poeta
A vida noutro tom já se repleta
Do quanto sem saber tu mais fascinas.

36

Banhando-me na luz que nos inspira
A crer numa emoção quando viesse,
Tentando desvendar a velha prece
E dela o que pudesse e se prefira,
Não quero nem a rota e velha tira,
O mesmo noutro templo se obedece
Vagando sobre o quanto desmerece,
A vida feita em roda, sempre gira,
Nos bares e nos antros mais venais,
O som que a cada nota demonstrais
Vestígios de uma noite prepotente
Aonde o que pudera não se sente,
E brindo com teus cálices, cristais,
Enquanto noutro tom a luz se ausente.

37

Reparo cada anseio e vejo o todo,
Marcando em ironia o quanto tenha
Da luta mesmo quando mais ferrenha
Adentrando decerto o imenso lodo,
E passo sem sentir o velho engodo,
Da vida não teria qualquer senha
E sei do que deveras me convenha
Gestando o quanto possa em tal denodo,
Denota-se deveras a esperança
E nela toda a sorte que se alcança
Matando mansamente o que tortura,
Após a noite espessa em solidão,
Encontro no vazio a dimensão
Da noite sem sentido, sempre escura.

38

Guiando o meu caminho, cada estrela,
Pudesse me trazer qualquer notícia
Da vida que se faz com tal carícia
Diversa da que um dia pude vê-la,
Ao menos noutro sonho percebê-la
Seria qualquer forma de sevícia
Ou tanto quanto viva sem malícia
Expresse a solução e enfim vivê-la.
Nos ermos caminhares noite afora,
Cristalizando o sonho que devora
Aquele que se nega ao mais sublime
Cenário feito em luzes tão mutantes
Prismáticos cenários me adiantes
Enquanto o descaminho me redime.

39

Assombram-me diversas ilusões
E vejo consumido noutro engano,
O quanto se fizera soberano
Marcando dia a dia em seus senões,
As tramas e diversas emoções
O roto caminhar expressa o dano
E sigo o que pudera e se me encano
Navego o mar imenso que me expões,
Resulto deste infausto e sei do que
A vida se perdera e quem há de
Negar o que decerto evidencias,
Atormentando o todo que me resta,
Na farsa mais audaz e até funesta
E nela imersas tantas ironias.


40

Perdura-se no tempo o que de fato
Não pude e nem tentara disfarçar
A luta não desejo desvendar
Nem mesmo noutro instante o que constato,
Reparo na expressão do sonho ingrato
Que lute sempre até mesmo cansar,
Vagando sem saber o que encontrar,
Senão a mesma luta, em vão distrato,
O prazo determina o fim de tudo,
E quando na verdade ora me iludo,
Vacante sensação do ser feliz
Expressaria o sonho de tal forma
Que toda esta emoção agora informa
Do quanto poderia e bem mais quis.
21

Da vida em cada passo rumo ao quanto
Seria mais diverso do que eu possa
Vivendo muito além da mera fossa
Tentando o que decerto eu não garanto,
Presumo o desencanto em mágoa e pranto,
Nos erros onde o nada sempre endossa
Gerando esta trapaça quando roça
A solidão em puro desencanto,
Navego sobre as ondas do passado
Viceja dentro da alma o mesmo engano
E sinto o que tentara e quando ufano,
Caminho noutro enredo já traçado,
Espero no futuro algo melhor,
E nisso deposito o meu suor.

22

Na tenebrosa senda aonde um dia
Vivesse com terror o quanto pude
Trazer dentro do peito o que me ilude,
Marcando com temor ou ironia,
A vida em avidez, leda sangria,
A rústica presença, em plenitude,
Diversa da que possa e mesmo agude
O corte que jamais algum queria,
Não posso redundante sonho em vão,
Além do que servisse em dimensão
Ausento dos meus ermos mais profundos,
E sigo sem saber o que me espera,
Apenas na tocaia a mesma fera
Que sabe dos meus passos em segundos.


23

A verdadeira estrada que nos leve
Ao fato mais diverso e coerente
Tentando acreditar no que se sente
E sinto com certeza o vento breve,
Ao menos a verdade não se atreve
E nisto poderia estar contente,
Ainda que meu sonho não frequente
Encontro tão somente frio e neve,
O canto se anuncia e o rouxinol
Espalha aonde outrora havia sol,
Nas noites mais sombrias. Sigo aquém.
E quando se anuncia o claro dia,
Na América escutando a cotovia,
Que distando estas milhas, ouço e vem.

24

O quanto foi penoso ter nas mãos
A sorte sem saber quanto me espera,
Atocaiada vida gera a fera
E nela se entranhando tantos vãos,
Pusesse sobre o solo novos grãos
E mesmo quando a vida é primavera
No tanto que teimasse a sorte gera,
Os olhos mais suaves entre os nãos.
Respaldos que encontrasse no caminho
Durante a caminhada, me avizinho,
E bebo cada gota da esperança
Embora no final nada se vendo,
O tanto que pudera num remendo,
A sorte sem proveito ora me alcança.


25

Duma espessura tênue, esta esperança,
Ocasionando a queda após o fato
E nela novamente o que retrato
Expressa o meu passado onde se lança
A vida sem saber da temperança
Que possa constatar e, limpo o prato,
Apenas resumisse em desacato
O que se desejara em aliança.
Não pude e nem tentasse ser diverso
Do quanto em alegria ora disperso
Vagando no perverso mundo cão,
As ermas ilusões de quem professa
A sorte que se mostra sendo nessa
Vontade moldaria uma eclosão.


26

Memória traz à cena o quanto outrora
Vivera sem sentido ou mesmo em vão
Nos dias que deveras moldarão
A solidão que possa e me devora,
No sonho aonde o ser já se apavora
O medo na temível dimensão
Ousando acreditar no mesmo não
Que singra o descaminho desde agora,
Resulto deste inculto caminhar
E bebo cada insulto, ledo mar,
Vagando em novo culto à noite mansa,
Porém a lua veste esta esperança
Inutilmente segue sem parar
E nada no final, ainda alcança.

