Divirjo
Negar o quanto traga e mesmo possa
Vestir destes vestígios de uma sorte
Disperso desenhar quando conforte,
Ainda quando a vida bebe a fossa,
Restauro meus anseios nesta nossa
Loucura que de fato venha e corte,
Moldando a cada insano instante a morte
Fazendo da esperança mera troça.
Esboços de uma face caricata,
Que tanto quanto tenha em vão retrata
Adagas entre tramas tão medonhas,
O tempo se traduz em dissonância,
Ainda quando busco uma constância,
Divirjo do que tanto a mim proponhas.
Marcos Loures
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 21 de julho de 2012
CREIA AMIGA
CREIA AMIGA
Ainda quando a vida nos mostrasse
Momentos mais doridos; creia amiga,
Que além da tempestade a paz consiga
Traçar uma alegria em desenlace,
E mesmo que outro tom se demonstrasse,
A própria persistência nos abriga
Tramando o quanto possa e assim prossiga
Deixando-se antever diversa face,
A fúria de uma imensa tempestade,
Ainda quando tudo agora invade,
Resulta no final sempre em bonança.
Mas Ilca, não permita que algum fato
Transforme o quanto em ti sei e constato,
E a um patamar sublime; em luz se lança.
Marcos Loures
Ainda quando a vida nos mostrasse
Momentos mais doridos; creia amiga,
Que além da tempestade a paz consiga
Traçar uma alegria em desenlace,
E mesmo que outro tom se demonstrasse,
A própria persistência nos abriga
Tramando o quanto possa e assim prossiga
Deixando-se antever diversa face,
A fúria de uma imensa tempestade,
Ainda quando tudo agora invade,
Resulta no final sempre em bonança.
Mas Ilca, não permita que algum fato
Transforme o quanto em ti sei e constato,
E a um patamar sublime; em luz se lança.
Marcos Loures
O antigo fogo
O antigo fogo
A vida muitas vezes traz em fases
Momentos de alegria ou de tristeza
E nisto destas sortes sendo presa,
Encontro outro reflexo que ora me trazes,
E sinto mesmo quando são mordazes,
Os ermos de minha alma em tal grandeza
Espalham velhas cartas sobre a mesa,
Embora não seriam contumazes,
Os ases escondidos; venço o tempo,
E sinto quando além de um contratempo
Esbarro no que fora apenas rogo,
E sinto que inda possa haver um templo
Envolto nestas brumas que contemplo,
Reacendendo enfim o antigo fogo.
Marcos Loures
A vida muitas vezes traz em fases
Momentos de alegria ou de tristeza
E nisto destas sortes sendo presa,
Encontro outro reflexo que ora me trazes,
E sinto mesmo quando são mordazes,
Os ermos de minha alma em tal grandeza
Espalham velhas cartas sobre a mesa,
Embora não seriam contumazes,
Os ases escondidos; venço o tempo,
E sinto quando além de um contratempo
Esbarro no que fora apenas rogo,
E sinto que inda possa haver um templo
Envolto nestas brumas que contemplo,
Reacendendo enfim o antigo fogo.
Marcos Loures
Trapaça
Trapaça
A noite em mais temida frialdade,
Envolta entre diversas nuvens, trama
A ausência de qualquer dispersa chama,
Tramando o quanto invada e assim degrade,
Resumos de uma vaga iniquidade,
Erráticos anseios, verso e drama,
Ainda quando além a vida clama,
O peso dobra inteira, insanidade,
Olhando para trás já se concebe
A farsa que tomara cada sebe
Sedenta insensatez de quem se faça
Em ousadias riscos e tramoias,
Enquanto na verdade mal apoias
Deixando no ar um rastro de trapaça.
Marcos Loures
A noite em mais temida frialdade,
Envolta entre diversas nuvens, trama
A ausência de qualquer dispersa chama,
Tramando o quanto invada e assim degrade,
Resumos de uma vaga iniquidade,
Erráticos anseios, verso e drama,
Ainda quando além a vida clama,
O peso dobra inteira, insanidade,
Olhando para trás já se concebe
A farsa que tomara cada sebe
Sedenta insensatez de quem se faça
Em ousadias riscos e tramoias,
Enquanto na verdade mal apoias
Deixando no ar um rastro de trapaça.
Marcos Loures
Delírios
Delírios
Delírios mascarando a realidade
Em tons sombrios, sigo noite adentro,
E quando nos vazios me concentro,
Apenas o temor inda me invade,
E quando o dia a dia nos devora,
O pânico cerzindo outro momento
E nele muitas vezes, sigo ou tento,
Vivenciando o caos outrora e agora,
Agouros malfazejos e ouso além,
Em cíclicos tremores, vastos ermos,
E quantas vezes tento não sabermos,
O que de fato mesmo nos convém,
Vergando sob o peso de uma vida
Que enquanto se deseja em paz, acida...
Marcos Loures
Delírios mascarando a realidade
Em tons sombrios, sigo noite adentro,
E quando nos vazios me concentro,
Apenas o temor inda me invade,
E quando o dia a dia nos devora,
O pânico cerzindo outro momento
E nele muitas vezes, sigo ou tento,
Vivenciando o caos outrora e agora,
Agouros malfazejos e ouso além,
Em cíclicos tremores, vastos ermos,
E quantas vezes tento não sabermos,
O que de fato mesmo nos convém,
Vergando sob o peso de uma vida
Que enquanto se deseja em paz, acida...
Marcos Loures
Noite vaga
Noite vaga
Amor que se fizera em noite vaga,
Despista com seus rastros mais fugazes
E quantas vezes tento e nada trazes,
Enquanto a solidão de fato afaga,
O vento noutro enredo, velha adaga,
Mesmo quando se mostrem as tenazes,
Os erros tão sutis e contumazes,
Dominam sem defesa toda a plaga,
Aplaco meus anseios neste insólito,
Momento enquanto em torno outro monólito
Transcende ao quanto fora mais loquaz,
E nada do que fora outrora séptico
Moldasse o que desejo em tom poético
No infecto delirar que assim se faz.
Marcos Loures
Amor que se fizera em noite vaga,
Despista com seus rastros mais fugazes
E quantas vezes tento e nada trazes,
Enquanto a solidão de fato afaga,
O vento noutro enredo, velha adaga,
Mesmo quando se mostrem as tenazes,
Os erros tão sutis e contumazes,
Dominam sem defesa toda a plaga,
Aplaco meus anseios neste insólito,
Momento enquanto em torno outro monólito
Transcende ao quanto fora mais loquaz,
E nada do que fora outrora séptico
Moldasse o que desejo em tom poético
No infecto delirar que assim se faz.
Marcos Loures
Daninhos
Daninhos
Minha alma em tantas farsas envolvida,
Jogada sobre as pedras deste cais,
E enquanto outro cenário; demonstrais,
Acaso se desdenha em vã saída,
Dilapidando a pobre e podre vida,
Ousando entre momentos que, venais,
Herméticos anseios do jamais,
Expõem a realidade desvalida,
E validando enganos do que há tanto
Vencera o disfarçar sem, entretanto,
Trazer em nova aragem tons pacíficos,
Os dias que tentara antes magníficos,
Agora sempre ditam descaminhos,
E os sonhos, quando existem, são daninhos...
Marcos Loures
Minha alma em tantas farsas envolvida,
Jogada sobre as pedras deste cais,
E enquanto outro cenário; demonstrais,
Acaso se desdenha em vã saída,
Dilapidando a pobre e podre vida,
Ousando entre momentos que, venais,
Herméticos anseios do jamais,
Expõem a realidade desvalida,
E validando enganos do que há tanto
Vencera o disfarçar sem, entretanto,
Trazer em nova aragem tons pacíficos,
Os dias que tentara antes magníficos,
Agora sempre ditam descaminhos,
E os sonhos, quando existem, são daninhos...
Marcos Loures
O Fim do jogo
O Fim do jogo
A vida quantas vezes vem e dribla,
Entranha por veredas que, temíveis,
Eclodem em diversos vagos níveis,
E nisto a cada vez desequilibra,
Desconcertando o quanto fora libra,
Mergulhos entre abismos tão terríveis,
Os sons de uma esperança ora inaudíveis
E o mundo noutro enredo não calibra,
Ecoam velhos motes mais patéticos
Os sonhos morrem toscos e apopléticos
Aonde se quisera apoteose,
Dilacerada face ora se expondo,
Fatídica ilusão já decompondo
Enquanto o fim do jogo se antegoze.
Marcos Loures
A vida quantas vezes vem e dribla,
Entranha por veredas que, temíveis,
Eclodem em diversos vagos níveis,
E nisto a cada vez desequilibra,
Desconcertando o quanto fora libra,
Mergulhos entre abismos tão terríveis,
Os sons de uma esperança ora inaudíveis
E o mundo noutro enredo não calibra,
Ecoam velhos motes mais patéticos
Os sonhos morrem toscos e apopléticos
Aonde se quisera apoteose,
Dilacerada face ora se expondo,
Fatídica ilusão já decompondo
Enquanto o fim do jogo se antegoze.
Marcos Loures
Sorte sublime?
Sorte sublime?
Na tenra e mais sublime sorte, outrora,
Enquanto imaginasse o quanto houvera
Da farsa que pensara mais sincera,
Apenas o vazio se demora,
Dementes desejares onde ancora
Desembainhando a força da quimera,
Bebendo a mais distante e louca espera,
Degenerando enquanto me devora,
No olhar mais desdenhoso desta súcia,
A mesma sensação da velha astúcia,
Resume o quanto em sumo eu fora gélido,
Embrenho meus anseios neste fétido
Terror enquanto a vida delicia
A morte sem escusas, vã. Sombria.
Marcos Loures
Na tenra e mais sublime sorte, outrora,
Enquanto imaginasse o quanto houvera
Da farsa que pensara mais sincera,
Apenas o vazio se demora,
Dementes desejares onde ancora
Desembainhando a força da quimera,
Bebendo a mais distante e louca espera,
Degenerando enquanto me devora,
No olhar mais desdenhoso desta súcia,
A mesma sensação da velha astúcia,
Resume o quanto em sumo eu fora gélido,
Embrenho meus anseios neste fétido
Terror enquanto a vida delicia
A morte sem escusas, vã. Sombria.
Marcos Loures
De outro engodo
De outro engodo
Do caos entremeado em lama e sonho,
O mundo de onde possa e assim procedo,
Seguindo sem sentido algum degredo,
Ousando noutro tom onde me ponho,
E desta forma em vão já decomponho
Deixando para trás qualquer segredo,
Ainda quando houvera dor e medo,
O mundo se tornara mais bisonho,
Eclodem entre toscas luzes, cúmulos,
Preparam na verdade tantos túmulos,
E dentre vários féretro, meu ninho,
Aonde se fizera uma esperança
A voz hoje cansada ao nada lança
Enquanto de outro engodo eu me avizinho.
Marcos Loures
Do caos entremeado em lama e sonho,
O mundo de onde possa e assim procedo,
Seguindo sem sentido algum degredo,
Ousando noutro tom onde me ponho,
E desta forma em vão já decomponho
Deixando para trás qualquer segredo,
Ainda quando houvera dor e medo,
O mundo se tornara mais bisonho,
Eclodem entre toscas luzes, cúmulos,
Preparam na verdade tantos túmulos,
E dentre vários féretro, meu ninho,
Aonde se fizera uma esperança
A voz hoje cansada ao nada lança
Enquanto de outro engodo eu me avizinho.
Marcos Loures
Agônico
Agônico
Larva entre larvas; sigo tão somente,
Enquanto se percebe o fim, no ocaso,
E tanto quanto possa mesmo atraso
Meu passo que se entorna inda que tente,
E o vasto desejar tolo e premente
Arranco de meu peito ao fim do prazo,
O preço sem sentido, e me defaso,
Vivendo o quanto houvera antigamente,
E fera que entre feras sobrevive,
O mundo desdenhoso traz o que tive,
Num ermo movediço e desarmônico,
Inócua sensação de ser feliz,
Enquanto o dia a dia já não diz
E o tempo dita o verso rude, agônico.
Marcos Loures
Larva entre larvas; sigo tão somente,
Enquanto se percebe o fim, no ocaso,
E tanto quanto possa mesmo atraso
Meu passo que se entorna inda que tente,
E o vasto desejar tolo e premente
Arranco de meu peito ao fim do prazo,
O preço sem sentido, e me defaso,
Vivendo o quanto houvera antigamente,
E fera que entre feras sobrevive,
O mundo desdenhoso traz o que tive,
Num ermo movediço e desarmônico,
Inócua sensação de ser feliz,
Enquanto o dia a dia já não diz
E o tempo dita o verso rude, agônico.
Marcos Loures
COSMOS DIVERSOS
COSMOS DIVERSOS
Cosmos diversos; sigo quando entranho
Os dias entre lúgubres momentos,
E vagam sem sentido os pensamentos,
E nada do que eu sinta traz um ganho,
Versando sobre a morte, um quase estranho,
Penumbra toma então meus sentimentos,
E bebo descaminhos e tormentos,
Na vida mais um corte, um novo lanho.
Erodida paisagem se vislumbra,
O mundo mergulhando na penumbra,
Abraço os quase mortos sonhos vãos,
E sinto no bafejo desta morte,
O quanto inda me reste e me suporte,
Tornando mais estéreis os meus chãos.
Marcos Loures
Cosmos diversos; sigo quando entranho
Os dias entre lúgubres momentos,
E vagam sem sentido os pensamentos,
E nada do que eu sinta traz um ganho,
Versando sobre a morte, um quase estranho,
Penumbra toma então meus sentimentos,
E bebo descaminhos e tormentos,
Na vida mais um corte, um novo lanho.
Erodida paisagem se vislumbra,
O mundo mergulhando na penumbra,
Abraço os quase mortos sonhos vãos,
E sinto no bafejo desta morte,
O quanto inda me reste e me suporte,
Tornando mais estéreis os meus chãos.
Marcos Loures
Outro cenário
Outro cenário
Adentro por momentos mais espúrios
Recônditos caminhos, labirintos,
Os sonhos noutro engodo estão extintos.
Dos dias mais felizes, nem murmúrios,
Perceba o quanto houvera e não fora
Sequer alguma sorte mais sublime,
Enquanto o dia a dia nos suprime
Exprime outra faceta, a tentadora.
Negar o quanto houvera e não viesse
O mundo se desnuda em novo engano
E quando a cada passo mais me dano,
Ausente dos meus dias u’a benesse.
Regesse cada verso, outro cenário,
Meu mundo não seria temerário.
Marcos Loures
Adentro por momentos mais espúrios
Recônditos caminhos, labirintos,
Os sonhos noutro engodo estão extintos.
Dos dias mais felizes, nem murmúrios,
Perceba o quanto houvera e não fora
Sequer alguma sorte mais sublime,
Enquanto o dia a dia nos suprime
Exprime outra faceta, a tentadora.
Negar o quanto houvera e não viesse
O mundo se desnuda em novo engano
E quando a cada passo mais me dano,
Ausente dos meus dias u’a benesse.
Regesse cada verso, outro cenário,
Meu mundo não seria temerário.
Marcos Loures
INÚTIL FARSA
INÚTIL FARSA
Cansaço desta luta inútil farsa
E; tantas vezes, pude desvendar
Ocasos de uma vida sem lugar
Nem mesmo o quanto além inda disfarça.
A sorte que devera nos esgarça
O mundo sem sentido a nos tocar,
Vestígios do que fomos, sem lugar,
Uma alegria; sinto ausente, esparsa...
Necessitasse ao menos um momento
Que possa traduzir o quanto tento
Infantilmente crer e nada havia,
Sequer o quanto deva nos trazer
Alguma luz em forma de prazer,
Deixando a vida amarga e mais sombria.
Marcos Loures
Cansaço desta luta inútil farsa
E; tantas vezes, pude desvendar
Ocasos de uma vida sem lugar
Nem mesmo o quanto além inda disfarça.
A sorte que devera nos esgarça
O mundo sem sentido a nos tocar,
Vestígios do que fomos, sem lugar,
Uma alegria; sinto ausente, esparsa...
Necessitasse ao menos um momento
Que possa traduzir o quanto tento
Infantilmente crer e nada havia,
Sequer o quanto deva nos trazer
Alguma luz em forma de prazer,
Deixando a vida amarga e mais sombria.
Marcos Loures
MINHAS NOITES
MINHAS NOITES
As minhas noites se passaram frias
Nas madrugadas: peito amargo e pranto.
As lágrimas escorrem, agonias...
Sem teu amor, morrendo em triste espanto.
Simples tristezas, álgicas orgias,
Distante vou ouvindo um belo canto
Em vozes mansas, cânticos, magias...
Refeito em esperança, novo encanto.
As mãos cansadas buscam por remédio;
Onde encontrar... Depressa; amor, eu chamo,
Será que a sorte mostra um doce assédio?
Será que, enfim, terei o meu descanso?
Quando ao te ver assim, amada exclamo
E enfim meu barco encontra um bom remanso...
MARCOS LOURES
As minhas noites se passaram frias
Nas madrugadas: peito amargo e pranto.
As lágrimas escorrem, agonias...
Sem teu amor, morrendo em triste espanto.
Simples tristezas, álgicas orgias,
Distante vou ouvindo um belo canto
Em vozes mansas, cânticos, magias...
Refeito em esperança, novo encanto.
As mãos cansadas buscam por remédio;
Onde encontrar... Depressa; amor, eu chamo,
Será que a sorte mostra um doce assédio?
Será que, enfim, terei o meu descanso?
Quando ao te ver assim, amada exclamo
E enfim meu barco encontra um bom remanso...
MARCOS LOURES
MUSAS SEQUIOSAS
MUSAS SEQUIOSAS
As musas sequiosas dos amores,
Procuram pelos faunos indecentes...
Nos lagos; desnudadas, belas flores,
As ninfas se entrelaçam bocas, dentes...
Penetram tantas línguas sem pudores,
Meus olhos delirantes pois descrentes,
Misturam alaridos, gozos, cores
Percebo meus desejos mais dementes...
Quem dera se eu pudesse, sagitário,
Em meio a tantas bocas, seios, sexos...
Feneço neste bosque lampadário,
Espreito tais bacantes, plena orgia...
No lago refletindo tais reflexos,
Especular imagem da alegria...
MARCOS LOURES
As musas sequiosas dos amores,
Procuram pelos faunos indecentes...
Nos lagos; desnudadas, belas flores,
As ninfas se entrelaçam bocas, dentes...
Penetram tantas línguas sem pudores,
Meus olhos delirantes pois descrentes,
Misturam alaridos, gozos, cores
Percebo meus desejos mais dementes...