27

Na morte que anuncias noutro enredo,
O vendaval de sonhos já perdido,
Do quanto mais pudera e dilapido
O prazo no final já não concedo,
E bebo o descaminho desde cedo,
Gerando o que pudesse em tosco olvido
E quando o meu caminho é presumido
No engodo costumeiro, sem segredo,
Levando sempre ao vento esta palavra
O tanto que se quer o tempo lavra
E gera o quanto afoito fora o salto,
Ainda que se veja após o fato
O verso noutro instante ora constato,
Vivendo o que pudesse em sobressalto.

28


Pudesse até narrar o que aconteça
Girando sem destino ou dimensão,
A vida se expressara desde então
Tocando com terror, cada cabeça,
O medo que em verdade se obedeça
No templo mais diverso a direção
Do todo que presume esta emoção
Ainda quando o prazo não se esqueça,
O cântico suave, a luz macia,
Meu templo nos teus braços erigia
O verso mais suave e reticente,
Ainda que se possa ser assim,
Vagando sem destino chego ao fim,
E a brisa em farta luz já se apresente...


29

De tantas coisas vejo algum detalhe
Que possa me trazer outra lembrança
Aonde o verso toque a sorte lança
E o tempo noutro instante não retalhe,
Ainda que se veja o quanto falhe
A vida num enredo em temperança
Marcasse com ternura o quanto alcança
Vestindo no final o mesmo entalhe.
O canto que pudesse me trazer
Alguma afinidade com meu verso,
No fundo se pudesse e desconverso
Gerasse o quanto queira se fazer
No ocaso deste estúpido universo,
Jamais o que moldasse novo ser.


30

Não posso mais contar como tentara
Vencer a noite escura em paz, porém
O tanto quanto a vida nos contém
Domina totalmente esta seara.
O verso noutro instante se escancara
A sorte traduzida num desdém,
O ser ou não poder crer em ninguém
Tornando a nossa vida bem mais clara,
Apenas apresento ao fim do jogo,
O quanto perderia imerso em fogo,
Audaciosamente, procurasse
Vencer o que se faça ora inclemente,
Enquanto a fantasia não desmente
Eu vivo a solidão de cada impasse.
21

Da vida em cada passo rumo ao quanto
Seria mais diverso do que eu possa
Vivendo muito além da mera fossa
Tentando o que decerto eu não garanto,
Presumo o desencanto em mágoa e pranto,
Nos erros onde o nada sempre endossa
Gerando esta trapaça quando roça
A solidão em puro desencanto,
Navego sobre as ondas do passado
Viceja dentro da alma o mesmo engano
E sinto o que tentara e quando ufano,
Caminho noutro enredo já traçado,
Espero no futuro algo melhor,
E nisso deposito o meu suor.

22

Na tenebrosa senda aonde um dia
Vivesse com terror o quanto pude
Trazer dentro do peito o que me ilude,
Marcando com temor ou ironia,
A vida em avidez, leda sangria,
A rústica presença, em plenitude,
Diversa da que possa e mesmo agude
O corte que jamais algum queria,
Não posso redundante sonho em vão,
Além do que servisse em dimensão
Ausento dos meus ermos mais profundos,
E sigo sem saber o que me espera,
Apenas na tocaia a mesma fera
Que sabe dos meus passos em segundos.


23

A verdadeira estrada que nos leve
Ao fato mais diverso e coerente
Tentando acreditar no que se sente
E sinto com certeza o vento breve,
Ao menos a verdade não se atreve
E nisto poderia estar contente,
Ainda que meu sonho não frequente
Encontro tão somente frio e neve,
O canto se anuncia e o rouxinol
Espalha aonde outrora havia sol,
Nas noites mais sombrias. Sigo aquém.
E quando se anuncia o claro dia,
Na América escutando a cotovia,
Que distando estas milhas, ouço e vem.

24

O quanto foi penoso ter nas mãos
A sorte sem saber quanto me espera,
Atocaiada vida gera a fera
E nela se entranhando tantos vãos,
Pusesse sobre o solo novos grãos
E mesmo quando a vida é primavera
No tanto que teimasse a sorte gera,
Os olhos mais suaves entre os nãos.
Respaldos que encontrasse no caminho
Durante a caminhada, me avizinho,
E bebo cada gota da esperança
Embora no final nada se vendo,
O tanto que pudera num remendo,
A sorte sem proveito ora me alcança.


25

Duma espessura tênue, esta esperança,
Ocasionando a queda após o fato
E nela novamente o que retrato
Expressa o meu passado onde se lança
A vida sem saber da temperança
Que possa constatar e, limpo o prato,
Apenas resumisse em desacato
O que se desejara em aliança.
Não pude e nem tentasse ser diverso
Do quanto em alegria ora disperso
Vagando no perverso mundo cão,
As ermas ilusões de quem professa
A sorte que se mostra sendo nessa
Vontade moldaria uma eclosão.


26

Memória traz à cena o quanto outrora
Vivera sem sentido ou mesmo em vão
Nos dias que deveras moldarão
A solidão que possa e me devora,
No sonho aonde o ser já se apavora
O medo na temível dimensão
Ousando acreditar no mesmo não
Que singra o descaminho desde agora,
Resulto deste inculto caminhar
E bebo cada insulto, ledo mar,
Vagando em novo culto à noite mansa,
Porém a lua veste esta esperança
Inutilmente segue sem parar
E nada no final, ainda alcança.

27

Na morte que anuncias noutro enredo,
O vendaval de sonhos já perdido,
Do quanto mais pudera e dilapido
O prazo no final já não concedo,
E bebo o descaminho desde cedo,
Gerando o que pudesse em tosco olvido
E quando o meu caminho é presumido
No engodo costumeiro, sem segredo,
Levando sempre ao vento esta palavra
O tanto que se quer o tempo lavra
E gera o quanto afoito fora o salto,
Ainda que se veja após o fato
O verso noutro instante ora constato,
Vivendo o que pudesse em sobressalto.