Quem dera se eu pudesse, sagitário,
Em meio a tantas bocas, seios, sexos...
Feneço neste bosque lampadário,
Espreito tais bacantes, plena orgia...
No lago refletindo tais reflexos,
Especular imagem da alegria...
MARCOS LOURES
MEU LOUCO AMOR...
MEU LOUCO AMOR
Meu louco amor descansa nos meus braços,
Qual redentora glória em meu outono.
Encontro meu caminho em teus espaços,
Deixando mais distante um torpe sono.
Não quero descansar, atando os laços,
Unidos ao teu corpo, em abandono,
Meu pensamento voa nos teus passos,
Rainha juvenil em mago trono.
Invoco meus poemas, testemunhas,
Sem mais cantos perdidos, nem flagelo,
Arando nosso amor, vivo rastelo,
Separo ervas daninhas, rego a rosa,
As garras me tocando, tuas unhas,
Pantera em pleno ardor, silenciosa...
MARCOS LOURES
Meu louco amor descansa nos meus braços,
Qual redentora glória em meu outono.
Encontro meu caminho em teus espaços,
Deixando mais distante um torpe sono.
Não quero descansar, atando os laços,
Unidos ao teu corpo, em abandono,
Meu pensamento voa nos teus passos,
Rainha juvenil em mago trono.
Invoco meus poemas, testemunhas,
Sem mais cantos perdidos, nem flagelo,
Arando nosso amor, vivo rastelo,
Separo ervas daninhas, rego a rosa,
As garras me tocando, tuas unhas,
Pantera em pleno ardor, silenciosa...
MARCOS LOURES
BASTARDAS SENSAÇÕES
BASTARDAS SENSAÇÕES
Bastardas sensações de medos crus,
Ensimesmando sempre a mesma história
Voando sobre nós os urubus
Querendo o que sobrar da merencória
Fornalha em que vivemos quase nus,
Sem rumo e sem troféus sem ter vitória
Na mão do vencedor qualquer obus,
No corpo derrubado, riso e glória.
Eu bebo do teu sangue e te escarrando
Demonstro quanto amei cada mentira.
Depois de ter fugido não sei quando
A vida em precipício já se atira.
Sei lá se estou querendo ou vou te amando,
A mando do que fomos; nada gira...
MARCOS LOURES
Bastardas sensações de medos crus,
Ensimesmando sempre a mesma história
Voando sobre nós os urubus
Querendo o que sobrar da merencória
Fornalha em que vivemos quase nus,
Sem rumo e sem troféus sem ter vitória
Na mão do vencedor qualquer obus,
No corpo derrubado, riso e glória.
Eu bebo do teu sangue e te escarrando
Demonstro quanto amei cada mentira.
Depois de ter fugido não sei quando
A vida em precipício já se atira.
Sei lá se estou querendo ou vou te amando,
A mando do que fomos; nada gira...
MARCOS LOURES
BUSCANDO-TE
BUSCANDO-TE
Buscando-te em palavras, versos, sonhos,
Em símbolos distintos de esperança.
Vibrando nossos mundos tão risonhos
Na graça que demonstras, cada dança.
Em calmos mares gritas tempestades,
Enquanto meu caminho é manso e claro.
Escravo dos meus medos e vontades
Amor sem ter limites te declaro.
Mas ris desta proposta que te faço,
Omites as palavras que te digo.
Tomaste meu destino, rumo, espaço.
Abrigas nos sorrisos, tal perigo
Da solidão imensa que virá
Neste olhar tão distante em que nada há...
MARCOS LOURES
Buscando-te em palavras, versos, sonhos,
Em símbolos distintos de esperança.
Vibrando nossos mundos tão risonhos
Na graça que demonstras, cada dança.
Em calmos mares gritas tempestades,
Enquanto meu caminho é manso e claro.
Escravo dos meus medos e vontades
Amor sem ter limites te declaro.
Mas ris desta proposta que te faço,
Omites as palavras que te digo.
Tomaste meu destino, rumo, espaço.
Abrigas nos sorrisos, tal perigo
Da solidão imensa que virá
Neste olhar tão distante em que nada há...
MARCOS LOURES
AMOR IMPRECISO
AMOR IMPRECISO
Meu amor impreciso qual cometa
Remete na centelha de teus passos
A vida que se fez mais incompleta;
Ocupa sem querer os teus espaços.
Repete cada luta que repleta
A boca esfomeada tantos maços
Fumados. Emoção analfabeta
Não sabe nem percebe os mansos braços
Que envolvem calmamente meu pescoço;
Alegria fugaz voando breve
Restando uma incerteza em alvoroço
Escrita nestas páginas vazias.
Mas eu te peço, amor que assim me leve
De volta às velhas luzes, fantasias...
MARCOS LOURES
Meu amor impreciso qual cometa
Remete na centelha de teus passos
A vida que se fez mais incompleta;
Ocupa sem querer os teus espaços.
Repete cada luta que repleta
A boca esfomeada tantos maços
Fumados. Emoção analfabeta
Não sabe nem percebe os mansos braços
Que envolvem calmamente meu pescoço;
Alegria fugaz voando breve
Restando uma incerteza em alvoroço
Escrita nestas páginas vazias.
Mas eu te peço, amor que assim me leve
De volta às velhas luzes, fantasias...
MARCOS LOURES
TE ACOMPANHO
TE ACOMPANHO
Te acompanho; querida, pelas ruas,
Em todos os caminhos onde fores,
As minhas fantasias são as tuas
Meu céu sem teu amor, perdendo cores...
Nas brumas e nos mares, continuas
Em mágoas que passei por desamores,
Nos sonhos que sonhei; deusa, flutuas.
Teus olhos irradiam esplendores.
As noites se sucedem... Melodia
Envolvente, não deixe-me perder...
No brilho em que o cristal puro irradia,
Encontro o teu olhar, meu doce abrigo.
Envolto pelos braços do querer,
A vida inteira, amor, irei contigo...
MARCOS LOURES
Te acompanho; querida, pelas ruas,
Em todos os caminhos onde fores,
As minhas fantasias são as tuas
Meu céu sem teu amor, perdendo cores...
Nas brumas e nos mares, continuas
Em mágoas que passei por desamores,
Nos sonhos que sonhei; deusa, flutuas.
Teus olhos irradiam esplendores.
As noites se sucedem... Melodia
Envolvente, não deixe-me perder...
No brilho em que o cristal puro irradia,
Encontro o teu olhar, meu doce abrigo.
Envolto pelos braços do querer,
A vida inteira, amor, irei contigo...
MARCOS LOURES
NOS VERSOS QUE COMPUS
NOS VERSOS QUE COMPUS
Nos versos que compus para você,
Talvez eu disse mais do que queria,
Chegando novamente em outro dia,
Vivendo sem motivos, nem por que.
Remeto em cada frase uma alegria
Distante do que vejo e que se crê.
No corpo em que carinho sempre lê
As bocas decorando geografia.
Minha palavra tenta ser mais pura,
Porém tanto desejo me tortura,
Na pele vou buscando uma morada.
Cansado de querer e não ter nada,
A mão nas suas costas vai pousada
Numa aquarela um quadro, uma moldura...
MARCOS LOURES
Nos versos que compus para você,
Talvez eu disse mais do que queria,
Chegando novamente em outro dia,
Vivendo sem motivos, nem por que.
Remeto em cada frase uma alegria
Distante do que vejo e que se crê.
No corpo em que carinho sempre lê
As bocas decorando geografia.
Minha palavra tenta ser mais pura,
Porém tanto desejo me tortura,
Na pele vou buscando uma morada.
Cansado de querer e não ter nada,
A mão nas suas costas vai pousada
Numa aquarela um quadro, uma moldura...
MARCOS LOURES
EM TRANSPARÊNCIA
EM TRANSPARÊNCIA
Meu verso em transparência mais exata
Mostrando o quanto quero te encontrar.
Procuro por pegadas ao luar
Adentro noutras sendas; densa mata.
A solidão que tanto me maltrata
Percebe que perdido, a te buscar,
Talvez eu não consiga mais lutar
E vem bem mais voraz, e desacata.
Não sei por que tu foste noutro rumo,
Nem sei mais se consigo prosseguir.
O frio desta noite a me ferir,
Invade e me transtorna, sem aprumo
Não tenho mais vontade de viver,
A vida sem valia, sem prazer...
MARCOS LOURES
Meu verso em transparência mais exata
Mostrando o quanto quero te encontrar.
Procuro por pegadas ao luar
Adentro noutras sendas; densa mata.
A solidão que tanto me maltrata
Percebe que perdido, a te buscar,
Talvez eu não consiga mais lutar
E vem bem mais voraz, e desacata.
Não sei por que tu foste noutro rumo,
Nem sei mais se consigo prosseguir.
O frio desta noite a me ferir,
Invade e me transtorna, sem aprumo
Não tenho mais vontade de viver,
A vida sem valia, sem prazer...
MARCOS LOURES
SEM VALIA
SEM VALIA
A vida sem valia, sem prazer
Distante de quem quero para mim,
O mundo se perdendo sem ter fim,
Somente minha dor a florescer.
Cansado de lutar, sem perceber
A solução de tudo, sigo assim,
Sem cores e perfumes meu jardim,
Não tenho mais as ganas de saber
Aonde se escondeu estrela rara
Que trouxe para a vida, um claro brilho.
Estrelas reluzindo, uma tiara,
Os passos vãos, perdidos, sem destino,
Quem dera não tivesse este empecilho
Talvez não conhecesse desatino...
MARCOS LOURES
A vida sem valia, sem prazer
Distante de quem quero para mim,
O mundo se perdendo sem ter fim,
Somente minha dor a florescer.
Cansado de lutar, sem perceber
A solução de tudo, sigo assim,
Sem cores e perfumes meu jardim,
Não tenho mais as ganas de saber
Aonde se escondeu estrela rara
Que trouxe para a vida, um claro brilho.
Estrelas reluzindo, uma tiara,
Os passos vãos, perdidos, sem destino,
Quem dera não tivesse este empecilho
Talvez não conhecesse desatino...
MARCOS LOURES
DESATINO
DESATINO
Talvez não conhecesse desatino
Quem vive na procura de um amor,
Um sonho por demais encantador
Guardado desde os tempos de menino.
Um canto mais feliz onde alucino
Mostrando este caminho tentador.
Da sorte que me fez adorador
Um pássaro cantando um doce trino.
Vencendo meus temores de ser só,
Andando pelas sendas mais formosas,
Ouvindo bem distante um curió
Sonhando com o canto em liberdade,
Espalho nos teus passos, tantas rosas,
Tentando me olvidar de uma saudade...
MARCOS LOURES
Talvez não conhecesse desatino
Quem vive na procura de um amor,
Um sonho por demais encantador
Guardado desde os tempos de menino.
Um canto mais feliz onde alucino
Mostrando este caminho tentador.
Da sorte que me fez adorador
Um pássaro cantando um doce trino.
Vencendo meus temores de ser só,
Andando pelas sendas mais formosas,
Ouvindo bem distante um curió
Sonhando com o canto em liberdade,
Espalho nos teus passos, tantas rosas,
Tentando me olvidar de uma saudade...
MARCOS LOURES
OLVIDAR UMA SAUDADE
OLVIDAR UMA SAUDADE
Tentando me olvidar de uma saudade
Que foi durante tempos companheira,
Às vezes eu julgava derradeira
Porém em outros dias, na verdade
Eu tinha esta certeza que me invade
De ter uma esperança de quem queira
Compartilhar da glória verdadeira
De ter amor perfeito. Mas quem há de?
Um dia, caminhando em passos mansos,
Descendo este riacho tão profundo,
Eu mergulhei insano, num segundo,
Na busca por divinos, bons remansos.
Aí ao encontrar tua beleza
Renovei, minha amada, esta certeza...
MARCOS LOURES
Tentando me olvidar de uma saudade
Que foi durante tempos companheira,
Às vezes eu julgava derradeira
Porém em outros dias, na verdade
Eu tinha esta certeza que me invade
De ter uma esperança de quem queira
Compartilhar da glória verdadeira
De ter amor perfeito. Mas quem há de?
Um dia, caminhando em passos mansos,
Descendo este riacho tão profundo,
Eu mergulhei insano, num segundo,
Na busca por divinos, bons remansos.
Aí ao encontrar tua beleza
Renovei, minha amada, esta certeza...
MARCOS LOURES
ESSA CERTEZA
ESSA CERTEZA
Renovei, minha amada, esta certeza
De ser feliz um dia, estar contigo.
Depois de tanto tempo em que persigo,
Percebo que me farto nesta mesa.
Sentindo em teu carinho tal leveza
Acreditar, por vezes, não consigo.
O rastro que deixei, amargo, antigo,
Levou minha esperança em correnteza.
Mas sinto que raiou um novo tempo
Em dias mais felizes e risonhos,
Permito-me voar em belos sonhos,
Afasto do caminho, o contratempo,
E sigo tendo em ti, a redenção,
Amor vai dominando esta emoção...
MARCOS LOURES
Renovei, minha amada, esta certeza
De ser feliz um dia, estar contigo.
Depois de tanto tempo em que persigo,
Percebo que me farto nesta mesa.
Sentindo em teu carinho tal leveza
Acreditar, por vezes, não consigo.
O rastro que deixei, amargo, antigo,
Levou minha esperança em correnteza.
Mas sinto que raiou um novo tempo
Em dias mais felizes e risonhos,
Permito-me voar em belos sonhos,
Afasto do caminho, o contratempo,
E sigo tendo em ti, a redenção,
Amor vai dominando esta emoção...
MARCOS LOURES
DOMINANDO ESSA EMOÇÃO
DOMINANDO ESSA EMOÇÃO
Amor vai dominando esta emoção
Que aflora no meu peito e não tem hora,
Quem sabe ser feliz por certo adora
E vive plenamente uma paixão.
Batendo em descompasso o coração,
Que sabe quando a vida assim decora,
Quem vive mais sozinho, sempre implora
A mão de uma doçura em tentação.
Querendo receber o teu carinho,
Mergulho nos teus olhos, sinto o gozo,
Num beijo delicado e mais fogoso,
Acerto assim de vez, o meu caminho.
Menina; conseguiste me salvar
Mostrando um cais seguro onde aportar...
MARCOS LOURES
Amor vai dominando esta emoção
Que aflora no meu peito e não tem hora,
Quem sabe ser feliz por certo adora
E vive plenamente uma paixão.
Batendo em descompasso o coração,
Que sabe quando a vida assim decora,
Quem vive mais sozinho, sempre implora
A mão de uma doçura em tentação.
Querendo receber o teu carinho,
Mergulho nos teus olhos, sinto o gozo,
Num beijo delicado e mais fogoso,
Acerto assim de vez, o meu caminho.
Menina; conseguiste me salvar
Mostrando um cais seguro onde aportar...
MARCOS LOURES
CAIS SEGURO
CAIS SEGURO
Mostrando um cais seguro onde aportar
Depois de navegar sem segurança.
Agora quando encontro uma esperança
Estendo minhas mãos para o luar
E venho, mansamente dedicar
Um sonho mais gentil que já me alcança
Promessa de ser livre, em aliança
Com quem eu escolhi para adorar.
Castigos? Não mais temo, sem pecados,
Recebo de teus olhos os recados
E vejo: poderei seguir em paz.
Quem fora tão somente um sonho triste
Ao ver uma alegria não desiste,
Somente teu amor me satisfaz!
MARCOS LOURES
Mostrando um cais seguro onde aportar
Depois de navegar sem segurança.
Agora quando encontro uma esperança
Estendo minhas mãos para o luar
E venho, mansamente dedicar
Um sonho mais gentil que já me alcança
Promessa de ser livre, em aliança
Com quem eu escolhi para adorar.
Castigos? Não mais temo, sem pecados,
Recebo de teus olhos os recados
E vejo: poderei seguir em paz.
Quem fora tão somente um sonho triste
Ao ver uma alegria não desiste,
Somente teu amor me satisfaz!
MARCOS LOURES
SOMENTE TEU AMOR
SOMENTE TEU AMOR
Somente teu amor me satisfaz
Por isso é que não quero te perder,
Razão que eu encontrei para viver,
Certeza de passar a vida em paz.
Um vento mais suave a noite traz
Em flores meu jardim a se verter.
E passo, num instante a perceber
Que posso ser feliz, que sou capaz.
Tu mostras teus sorrisos redentores,
Tu falas, irradias, e me encantas.
As dores, solidão; por certo espantas
E fazes de meu dia, um raro sol,
Brilhando intensamente este arrebol
Trazendo para a vida, mil pendores...
MARCOS LOURES
Somente teu amor me satisfaz
Por isso é que não quero te perder,
Razão que eu encontrei para viver,
Certeza de passar a vida em paz.
Um vento mais suave a noite traz
Em flores meu jardim a se verter.
E passo, num instante a perceber
Que posso ser feliz, que sou capaz.
Tu mostras teus sorrisos redentores,
Tu falas, irradias, e me encantas.
As dores, solidão; por certo espantas
E fazes de meu dia, um raro sol,
Brilhando intensamente este arrebol
Trazendo para a vida, mil pendores...
MARCOS LOURES
MIL PENDORES
MIL PENDORES
Trazendo para a vida, mil pendores
Vieste mansamente, amada minha.
Tocando minha pele já se aninha
E mostra em mil sorrisos, os amores.
Jardim que se floriu em belas flores,
Parceira dos meus dias, avezinha
Que voa pros meus braços, bem mansinha;
Contigo irei pra sempre aonde fores.
Versos e palavras não traduzem
O quanto; nesse amor, já reproduzem
As alegrias todas que mereço.
Não sai do pensamento um só instante
Olhar angelical e deslumbrante
Daquela a quem amor eu ofereço...
MARCOS LOURES
Trazendo para a vida, mil pendores
Vieste mansamente, amada minha.
Tocando minha pele já se aninha
E mostra em mil sorrisos, os amores.
Jardim que se floriu em belas flores,
Parceira dos meus dias, avezinha
Que voa pros meus braços, bem mansinha;
Contigo irei pra sempre aonde fores.
Versos e palavras não traduzem
O quanto; nesse amor, já reproduzem
As alegrias todas que mereço.
Não sai do pensamento um só instante
Olhar angelical e deslumbrante
Daquela a quem amor eu ofereço...
MARCOS LOURES
EU OFEREÇO
EU OFEREÇO
Daquela a quem amor eu ofereço
Não quero nada mais do que seu beijo,
Envolto totalmente no desejo
Meu coração, feliz, eu obedeço.
Assim em cada novo dia eu teço
Mil versos com carinho e com traquejo.
Quem fora tão sozinho sente pejo
E a triste solidão, enfim, esqueço.
Não posso me calar, por isso eu grito
Soltando minha voz, estava escrito
Nos búzios, nas estrelas e nas cartas
Que um dia poderia te encontrar,
Agora que eu te tenho, tanto amar,
Eu peço, nunca mais de mim apartas...
MARCOS LOURES
Daquela a quem amor eu ofereço
Não quero nada mais do que seu beijo,
Envolto totalmente no desejo
Meu coração, feliz, eu obedeço.
Assim em cada novo dia eu teço
Mil versos com carinho e com traquejo.
Quem fora tão sozinho sente pejo
E a triste solidão, enfim, esqueço.
Não posso me calar, por isso eu grito
Soltando minha voz, estava escrito
Nos búzios, nas estrelas e nas cartas
Que um dia poderia te encontrar,
Agora que eu te tenho, tanto amar,
Eu peço, nunca mais de mim apartas...
MARCOS LOURES
EU PEÇO
EU PEÇO
Eu peço, nunca mais de mim apartas
O sonho mavioso em que vieste.
A sorte que em teus braços me reveste
Promete noites plenas, mesas fartas.
As dores tão terríveis que descartas
Na sorte delicada em que se veste
O mundo em alegria em que se ateste
Previsto há tanto tempo em outras cartas.
Marcando cada passo do caminho
Com flores, guloseimas e delícias.
Agora que não sigo mais sozinho,
Percebo que consigo ser feliz,
Decifro em tuas mãos tantas carícias
Contigo eu consegui tudo o que quis...
MARCOS LOURES
Eu peço, nunca mais de mim apartas
O sonho mavioso em que vieste.
A sorte que em teus braços me reveste
Promete noites plenas, mesas fartas.
As dores tão terríveis que descartas
Na sorte delicada em que se veste
O mundo em alegria em que se ateste
Previsto há tanto tempo em outras cartas.
Marcando cada passo do caminho
Com flores, guloseimas e delícias.
Agora que não sigo mais sozinho,
Percebo que consigo ser feliz,
Decifro em tuas mãos tantas carícias
Contigo eu consegui tudo o que quis...
MARCOS LOURES
CONTIGO
CONTIGO
Contigo eu consegui tudo o que quis
Um velho caminheiro, outrora triste,
O amor; agora sinto que persiste
Mudando um velho céu, novo matiz.
Quem sempre se julgara por um triz
Percebe que esperança inda resiste
No amor que eu encontrei e sei que existe
Em cada novo dia, peço bis.
Vestindo meu sorriso nos meus lábios,
Os sentimentos magos, doces, sábios,
Fagulham e latejam, coração.
Qual fora uma verdade que ocultasse
A vida não permite mais disfarce
Rondando toda noite, em sedução...
MARCOS LOURES
Contigo eu consegui tudo o que quis
Um velho caminheiro, outrora triste,
O amor; agora sinto que persiste
Mudando um velho céu, novo matiz.
Quem sempre se julgara por um triz
Percebe que esperança inda resiste
No amor que eu encontrei e sei que existe
Em cada novo dia, peço bis.
Vestindo meu sorriso nos meus lábios,
Os sentimentos magos, doces, sábios,
Fagulham e latejam, coração.
Qual fora uma verdade que ocultasse
A vida não permite mais disfarce
Rondando toda noite, em sedução...
MARCOS LOURES
EM SEDUÇÃO
EM SEDUÇÃO
Rondando toda noite, em sedução
Qual fora uma falena em forte lume,
Persigo tua pele, o teu perfume,
Em versos verdadeiros, emoção.
Fazendo desbravar cada rincão
Do peito em se sonha e se presume,
A sorte de viver em ti resume
Vibrando bem mais forte esta paixão.
Erguendo este troféu, amor intenso,
Escolho cada verso pra dizer
Do quanto borbulhando, vai meu ser
Nos olhos de quem amo, e sempre penso.
Sabendo que encontrei felicidade,
Navego neste mar, tranqüilidade...
MARCOS LOURES
Rondando toda noite, em sedução
Qual fora uma falena em forte lume,
Persigo tua pele, o teu perfume,
Em versos verdadeiros, emoção.
Fazendo desbravar cada rincão
Do peito em se sonha e se presume,
A sorte de viver em ti resume
Vibrando bem mais forte esta paixão.
Erguendo este troféu, amor intenso,
Escolho cada verso pra dizer
Do quanto borbulhando, vai meu ser
Nos olhos de quem amo, e sempre penso.
Sabendo que encontrei felicidade,
Navego neste mar, tranqüilidade...
MARCOS LOURES
TRANQUILIDADE
TRANQUILIDADE
Navego neste mar, tranquilidade;
As âncoras jogadas nos teus braços.
Depois de imaginar já ser bem tarde
Estreito fortemente nossos laços.
Eu sei quanto é preciso a liberdade
Mas nada me detém, nos teus abraços
Encontro no prazer diversidade
E assim já vão mais firmes os meus passos.
Num frágil sentimento que tomara
A vida de quem soube ser amara
A sorte destrutiva que maltrata.
Querida, eu te dedico este soneto,
Trazendo uma esperança, eu te prometo
Meu verso em transparência mais exata
MARCOS LOURES
Navego neste mar, tranquilidade;
As âncoras jogadas nos teus braços.
Depois de imaginar já ser bem tarde
Estreito fortemente nossos laços.
Eu sei quanto é preciso a liberdade
Mas nada me detém, nos teus abraços
Encontro no prazer diversidade
E assim já vão mais firmes os meus passos.
Num frágil sentimento que tomara
A vida de quem soube ser amara
A sorte destrutiva que maltrata.
Querida, eu te dedico este soneto,
Trazendo uma esperança, eu te prometo
Meu verso em transparência mais exata
MARCOS LOURES
COM O VENTO
COM O VENTO
Meu cavalo vai solto com o vento
Ultrapassando vales e montanhas,
Na liberdade plena, o pensamento
Vencendo nos caminhos, artimanhas.
Tu sabes quanto em mim, saudade arranhas,
E toca sem segredo, os sentimentos.
Os dias se arrastando morrem lentos,
Atrás de cada passo, tuas sanhas.
Deslizo pelos ares, meu corcel,
Em nuvens negras, tristes, desenganos,
Qual fossem os rebanhos lá do céu,
Invento mil desculpas, traço planos,
Amor fazendo o peito de quartel
Mitigando estes males desumanos...
MARCO LOURES
Meu cavalo vai solto com o vento
Ultrapassando vales e montanhas,
Na liberdade plena, o pensamento
Vencendo nos caminhos, artimanhas.
Tu sabes quanto em mim, saudade arranhas,
E toca sem segredo, os sentimentos.
Os dias se arrastando morrem lentos,
Atrás de cada passo, tuas sanhas.
Deslizo pelos ares, meu corcel,
Em nuvens negras, tristes, desenganos,
Qual fossem os rebanhos lá do céu,
Invento mil desculpas, traço planos,
Amor fazendo o peito de quartel
Mitigando estes males desumanos...
MARCO LOURES
SEM RESISTÊNCIA
SEM RESISTÊNCIA
Após um dia tenso de trabalho,
Cansado das diversas confusões,
Mostrando o coração quase em retalho,
Envolto em tantos erros e senões.
Na boca que ofereces, eu me espalho.
Sentindo o teu calor, as emoções
Que no princípio, errático, embaralho,
Num misto de diversas sensações...
Cansaço com desejo se misturam,
Em teus carinhos mato minhas iras.
Os corpos se tocando, se costuram
Forram-se nos calores de mil piras.
Depois do árduo trabalho, penitência,
Eu deixo-me entregar sem resistência...
MARCOS LOURES
Após um dia tenso de trabalho,
Cansado das diversas confusões,
Mostrando o coração quase em retalho,
Envolto em tantos erros e senões.
Na boca que ofereces, eu me espalho.
Sentindo o teu calor, as emoções
Que no princípio, errático, embaralho,
Num misto de diversas sensações...
Cansaço com desejo se misturam,
Em teus carinhos mato minhas iras.
Os corpos se tocando, se costuram
Forram-se nos calores de mil piras.
Depois do árduo trabalho, penitência,
Eu deixo-me entregar sem resistência...
MARCOS LOURES
TATUAGEM
TATUAGEM
Trago impressa, em minha alma, a tatuagem
Formada por amores impossíveis...
As tintas são por vezes invisíveis
Mas trazem os sinais da tua imagem.
Vivemos um amor de mansa aragem,
Em tempos que passamos mais incríveis.
Porém em nossas cruzes indizíveis,
As dores nunca foram qual miragem
A cicatriz que trago não se acanha.
A mão tão delicada já me arranha
O medo me transtorna totalmente.
Não deixo de sentir, por ti, desejo;
Embora em teu carinho, sem ter pejo,
As garras me feriram plenamente.
MARCOS LOURES
Trago impressa, em minha alma, a tatuagem
Formada por amores impossíveis...
As tintas são por vezes invisíveis
Mas trazem os sinais da tua imagem.
Vivemos um amor de mansa aragem,
Em tempos que passamos mais incríveis.
Porém em nossas cruzes indizíveis,
As dores nunca foram qual miragem
A cicatriz que trago não se acanha.
A mão tão delicada já me arranha
O medo me transtorna totalmente.
Não deixo de sentir, por ti, desejo;
Embora em teu carinho, sem ter pejo,
As garras me feriram plenamente.
MARCOS LOURES
TEMPESTADES
TEMPESTADES
As horas que se passam não se calam,
Espreitam tempestades, má resposta,
As mãos tão delicadas não embalam
Cortando minha carne talho e posta.
Os olhos que me miram sempre escalam
Mostrando na verdade, quem não gosta,
Verdade nos teus lábios vai exposta
No pobre que estes hálitos exalam.
Jogaste fora a sorte num momento,
O barco naufragaste, sem valia,
Da chama que acendeste, nada ardia,
Procuro te entender, mas não consigo,
Tomando em minha face o duro vento,
Distante de teus olhos, eu prossigo...
MARCOS LOURES
As horas que se passam não se calam,
Espreitam tempestades, má resposta,
As mãos tão delicadas não embalam
Cortando minha carne talho e posta.
Os olhos que me miram sempre escalam
Mostrando na verdade, quem não gosta,
Verdade nos teus lábios vai exposta
No pobre que estes hálitos exalam.
Jogaste fora a sorte num momento,
O barco naufragaste, sem valia,
Da chama que acendeste, nada ardia,
Procuro te entender, mas não consigo,
Tomando em minha face o duro vento,
Distante de teus olhos, eu prossigo...
MARCOS LOURES
LÁGRIMAS CRISTALINAS
LÁGRIMAS CRISTALINAS
As lágrimas refletem, cristalinas,
As dores que transitam pelo peito...
Tristezas, tantas vezes, descortinas;
Como é que posso estar mais satisfeito,
Se nas mágoas te perdes, alucinas...
Não esqueçamos nunca do direito
À tal felicidade. Nas esquinas,
Nas curvas do caminho, dá-se um jeito.
Mas não se perca amiga, a vida segue...
Os dias modificam com a brisa.
Não temas a dor, não mais a negue.
A morte não se apressa nem avisa.
A sorte é fugidia, então a pegue;
D’amores e saudades, se precisa...
MARCOS LOURES
As lágrimas refletem, cristalinas,
As dores que transitam pelo peito...
Tristezas, tantas vezes, descortinas;
Como é que posso estar mais satisfeito,
Se nas mágoas te perdes, alucinas...
Não esqueçamos nunca do direito
À tal felicidade. Nas esquinas,
Nas curvas do caminho, dá-se um jeito.
Mas não se perca amiga, a vida segue...
Os dias modificam com a brisa.
Não temas a dor, não mais a negue.
A morte não se apressa nem avisa.
A sorte é fugidia, então a pegue;
D’amores e saudades, se precisa...
MARCOS LOURES
PELA DOR ELEITA
PELA DOR ELEITA
Quem sabe pela dor, por certo, eleita,
A vida não prossegue em claridade.
Inspiração terrível, mas perfeita
Mostrando a face negra da verdade.
No leito; transtornada, ela se deita,
E mostra as garras frias da saudade.
Na pele em cada ruga, vai desfeita
A sorte que julgara imensidade...
Não vendo mais caminhos neste mundo,
Mergulha num segundo em mar profundo;
Ali percebe um riso mais jocoso.
Quem fora primavera já se vai,
Em cada nervo o rosto se contrai,
E paradoxalmente, vem o gozo...
MARCOS LOURES
Quem sabe pela dor, por certo, eleita,
A vida não prossegue em claridade.
Inspiração terrível, mas perfeita
Mostrando a face negra da verdade.
No leito; transtornada, ela se deita,
E mostra as garras frias da saudade.
Na pele em cada ruga, vai desfeita
A sorte que julgara imensidade...
Não vendo mais caminhos neste mundo,
Mergulha num segundo em mar profundo;
Ali percebe um riso mais jocoso.
Quem fora primavera já se vai,
Em cada nervo o rosto se contrai,
E paradoxalmente, vem o gozo...
MARCOS LOURES
CERTO TEMPO
CERTO TEMPO
Andara certo tempo, qual perdida,
Sem rumo, sem caminhos, sem seu norte.
Irmã dos sofrimentos, sem a sorte
De quem já procurou amor na vida.
Nas brumas de seus olhos, despedida,
Destino mais cruel, profundo corte.
Espera calmamente pela morte,
Uma alma já cansada, sem saída...
Porém um olho mágico se vê
Por trás da porta sempre mal fechada,
Permite-se, com isso, que se crê
No renascer da vida, iluminada,
E surpreendentemente uma emoção
Revela-se nos olhos da paixão...
MARCOS LOURES
Andara certo tempo, qual perdida,
Sem rumo, sem caminhos, sem seu norte.
Irmã dos sofrimentos, sem a sorte
De quem já procurou amor na vida.
Nas brumas de seus olhos, despedida,
Destino mais cruel, profundo corte.
Espera calmamente pela morte,
Uma alma já cansada, sem saída...
Porém um olho mágico se vê
Por trás da porta sempre mal fechada,
Permite-se, com isso, que se crê
No renascer da vida, iluminada,
E surpreendentemente uma emoção
Revela-se nos olhos da paixão...
MARCOS LOURES
CERTO TEMPO
CERTO TEMPO
Andara certo tempo, qual perdida,
Sem rumo, sem caminhos, sem seu norte.
Irmã dos sofrimentos, sem a sorte
De quem já procurou amor na vida.
Nas brumas de seus olhos, despedida,
Destino mais cruel, profundo corte.
Espera calmamente pela morte,
Uma alma já cansada, sem saída...
Porém um olho mágico se vê
Por trás da porta sempre mal fechada,
Permite-se, com isso, que se crê
No renascer da vida, iluminada,
E surpreendentemente uma emoção
Revela-se nos olhos da paixão...
MARCOS LOURES
Andara certo tempo, qual perdida,
Sem rumo, sem caminhos, sem seu norte.
Irmã dos sofrimentos, sem a sorte
De quem já procurou amor na vida.
Nas brumas de seus olhos, despedida,
Destino mais cruel, profundo corte.
Espera calmamente pela morte,
Uma alma já cansada, sem saída...
Porém um olho mágico se vê
Por trás da porta sempre mal fechada,
Permite-se, com isso, que se crê
No renascer da vida, iluminada,
E surpreendentemente uma emoção
Revela-se nos olhos da paixão...
MARCOS LOURES
BRINCANDO COM DESTINO
BRINCANDO COM DESTINO
Brincando com destino, num desdém,
Sozinho não vacilo um só segundo.
Bem sei que na verdade sem ninguém,
Meu peito se tornou um mar sem fundo.
Distante da esperança, vou aquém
Daquilo em que não sonho nem me inundo,
Quem dera se pudesse ter o mundo,
Mas sei que depois disso, nada vem.
Porém no decorrer de tantas horas,
Debruço o coração nestas ameias.
Sem nada o que sonhar como incendeias
Um semimorto velho em que te ancoras.
Às vezes me pergunto, isso é demais,
Se são somente sonhos ou reais?
MARCOS LOURES
Brincando com destino, num desdém,
Sozinho não vacilo um só segundo.
Bem sei que na verdade sem ninguém,
Meu peito se tornou um mar sem fundo.
Distante da esperança, vou aquém
Daquilo em que não sonho nem me inundo,
Quem dera se pudesse ter o mundo,
Mas sei que depois disso, nada vem.
Porém no decorrer de tantas horas,
Debruço o coração nestas ameias.
Sem nada o que sonhar como incendeias
Um semimorto velho em que te ancoras.
Às vezes me pergunto, isso é demais,
Se são somente sonhos ou reais?
MARCOS LOURES
CERCEAR UMA EMOÇÃO
CERCEAR UMA EMOÇÃO
Não posso cercear uma emoção
Tampouco desprezar um sentimento.
Meu sonho que se foi, num brusco vento,
Deixando aqui sozinho, o coração.
Às vezes esquecendo o pensamento,
Mergulho num resquício de ilusão.
Ouvindo novamente o mesmo não,
Percebo que não resta um só momento.
Palavras bem mais rudes que disseste
Talvez fossem mentiras, ou defesas.
Não cabe mais um sonho que reveste
Meus olhos em teares, fossas, mesas.
Porém quando insensato não depuro,
De teu amor, insano, eu mesmo juro...
MARCOS LOURES
Não posso cercear uma emoção
Tampouco desprezar um sentimento.
Meu sonho que se foi, num brusco vento,
Deixando aqui sozinho, o coração.
Às vezes esquecendo o pensamento,
Mergulho num resquício de ilusão.
Ouvindo novamente o mesmo não,
Percebo que não resta um só momento.
Palavras bem mais rudes que disseste
Talvez fossem mentiras, ou defesas.
Não cabe mais um sonho que reveste
Meus olhos em teares, fossas, mesas.
Porém quando insensato não depuro,
De teu amor, insano, eu mesmo juro...
MARCOS LOURES
CISMANDO SEM JUÍZO
CISMANDO SEM JUÍZO
Cismando sem juízo, velhas sendas,
Estradas que passei em outras eras,
Permitem que iludido, creio, acendas,
De novo num fulgor, as primaveras.
Tampando cegos olhos, outras vendas,
Impedem-me de ver rotas severas.
Abrindo bem profundas, grandes fendas,
Expondo de tocaia, garras, feras...
Olhando para o longe, enfim divago,
E penso que inda tenho algum afago.
Depois, desiludido, volto a mim
E risco mais um nome desta agenda
Porém, qual imbecil, retorno enfim,
E volto a percorrer a mesma senda...