28


Pudesse até narrar o que aconteça
Girando sem destino ou dimensão,
A vida se expressara desde então
Tocando com terror, cada cabeça,
O medo que em verdade se obedeça
No templo mais diverso a direção
Do todo que presume esta emoção
Ainda quando o prazo não se esqueça,
O cântico suave, a luz macia,
Meu templo nos teus braços erigia
O verso mais suave e reticente,
Ainda que se possa ser assim,
Vagando sem destino chego ao fim,
E a brisa em farta luz já se apresente...


29

De tantas coisas vejo algum detalhe
Que possa me trazer outra lembrança
Aonde o verso toque a sorte lança
E o tempo noutro instante não retalhe,
Ainda que se veja o quanto falhe
A vida num enredo em temperança
Marcasse com ternura o quanto alcança
Vestindo no final o mesmo entalhe.
O canto que pudesse me trazer
Alguma afinidade com meu verso,
No fundo se pudesse e desconverso
Gerasse o quanto queira se fazer
No ocaso deste estúpido universo,
Jamais o que moldasse novo ser.


30

Não posso mais contar como tentara
Vencer a noite escura em paz, porém
O tanto quanto a vida nos contém
Domina totalmente esta seara.
O verso noutro instante se escancara
A sorte traduzida num desdém,
O ser ou não poder crer em ninguém
Tornando a nossa vida bem mais clara,
Apenas apresento ao fim do jogo,
O quanto perderia imerso em fogo,
Audaciosamente, procurasse
Vencer o que se faça ora inclemente,
Enquanto a fantasia não desmente
Eu vivo a solidão de cada impasse.
11


Jamais eu deveria acreditar
Nas mesmas ilusões que reconheço
E sei que na verdade outro tropeço
Difícil de tentar recomeçar;
Os erros são comuns e ao me entregar
Ao menos não sentisse pelo avesso
O fato do cenário que hoje teço
Sem mesmo perceber algum lugar.
Os rumos divergentes, olhos tristes,
Ainda quando tentas e persistes
Expressas o vazio que sou eu,
E tanto quanto pude ser feliz
Agora a realidade nada diz,
E o sonho noutro sonho se perdeu.

12

Vencendo os meus moinhos, sigo só,
E tento acreditar no que pudesse
Trazer outra expressão de uma benesse,
Porém de toda estrada levo o pó,
Ainda que se visse em todo nó,
A velha tentativa que obedece
O rumo sem sentido e já padece
O mundo em rudimento traz tal mó,
Corrói o pensamento e nada sobra,
A sorte noutro tempo nova dobra
E o temporal desaba sem descanso,
Mas mesmo de tal forma sacolejo,
Vagando e vou tentando com molejo
Viver o que pudera e mesmo avanço.

13

Não ansiasse estar crisalidando,
Persisto num larvar caminho em paz,
Porém a liberdade sempre traz
Um ar mesmo suave, tanto brando,
O rumo noutro tom se desvendando,
Desanco o que pudera e satisfaz,
O tempo muitas vezes mais mordaz,
O mundo noutro instante derramando,
As vagas impressões em tons diversos,
Olhando para trás os mesmos versos
Que a vida demonstrara simplesmente,
O caos a cada instante representa
O amor que a gente segue em violenta
Vontade que transcende e já se ausente.

14

Ecoa dentro da alma o velho sonho
De um tempo mais suave que não veio,
Olhando para frente, devaneio,
E até novo momento em paz componho,
Mas sei do quanto possa e já deponho
Tentando acreditar em novo meio
Que possa me trazer sem ter receio,
O caminhar deveras mais risonho.
Num átimo este encanto se produz
E proporciona o todo que em tal luz
Reflita o meu caminho mais sutil,
E o mundo de tal forma se alimenta,
Vivendo esta emoção que, de sangrenta,
Expressa muito além do quanto ouviu.

15

De todos os meus passos e tropeços
Os dias resvalando no passado
Traçando o que pudera por legado
Vivendo simplesmente recomeços,
Sabendo dos enganos e adereços
O todo noutro tom desenfreado,
O risco se anuncia e se me evado,
Singrando nossos sonhos, sempre avessos.
E o terminar do verso nos invista
No tanto quanto possa à nossa vista
O raio fulgurante no horizonte,
Ainda quando em meu caramanchão
A bela buganvília em eclosão
O velho trovador logo se aponte.

16

Nascendo do que um dia fosse tanto
Vivendo sem temor o quanto pude,
Adentro este caminho e mesmo rude,
Apenas resvalando em desencanto,
Não quero e nem pudera ter o quanto
A vida noutro instante desilude,
Ainda que se veja com saúde
O tempo com certeza não garanto.
E bebo mais um gole do que um dia
Marcasse com ternura o quanto havia
Dos sonhos mais diversos, novamente,
O todo se aproxima dos anseios
E vejo da morena os belos seios
Enquanto esta vontade além se sente.

17

Não mais se acrescentasse qualquer fato
Ao prazo demarcado neste engodo,
O tanto que pudera com denodo
Agora sem sentido, desacato,
Meu mundo se deveras o constato
E vivo no caminho como um rodo,
Lavando esta expressão que feita em lodo
Eclode num instante mais ingrato.
O medo não seria mais constante
Tampouco o dia a dia me adiante
Um temporal além do que se espera,
A vida noutro rumo não viesse
Apenas o que tanto a sorte esquece
E trama o salto rude da pantera.

18

Na claridade a lua se desnuda
E gera além da prata o mais sublime
Momento aonde encanto nos redime,
E toda a sensação em paz transmuda,
A luta mesmo quando mais aguda
O cântico que possa e tanto estime,
Ainda quando a vida enfim se esgrime
No encanto se mostrasse a mansa ajuda.
O vértice sem vórtice se vendo,
Deixando para trás cada remendo
Dos erros cometidos, no passado,
O verso quando vejo enluarado,
Nascendo dentro da alma e me contendo,
Expressa o que pudera e além invado.