MARCOS LOURES
Cismando sem juízo, velhas sendas,
Estradas que passei em outras eras,
Permitem que iludido, creio, acendas,
De novo num fulgor, as primaveras.
Tampando cegos olhos, outras vendas,
Impedem-me de ver rotas severas.
Abrindo bem profundas, grandes fendas,
Expondo de tocaia, garras, feras...
Olhando para o longe, enfim divago,
E penso que inda tenho algum afago.
Depois, desiludido, volto a mim
E risco mais um nome desta agenda
Porém, qual imbecil, retorno enfim,
E volto a percorrer a mesma senda...
MARCOS LOURES
DESEJOS EM LASCÍVIA
DESEJOS EM LASCÍVIA
Vestido de desejos em lascívia
O quanto procurei e não vieste
O sonho que pudera ser celeste
Deixando a minha face agora nívea
Procuro qualquer tom que me assegure
E sei do muito pouco quando vejo
O tempo noutro instante e num desejo
Não possa traduzir o quanto dure
O verso sem sentido e sem proveito
A luta embaraçosa e mais audaz
O vento quando tanto satisfaz
Presume o que pudera e não aceito,
Esbarro nos enganos mais cruéis
E vago entre diversos carrosséis.
MARCOS LOURES
Vestido de desejos em lascívia
O quanto procurei e não vieste
O sonho que pudera ser celeste
Deixando a minha face agora nívea
Procuro qualquer tom que me assegure
E sei do muito pouco quando vejo
O tempo noutro instante e num desejo
Não possa traduzir o quanto dure
O verso sem sentido e sem proveito
A luta embaraçosa e mais audaz
O vento quando tanto satisfaz
Presume o que pudera e não aceito,
Esbarro nos enganos mais cruéis
E vago entre diversos carrosséis.
MARCOS LOURES
CADA VOO
CADA VOO
As minhas asas pedem novo voo
Depois de tanto tempo em desamparo
Não posso te dizer se não perdoo
Nem mesmo se restou amor tão caro
O resto dos escombros denuncia
A morte feita em vida não protege
Nas horas que vivia apodrecia
No fundo não passava dum herege...
Talvez a podridão seja desculpa
De quem, em vida, nunca teve alento.
O medo de sonhar foi minha culpa
Vagando em cada esgoto, assim divago,
De tudo que vivi, só sofrimento.
A morte então seria o meu afago...
MARCOS LOURES
As minhas asas pedem novo voo
Depois de tanto tempo em desamparo
Não posso te dizer se não perdoo
Nem mesmo se restou amor tão caro
O resto dos escombros denuncia
A morte feita em vida não protege
Nas horas que vivia apodrecia
No fundo não passava dum herege...
Talvez a podridão seja desculpa
De quem, em vida, nunca teve alento.
O medo de sonhar foi minha culpa
Vagando em cada esgoto, assim divago,
De tudo que vivi, só sofrimento.
A morte então seria o meu afago...
MARCOS LOURES
BEBENDO TEU SUOR
BEBENDO TEU SUOR
Desnudo tua pele com meu beijo,
Bebendo teu suor num mar de amor.
A cada vez que lembro te desejo
Saudades do teu toque sedutor...
Olhando para a praia sempre vejo
Teu corpo tão sublime e tentador,
Teus olhos me queimando num lampejo
O gosto da paixão, revelador...
Afago tuas costas, desço as mãos..
E sinto o arrepio percorrendo
Procuro te encontrar descubro os vãos
E bebo no teu beijo esta doçura...
A lua com seus braços envolvendo;
Na sensação divina... da ternura...
MARCOS LOURES
Desnudo tua pele com meu beijo,
Bebendo teu suor num mar de amor.
A cada vez que lembro te desejo
Saudades do teu toque sedutor...
Olhando para a praia sempre vejo
Teu corpo tão sublime e tentador,
Teus olhos me queimando num lampejo
O gosto da paixão, revelador...
Afago tuas costas, desço as mãos..
E sinto o arrepio percorrendo
Procuro te encontrar descubro os vãos
E bebo no teu beijo esta doçura...
A lua com seus braços envolvendo;
Na sensação divina... da ternura...
MARCOS LOURES
BEBENDO DO VENENO
BEBENDO DO VENENO
Quem dera se bebendo do veneno
Que a própria cascavel inda produz
Morresse da picada, em ódio pleno,
Serpente que rasteja e que conduz
Por sobre a terra fria, a jararaca
Lambendo cada rastro, traz no bote,
O cheiro mais impuro da cloaca
Enchendo a paciência, quebra o pote.
Mas sangue desta cobra em alergia,
Causando-me terrível urticária,
Um dia, se mostrando com magia,
Já teve sedução, bem temporária.
Agora balanço o seu chocalho,
Não resiste sequer aos dentes d’alho...
MARCOS LOURES
Quem dera se bebendo do veneno
Que a própria cascavel inda produz
Morresse da picada, em ódio pleno,
Serpente que rasteja e que conduz
Por sobre a terra fria, a jararaca
Lambendo cada rastro, traz no bote,
O cheiro mais impuro da cloaca
Enchendo a paciência, quebra o pote.
Mas sangue desta cobra em alergia,
Causando-me terrível urticária,
Um dia, se mostrando com magia,
Já teve sedução, bem temporária.
Agora balanço o seu chocalho,
Não resiste sequer aos dentes d’alho...
MARCOS LOURES
sexta-feira, 20 de julho de 2012
PRINCESA...
PRINCESA...
A moça que vivia amargurada
Olhando da janela de seu quarto,
Não via que esta noite enluarada
Trazia um principesco nu e farto.
O pobre descansando na calçada,
Refletia na poça o seu retrato,
A moça sonhadora, enamorada,
Guardava para si o seu recato.
Porém, não vendo o príncipe pensava
Que amor que um dia teve não voltava.
Vendo na poça d’água reles trapo
Gritou e se assustou com o que viu.
E fechando a janela despediu,
Xingando aquele horrendo e pobre sapo.
MARCOS LOURES
A moça que vivia amargurada
Olhando da janela de seu quarto,
Não via que esta noite enluarada
Trazia um principesco nu e farto.
O pobre descansando na calçada,
Refletia na poça o seu retrato,
A moça sonhadora, enamorada,
Guardava para si o seu recato.
Porém, não vendo o príncipe pensava
Que amor que um dia teve não voltava.
Vendo na poça d’água reles trapo
Gritou e se assustou com o que viu.
E fechando a janela despediu,
Xingando aquele horrendo e pobre sapo.
MARCOS LOURES
NOITES PROVOCANTES
NOITES PROVOCANTES
Em noites provocantes, vaporosas,
Na pele nívea forma delicada.
Olores penetrantes, flóreas rosas,
Moldando uma beleza imaginada.
As mãos que se procuram, mais fogosas,
Encontram fonte rara disfarçada
Debaixo dos espinhos nas formosas
Flores, já despidas e sem nada.
Pairando pelo quarto, bruxuleia
A luz que em transparências traz o dom
De dar um sedutor tom sobre tom
Na perla que se mostra e que incendeia
Aberta a camisola, sem receios,
Explodem pequeninos, duros seios...
MARCOS LOURES
Em noites provocantes, vaporosas,
Na pele nívea forma delicada.
Olores penetrantes, flóreas rosas,
Moldando uma beleza imaginada.
As mãos que se procuram, mais fogosas,
Encontram fonte rara disfarçada
Debaixo dos espinhos nas formosas
Flores, já despidas e sem nada.
Pairando pelo quarto, bruxuleia
A luz que em transparências traz o dom
De dar um sedutor tom sobre tom
Na perla que se mostra e que incendeia
Aberta a camisola, sem receios,
Explodem pequeninos, duros seios...
MARCOS LOURES
SUJA TEZ
SUJA TEZ
Roubando desta lua cor de prata
Os brilhos em mil raios luminosos,
Depois de certos dias dolorosos,
A sorte novamente me arrebata.
Apenas neste amor, sorvendo a nata,
Esqueço de teus lábios venenosos.
Percebo em trocadilhos mais jocosos,
Que quem eu desejei agora, mata.
Jogada nos currais, em lama e barro,
Passeia o seu sorriso mais bizarro,
Vestida da mortalha em que se fez,
Luxúrias e vergonhas, desprezada,
A forma desdenhosa e profanada
Mostrando a podridão em suja tez.
MARCOS LOURES
Roubando desta lua cor de prata
Os brilhos em mil raios luminosos,
Depois de certos dias dolorosos,
A sorte novamente me arrebata.
Apenas neste amor, sorvendo a nata,
Esqueço de teus lábios venenosos.
Percebo em trocadilhos mais jocosos,
Que quem eu desejei agora, mata.
Jogada nos currais, em lama e barro,
Passeia o seu sorriso mais bizarro,
Vestida da mortalha em que se fez,
Luxúrias e vergonhas, desprezada,
A forma desdenhosa e profanada
Mostrando a podridão em suja tez.
MARCOS LOURES
SEMPRE É BOM TER ALGUÉM
SEMPRE É BOM TER ALGUÉM
Bem sei do sofrimento que te toma,
Amiga sempre é bom ter um alguém
Que junto com a gente sempre soma
E ajuda a superar quando a dor vem.
Às vezes nos achamos em redoma,
Sozinhos neste mundo sem ninguém...
Mas a presença forte da amizade
Nos traz uma esperança mais feliz.
Permite que se veja a claridade,
E o mundo que sonhamos, que se quis.
Não sofras estarei em realidade
Contigo pra sanar a cicatriz
Da dor que te devora sem dar tréguas,
Mesmo que esteja agora a tantas léguas...
MARCOS LOURES
Bem sei do sofrimento que te toma,
Amiga sempre é bom ter um alguém
Que junto com a gente sempre soma
E ajuda a superar quando a dor vem.
Às vezes nos achamos em redoma,
Sozinhos neste mundo sem ninguém...
Mas a presença forte da amizade
Nos traz uma esperança mais feliz.
Permite que se veja a claridade,
E o mundo que sonhamos, que se quis.
Não sofras estarei em realidade
Contigo pra sanar a cicatriz
Da dor que te devora sem dar tréguas,
Mesmo que esteja agora a tantas léguas...
MARCOS LOURES
MEU SONHO
MEU SONHO
Meu sonho vai vestido em linho branco
Atravessando as noites nada alcança.
Apenas um sorriso de criança
Restando do que fora um moço franco.
No dia que percebo e que alavanco
O que sobrou de tudo, uma esperança,
O medo de viver já não me cansa,
E perto de teus olhos, eu me estanco.
Avanço, vou incólume, o caminho,
Embora em passos trôpegos, persisto.
Quem sabe inda serei por ti benquisto
Quem sabe beijarás a minha boca.
Meu sonho vai teimoso em branco linho,
Mesmo que esta esperança seja pouca...
MARCOS LOURES
Meu sonho vai vestido em linho branco
Atravessando as noites nada alcança.
Apenas um sorriso de criança
Restando do que fora um moço franco.
No dia que percebo e que alavanco
O que sobrou de tudo, uma esperança,
O medo de viver já não me cansa,
E perto de teus olhos, eu me estanco.
Avanço, vou incólume, o caminho,
Embora em passos trôpegos, persisto.
Quem sabe inda serei por ti benquisto
Quem sabe beijarás a minha boca.
Meu sonho vai teimoso em branco linho,
Mesmo que esta esperança seja pouca...
MARCOS LOURES
quinta-feira, 19 de julho de 2012
AMOR QUANDO DEMAIS
AMOR QUANDO DEMAIS
Seu moço vou falar desta barganha
Que um dia resolvi fazer contigo.
Amor quando demais, um cabra assanha
Não vê depois da curva, esse perigo
A moça que pensei estava ganha,
Pra ti já quer voltar, e eu não consigo
Conter uma sangria assim tamanha,
Embora bem no fundo, eu não mais ligo.
A mula que levaste é de primeira,
Em troca da mulher tão melindrosa.
Eu falo que esta mula é bem cheirosa,
E se mostra fiel e companheira.
Devolvo essa mulher, mas quero a mula,
Mais mansa, carinhosa, ela me adula...
MARCOS LOURES
Seu moço vou falar desta barganha
Que um dia resolvi fazer contigo.
Amor quando demais, um cabra assanha
Não vê depois da curva, esse perigo
A moça que pensei estava ganha,
Pra ti já quer voltar, e eu não consigo
Conter uma sangria assim tamanha,
Embora bem no fundo, eu não mais ligo.
A mula que levaste é de primeira,
Em troca da mulher tão melindrosa.
Eu falo que esta mula é bem cheirosa,
E se mostra fiel e companheira.
Devolvo essa mulher, mas quero a mula,
Mais mansa, carinhosa, ela me adula...
MARCOS LOURES
SOU COMO UM BICHO
SOU COMO UM BICHO
No mato me criei, sou como um bicho,
Escondo meu olhar, olho pra baixo,
Pescando lambari neste riacho,
A perna se cobriu de carrapicho.
Não posso te dizer que amor é lixo,
Nem mesmo bananeira que deu cacho,
De amor, falando sério, eu não me empacho
Nem quero discutir qualquer capricho.
Apenas vou vazar na braquiária,
Deixar de ter segredos, ser mais ágil.
Quem pensa que mulher é um ser frágil,
Não sabe desta vida quase nada.
Quem acha que já viu alguma otária
Sua alma com certeza anda penada...
MARCOS LOURES
No mato me criei, sou como um bicho,
Escondo meu olhar, olho pra baixo,
Pescando lambari neste riacho,
A perna se cobriu de carrapicho.
Não posso te dizer que amor é lixo,
Nem mesmo bananeira que deu cacho,
De amor, falando sério, eu não me empacho
Nem quero discutir qualquer capricho.
Apenas vou vazar na braquiária,
Deixar de ter segredos, ser mais ágil.
Quem pensa que mulher é um ser frágil,
Não sabe desta vida quase nada.
Quem acha que já viu alguma otária
Sua alma com certeza anda penada...
MARCOS LOURES
SOZINHO NO QUARTO
SOZINHO NO QUARTO
Acendo um cigarro,
Sozinho no quarto,
A vida faz sarro,
De amor ando farto,
Eu ligo meu carro,
De noite, e já parto,
Na lama, no barro,
A sorte, eu descarto.
Porém resta o brilho
De ser teu amigo,
Num velho estribilho
Um sonho prossigo,
Seguindo o teu trilho,
Encontro um abrigo...
MARCOS LOURES
Acendo um cigarro,
Sozinho no quarto,
A vida faz sarro,
De amor ando farto,
Eu ligo meu carro,
De noite, e já parto,
Na lama, no barro,
A sorte, eu descarto.
Porém resta o brilho
De ser teu amigo,
Num velho estribilho
Um sonho prossigo,
Seguindo o teu trilho,
Encontro um abrigo...
MARCOS LOURES
OLHOS ARISCOS
OLHOS ARISCOS
Os olhos ariscos
Arranhando o céu,
Fugindo dos riscos
Lambuzo de mel
Os doces petiscos,
Distante e cruel,
Quebrando meus discos.
Rasgando este véu.
Sozinho não canto,
Nem sou mais ninguém,
Perdendo esse encanto,
Vivendo sem bem,
Secando o meu pranto,
Amiga já vem...
MARCOS LOURES
Os olhos ariscos
Arranhando o céu,
Fugindo dos riscos
Lambuzo de mel
Os doces petiscos,
Distante e cruel,
Quebrando meus discos.
Rasgando este véu.
Sozinho não canto,
Nem sou mais ninguém,
Perdendo esse encanto,
Vivendo sem bem,
Secando o meu pranto,
Amiga já vem...
MARCOS LOURES
BENDIGO
BENDIGO
Bendigo este prazer que não negaste,
Em trâmites deveras formidáveis.
Na noite que profanas ,tal engaste
Mostrado em teus carinhos, mais amáveis.
Meu coração, querida, mal locaste,
Vieste com teus atos intratáveis.
Depois o tempo passa e tudo esgarça
Arrebentando a corda do querer.
Não falo deste caso como farsa,
Apenas vou querer sobreviver.
A sorte se perdeu por ser escassa,
Sobrando assim, quem sabe, meu prazer.
Mas guardo, mesmo amargo e bem antigo,
O gosto do teu beijo, que bendigo!
MARCOS LOURES
Bendigo este prazer que não negaste,
Em trâmites deveras formidáveis.
Na noite que profanas ,tal engaste
Mostrado em teus carinhos, mais amáveis.
Meu coração, querida, mal locaste,
Vieste com teus atos intratáveis.
Depois o tempo passa e tudo esgarça
Arrebentando a corda do querer.
Não falo deste caso como farsa,
Apenas vou querer sobreviver.
A sorte se perdeu por ser escassa,
Sobrando assim, quem sabe, meu prazer.
Mas guardo, mesmo amargo e bem antigo,
O gosto do teu beijo, que bendigo!
MARCOS LOURES
A SOLIDÃO TERRÍVEL
A SOLIDÃO TERRÍVEL
A solidão terrível, muito amarga
Qual fora um oceano tão sombrio.
Pesando em nosso peito, dura carga
Tomando um coração em vento frio,
Apenas na amizade já se alarga
Caminho que julgávamos vazio...
Procura-se um amigo com lanterna
Na noite escura e negra da amargura.
A mão que nos envolve, mansa e terna,
Transborda em tais carinhos, com ternura.
Quem sabe sendo assim, a vida eterna
Não seja uma utopia e sim a cura.
Um ramo de oliveira, a pomba traz,
Numa esperança clara, toda a paz...
MARCOS LOURES
A solidão terrível, muito amarga
Qual fora um oceano tão sombrio.
Pesando em nosso peito, dura carga
Tomando um coração em vento frio,
Apenas na amizade já se alarga
Caminho que julgávamos vazio...
Procura-se um amigo com lanterna
Na noite escura e negra da amargura.
A mão que nos envolve, mansa e terna,
Transborda em tais carinhos, com ternura.
Quem sabe sendo assim, a vida eterna
Não seja uma utopia e sim a cura.
Um ramo de oliveira, a pomba traz,
Numa esperança clara, toda a paz...
MARCOS LOURES
Sombria
Sombria
Amenizando a queda após o fato
Enquanto a vida enreda noutro rumo,
Embora na verdade não me aprumo,
Espero o quanto venha e mal constato,
Negasse a solução onde resgato
Deixando da esperança aquém do sumo,
O medo se fazendo e me acostumo
Deixando no passado o teu retrato,
Argumentos diversos, luz e sonho,
Aonde se pensara o vão, componho
Somente a falsa luz que não teria,
E noutro desenho apenas mera luz
Que enquanto no jamais se reproduz,
Deixara a vida sem sentido e mais sombria.
Marcos Loures
Amenizando a queda após o fato
Enquanto a vida enreda noutro rumo,
Embora na verdade não me aprumo,
Espero o quanto venha e mal constato,
Negasse a solução onde resgato
Deixando da esperança aquém do sumo,
O medo se fazendo e me acostumo
Deixando no passado o teu retrato,
Argumentos diversos, luz e sonho,
Aonde se pensara o vão, componho
Somente a falsa luz que não teria,
E noutro desenho apenas mera luz
Que enquanto no jamais se reproduz,
Deixara a vida sem sentido e mais sombria.
Marcos Loures
NAS ASAS DAS FALENAS DELICADAS
NAS ASAS DAS FALENAS DELICADAS
As águias dos amores desfalecem,
Nas asas das falenas delicadas.
Os olhos dos meus sonhos já padecem
De amaurose cruel. As tolas fadas
Esquecidas num canto nada tecem,
Persistindo desejam ser amadas,
Mas as noites vazias escurecem
Não lhes restam sequer as madrugadas...
Nostalgias e cantos . Quem em dera!
A verdade entorpece quem amou.
Este inverno impedindo a primavera,
Mansa aurora essa vida me negou.
No meu peito mordisca dura fera
Apenas amizade o que restou...
MARCOS LOURES
As águias dos amores desfalecem,
Nas asas das falenas delicadas.
Os olhos dos meus sonhos já padecem
De amaurose cruel. As tolas fadas
Esquecidas num canto nada tecem,
Persistindo desejam ser amadas,
Mas as noites vazias escurecem
Não lhes restam sequer as madrugadas...
Nostalgias e cantos . Quem em dera!
A verdade entorpece quem amou.
Este inverno impedindo a primavera,
Mansa aurora essa vida me negou.
No meu peito mordisca dura fera
Apenas amizade o que restou...
MARCOS LOURES
DIAS FEITOS DE ABANDONO
DIAS FEITOS DE ABANDONO
Nos tantos dias feitos no abandono
Enquanto o que jamais se imaginasse
Trouxesse em mais temível desenlace
O nada quando enfim do vão me adono,
Restauro com terror e sem abono
A vida que jamais se desenhasse
Na farsa que tampouco nos mostrasse
Vestígios de um não ser que agora eu clono.
Mesquinharias ditam o futuro
E quantas vezes tolo eu te procuro,
Nas fases de uma lua ora nublada,
A vida sem temor e sem proveito
Somente este jamais que agora aceito
Entoa o que virá noutra alvorada
Marcos Loures
Nos tantos dias feitos no abandono
Enquanto o que jamais se imaginasse
Trouxesse em mais temível desenlace
O nada quando enfim do vão me adono,
Restauro com terror e sem abono
A vida que jamais se desenhasse
Na farsa que tampouco nos mostrasse
Vestígios de um não ser que agora eu clono.
Mesquinharias ditam o futuro
E quantas vezes tolo eu te procuro,
Nas fases de uma lua ora nublada,
A vida sem temor e sem proveito
Somente este jamais que agora aceito
Entoa o que virá noutra alvorada
Marcos Loures
AS BOCAS QUE NÃO BEIJO
AS BOCAS QUE NÃO BEIJO
As bocas que não beijo, eu beijarei.
Promessas aquecidas pelo vinho...
Não quero nem permito triste lei,
Amar jamais será viver sozinho...
Amarras esquecidas, te encontrei,
No peito de quem ama, já me aninho.
Não minto nem omito o que não sei,
Canto qual solitário passarinho.
O tempo que perdi, jamais retorna.
O vinho que bebi, o copo entorna.
As bocas que beijei podres delícias,
Nas noites encontrei tuas carícias.
Não me negaste nada, mas se cala,
A boca que hoje beijo, nada fala...
MARCOS LOURES
As bocas que não beijo, eu beijarei.
Promessas aquecidas pelo vinho...
Não quero nem permito triste lei,
Amar jamais será viver sozinho...
Amarras esquecidas, te encontrei,
No peito de quem ama, já me aninho.
Não minto nem omito o que não sei,
Canto qual solitário passarinho.
O tempo que perdi, jamais retorna.
O vinho que bebi, o copo entorna.
As bocas que beijei podres delícias,
Nas noites encontrei tuas carícias.
Não me negaste nada, mas se cala,
A boca que hoje beijo, nada fala...
MARCOS LOURES
TUA DEDICAÇÃO
TUA DEDICAÇÃO
Tua dedicação, qual enfermeira
Que cuida com enlevo e tanto amor,
Trazendo no sorriso sedutor,
A mágica sensível, feiticeira;
Amiga, poder ser a vida inteira
Assim, tão dedicada e com fervor,
Ajuda a quem precisa, cura a dor,
E mostra uma alegria derradeira.
A quem já sofreu tanto desamor
Mostrando em alegria, esta bandeira
Que é plena de carinho, encanto, ardor.
A mão tão delicada e costumeira
Fazendo-se mais forte e com penhor,
O brilho da amizade verdadeira...
MARCOS LOURES
Tua dedicação, qual enfermeira
Que cuida com enlevo e tanto amor,
Trazendo no sorriso sedutor,
A mágica sensível, feiticeira;
Amiga, poder ser a vida inteira
Assim, tão dedicada e com fervor,
Ajuda a quem precisa, cura a dor,
E mostra uma alegria derradeira.
A quem já sofreu tanto desamor
Mostrando em alegria, esta bandeira
Que é plena de carinho, encanto, ardor.
A mão tão delicada e costumeira
Fazendo-se mais forte e com penhor,
O brilho da amizade verdadeira...
MARCOS LOURES
MISTÉRIOS
MISTÉRIOS
Mistérios que tu guardas escondidos,
Debaixo destas saias, tanto encanto.
O vento que balança os teus vestidos
Levanta meus desejos, entretanto.
Sacio estas vontades, me agiganto,
Meus dedos te tocando, decididos,
Retiro de teu corpo todo o manto,
Meus lábios te percorrem, decididos...
Te sinto então feliz e saciada,
Matamos nossa fome num segundo,
Tua beleza mágica orvalhada,
No doce que produz, eu já me inundo,
Os gozos que se fazem,sensuais,
Deixando esta vontade, querer mais...
MARCOS LOURES
Mistérios que tu guardas escondidos,
Debaixo destas saias, tanto encanto.
O vento que balança os teus vestidos
Levanta meus desejos, entretanto.
Sacio estas vontades, me agiganto,
Meus dedos te tocando, decididos,
Retiro de teu corpo todo o manto,
Meus lábios te percorrem, decididos...
Te sinto então feliz e saciada,
Matamos nossa fome num segundo,
Tua beleza mágica orvalhada,
No doce que produz, eu já me inundo,
Os gozos que se fazem,sensuais,
Deixando esta vontade, querer mais...
MARCOS LOURES
TRAZENDO EM OFERTÓRIO
TRAZENDO EM OFERTÓRIO
Trazendo em ofertório um sentimento
Tranqüilo de quem sabe ser feliz,
Ajudas, companheira, num momento
A quem tanto lutou e tanto quis.
Palavras se perderam neste vento,
Mudando da esperança o seu matiz.
Mas logo em teu carinho, doce ungüento
Fechando uma ferida, em cicatriz.
Teu colo que é por certo, meu asilo,
Já traz toda a certeza de abrigar
A quem a sorte negra, num cochilo
Teimou em tantas vezes magoar.
Regaço carinhoso onde me asilo,
Fazendo a tempestade serenar...
MARCOS LOURES
Trazendo em ofertório um sentimento
Tranqüilo de quem sabe ser feliz,
Ajudas, companheira, num momento
A quem tanto lutou e tanto quis.
Palavras se perderam neste vento,
Mudando da esperança o seu matiz.
Mas logo em teu carinho, doce ungüento
Fechando uma ferida, em cicatriz.
Teu colo que é por certo, meu asilo,
Já traz toda a certeza de abrigar
A quem a sorte negra, num cochilo
Teimou em tantas vezes magoar.
Regaço carinhoso onde me asilo,
Fazendo a tempestade serenar...
MARCOS LOURES
BOCA MACIA
BOCA MACIA
Boca macia, meiga e desejável.
Fazendo mil viagens sobre mim.
Num gesto carinhoso, inexplicável
Mordendo levemente, bem assim.
Amor a se tornar tão inflamável
Numa explosão divina traz enfim
A solução da vida, antes ruim,
Agora mais gostosa e adorável.
Aumentam meus desejos e vontades
De todo o tempo estar junto contigo.
Refletes todo o sonho que persigo
Tramando com amor saciedades,
Passando a conquistar felicidades
Protegendo-me, enfim do desabrigo...
MARCOS LOURES
Boca macia, meiga e desejável.
Fazendo mil viagens sobre mim.
Num gesto carinhoso, inexplicável
Mordendo levemente, bem assim.
Amor a se tornar tão inflamável
Numa explosão divina traz enfim
A solução da vida, antes ruim,
Agora mais gostosa e adorável.
Aumentam meus desejos e vontades
De todo o tempo estar junto contigo.
Refletes todo o sonho que persigo
Tramando com amor saciedades,
Passando a conquistar felicidades
Protegendo-me, enfim do desabrigo...
MARCOS LOURES
A DELÍCIA DE QUERER-TE
A DELÍCIA DE QUERER-TE
Só quero esta delícia de querer-te
Poder ter teu carinho e te abraçar;
Meus braços em teus braços, envolver-te
E sempre que puder, poder te amar...
Me nina se quiseres, meu amor,
Menina, se quiseres, sou feliz.
Eu quero esta beleza, mansa flor,
Fazendo-me, do amor, um aprendiz...
Eu quero o vento doce do cerrado
Trazendo uma esperança pro meu canto.
Quem dera se por ti eu fosse amado,
Quem dera inebriado em teu encanto,
Meus versos não seriam mais tristonhos,
Meus sonhos, sem temor, bem mais risonhos!
MARCOS LOURES
Só quero esta delícia de querer-te
Poder ter teu carinho e te abraçar;
Meus braços em teus braços, envolver-te
E sempre que puder, poder te amar...
Me nina se quiseres, meu amor,
Menina, se quiseres, sou feliz.
Eu quero esta beleza, mansa flor,
Fazendo-me, do amor, um aprendiz...
Eu quero o vento doce do cerrado
Trazendo uma esperança pro meu canto.
Quem dera se por ti eu fosse amado,
Quem dera inebriado em teu encanto,
Meus versos não seriam mais tristonhos,
Meus sonhos, sem temor, bem mais risonhos!
MARCOS LOURES
SEM NADA
SEM NADA
Sem nada que restasse logo após
A tempestade negra da paixão,
Um vôo da esperança, uma ilusão
Transforma-se querida, em meu algoz.
Calando totalmente minha voz
Emudecendo um velho coração
Que, embalde se levou em sedução
Na busca de outro mundo. Mas, feroz
A solidão batendo em minha porta
Fornalha em que me queimo noite e dia.
A vida se mostrando cega e torta,
Distante da emoção, sem alegria.
Apenas um carinho que me aporta
Da amiga verdadeira que me guia...
MARCOS LOURES
Sem nada que restasse logo após
A tempestade negra da paixão,
Um vôo da esperança, uma ilusão
Transforma-se querida, em meu algoz.
Calando totalmente minha voz
Emudecendo um velho coração
Que, embalde se levou em sedução
Na busca de outro mundo. Mas, feroz
A solidão batendo em minha porta
Fornalha em que me queimo noite e dia.
A vida se mostrando cega e torta,
Distante da emoção, sem alegria.
Apenas um carinho que me aporta
Da amiga verdadeira que me guia...
MARCOS LOURES
OLHOS EMBOTADOS
OLHOS EMBOTADOS
Não mais trarei meus olhos embotados
Apenas em espinhos, sem perfumes,
Os dias de alegria são passados
Em negra solidão, perdendo os lumes.
Tortura de quem chama e não mais quer,
Insensatez completa, maquiagem.
Embora em teu fascínio de mulher
Promessas se transformam em bobagem.
Secando a minha fonte, nada resta
Senão esta vontade de morrer.
Assim, mal terminando o que foi festa,
Não tenho mais caminho a percorrer...
Somente um verso triste que me embala,
Com olhos embotados, perco a fala...
MARCOS LOURES
Não mais trarei meus olhos embotados
Apenas em espinhos, sem perfumes,
Os dias de alegria são passados
Em negra solidão, perdendo os lumes.
Tortura de quem chama e não mais quer,
Insensatez completa, maquiagem.
Embora em teu fascínio de mulher
Promessas se transformam em bobagem.
Secando a minha fonte, nada resta
Senão esta vontade de morrer.
Assim, mal terminando o que foi festa,
Não tenho mais caminho a percorrer...
Somente um verso triste que me embala,
Com olhos embotados, perco a fala...
MARCOS LOURES
QUEM NEGA A CLARIDADE
QUEM NEGA A CLARIDADE
Quem nega a claridade de luares,
Deixando as garras sempre demarcadas
E traz nas frias mãos, duras pancadas,
Fornalha onde incendeia tristes pares.
Veneno em sobremesa nos jantares
O vento da tristeza em mil lufadas,
Escorpiões caminham almofadas
Sorrisos de ironia ao beijares.
Lençóis abandonados sobre a cama,
Vagas emoções, loucos delírios.
Sobrando simplesmente meus martírios,
E a voz que solitária te reclama.
Mas deixo a vida agora, morte chama,
Já pode encomendar cravos e lírios...
MARCOS LOURES
Quem nega a claridade de luares,
Deixando as garras sempre demarcadas
E traz nas frias mãos, duras pancadas,
Fornalha onde incendeia tristes pares.
Veneno em sobremesa nos jantares
O vento da tristeza em mil lufadas,
Escorpiões caminham almofadas
Sorrisos de ironia ao beijares.
Lençóis abandonados sobre a cama,
Vagas emoções, loucos delírios.
Sobrando simplesmente meus martírios,
E a voz que solitária te reclama.
Mas deixo a vida agora, morte chama,
Já pode encomendar cravos e lírios...
MARCOS LOURES
NEFASTAS
NEFASTAS
As horas se passando tão nefastas
Distantes de quem amo, dor profana.
Cortando minhas costas, quais vergastas,
A morte, sem segredos, não me engana.
Pousando sobre mim, nuvens de insetos,
Provindo dos cadáveres; minha alma,
Devoram em repastos velhos fetos
De uma esperança frágil. Nada acalma.
Sentidos tetanizam quem maltrata,
Em trismos dolorosos, sem ter pena.
Pavor já me invadindo, já desata
Sangria violenta que se acena.
A solidão vagueia, e me desgasto,
Sabendo que serei, o seu repasto...
MARCOS LOURES
As horas se passando tão nefastas
Distantes de quem amo, dor profana.
Cortando minhas costas, quais vergastas,
A morte, sem segredos, não me engana.
Pousando sobre mim, nuvens de insetos,
Provindo dos cadáveres; minha alma,
Devoram em repastos velhos fetos
De uma esperança frágil. Nada acalma.
Sentidos tetanizam quem maltrata,
Em trismos dolorosos, sem ter pena.
Pavor já me invadindo, já desata
Sangria violenta que se acena.
A solidão vagueia, e me desgasto,
Sabendo que serei, o seu repasto...
MARCOS LOURES
REFIZESTE MINHA VIDA
REFIZESTE MINHA VIDA
Nas canções mais bonitas que fizeste
Com notas tão suaves, encantadas,
Curando quem vivera em plena peste,
Trazendo a boa sorte em mil lufadas.
Jamais que a dor retorne e assim me infeste
Depois de dolorosas madrugadas.
A vida não permite um novo teste
Nem quero minhas noites lacrimadas.
Canções tão delicadas, me entregavas
Salvando quem vivera mãos tão frias,
Tirando de meus olhos, suas travas.
Pantanosas manhãs? Jamais, querida.
Corriges meus defeitos, avarias,
Amiga refizeste a minha vida!
MARCOS LOURES
Nas canções mais bonitas que fizeste
Com notas tão suaves, encantadas,
Curando quem vivera em plena peste,
Trazendo a boa sorte em mil lufadas.
Jamais que a dor retorne e assim me infeste
Depois de dolorosas madrugadas.
A vida não permite um novo teste
Nem quero minhas noites lacrimadas.
Canções tão delicadas, me entregavas
Salvando quem vivera mãos tão frias,
Tirando de meus olhos, suas travas.
Pantanosas manhãs? Jamais, querida.
Corriges meus defeitos, avarias,
Amiga refizeste a minha vida!
MARCOS LOURES
NAS CARTAS QUE ME MANDASTE
NAS CARTAS QUE ME MANDASTE
Nas cartas que mandaste, a sensação
Reviva das tristezas que passei.
Qual faca penetrando o coração
As lutas dolorosas que travei,
No cheiro putrefato do porão
Por vezes, tantas vezes me esmerei
Tentando transformar a dura lei
Que leva a quem se entrega à solidão.
Nas cartas que mandaste; uma esperança
Um sonho tão bonito de viver.
Nascendo nesta merda, uma criança
Que breve nos fará recrudescer
A luta contra o mal que já se avança
Tentando uma alegria subverter.
MARCOS LOURES
Nas cartas que mandaste, a sensação
Reviva das tristezas que passei.
Qual faca penetrando o coração
As lutas dolorosas que travei,
No cheiro putrefato do porão
Por vezes, tantas vezes me esmerei
Tentando transformar a dura lei
Que leva a quem se entrega à solidão.
Nas cartas que mandaste; uma esperança
Um sonho tão bonito de viver.
Nascendo nesta merda, uma criança
Que breve nos fará recrudescer
A luta contra o mal que já se avança
Tentando uma alegria subverter.
MARCOS LOURES
MAIS FELIZ
MAIS FELIZ
As cores verdadeiras já traduzem
Diversas sensações que nos afloram.
Origem, com certeza destas luzes
Que em sempre transitam, não demoram.
Num prismático sonho me conduzes
Aos arco-íris fantásticos que moram
Nos sonhos de quem leva suas cruzes
Sabendo que mil flores as adornam
Guardando seus perfumes no bornal,
Mostrando uma esperança, em esmeraldas,
Tu tens uma alegria que desfraldas
E trama noite e dia, em bom astral,
Com risos delicados e gentis,
Um mundo mais brilhante, enfim, feliz...
MARCOS LOURES
As cores verdadeiras já traduzem
Diversas sensações que nos afloram.
Origem, com certeza destas luzes
Que em sempre transitam, não demoram.