19

A janela se abrindo ao vento e ao sonho
Que possa nos trazer alguma luz,
Seara mais fecunda se traduz
No verso que deveras recomponho,
Ousando num instante onde reponho
Meus templos divagando sobre a cruz
Que a sorte noutra farsa reproduz
E o medo se desnuda e sei medonho.
O caos após a queda e mesmo o fim,
O tanto que inda habita dentro em mim
E o verso desnudando esta esperança
A luta no final já não se faz
Sequer aonde pude ter em paz
A vida que meu passo não alcança.

20

Distante deste mar que nos trouxesse
Além deste marulho e das marés
A vida se mostrando de viés,
Nem sempre se desenha em mesma messe,
O quanto no final já se obedece
O ser e na verdade quem tu és,
Vivendo noutro instante em vis galés
Refaz cada caminho e já tropece,
Marcando com diversa claridade,
O quanto que deveras nos invade,
Nas cercanias tantas da ilusão,
Os dias são deveras mais doridos
E os passos noutros tantos resumidos,
Da própria noite dita a dimensão.
11


Jamais eu deveria acreditar
Nas mesmas ilusões que reconheço
E sei que na verdade outro tropeço
Difícil de tentar recomeçar;
Os erros são comuns e ao me entregar
Ao menos não sentisse pelo avesso
O fato do cenário que hoje teço
Sem mesmo perceber algum lugar.
Os rumos divergentes, olhos tristes,
Ainda quando tentas e persistes
Expressas o vazio que sou eu,
E tanto quanto pude ser feliz
Agora a realidade nada diz,
E o sonho noutro sonho se perdeu.

12

Vencendo os meus moinhos, sigo só,
E tento acreditar no que pudesse
Trazer outra expressão de uma benesse,
Porém de toda estrada levo o pó,
Ainda que se visse em todo nó,
A velha tentativa que obedece
O rumo sem sentido e já padece
O mundo em rudimento traz tal mó,
Corrói o pensamento e nada sobra,
A sorte noutro tempo nova dobra
E o temporal desaba sem descanso,
Mas mesmo de tal forma sacolejo,
Vagando e vou tentando com molejo
Viver o que pudera e mesmo avanço.

13

Não ansiasse estar crisalidando,
Persisto num larvar caminho em paz,
Porém a liberdade sempre traz
Um ar mesmo suave, tanto brando,
O rumo noutro tom se desvendando,
Desanco o que pudera e satisfaz,
O tempo muitas vezes mais mordaz,
O mundo noutro instante derramando,
As vagas impressões em tons diversos,
Olhando para trás os mesmos versos
Que a vida demonstrara simplesmente,
O caos a cada instante representa
O amor que a gente segue em violenta
Vontade que transcende e já se ausente.

14

Ecoa dentro da alma o velho sonho
De um tempo mais suave que não veio,
Olhando para frente, devaneio,
E até novo momento em paz componho,
Mas sei do quanto possa e já deponho
Tentando acreditar em novo meio
Que possa me trazer sem ter receio,
O caminhar deveras mais risonho.
Num átimo este encanto se produz
E proporciona o todo que em tal luz
Reflita o meu caminho mais sutil,
E o mundo de tal forma se alimenta,
Vivendo esta emoção que, de sangrenta,
Expressa muito além do quanto ouviu.

15

De todos os meus passos e tropeços
Os dias resvalando no passado
Traçando o que pudera por legado
Vivendo simplesmente recomeços,
Sabendo dos enganos e adereços
O todo noutro tom desenfreado,
O risco se anuncia e se me evado,
Singrando nossos sonhos, sempre avessos.
E o terminar do verso nos invista
No tanto quanto possa à nossa vista
O raio fulgurante no horizonte,
Ainda quando em meu caramanchão
A bela buganvília em eclosão
O velho trovador logo se aponte.

16

Nascendo do que um dia fosse tanto
Vivendo sem temor o quanto pude,
Adentro este caminho e mesmo rude,
Apenas resvalando em desencanto,
Não quero e nem pudera ter o quanto
A vida noutro instante desilude,
Ainda que se veja com saúde
O tempo com certeza não garanto.
E bebo mais um gole do que um dia
Marcasse com ternura o quanto havia
Dos sonhos mais diversos, novamente,
O todo se aproxima dos anseios
E vejo da morena os belos seios
Enquanto esta vontade além se sente.

17

Não mais se acrescentasse qualquer fato
Ao prazo demarcado neste engodo,
O tanto que pudera com denodo
Agora sem sentido, desacato,
Meu mundo se deveras o constato
E vivo no caminho como um rodo,
Lavando esta expressão que feita em lodo
Eclode num instante mais ingrato.
O medo não seria mais constante
Tampouco o dia a dia me adiante
Um temporal além do que se espera,
A vida noutro rumo não viesse
Apenas o que tanto a sorte esquece
E trama o salto rude da pantera.

18

Na claridade a lua se desnuda
E gera além da prata o mais sublime
Momento aonde encanto nos redime,
E toda a sensação em paz transmuda,
A luta mesmo quando mais aguda
O cântico que possa e tanto estime,
Ainda quando a vida enfim se esgrime
No encanto se mostrasse a mansa ajuda.
O vértice sem vórtice se vendo,
Deixando para trás cada remendo
Dos erros cometidos, no passado,
O verso quando vejo enluarado,
Nascendo dentro da alma e me contendo,
Expressa o que pudera e além invado.

19

A janela se abrindo ao vento e ao sonho
Que possa nos trazer alguma luz,
Seara mais fecunda se traduz
No verso que deveras recomponho,
Ousando num instante onde reponho
Meus templos divagando sobre a cruz
Que a sorte noutra farsa reproduz
E o medo se desnuda e sei medonho.
O caos após a queda e mesmo o fim,
O tanto que inda habita dentro em mim
E o verso desnudando esta esperança
A luta no final já não se faz
Sequer aonde pude ter em paz
A vida que meu passo não alcança.