Num prismático sonho me conduzes
Aos arco-íris fantásticos que moram
Nos sonhos de quem leva suas cruzes
Sabendo que mil flores as adornam
Guardando seus perfumes no bornal,
Mostrando uma esperança, em esmeraldas,
Tu tens uma alegria que desfraldas
E trama noite e dia, em bom astral,
Com risos delicados e gentis,
Um mundo mais brilhante, enfim, feliz...
MARCOS LOURES
AMOR FATAL
AMOR FATAL
Sentindo em teu perfume o meu desejo
De ter e ser o sonho mais gostoso
Roubando desta luz cada lampejo,
Fazendo o nosso mundo tão charmoso...
Vivendo a fantasia em cada beijo,
Tornando nossa vida eterno gozo.
Olhando nos teus olhos sempre vejo
O mundo que pretendo; fabuloso...
Teu corpo contra o meu; a noite inteira
Delícias e carinhos neste enlace
Tomados por paixão tão verdadeira.
Tuas costas desnudas... Sensual
Tango nos aproxima. Não disfarce
Esta alegria intensa... Amor fatal...
MARCOS LOURES
Sentindo em teu perfume o meu desejo
De ter e ser o sonho mais gostoso
Roubando desta luz cada lampejo,
Fazendo o nosso mundo tão charmoso...
Vivendo a fantasia em cada beijo,
Tornando nossa vida eterno gozo.
Olhando nos teus olhos sempre vejo
O mundo que pretendo; fabuloso...
Teu corpo contra o meu; a noite inteira
Delícias e carinhos neste enlace
Tomados por paixão tão verdadeira.
Tuas costas desnudas... Sensual
Tango nos aproxima. Não disfarce
Esta alegria intensa... Amor fatal...
MARCOS LOURES
NOSSO ENCANTO
NOSSO ENCANTO
Nosso encanto, traduzo poesia,
Jogando neste mar as belas flores.
Nos beijos que te dei, tanta alegria...
Misturas nossas almas, meus amores...
No batom que me marcas, fantasia,
Vagamos, sem temer sequer as dores...
Teus cabelos, a lua reluzia,
A vida nos confunde, bons autores...
Espelhas teu reflexo com o meu,
As nossas flores, leva a correnteza,
Meu brilho nos teus olhos se perdeu...
Loucura derramaste em cada canto,
Nos versos que reluzes, tal beleza,
Eu vivo a me render a teu encanto...
MARCOS LOURES
Nosso encanto, traduzo poesia,
Jogando neste mar as belas flores.
Nos beijos que te dei, tanta alegria...
Misturas nossas almas, meus amores...
No batom que me marcas, fantasia,
Vagamos, sem temer sequer as dores...
Teus cabelos, a lua reluzia,
A vida nos confunde, bons autores...
Espelhas teu reflexo com o meu,
As nossas flores, leva a correnteza,
Meu brilho nos teus olhos se perdeu...
Loucura derramaste em cada canto,
Nos versos que reluzes, tal beleza,
Eu vivo a me render a teu encanto...
MARCOS LOURES
MEUS OLHOS EMBARGADOS
MEUS OLHOS EMBARGADOS
Se tantas vezes trago
Meus olhos embargados,
Bebendo em cada trago
Meus sonhos maltratados,
Concebo cada estrago,
Em dias delicados.
Buscando o teu afago,
Em versos dedicados.
Eu quero te querer
A vida não tem pressa,
O mundo traz prazer,
Mas passa tão depressa,
Tua amizade, eu ter,
É tudo o que interessa.
MARCOS LOURES
Se tantas vezes trago
Meus olhos embargados,
Bebendo em cada trago
Meus sonhos maltratados,
Concebo cada estrago,
Em dias delicados.
Buscando o teu afago,
Em versos dedicados.
Eu quero te querer
A vida não tem pressa,
O mundo traz prazer,
Mas passa tão depressa,
Tua amizade, eu ter,
É tudo o que interessa.
MARCOS LOURES
ESTRELA MATUTINA
ESTRELA MATUTINA
Estrela matutina
Brilhando no jardim,
Teu rosto de menina,
Trazendo amor assim,
A sorte me domina,
Amor que não tem fim,
Vencendo a triste sina,
Todinha para mim.
No teu desabrochar,
Ó rosa tão querida,
Se faz belo luar,
Encharcas minha vida,
Assim tu vens curar,
Em mim, qualquer ferida...
MARCOS LOURES
Estrela matutina
Brilhando no jardim,
Teu rosto de menina,
Trazendo amor assim,
A sorte me domina,
Amor que não tem fim,
Vencendo a triste sina,
Todinha para mim.
No teu desabrochar,
Ó rosa tão querida,
Se faz belo luar,
Encharcas minha vida,
Assim tu vens curar,
Em mim, qualquer ferida...
MARCOS LOURES
VALE A PENA
VALE A PENA
Querida, vale a pena
A gente se encontrar,
Refazer cada cena
Bem manso, devagar,
A vida que se acena
Pra sempre nos tocar,
Uma dor que envenena
Jamais vou perdoar.
Amor é bem sagrado,
Presença divinal.
Vivendo do teu lado,
Sorriso sensual,
Estou apaixonado,
Tu és meu bem, meu mal...
MARCOS LOURES
Querida, vale a pena
A gente se encontrar,
Refazer cada cena
Bem manso, devagar,
A vida que se acena
Pra sempre nos tocar,
Uma dor que envenena
Jamais vou perdoar.
Amor é bem sagrado,
Presença divinal.
Vivendo do teu lado,
Sorriso sensual,
Estou apaixonado,
Tu és meu bem, meu mal...
MARCOS LOURES
SONHOS SEDUTORES
SONHOS SEDUTORES
Bocas que se procuram
Famintas, cegas, cruas,
Prazeres que se apuram
Em carnes, doces, nuas,
As noites que se curam,
Pedintes, querem luas,
Os lábios se perduram
Nas pernas, lindas, tuas...
Versejo com vontades,
Procuro belas flores,
Deixando tais verdades,
Que formam tantas dores,
Distantes, nas saudades.
Ah! Sonhos sedutores...
MARCOS LOURES
Bocas que se procuram
Famintas, cegas, cruas,
Prazeres que se apuram
Em carnes, doces, nuas,
As noites que se curam,
Pedintes, querem luas,
Os lábios se perduram
Nas pernas, lindas, tuas...
Versejo com vontades,
Procuro belas flores,
Deixando tais verdades,
Que formam tantas dores,
Distantes, nas saudades.
Ah! Sonhos sedutores...
MARCOS LOURES
ORGÁSTICO
ORGÁSTICO
Eu quero te encontrar, minha querida,
Matando minha sede de querer
Pegando tua boca distraída,
E num beijo atrevido te beber...
Penetrar em tua alma adormecida,
Invadindo todo o corpo de prazer.
Eu quero desnudar-te, de saída,
No vinho de teu corpo entorpecer...
Levar-te para o céu, olhos abertos,
Lamber todo este mel e vasculhar
Os rumos mais gostosos descobertos,
Arder-te em minha febre, um mar fantástico
De pura sintonia, me entregar,
Momento de delírio, amor, orgástico!
MARCOS LOURES
Eu quero te encontrar, minha querida,
Matando minha sede de querer
Pegando tua boca distraída,
E num beijo atrevido te beber...
Penetrar em tua alma adormecida,
Invadindo todo o corpo de prazer.
Eu quero desnudar-te, de saída,
No vinho de teu corpo entorpecer...
Levar-te para o céu, olhos abertos,
Lamber todo este mel e vasculhar
Os rumos mais gostosos descobertos,
Arder-te em minha febre, um mar fantástico
De pura sintonia, me entregar,
Momento de delírio, amor, orgástico!
MARCOS LOURES
INÚTIL SENSAÇÃO
INÚTIL SENSAÇÃO
Inútil sensação de ser feliz,
Passado o tempo a limpo, o que restou?
O gesto de uma amante que aprendiz
Aos poucos, meu domínio penetrou
Deixando na fumaça o que bem quis,
Roubando quase tudo o que pensou.
Coração esmoler não mais resiste
E bate em solitude e nostalgia.
Mais nada me restando, o quase assiste,
Bebendo o que sobrara se extasia.
Não digo que fiquei, com isso, triste,
Apenas fui bem menos que eu queria.
Recebo em troca o gosto violentado
Do tempo em que pensei ter sido amado...
MARCOS LOURES
Inútil sensação de ser feliz,
Passado o tempo a limpo, o que restou?
O gesto de uma amante que aprendiz
Aos poucos, meu domínio penetrou
Deixando na fumaça o que bem quis,
Roubando quase tudo o que pensou.
Coração esmoler não mais resiste
E bate em solitude e nostalgia.
Mais nada me restando, o quase assiste,
Bebendo o que sobrara se extasia.
Não digo que fiquei, com isso, triste,
Apenas fui bem menos que eu queria.
Recebo em troca o gosto violentado
Do tempo em que pensei ter sido amado...
MARCOS LOURES
QUANDO ESTAVA
QUANDO ESTAVA
Quando estava tão triste, sem certezas,
Ao me negar teu beijo, deste fel,
A boca me mordia, frias presas,
A vida se mostrava um carrossel.
Agora que tu vens pedindo mel,
Tu mentes ao fingir delicadezas,
Vagando a noite inteira em negro céu,
Prometes tolamente sobremesas...
Perdendo as esperanças, fiquei louco,
Vivendo meu amor sem ter vitória.
O resto que me deste: muito pouco.
Tu pensas que este amor não tem memória?
Quem dera se mudasses... Mas tampouco
A vida me permite uma outra história...
MARCOS LOURES
Quando estava tão triste, sem certezas,
Ao me negar teu beijo, deste fel,
A boca me mordia, frias presas,
A vida se mostrava um carrossel.
Agora que tu vens pedindo mel,
Tu mentes ao fingir delicadezas,
Vagando a noite inteira em negro céu,
Prometes tolamente sobremesas...
Perdendo as esperanças, fiquei louco,
Vivendo meu amor sem ter vitória.
O resto que me deste: muito pouco.
Tu pensas que este amor não tem memória?
Quem dera se mudasses... Mas tampouco
A vida me permite uma outra história...
MARCOS LOURES
ANTIGOS MEDOS
ANTIGOS MEDOS
No corpo levemente longilíneo
Pretendo aprofundar minhas raízes
Tornando velhos dias mais felizes,
Amor que sei assim, forte, sanguíneo...
Teu corpo delicado e curvilíneo
Provoca em meu amor, novos matizes.
Quem sabe sanarei as cicatrizes
Bebendo o teu desejo retilíneo.
Aos poucos não consigo conceber
Sem gozo, sem vontade de viver,
Perdido em multidão, sem teus segredos.
Eu quero navegar em mar sereno,
Mas tomo desta boca o teu veneno
E sinto em teu amor, antigos medos...
MARCOS LOURES
No corpo levemente longilíneo
Pretendo aprofundar minhas raízes
Tornando velhos dias mais felizes,
Amor que sei assim, forte, sanguíneo...
Teu corpo delicado e curvilíneo
Provoca em meu amor, novos matizes.
Quem sabe sanarei as cicatrizes
Bebendo o teu desejo retilíneo.
Aos poucos não consigo conceber
Sem gozo, sem vontade de viver,
Perdido em multidão, sem teus segredos.
Eu quero navegar em mar sereno,
Mas tomo desta boca o teu veneno
E sinto em teu amor, antigos medos...
MARCOS LOURES
MEU DESEJO
MEU DESEJO
Meu desejo é ter teu colo,
Moreninha meu amor,
Deitar contigo no solo,
Com carinho e sem pudor.
Em teu corpo me consolo,
Vou vivendo, sonhador.
Quero a boca mais bonita
Que já vi na minha vida,
Meu amor, vê se acredita,
Que te quero assim, querida,
A minha alma andava aflita
Sem saber de uma saída,
Mas sentindo o teu perfume,
Da cegueira veio o lume...
MARCOS LOURES
Meu desejo é ter teu colo,
Moreninha meu amor,
Deitar contigo no solo,
Com carinho e sem pudor.
Em teu corpo me consolo,
Vou vivendo, sonhador.
Quero a boca mais bonita
Que já vi na minha vida,
Meu amor, vê se acredita,
Que te quero assim, querida,
A minha alma andava aflita
Sem saber de uma saída,
Mas sentindo o teu perfume,
Da cegueira veio o lume...
MARCOS LOURES
EM DURO CHÃO
EM DURO CHÃO
Qual árvore podada com machado
Amor se fez ingrato, em duro chão,
Trazendo velhas dores do passado,
Não sabe mais sequer de solução
Amor não mais deixou nenhum recado,
Se fez apenas triste ingratidão.
Quem dera se tivesse do teu lado,
Um resto tão somente de paixão.
Teria transmudado este cenário
O dia não seria temerário
O mundo não viria tão medonho.
Nascentes já morreram abortadas,
As árvores perdidas nas queimadas,
E eu, tal qual as árvores, tristonho...
MARCOS LOURES
Qual árvore podada com machado
Amor se fez ingrato, em duro chão,
Trazendo velhas dores do passado,
Não sabe mais sequer de solução
Amor não mais deixou nenhum recado,
Se fez apenas triste ingratidão.
Quem dera se tivesse do teu lado,
Um resto tão somente de paixão.
Teria transmudado este cenário
O dia não seria temerário
O mundo não viria tão medonho.
Nascentes já morreram abortadas,
As árvores perdidas nas queimadas,
E eu, tal qual as árvores, tristonho...
MARCOS LOURES
TUA SOMBRA
TUA SOMBRA
Eu vejo tua sombra na janela
Passando devagar e tão distante.
A vida novamente se revela,
Um mar que sempre foi tão inconstante
Não quero mais guerrilha nem querela,
Apenas uma luz que mais brilhante
Se mostra em minha vida, e se revela
Tal qual amor divino e fascinante.
Tu foste minha sorte e meu azar,
Espinho que se deu em bela rosa,
Qual nuvem que trazendo um bom luar
Consola a dor que causa, sem pensar.
Mulher tão divinal, mas vaidosa
Enchente que já fez tudo secar...
MARCOS LOURES
Eu vejo tua sombra na janela
Passando devagar e tão distante.
A vida novamente se revela,
Um mar que sempre foi tão inconstante
Não quero mais guerrilha nem querela,
Apenas uma luz que mais brilhante
Se mostra em minha vida, e se revela
Tal qual amor divino e fascinante.
Tu foste minha sorte e meu azar,
Espinho que se deu em bela rosa,
Qual nuvem que trazendo um bom luar
Consola a dor que causa, sem pensar.
Mulher tão divinal, mas vaidosa
Enchente que já fez tudo secar...
MARCOS LOURES
NA FORÇA DA AMIZADE
NA FORÇA DA AMIZADE
Na força da amizade
Encontro o meu caminho,
Sabendo a qualidade
Não ando mais sozinho,
Não quero quantidade,
Amigo é como o vinho,
Quanto maior idade,
Mais forte nele aninho.
Amiga não promete
Já cumpre por si só,
Não joga assim confete
Nos fala sem ter dó.
A nós sempre compete
Apertar mais o nó...
MARCOS LOURES
Na força da amizade
Encontro o meu caminho,
Sabendo a qualidade
Não ando mais sozinho,
Não quero quantidade,
Amigo é como o vinho,
Quanto maior idade,
Mais forte nele aninho.
Amiga não promete
Já cumpre por si só,
Não joga assim confete
Nos fala sem ter dó.
A nós sempre compete
Apertar mais o nó...
MARCOS LOURES
FALAR DO QUANTO PUDE
FALAR DO QUANTO PUDE
Falar do quanto pude e não tivera
A vida ano que vem, talvez prossiga,
A luta quando molda a face antiga
Expressa uma emoção atroz e fera,
Não quero alimentar esta quimera,
Tampouco quero a faca quando a briga
Impede qualquer sonho e desabriga,
Matando desde sempre a primavera,
Negar outro momento e acreditar
Nos erros que costumo desenhar
Nas ermas ilusões, medonha mente,
E quando a luz se faça e se apresente
O preço a se pagar não mais compensa
E uma alma se desdenha, enquanto imensa.
Marcos Loures
Falar do quanto pude e não tivera
A vida ano que vem, talvez prossiga,
A luta quando molda a face antiga
Expressa uma emoção atroz e fera,
Não quero alimentar esta quimera,
Tampouco quero a faca quando a briga
Impede qualquer sonho e desabriga,
Matando desde sempre a primavera,
Negar outro momento e acreditar
Nos erros que costumo desenhar
Nas ermas ilusões, medonha mente,
E quando a luz se faça e se apresente
O preço a se pagar não mais compensa
E uma alma se desdenha, enquanto imensa.
Marcos Loures
As teias do não ser
As teias do não ser
Procurando uma opção e nada vejo,
A vida se repete e assim persisto,
Embora tantas vezes, pois malquisto,
Solitário farsante em tosco ensejo,
Em meio ao quanto fora mal rastejo,
Acreditando apenas revisto
Meu mundo do temor e nele insisto,
Moldado pelas garras do desejo,
Medonhas e disformes criaturas,
Navego em noites toscas, vis e escuras,
Sem ter sequer um novo amanhecer,
Além do quanto fora e aquém do sonho,
Aos poucos nada faço e decomponho,
Marcando fundo; as teias do não ser.
Marcos Loures
Procurando uma opção e nada vejo,
A vida se repete e assim persisto,
Embora tantas vezes, pois malquisto,
Solitário farsante em tosco ensejo,
Em meio ao quanto fora mal rastejo,
Acreditando apenas revisto
Meu mundo do temor e nele insisto,
Moldado pelas garras do desejo,
Medonhas e disformes criaturas,
Navego em noites toscas, vis e escuras,
Sem ter sequer um novo amanhecer,
Além do quanto fora e aquém do sonho,
Aos poucos nada faço e decomponho,
Marcando fundo; as teias do não ser.
Marcos Loures
É BOM SABER DE TI
É BOM SABER DE TI
Querida, minha amiga;
É bom saber de ti.
Ternura mais antiga,
Jamais eu te esqueci.
Não tema, assim prossiga,
Vivendo o que eu vivi,
Bem sei quanto se abriga,
Carinho sempre aqui.
Contigo, amiga, irei
Aonde precisar,
No fundo eu te busquei,
Cansei de procurar.
Agora que encontrei,
Não posso te largar...
MARCOS LOURES
Querida, minha amiga;
É bom saber de ti.
Ternura mais antiga,
Jamais eu te esqueci.