20

Distante deste mar que nos trouxesse
Além deste marulho e das marés
A vida se mostrando de viés,
Nem sempre se desenha em mesma messe,
O quanto no final já se obedece
O ser e na verdade quem tu és,
Vivendo noutro instante em vis galés
Refaz cada caminho e já tropece,
Marcando com diversa claridade,
O quanto que deveras nos invade,
Nas cercanias tantas da ilusão,
Os dias são deveras mais doridos
E os passos noutros tantos resumidos,
Da própria noite dita a dimensão.
Meus tempos e momentos mais sagrados
Avançam pelos dias, meses e anos,
Pisando nos antigos desenganos,
Os sonhos seguem quase embolorados,
Os olhos entremeiam ritos, fados,
E sabem dos ensaios e meus planos,
Mas quando se aproximam desumanos
Os cortes mais sutis e aprofundados.
Os dias se repetem desde quando
O vento noutro tom já derrubando
O quanto aparecesse em sua frente,
Destarte vou seguindo o meu caminho,
Ainda que pudesse ser daninho,
Ao menos se vertesse coerente.

2

Não sei do quanto resta e pouco importa,
A luta se refaz e sinto enfim
O tanto que abandono e quando o fim
Batendo sutilmente em minha porta,
A luta na verdade desconforta
E o verso vai saindo mais chinfrim,
O rumo se perdendo, é sempre assim,
Um sonho a mais a vida agora aborta.
O vento nas janelas, o passeio,
O tempo sem medida que não veio
Nem mesmo a farsa feita em tal promessa,
A lenda não alenta o caminheiro
Tampouco vejo o sonho derradeiro,
Já que decerto o enredo recomeça.

3

Enquanto trago o peito sempre aberto
E sigo cada passo sem sentido,
O mundo quando sinto e mesmo olvido
Ainda que pudesse, não desperto,
Acordo e sinto o sonho bem mais perto,
O lento caminhar e eu desprovido
Do tanto que pudera e até duvido
Do sonho enquanto nada é descoberto,
Alertam-me diversas ilusões
E sei que no final nada propões
Senão as mesmas teias de um passado,
Ainda que se faça de tal forma
No quanto a fantasia nos deforma,
E deixa o todo sempre abandonado.

4

Ainda quando possa ser diverso
Do tanto que se faz e não me importe,
O mundo desenhando o velho corte
E nele sigo sempre ou desconverso,
O prazo se anuncia lá no verso
Do quanto no reverso não aporte
O olhar que na verdade sempre aborte
O todo de um provável universo.
Resumo em sumo e sonho o que produzo,
O tempo se mostrando mais confuso
Escusas espalhadas pelo vento,
Assim no fim do jogo, novo empate,
E a gente sem saber por que combate
Expressa o que não sei e nem invento.


5

Visões que ditam novas emoções
Ou mesmo as que causaram os meus medos,
Os dias envolvidos em segredos,
As tramas seguem tolas dimensões,
E sei do quanto possa e se me expões
No fim ao menos tive em desenredos
Os tantos caminhares bem mais ledos
E os passos entre tantas previsões.
Não mais querendo o tanto que se veja
Sabendo que perdi cada peleja
E o caos já se instalasse nesta casa,
O prazo derrotando o que se fez
Gerando no final a insensatez,
O tempo infelizmente não se atrasa.

6

Alucinadamente a vida gira
Rodando qual piorra ou carrossel,
Vagando muitas vezes quase ao léu,
Marcada por somente dor, mentira.
O todo noutro instante onde interfira,
Expressaria assim o seu papel,
E o verso que pudesse ser cruel,
Aos poucos meu anseio já retira,
Apesar de viver tão livremente,
O cântico senil, a velha mente,
Atemporal caminho dita a sorte,
Depois do que pudera em tom diverso,
Adentro sem defesas quando verso
Atravessando o sonho onde me corte.

7

Nas sendas onde vendes e enveredas
As plantações diversas, ilusão,
Os dias quando enfim repetirão,
As mesmas fantasias, novas quedas,
E sei do quanto possa e se me vedas
O caminhar em nova dimensão,
Ao menos encontrando a imensidão
Soubesse da incerteza quando sedas,
Repare os desenganos dos pastores
E assim quando em verdade além tu fores,
Não deixe mais os rastros pelos chãos,
Os ermos dos meus sonhos sendo assim,
O tempo se aproxima do seu fim,
E os olhos seguem livres, trazem grãos.

8

Na luta aonde o mundo é mais suave,
O risco de viver a cada instante
Pudesse traduzir o que garante
Deixando no passado cada entrave,
O nada se aproxima e quando agrave,
O preço a ser cobrado doravante
Traduz a sensação da debutante
Que faz desta esperança sua nave.
Depois caindo em si, tudo se muda,
A voz sem emoção, a vida aguda,
Marcando com terror e sutileza,
O tanto que se fez em rumo escasso,
Gerando noutro olhar o mesmo traço
Mentindo sobre as cartas, sobre a mesa.

9

Não vejo mais o sonho adolescente
Que tanto me trazia algum alento,
No quanto se perdera e sempre tento,
Viver outro momento, e a vida ausente,
O cântico suave que se invente,
O risco de singrar em pensamento
O mundo noutro encanto, num elemento,
Prismático e decerto iridescente,
Não que isto seja assim, um ato nobre,
A vida noutro engodo se recobre
E gera o que pudera ser real,
Mas quando na expressão dura e venal
A farsa feita em sonho se descobre,
O prazo determina algum final.

10

Brincando com palavras, alvos, rito,
O mundo não seria tedioso,
Mas quando se aproxima do jocoso
Cenário o que pudesse já não grito,
E tento acreditar, se mesmo aflito,
O medo não traria o simples gozo,
Nem mesmo o que pudesse caprichoso,
Vivendo este momento mais bonito,
Acordo e bebo um gole do futuro,
E quando no final eu me asseguro,
O salto no vazio se prepara,
Após a remissão de cada engano
Eu sei do quanto possa e não me ufano
Dos erros que traduzem tal seara.
Meus tempos e momentos mais sagrados
Avançam pelos dias, meses e anos,
Pisando nos antigos desenganos,
Os sonhos seguem quase embolorados,
Os olhos entremeiam ritos, fados,
E sabem dos ensaios e meus planos,
Mas quando se aproximam desumanos
Os cortes mais sutis e aprofundados.
Os dias se repetem desde quando
O vento noutro tom já derrubando
O quanto aparecesse em sua frente,
Destarte vou seguindo o meu caminho,
Ainda que pudesse ser daninho,
Ao menos se vertesse coerente.

2

Não sei do quanto resta e pouco importa,
A luta se refaz e sinto enfim
O tanto que abandono e quando o fim
Batendo sutilmente em minha porta,
A luta na verdade desconforta
E o verso vai saindo mais chinfrim,
O rumo se perdendo, é sempre assim,
Um sonho a mais a vida agora aborta.
O vento nas janelas, o passeio,
O tempo sem medida que não veio
Nem mesmo a farsa feita em tal promessa,
A lenda não alenta o caminheiro
Tampouco vejo o sonho derradeiro,
Já que decerto o enredo recomeça.

3

Enquanto trago o peito sempre aberto
E sigo cada passo sem sentido,
O mundo quando sinto e mesmo olvido
Ainda que pudesse, não desperto,
Acordo e sinto o sonho bem mais perto,
O lento caminhar e eu desprovido
Do tanto que pudera e até duvido
Do sonho enquanto nada é descoberto,
Alertam-me diversas ilusões
E sei que no final nada propões
Senão as mesmas teias de um passado,
Ainda que se faça de tal forma
No quanto a fantasia nos deforma,
E deixa o todo sempre abandonado.

4

Ainda quando possa ser diverso
Do tanto que se faz e não me importe,
O mundo desenhando o velho corte
E nele sigo sempre ou desconverso,
O prazo se anuncia lá no verso
Do quanto no reverso não aporte
O olhar que na verdade sempre aborte
O todo de um provável universo.
Resumo em sumo e sonho o que produzo,
O tempo se mostrando mais confuso
Escusas espalhadas pelo vento,
Assim no fim do jogo, novo empate,
E a gente sem saber por que combate
Expressa o que não sei e nem invento.


5

Visões que ditam novas emoções
Ou mesmo as que causaram os meus medos,
Os dias envolvidos em segredos,
As tramas seguem tolas dimensões,
E sei do quanto possa e se me expões
No fim ao menos tive em desenredos
Os tantos caminhares bem mais ledos
E os passos entre tantas previsões.
Não mais querendo o tanto que se veja
Sabendo que perdi cada peleja
E o caos já se instalasse nesta casa,
O prazo derrotando o que se fez
Gerando no final a insensatez,
O tempo infelizmente não se atrasa.

6

Alucinadamente a vida gira
Rodando qual piorra ou carrossel,
Vagando muitas vezes quase ao léu,
Marcada por somente dor, mentira.
O todo noutro instante onde interfira,
Expressaria assim o seu papel,
E o verso que pudesse ser cruel,
Aos poucos meu anseio já retira,
Apesar de viver tão livremente,
O cântico senil, a velha mente,
Atemporal caminho dita a sorte,
Depois do que pudera em tom diverso,
Adentro sem defesas quando verso
Atravessando o sonho onde me corte.

7

Nas sendas onde vendes e enveredas
As plantações diversas, ilusão,
Os dias quando enfim repetirão,
As mesmas fantasias, novas quedas,
E sei do quanto possa e se me vedas
O caminhar em nova dimensão,
Ao menos encontrando a imensidão
Soubesse da incerteza quando sedas,
Repare os desenganos dos pastores
E assim quando em verdade além tu fores,
Não deixe mais os rastros pelos chãos,
Os ermos dos meus sonhos sendo assim,
O tempo se aproxima do seu fim,
E os olhos seguem livres, trazem grãos.

8

Na luta aonde o mundo é mais suave,
O risco de viver a cada instante
Pudesse traduzir o que garante
Deixando no passado cada entrave,
O nada se aproxima e quando agrave,
O preço a ser cobrado doravante
Traduz a sensação da debutante
Que faz desta esperança sua nave.
Depois caindo em si, tudo se muda,
A voz sem emoção, a vida aguda,
Marcando com terror e sutileza,
O tanto que se fez em rumo escasso,
Gerando noutro olhar o mesmo traço
Mentindo sobre as cartas, sobre a mesa.

9

Não vejo mais o sonho adolescente
Que tanto me trazia algum alento,
No quanto se perdera e sempre tento,
Viver outro momento, e a vida ausente,
O cântico suave que se invente,
O risco de singrar em pensamento
O mundo noutro encanto, num elemento,
Prismático e decerto iridescente,
Não que isto seja assim, um ato nobre,
A vida noutro engodo se recobre
E gera o que pudera ser real,
Mas quando na expressão dura e venal
A farsa feita em sonho se descobre,
O prazo determina algum final.

10

Brincando com palavras, alvos, rito,
O mundo não seria tedioso,
Mas quando se aproxima do jocoso
Cenário o que pudesse já não grito,
E tento acreditar, se mesmo aflito,
O medo não traria o simples gozo,
Nem mesmo o que pudesse caprichoso,
Vivendo este momento mais bonito,
Acordo e bebo um gole do futuro,
E quando no final eu me asseguro,
O salto no vazio se prepara,
Após a remissão de cada engano
Eu sei do quanto possa e não me ufano
Dos erros que traduzem tal seara.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

No quanto, em tal loucura, o amor se sente,
Exploro, de mansinho, teus recantos,
Retiro, pouco a pouco, véus e mantos,
Tocando a tua pele efervescente.