Não tema, assim prossiga,
Vivendo o que eu vivi,
Bem sei quanto se abriga,
Carinho sempre aqui.
Contigo, amiga, irei
Aonde precisar,
No fundo eu te busquei,
Cansei de procurar.
Agora que encontrei,
Não posso te largar...
MARCOS LOURES
TERRA INGRATA
TERRA INGRATA
O mundo tão corrupto, terra ingrata;
Produz sementes podres, maldições.
Em trevas maltrapilhos corações
A dor se multiplica em vil cascata.
Nem mesmo uma esperança que arrebata
Mostra em caminho simples, soluções.
A fome dizimando multidões.
Mão que sustentaria, já nos mata.
Porém o sol que gira é sempre o mesmo,
O planeta sedento vai a esmo
Num compasso marcado pelo medo.
Vai cega e sem caminho, humanidade...
Mal sabe que na força da amizade,
Encontra-se a verdade; eis o segredo!
MARCOS LOURES
O mundo tão corrupto, terra ingrata;
Produz sementes podres, maldições.
Em trevas maltrapilhos corações
A dor se multiplica em vil cascata.
Nem mesmo uma esperança que arrebata
Mostra em caminho simples, soluções.
A fome dizimando multidões.
Mão que sustentaria, já nos mata.
Porém o sol que gira é sempre o mesmo,
O planeta sedento vai a esmo
Num compasso marcado pelo medo.
Vai cega e sem caminho, humanidade...
Mal sabe que na força da amizade,
Encontra-se a verdade; eis o segredo!
MARCOS LOURES
POR ONDE FORES
POR ONDE FORES
Contigo, meu amor, por onde fores;
Trilhando por estradas, sendas, ruas.
Palavras carinhosas como as tuas;
Amenizando sempre minhas dores.
O campo do teu lado em belas flores,
Revivem esperanças antes nuas,
Da forma em que me encantas quando atuas
Trazendo novos sonhos sedutores.
A mão da solidão, triste e sombria
Distantes dos carinhos, todos meus,
Refazes em meu mundo uma alegria.
Presença divinal que vejo enfim,
Contigo estou mais perto do Bom Deus,
Amor que renasceu dentro de mim...
MARCOS LOURES
Contigo, meu amor, por onde fores;
Trilhando por estradas, sendas, ruas.
Palavras carinhosas como as tuas;
Amenizando sempre minhas dores.
O campo do teu lado em belas flores,
Revivem esperanças antes nuas,
Da forma em que me encantas quando atuas
Trazendo novos sonhos sedutores.
A mão da solidão, triste e sombria
Distantes dos carinhos, todos meus,
Refazes em meu mundo uma alegria.
Presença divinal que vejo enfim,
Contigo estou mais perto do Bom Deus,
Amor que renasceu dentro de mim...
MARCOS LOURES
SONHAR NÃO É SAÍDA
SONHAR NÃO É SAÍDA
Nesta sonoridade de minha alma
Uma alameda imensa do passado
Em toda a recompensa que me acalma
Senti tua presença aqui do lado,
Futuro que se lia em cada palma
Mostrando o que nos fora destinado...
Mas tudo se passou e nada mais
Restou deste caminho que trilhamos.
Percebo que te quero, amor demais,
Se nada aconteceu do que sonhamos
A sorte desditosa foi audaz
Trazendo para nós; verdugos, amos...
Quem teve um grande amor na sua vida
Percebe que sonhar não é saída...
MARCOS LOURES
Nesta sonoridade de minha alma
Uma alameda imensa do passado
Em toda a recompensa que me acalma
Senti tua presença aqui do lado,
Futuro que se lia em cada palma
Mostrando o que nos fora destinado...
Mas tudo se passou e nada mais
Restou deste caminho que trilhamos.
Percebo que te quero, amor demais,
Se nada aconteceu do que sonhamos
A sorte desditosa foi audaz
Trazendo para nós; verdugos, amos...
Quem teve um grande amor na sua vida
Percebe que sonhar não é saída...
MARCOS LOURES
SEM MEDOS
SEM MEDOS
Amor que se proclama
Sem medos, verdadeiro,
Contigo, amor inteiro
Acende sempre a chama,
A vida que nos chama
Num toque feiticeiro,
No nosso amor primeiro
Já tece a sua trama
E mostra alucinada,
A sorte desejada
De quem tanto se quer,
Contigo nesta estrada,
Vem logo, minha amada,
Vem ser minha mulher!
MARCOS LOURES
Amor que se proclama
Sem medos, verdadeiro,
Contigo, amor inteiro
Acende sempre a chama,
A vida que nos chama
Num toque feiticeiro,
No nosso amor primeiro
Já tece a sua trama
E mostra alucinada,
A sorte desejada
De quem tanto se quer,
Contigo nesta estrada,
Vem logo, minha amada,
Vem ser minha mulher!
MARCOS LOURES
CORDEIROS?
CORDEIROS?
Vazio o Templo, Igreja sem cordeiros,
Pastores escolhendo o seu rebanho.
Pensando mais em lucro – quanto eu ganho
interesses somente financeiros.
Os erros cometidos – costumeiros,
Mentiras proliferam deste antanho
Na Cruz, um homem pobre, olha estranho,
Vendido novamente por dinheiros.
Um médico que veio nos salvar
Não tem a clientela que precisa.
Pastor vendendo cura? Em ojeriza
Afasta quem precisa do doutor.
E cobra os honorários sem pudores,
Não fala de amizade nem de amores...
MARCOS LOURES
Vazio o Templo, Igreja sem cordeiros,
Pastores escolhendo o seu rebanho.
Pensando mais em lucro – quanto eu ganho
interesses somente financeiros.
Os erros cometidos – costumeiros,
Mentiras proliferam deste antanho
Na Cruz, um homem pobre, olha estranho,
Vendido novamente por dinheiros.
Um médico que veio nos salvar
Não tem a clientela que precisa.
Pastor vendendo cura? Em ojeriza
Afasta quem precisa do doutor.
E cobra os honorários sem pudores,
Não fala de amizade nem de amores...
MARCOS LOURES
quarta-feira, 18 de julho de 2012
VOOS DELICADOS
VOOS DELICADOS
Em voos delicados, já se espraia
A pomba da aliança prometida.
Lutamos neste amor por toda a vida
Antes que a solidão final nos traia.
Jogados numa areia em vaga praia,
Nós buscamos opção, outra saída
Que impeça nossa estrada estar perdida
Sem que o pano final da peça caia...
O medo de perder é tão intenso
Qual fora um nevoeiro negro e denso.
Porém a sorte imensa e verdadeira
Se faz em cada gesto de carinho.
Qual ave que constrói um novo ninho
Mesmo que seja enfim, a derradeira...
MARCOS LOURES
Em voos delicados, já se espraia
A pomba da aliança prometida.
Lutamos neste amor por toda a vida
Antes que a solidão final nos traia.
Jogados numa areia em vaga praia,
Nós buscamos opção, outra saída
Que impeça nossa estrada estar perdida
Sem que o pano final da peça caia...
O medo de perder é tão intenso
Qual fora um nevoeiro negro e denso.
Porém a sorte imensa e verdadeira
Se faz em cada gesto de carinho.
Qual ave que constrói um novo ninho
Mesmo que seja enfim, a derradeira...
MARCOS LOURES
MINHA QUERIDA AMIGA...
MINHA QUERIDA AMIGA...
Vivendo esta sorte
De ter amizade
Prevenindo o corte
Tendo qualidade,
Mudando meu norte,
Não quero saudade
Amiga em teu porte
O bem da verdade.
Não vejo outra forma
De ser mais feliz,
Na dor que deforma,
No amor por um triz,
Num mundo sem norma,
Amiga, eu te quis.
MARCOS LOURES
Vivendo esta sorte
De ter amizade
Prevenindo o corte
Tendo qualidade,
Mudando meu norte,
Não quero saudade
Amiga em teu porte
O bem da verdade.
Não vejo outra forma
De ser mais feliz,
Na dor que deforma,
No amor por um triz,
Num mundo sem norma,
Amiga, eu te quis.
MARCOS LOURES
SER TEU NAMORADO
SER TEU NAMORADO
Querida, eu quero ser teu namorado,
Numa alegria imensa de querê-la,
Saber que em meu caminho doce estrela
Surgiu me resgatando do passado.
Um rosto tão bonito e delicado,
Que a cada novo dia se revela,
Tornando a minha vida bem mais bela,
Mudando a direção deste meu Fado.
Permita que eu te diga, amada amante,
Do sonho mais gentil e delirante
Que fez a minha vida ter sentido.
Ligados por sutis e fortes laços,
Deitando toda noite nos teus braços,
Meu mundo vai em paz, já decidido...
MARCOS LOURES
Querida, eu quero ser teu namorado,
Numa alegria imensa de querê-la,
Saber que em meu caminho doce estrela
Surgiu me resgatando do passado.
Um rosto tão bonito e delicado,
Que a cada novo dia se revela,
Tornando a minha vida bem mais bela,
Mudando a direção deste meu Fado.
Permita que eu te diga, amada amante,
Do sonho mais gentil e delirante
Que fez a minha vida ter sentido.
Ligados por sutis e fortes laços,
Deitando toda noite nos teus braços,
Meu mundo vai em paz, já decidido...
MARCOS LOURES
QUE NÃO PERMITA O DESABRIGO
QUE NÃO PERMITA O DESABRIGO
Que a vida não permita o desabrigo
De uma prisão escura triste e forte
Que nos detém o rumo, muda o norte,
Da perda de um fiel e bom amigo.
Contigo, companheiro, eu já nem ligo
Se vem uma agonia em duro corte,
Sem ter a mão querida que conforte,
A vida se tornando um só castigo.
Qual fogo que se perde sem ter pira,
Uma amizade morta é fim de linha.
Uma alma que se perde e vai sozinha,
Somente a dor e mágoa assim transpira.
Por isso ao perceber esta verdade,
Eu valorizo sempre uma amizade...
MARCOS LOURES
Que a vida não permita o desabrigo
De uma prisão escura triste e forte
Que nos detém o rumo, muda o norte,
Da perda de um fiel e bom amigo.
Contigo, companheiro, eu já nem ligo
Se vem uma agonia em duro corte,
Sem ter a mão querida que conforte,
A vida se tornando um só castigo.
Qual fogo que se perde sem ter pira,
Uma amizade morta é fim de linha.
Uma alma que se perde e vai sozinha,
Somente a dor e mágoa assim transpira.
Por isso ao perceber esta verdade,
Eu valorizo sempre uma amizade...
MARCOS LOURES
COMPANHEIRA DOS AMANTES
COMPANHEIRA DOS AMANTES
A lua companheira dos amantes
Deitando em nossa cama rouba a cena.
Seus raios poderosos e brilhantes
Vibrando em nossa chama nada amena.
Depois de extasiada, por instantes,
De plena vai ficando assim, pequena...
Um dia a lua chega de mansinho
Nos toca e nos levando num segundo
Fazendo sem saber, tanto carinho;
No amor que sempre foi maior do mundo,
Provoca essa mulher maravilhosa
Como uma deusa encharcada de perfume
Rainha dos canteiros, minha rosa,
Tomada, num lampejo de ciúme...
MARCOS LOURES
A lua companheira dos amantes
Deitando em nossa cama rouba a cena.
Seus raios poderosos e brilhantes
Vibrando em nossa chama nada amena.
Depois de extasiada, por instantes,
De plena vai ficando assim, pequena...
Um dia a lua chega de mansinho
Nos toca e nos levando num segundo
Fazendo sem saber, tanto carinho;
No amor que sempre foi maior do mundo,
Provoca essa mulher maravilhosa
Como uma deusa encharcada de perfume
Rainha dos canteiros, minha rosa,
Tomada, num lampejo de ciúme...
MARCOS LOURES
LOUCURA
LOUCURA
Amor já é loucura, pode crer,
No amor não há jamais banalidade
Preciso dum amor para viver,
Senão não vale a pena; é falsidade.
Bebemos desta fonte desejosa
Que traz sempre desejo e dá prazer.
Jardim sem colibri, matando a rosa,
A rosa sem espinhos, vai morrer...
Por isso minha amada, a cada achado,
Que faço nesta vida, um bandeirante,
O verde da esperança, esmeraldado,
Dá força pra seguir, sempre adiante...
Te quero mineirinha em aliança
E o beijo que te dou além te alcança.
MARCOS LOURES
Amor já é loucura, pode crer,
No amor não há jamais banalidade
Preciso dum amor para viver,
Senão não vale a pena; é falsidade.
Bebemos desta fonte desejosa
Que traz sempre desejo e dá prazer.
Jardim sem colibri, matando a rosa,
A rosa sem espinhos, vai morrer...
Por isso minha amada, a cada achado,
Que faço nesta vida, um bandeirante,
O verde da esperança, esmeraldado,
Dá força pra seguir, sempre adiante...
Te quero mineirinha em aliança
E o beijo que te dou além te alcança.
MARCOS LOURES
VENCIDA
VENCIDA
Vencida pela força soberana,
Entrega-se sem sisos a Razão
Causando uma total ebulição
Avança sobre a natureza humana.
Quem sabe e quem conhece não se engana
Estende, com juízo, a sua mão,
Sabendo que esta luta foi em vão,
Santa emoção por certo já se ufana.
Guardando o teu carinho na memória
Além do que pudesse ter sentido,
Amor se faz potente em grande glória,
Sou servo deste amor, estou vencido
E disso há muito tempo percebido
Eu comemoro sempre esta vitória.
MARCOS LOURES
Vencida pela força soberana,
Entrega-se sem sisos a Razão
Causando uma total ebulição
Avança sobre a natureza humana.
Quem sabe e quem conhece não se engana
Estende, com juízo, a sua mão,
Sabendo que esta luta foi em vão,
Santa emoção por certo já se ufana.
Guardando o teu carinho na memória
Além do que pudesse ter sentido,
Amor se faz potente em grande glória,
Sou servo deste amor, estou vencido
E disso há muito tempo percebido
Eu comemoro sempre esta vitória.
MARCOS LOURES
TE TOCAR
TE TOCAR
Eu quero te tocar, beijar inteira;
E desfrutar do gosto do prazer
Roçar tua nudez tão verdadeira
Sem medos, com vontade de te ter...
A boca mansamente, na roseira
Bem sabe dos espinhos. Mas quer crer
Que és minha nessa noite. A rosa cheira
Todo o perfume intenso do teu ser.
Inebriado sinto o teu perfume
E passo toda noite a vasculhar
Deixando já de lado o teu ciúme,
Roubando calmamente o teu desejo.
Sentindo toda a terra se encharcar
Desta umidade densa em nosso beijo...
MARCOS LOURES
Eu quero te tocar, beijar inteira;
E desfrutar do gosto do prazer
Roçar tua nudez tão verdadeira
Sem medos, com vontade de te ter...
A boca mansamente, na roseira
Bem sabe dos espinhos. Mas quer crer
Que és minha nessa noite. A rosa cheira
Todo o perfume intenso do teu ser.
Inebriado sinto o teu perfume
E passo toda noite a vasculhar
Deixando já de lado o teu ciúme,
Roubando calmamente o teu desejo.
Sentindo toda a terra se encharcar
Desta umidade densa em nosso beijo...
MARCOS LOURES
TENTAÇÕES
TENTAÇÕES
Vontades tão intensas , tentações;
De afagos e loucuras incessantes,
No brilho cristalino, diamantes
Que explodem desejo, alucinações...
Teu corpo no meu corpo... seduções...
As noites são divinas e escaldantes
Desafios de cios galopantes
Na fúria de gostosos furacões...
No movimento leve dos quadris,
No requebro fogoso, bamboleios.
Minhas mãos, os meus lábios, os teus seios...
Mostrando o quanto a gente é mais feliz.
As ondas que percorrem, pensamentos...
Delícia de viver nossos momentos...
MARCOS LOURES
Vontades tão intensas , tentações;
De afagos e loucuras incessantes,
No brilho cristalino, diamantes
Que explodem desejo, alucinações...
Teu corpo no meu corpo... seduções...
As noites são divinas e escaldantes
Desafios de cios galopantes
Na fúria de gostosos furacões...
No movimento leve dos quadris,
No requebro fogoso, bamboleios.
Minhas mãos, os meus lábios, os teus seios...
Mostrando o quanto a gente é mais feliz.
As ondas que percorrem, pensamentos...
Delícia de viver nossos momentos...
MARCOS LOURES
SACIAR TUA SEDE
SACIAR TUA SEDE
Eu quero saciar a tua sede
Em beijos e carinhos mais constantes
Deitados numa cama ou numa rede,
Dois corpos que se querem, dois amantes;
Não somos só retratos na parede,
Nós somos verdadeiros, radiantes...
Bebermos da alegria em pura fonte
Caminhos maviosos do prazer.
Fazendo desta vida um horizonte
Com olhos e vontades, percorrer.
Não deixe que este mundo mau apronte
Vamos, sem temores, reverter
A dor da solidão em riso franco,
Na paz deste sorriso, calmo, branco...
Eu quero saciar a tua sede
Em beijos e carinhos mais constantes
Deitados numa cama ou numa rede,
Dois corpos que se querem, dois amantes;
Não somos só retratos na parede,
Nós somos verdadeiros, radiantes...
Bebermos da alegria em pura fonte
Caminhos maviosos do prazer.
Fazendo desta vida um horizonte
Com olhos e vontades, percorrer.
Não deixe que este mundo mau apronte
Vamos, sem temores, reverter
A dor da solidão em riso franco,
Na paz deste sorriso, calmo, branco...
INSANA E PURA
INSANA E PURA
Que bom que tu voltaste, eu já sofria
Distante de teus braços sedutores.
A noite sem te ter, deveras fria,
Os pesadelos tantos, mil horrores.
Tu és a pura fonte da alegria,
Sem ti a vida morre em estertores...
Sacias minha sede desejosa
De ter esta delícia em meu caminho,
No mel destes teus lábios sei a rosa,
Que vibra delicada sem espinho....
Querida és esperança tão gostosa,
Certeza de que não vou mais sozinho.
Me entrego ao nosso sonho de ternura
Na nossa louca noite... insana e pura...
MARCOS LOURES
Que bom que tu voltaste, eu já sofria
Distante de teus braços sedutores.
A noite sem te ter, deveras fria,
Os pesadelos tantos, mil horrores.
Tu és a pura fonte da alegria,
Sem ti a vida morre em estertores...
Sacias minha sede desejosa
De ter esta delícia em meu caminho,
No mel destes teus lábios sei a rosa,
Que vibra delicada sem espinho....
Querida és esperança tão gostosa,
Certeza de que não vou mais sozinho.