E tu, com esse jeito teu languente,
Recebes meus carinhos, que são tantos,
Com teus enlaces, ternos acalantos,
O teu olhar tão cálido, ignescente.

E sem pensar em nada, no depois,
Sedentos de carícias, seus verdores,
Vivemos esse amor que em nós perdura.

No auge do prazer, paixão, loucura,
Contidos um no outro, sem pudores,
Rolamos no horizonte de nós dois.

EDIR PINA DE BARROS

Sentindo em minha pele a tua tez
Roçando e me levando ao paraíso,
Aos poucos no teu ser eu me matizo
Vivendo este delírio, insensatez.

O amor tal qual o sonho onde se fez
A mais completa essência que em preciso
Momento demonstrara sem juízo
A fúria desejada em t’a nudez.

Assim ao enlaçarmos nossas pernas,
Em ânsias delicadas e tão ternas,
Num ato mais sublime e tresloucado,

Vibrando em consonância, num instante,
Num átimo um mergulho fascinante,
Sem medos ou pudores, lado a lado.
91

Peçonhas entre botes das ofídicas
Loucuras que se fazem pertinentes
E tanto quanto quero ou mesmo sentes,
As sortes não seriam mais verídicas,

Ainda sem sentido o que presumo
No tanto que se rende ao mais profano
Caminho, enquanto sei quando me dano,
E bebo da expressão o suprassumo,

Ressalvas entre salvas e canhões
A vida se fizera mais canhestra,
E nisto ouvindo longe a velha orquestra
E nela as sinfonias e aversões,

Adentro o fato e bebo cada gota,
Da velha solidão, imensa e rota.

92

Nefanda realidade diz do quanto
O verso não traria melhor sonho,
E quando noutro instante decomponho
Encontro o que perdera e não garanto,
Assisto ao fim de tudo e me adianto
No rumo que se fez ora enfadonho,
Gerando no vazio cada sonho,
E neste sentimento o mesmo espanto,
Ausento-me do fato que pudera
Apascentar enfim a rude fera
Gravada nos teus olhos, sem por que,
A vida em avidez se fez concreta
E nada do que possa se completa,
E mesmo quando dita o que se vê.

93

E o quanto na verdade agora omito
E bebo num momento desairoso
Pudesse me trazer em fino gozo
O todo que pudera e necessito,
Ainda quando vejo este infinito
E tramo noutro olhar, maravilhoso
Caminho feito, mesmo pedregoso,
O amor vence diverso e vão conflito,
Reparo cada farsa e sei tão bem
Do quanto na verdade sinto e vem,
Vasculho cada canto do meu quarto,
E sigo este cometa em ilusão,
Vivendo com firmeza a dimensão
Do todo pela qual agora eu parto.

94

Enquanto sem descanso procurasse
Das Minas que deixei há tantos anos
Em busca de esperança em novos planos
E nisto se mostrasse nova face,

O quanto se aproxima em desenlace
Marcando dias turvos, desenganos,
Voltar ao meu berçário em soberanos
Momentos onde o sonho mergulhasse.

Das tramas que entrelaçam meu futuro,
O canto quando posso e configuro
Expressa, dentro da alma, esta Gerais,

E mesmo que distante ainda esteja,
Na doce fantasia, mesmo andeja,
Deveras nunca a deixo. Isso jamais!

95

Jogado pelos cantos da emoção
O rumo se perdendo a cada instante
No fundo o que deveras me garante
Traduz o quanto possa ou mesmo não,
A luta desafia e do verão
Inverna-se o cenário doravante,
E o quanto se tentara radiante,
Gerasse noutro mundo a dimensão,
Transcorre a cada passo a imensa luz
E nisto o tanto quanto reproduz
O verso sem temor e sem anseio,
O vértice dos passos traça o quanto
Pudera e na verdade ora garanto
Gerando o quanto possa e mesmo creio.

96

Apenas o que possa ser assim
Diverso do caminho mais feliz
O tanto quanto tento e mesmo fiz
Eclode num instante dentro em mim,
Meu tempo se desnuda e sem ter fim
A vida noutro rumo sempre quis
Viver outro cenário e a cicatriz,
Ainda latejando chega ao fim,
Ao menos indigente coração
Vestira com ternura a sensação
Do ser e do poder estar além
Do todo que deveras abandona
E traz esta ilusão agora à tona,
E nisto todo o encanto me convém.

97

Gerado num momento outro caminho
Diverso do que tanto procuraste,
Apenas noutro fato em tal contraste
Encontrarás deveras o carinho,
Que possa ser além do ser mesquinho
Vagando num anseio que tramaste
E o passo noutro encanto demonstraste
Enquanto nos teus sonhos fiz meu ninho,
Jamais imaginasse ser apenas
Momento que deveras tu condenas
E sabes muito bem o que viria,
No cântico que possa em teu louvor
Falar da imensidão do raro amor,
Tramando muito além da poesia.

98

Vestindo a solidão apenas sigo
Tentando acreditar no que inda venha
E sei desta vontade mais ferrenha
Ousando acreditar e assim prossigo,
A cada novo tempo outro perigo,
E nada na verdade me detenha
Sequer o que se faça e sempre tenha
A lúdica expressão de algum abrigo,
Não quero e nem pudera ser diverso
Vivendo a sensação do manso verso
Gerando dentro em mim outro momento,
E quando detalhasse este caminho
Ainda que pudesse ser mesquinho,
Ao menos me traria algum alento.

99

Esbarro nos meus erros contumazes
E vejo intimamente o que pudera
Saber desta ilusão quando sincera
Tramando o que deveras hoje trazes,
Erráticas versões, acentos, crases,
Os ventos na expressão que destempera
A vida se transforma na quimera
E nela a cada instante mais atrases,
Os ases escondidos, fim de jogo,
A luta se expressando em tolo rogo
E o prazo não traria mais um dia,
Sedento caminhante do que outrora
Vivesse sem saber do que apavora
O quanto na incerteza mais teria.


100


Singrar outra vereda e crer no fato
Enquanto a minha vida se fez tanta
E sigo contra a fúria que me espanta
E noutro caminhar o amor resgato,
Ainda que vencesse trago e trato
Do peso que esta sorte me garanta,
Não quero acreditar no que ora encanta
E sei que noutro tempo mal constato,
Açoda-me o vazio de uma senda
Diversa da que tanto se desvenda
Num átimo o mergulho diz do não,
Ainda que teimasse, acreditar,
Teria com certeza algum lugar,
Mas quando me aproximo: solidão...
81

O quanto acreditei no que não vinha
E nem tampouco ainda se tentasse
A sorte se gerando deste impasse
Traçasse o quanto possa ser daninha,
Vagando sobre a senda que foi minha
O manto noutro tempo se rasgasse
E o velho caminheiro demonstrasse
A porta que em verdade não continha
Sequer esta expressão mais delicada
Aonde se converte a velha estrada
Nas tramas mais dolentes ou sutis,
E quando no final nada apresentes,
Os olhos tantas vezes envolventes
Pudessem te fazer bem mais feliz.

82

Senão a mesma face se mostrara
Nas tramas onde o tempo não se cala
A luta tantas vezes avassala
E gera a solidão diversa e clara,
Não quero o que pudesse e se prepara
Tampouco noutro tempo a mesma sala
Jogada pelos cantos, quando embala
O sonho de quem ama e se declara,
Não quero a sordidez do desamor
Tampouco noutro tom velho rancor
De quem se fez atroz e agora mente,
No cântico sem ter qualquer proveito,
Apenas a verdade onde me deito
E o tempo sem sentido, impertinente.

83

E dela se desenha o mais sutil
Anseio que esta vida me traria,
Marcando com ternura o dia a dia
Gerando o quanto o sonho quis e viu,
O pássaro se fez decerto hostil
E nada do que fosse poesia,
Trouxesse esta ninhada que eu queria,
No encanto que deveras repartiu,
Meu erro se repete a cada instante
E nada do que tento se garante
Senão a mesma fonte iridescente,
E quando na verdade o tempo negue
O quanto deste sonho não se regue,
O mundo noutro passo nega e sente.

84

Na face mais atroz da realidade
O mundo feito em rústica beleza
Expressa o quanto vale a natureza
Enquanto a fantasia nos invade,
Gerasse tão somente esta igualdade
E dela sigo contra a correnteza
Marcando o dia a dia sem surpresa
E nada do que tente em claridade,
Opacifico o olhar e vejo assim,
Neste horizonte o quanto traz em mim
O medo em tantos erros cometidos,
Não quero que se perca nenhum fato,
E sigo o quanto tente e se constato,
Meus dias noutros tantos reunidos.

85


E a sorte noutra forma se fizesse
Aonde nada mais pudesse ter
Ainda que tentasse merecer
O mundo não traria tanta messe,
O verso sem sentido me obedece
E gera o que talvez desse prazer,
Mas teima nas angústias do meu ser,
A vida que deveras me enlouquece.
O canto sem sentido, o medo e o tétrico,
O corte noutro enredo milimétrico
E o peso de uma vida me envergando,
Ainda que se veja novamente
O tanto quanto possa e se apresente
Meu mundo noutro fato, fora infando.

86

Marcando o quanto pude e não tivera
Sequer uma expressão que acalentasse
O tolo caminheiro que em desenlace
Abrace a sensação mais insincera,
Apressando o meu passo, a rude fera,
O corte no passado, o velho impasse,
Ascendo ao que seria e se moldasse
Navego noutro enredo sem espera,
O medo não seria o mais constante
Cenário que esta vida ora garante
E gere nova queda quando ao fim
De tantas ilusões pudesse a vida
Trazer sempre consigo esta saída,
Vivendo esta emoção que trago em mim.

87

Girando sem destino, carrossel,
Que embota cada sonho e torna rude
Enquanto na verdade sempre mude
Vagasse noutro instante, torpe céu,
O medo em arremedo, o turvo véu,
Ainda que se mostre em atitude
Diversa da que um dia nos transmude
Grifando com terror cada papel,
Sublinho meus momentos mais diversos
E sei dos olhos frios e perversos,
Da atocaiada noite solitária,
Apresentando apenas o que tenha,
A vida noutro passo mais ferrenha
Expressa esta ilusão, tão temerária.

88

Matando uma esperança e tudo bem,
A lida não transforma o dia a dia,
E quando no final, melancolia,
Transforma o que deveras me convém,
E sei do quanto pude ser também
Na face mais atroz e mesmo esguia
Girando qual piorra poderia
Trazer o que deveras sei que vem,
Não mato com palavras o meu sonho,
Apenas o vazio que componho
Repõe realidade em seu lugar,
A lúdica vontade se expressando
Num tempo mais suave, mesmo brando,
Aonde pus meu tempo de sonhar.


89

E vejo refletida noutro olhar
A doce sensação que ora transborda
O peito e já tocando enfim a borda
Do quanto poderia navegar,
O mundo se anuncia a divagar
No todo que deveras nos acorda,
E sei quando arrebentas velha corda
E nisto o teu diverso libertar,
Ainda que pudesse estar contigo,
Olhando para trás me desabrigo
E vivo qual espúrio imprevidente,
Ao menos se resume noutro fato,
O todo que decerto inda retrato
No tanto que deveras a alma sente.

90

Enquanto a vida trama novo bote
O sonho se perdendo num anelo
Diverso do que tento e já revelo
Marcando com certeza o que se note,
E o peso de uma luta nos derrote,
E tente desvendar além-castelo
O todo que pudera ser mais belo,
Porém ora me atando qual garrote.
O viço de uma planta em primavera,
O traço de um amor que não se espera
E ocasos de uma noite mais sombria,
Houvesse pelo menos um instante
Aonde o que resumo me adiante,
O tanto quanto possa a fantasia.