Me entrego ao nosso sonho de ternura
Na nossa louca noite... insana e pura...
MARCOS LOURES
SENZALAS E BORDÉIS
SENZALAS E BORDÉIS
Chegamos das senzalas e bordéis,
Dos ocos da existência, medos, trevas.
A vida nos mostrou nossos papéis,
A glória nos negou cantis e cevas.
Mas somos, da esperança mais fiéis,
Rasteiras, pequeninas, boas ervas.
Bebendo sem discórdias mesmos féis
Nascemos e morremos, tantas levas...
Chegamos das cidades e favelas,
Chegamos das mentiras, dos engodos.
Nos restam nascimento, morte e velas.
Amor nos concebeu e nos criou.
Quais perlas que surgindo destes lodos,
A paz do eterno amor glorificou!
MARCOS LOURES
Chegamos das senzalas e bordéis,
Dos ocos da existência, medos, trevas.
A vida nos mostrou nossos papéis,
A glória nos negou cantis e cevas.
Mas somos, da esperança mais fiéis,
Rasteiras, pequeninas, boas ervas.
Bebendo sem discórdias mesmos féis
Nascemos e morremos, tantas levas...
Chegamos das cidades e favelas,
Chegamos das mentiras, dos engodos.
Nos restam nascimento, morte e velas.
Amor nos concebeu e nos criou.
Quais perlas que surgindo destes lodos,
A paz do eterno amor glorificou!
MARCOS LOURES
HERANÇA
HERANÇA
Deste corte profundo por herança
Na boca ensangüentada beijos, riso,
Carpindo cada aborto da esperança
Vencidos os meus sonhos sem aviso.
A dor é minha cota de fiança
Os cardos enfeitando o paraíso
O gesto sem sentido da criança
No passo vacilante que repiso.
Mas vejo que se perde esta amargura
No doce da vontade da morena
Nos olhos bem mais verdes da ternura
No tempo que amacia qualquer pranto,
No vento da promessa que me acena
Com jeito tão sereno em raro encanto.
MARCOS LOURES
Deste corte profundo por herança
Na boca ensangüentada beijos, riso,
Carpindo cada aborto da esperança
Vencidos os meus sonhos sem aviso.
A dor é minha cota de fiança
Os cardos enfeitando o paraíso
O gesto sem sentido da criança
No passo vacilante que repiso.
Mas vejo que se perde esta amargura
No doce da vontade da morena
Nos olhos bem mais verdes da ternura
No tempo que amacia qualquer pranto,
No vento da promessa que me acena
Com jeito tão sereno em raro encanto.
MARCOS LOURES
FACA DE DOIS GUMES
FACA DE DOIS GUMES
Amor é como faca de dois gumes,
Tramando uma alegria que entristece
Espinho que se encharca de perfumes
Pragueja simplesmente em cada prece.
Cegando num escuro de tais lumes
Amor não tem juízo e sempre cresce
Nas dores que lhe servem como estrume
Teimoso, nosso amor não obedece.
E faz de suas leis, as artimanhas,
E faz de seus segredos, nossa sina.
Se em todas as derrotas é que ganhas
As sanhas de um amor não têm limites.
É dono da verdade cristalina
Amor nunca aceitou quaisquer palpites...
MARCOS LOURES
Amor é como faca de dois gumes,
Tramando uma alegria que entristece
Espinho que se encharca de perfumes
Pragueja simplesmente em cada prece.
Cegando num escuro de tais lumes
Amor não tem juízo e sempre cresce
Nas dores que lhe servem como estrume
Teimoso, nosso amor não obedece.
E faz de suas leis, as artimanhas,
E faz de seus segredos, nossa sina.
Se em todas as derrotas é que ganhas
As sanhas de um amor não têm limites.
É dono da verdade cristalina
Amor nunca aceitou quaisquer palpites...
MARCOS LOURES
FRIO?
FRIO?
Frio? Deixe lá fora, meu amor.
A chuva não terá por certo, encanto,
Deitados nesta sala, aqui num canto,
Dois corpos se aproximam com calor.
Vinho, maravilhoso sedutor,
Aquece meu desejo tanto, tanto...
O frio e a solidão assim espanto
Bebendo em tua boca, o teu licor.
Nos mimos que me trazes, alegrias,
Nos beijos que trocamos, seduções.
Além do que bem sei, tanto querias,
No fogo da lareira, chama e gozo,
Envoltos pelos dedos das paixões,
O dia vai passando, tão gostoso...
MARCOS LOURES
Frio? Deixe lá fora, meu amor.
A chuva não terá por certo, encanto,
Deitados nesta sala, aqui num canto,
Dois corpos se aproximam com calor.
Vinho, maravilhoso sedutor,
Aquece meu desejo tanto, tanto...
O frio e a solidão assim espanto
Bebendo em tua boca, o teu licor.
Nos mimos que me trazes, alegrias,
Nos beijos que trocamos, seduções.
Além do que bem sei, tanto querias,
No fogo da lareira, chama e gozo,
Envoltos pelos dedos das paixões,
O dia vai passando, tão gostoso...
MARCOS LOURES
AMIGA, ME PERDOE
AMIGA, ME PERDOE
Amiga; me desculpe se te enfado
Com tais quinquilharias; eu bem sei
Que são somente sombras do passado.
De um tempo bem distante que passei
Buscando reverter meu triste fado
Sabendo o sofrimento como lei.
Meu ar tão rarefeito, sem promessas,
Morrendo em cada verso, em cada dia.
A vida nos pregando tantas peças,
Matando o que se fora em poesia,
A sorte me virou, fui às avessas,
Somente me restando a fantasia
Que visto nesta tarde de faxina,
Restolhos de uma luz diamantina...
MARCOS LOURES
Amiga; me desculpe se te enfado
Com tais quinquilharias; eu bem sei
Que são somente sombras do passado.
De um tempo bem distante que passei
Buscando reverter meu triste fado
Sabendo o sofrimento como lei.
Meu ar tão rarefeito, sem promessas,
Morrendo em cada verso, em cada dia.
A vida nos pregando tantas peças,
Matando o que se fora em poesia,
A sorte me virou, fui às avessas,
Somente me restando a fantasia
Que visto nesta tarde de faxina,
Restolhos de uma luz diamantina...
MARCOS LOURES
RASTRO PLENO
RASTRO PLENO
Deixando um rastro pleno em liberdade
Seguindo cada estrela que nos traz
A sorte que pudera mais audaz
E o peso quando tudo se degrade,
Resumo todo verso na ansiedade
E se isto me permite ser capaz
O tanto se desenha ora fugaz
Vagando pelas ruas da cidade.
Meu tempo se esgotara há tantos anos
E sei dos meus caminhos soberanos
Envoltos nesta bruma que não deixa
Sequer qualquer anseio e vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
E tramas o que possa em rude queixa.
MARCOS LOURES
Deixando um rastro pleno em liberdade
Seguindo cada estrela que nos traz
A sorte que pudera mais audaz
E o peso quando tudo se degrade,
Resumo todo verso na ansiedade
E se isto me permite ser capaz
O tanto se desenha ora fugaz
Vagando pelas ruas da cidade.
Meu tempo se esgotara há tantos anos
E sei dos meus caminhos soberanos
Envoltos nesta bruma que não deixa
Sequer qualquer anseio e vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
E tramas o que possa em rude queixa.
MARCOS LOURES
NA BEIRA DO CAMINHO
NA BEIRA DO CAMINHO
Na beira do caminho
Sentado, solitário...
Eu ando tão sozinho,
Perdi o itinerário...
Quem dera um passarinho,
Não fosse temerário
Viver sem ter seu ninho,
Num mundo ledo e vário.
Sou quase um bicho triste
Sem ter o teu carinho,
Amor demais existe,
No peito pobrezinho,
Querendo o teu alpiste,
Amor de um canarinho...
MARCOS LOURES
Na beira do caminho
Sentado, solitário...
Eu ando tão sozinho,
Perdi o itinerário...
Quem dera um passarinho,
Não fosse temerário
Viver sem ter seu ninho,
Num mundo ledo e vário.
Sou quase um bicho triste
Sem ter o teu carinho,
Amor demais existe,
No peito pobrezinho,
Querendo o teu alpiste,
Amor de um canarinho...
MARCOS LOURES
CERTAMENTE
CERTAMENTE
Amiga certamente
A vida nos fará
Num gesto mais clemente
O sol que brilhará,
Quem veio tão descrente
Enfim saberá já
Do sol que no poente
Pra sempre chegará.
Meu verso se faz triste
Distante de teus braços,
O tempo não existe
Seguindo tantos passos,
Um canto que persiste
Estreita nossos laços...
MARCOS LOURES
Amiga certamente
A vida nos fará
Num gesto mais clemente
O sol que brilhará,
Quem veio tão descrente
Enfim saberá já
Do sol que no poente
Pra sempre chegará.
Meu verso se faz triste
Distante de teus braços,
O tempo não existe
Seguindo tantos passos,
Um canto que persiste
Estreita nossos laços...
MARCOS LOURES
NO CAIS DESTA PAIXÃO
NO CAIS DESTA PAIXÃO
Amor correndo o risco
Em mãos entrelaçadas,
Vivendo tão arisco,
Em frases formuladas,
No canto em que me arrisco
Descalço nas calçadas,
Amar, colher petisco
Em bocas mais molhadas.
Não fecho mais a porta
De um louco coração,
O medo não me importa,
Eu quero a sedução
Da noite que se aporta
No cais desta paixão...
MARCOS LOURES
Amor correndo o risco
Em mãos entrelaçadas,
Vivendo tão arisco,
Em frases formuladas,
No canto em que me arrisco
Descalço nas calçadas,
Amar, colher petisco
Em bocas mais molhadas.
Não fecho mais a porta
De um louco coração,
O medo não me importa,
Eu quero a sedução
Da noite que se aporta
No cais desta paixão...
MARCOS LOURES
COMO TE QUERO!
COMO TE QUERO!
Futuro mais brilhante
Encontro na rainha
Que se fez importante,
Já sendo toda minha,
Não sou mais arrogante
Amor quando se aninha,
Te quer, dócil amante,
A mão que me acarinha.
Eu quero te encontrar,
Querida, bem amada,
Bebendo este luar,
Tomando a madrugada
É bom demais te amar,
Não quero, enfim, mais nada...
Futuro mais brilhante
Encontro na rainha
Que se fez importante,
Já sendo toda minha,
Não sou mais arrogante
Amor quando se aninha,
Te quer, dócil amante,
A mão que me acarinha.
Eu quero te encontrar,
Querida, bem amada,
Bebendo este luar,
Tomando a madrugada
É bom demais te amar,
Não quero, enfim, mais nada...
AMOR
AMOR
Escrevo sobre amor
Assim, querida eu penso
Que o mundo vai tão tenso
Tristonho e sofredor
Sem canto sedutor
Aonde recompenso
Amor demais imenso
Que surge tentador.
Não quero mais quebranto
Nem sonhos doloridos,
Amor secando o pranto,
Tocando meus ouvidos
Com belos, ricos cantos,
Pra sempre resolvidos...
Escrevo sobre amor
Assim, querida eu penso
Que o mundo vai tão tenso
Tristonho e sofredor
Sem canto sedutor
Aonde recompenso
Amor demais imenso
Que surge tentador.
Não quero mais quebranto
Nem sonhos doloridos,
Amor secando o pranto,
Tocando meus ouvidos
Com belos, ricos cantos,
Pra sempre resolvidos...
UMA AMIZADE
UMA AMIZADE
Pedra que muito muda
Jamais produz o limo,
Eu peço tua ajuda,
Amiga a quem estimo,
A vida é tão miúda
Se nunca alcança o cimo,
Calada, resta muda
Sozinho, eu me deprimo.
Na luta desumana
Por paz que seja eterna,
Quem sabe sempre engana,
Esconde uma lanterna
E assim, se desengana
Uma amizade terna...
MARCOS LOURES
Pedra que muito muda
Jamais produz o limo,
Eu peço tua ajuda,
Amiga a quem estimo,
A vida é tão miúda
Se nunca alcança o cimo,
Calada, resta muda
Sozinho, eu me deprimo.
Na luta desumana
Por paz que seja eterna,
Quem sabe sempre engana,
Esconde uma lanterna
E assim, se desengana
Uma amizade terna...
MARCOS LOURES
FORMOSURA
FORMOSURA
Tu tens a formosura da açucena
E todo o bom perfume da esperança.
A pele tão macia da morena
Convida para à noite, nova dança,
Na madrugada a sorte nos acena
Que a noite, sem juízo, uma criança...
Vagando sem parar, estrelas, luas...
Na paz que me ilumina, saciedade...
Nas carnes majestosas, lindas, nuas,
Amor que a gente faz em liberdade.
Voando sem ter asas, já flutuas
Desejo a nos cortar, profundidade...
Maravilhosamente a vida passa
Permita ser de novo, tua caça...
MARCOS LOURES
Tu tens a formosura da açucena
E todo o bom perfume da esperança.
A pele tão macia da morena
Convida para à noite, nova dança,
Na madrugada a sorte nos acena
Que a noite, sem juízo, uma criança...
Vagando sem parar, estrelas, luas...
Na paz que me ilumina, saciedade...
Nas carnes majestosas, lindas, nuas,
Amor que a gente faz em liberdade.
Voando sem ter asas, já flutuas
Desejo a nos cortar, profundidade...
Maravilhosamente a vida passa
Permita ser de novo, tua caça...
MARCOS LOURES
NUM FIO TÊNUE
NUM FIO TÊNUE
Num fio tênue prende-se amizade
Tecida com raríssimo esplendor.
Nos nós deste tecido uma verdade
Se mostra plenamente em seu fulgor.
Se bem cuidado traz felicidade,
Se maltratado perde o seu valor.
Rolando nas mentiras, no cascalho,
Uma amizade morre sem ter cura,
Quem fora para Deus, como um atalho
Morrendo traz um gosto de tortura.
Não permitindo mais um ato falho,
Uma amizade é plena de ternura.
Não deixe exposta assim, neste relento.
Amor, para amizade, um alimento...
MARCOS LOURES
Num fio tênue prende-se amizade
Tecida com raríssimo esplendor.
Nos nós deste tecido uma verdade
Se mostra plenamente em seu fulgor.
Se bem cuidado traz felicidade,
Se maltratado perde o seu valor.
Rolando nas mentiras, no cascalho,
Uma amizade morre sem ter cura,
Quem fora para Deus, como um atalho
Morrendo traz um gosto de tortura.
Não permitindo mais um ato falho,
Uma amizade é plena de ternura.
Não deixe exposta assim, neste relento.
Amor, para amizade, um alimento...
MARCOS LOURES
BAILANDO PELO VENTO
BAILANDO PELO VENTO
Qual pluma que bailando com o vento
Entregue a tais carícias envolventes.
Parando, recomeça, num momento,
Na dança e nos folguedos mais frementes,
Meu coração aos poucos toma assento
E esquece de outros dias, penitentes.
Querida, não me sai do pensamento
Inveja que causamos a outras gentes.
Anseio te tocar, mas te procuro
Em todas as palavras que eu disser
Em todos os meus sonhos, em meus versos.
A luz que me inebria neste escuro,
A silhueta bela da mulher
Em magnitude plena, os universos...
MARCOS LOURES
Qual pluma que bailando com o vento
Entregue a tais carícias envolventes.
Parando, recomeça, num momento,
Na dança e nos folguedos mais frementes,
Meu coração aos poucos toma assento
E esquece de outros dias, penitentes.
Querida, não me sai do pensamento
Inveja que causamos a outras gentes.
Anseio te tocar, mas te procuro
Em todas as palavras que eu disser
Em todos os meus sonhos, em meus versos.
A luz que me inebria neste escuro,
A silhueta bela da mulher
Em magnitude plena, os universos...
MARCOS LOURES
FALANDO EM AMOR...
FALANDO EM AMOR...
Areias escaldantes do deserto.
As brancas testemunhas deste ocaso.
Amor que traduzimos por incerto,
Morrendo na tardinha, findo o prazo...
Um pobre beduíno, céu aberto,
Espera pelo oásis, ao acaso.
A miragem do amor, sem nada certo,
Olhar pleno e distante, morto e raso...
Areias escaldantes desta praia
Delícias de morenas e sereias...
O sol enamorado já desmaia,
Casais semi-desnudos se acasalam,
Desfilam seus hormônios nas areias...
Camelo e beduíno, nada falam...
MARCOS LOURES
Areias escaldantes do deserto.
As brancas testemunhas deste ocaso.
Amor que traduzimos por incerto,
Morrendo na tardinha, findo o prazo...
Um pobre beduíno, céu aberto,
Espera pelo oásis, ao acaso.
A miragem do amor, sem nada certo,
Olhar pleno e distante, morto e raso...
Areias escaldantes desta praia
Delícias de morenas e sereias...
O sol enamorado já desmaia,
Casais semi-desnudos se acasalam,
Desfilam seus hormônios nas areias...
Camelo e beduíno, nada falam...
MARCOS LOURES
INTENSIDADE
INTENSIDADE
Fazendo de um momento intensidade
Que possa transbordar em uma enchente
Dilúvios de prazeres à vontade,
Singrando nosso amor, ganho a corrente
Marinha que me traga a liberdade
De ser e estar em ti, mar envolvente,
Trafegue nosso barco, insanidade,
Deixando nosso mundo mais contente.
Te quero conteúdo, com ternura,
Contato, com destreza; estupefato,
Bailando a sensação mansa e tão pura
Do paraíso-incêndio redentor,
No sol a lua intensa, um aparato
Que trama nossas horas, mar, amor...
MARCOS LOURES
Fazendo de um momento intensidade
Que possa transbordar em uma enchente
Dilúvios de prazeres à vontade,
Singrando nosso amor, ganho a corrente
Marinha que me traga a liberdade
De ser e estar em ti, mar envolvente,
Trafegue nosso barco, insanidade,
Deixando nosso mundo mais contente.
Te quero conteúdo, com ternura,
Contato, com destreza; estupefato,
Bailando a sensação mansa e tão pura
Do paraíso-incêndio redentor,
No sol a lua intensa, um aparato
Que trama nossas horas, mar, amor...
MARCOS LOURES
TANTAS VEZES
TANTAS VEZES
Amiga, tantas vezes vou incerto
Em rumos que não sai para onde vão.
Bebendo desta vida em tal deserto
Encontro tantas vezes, solidão...
Um dia, assim quem sabe, amiga; acerto
Restando, neste instante, a solução...
Aos Céus, enfim por certo, irei chegar,
Nas asas da amizade angelical.
Nos olhos carregando luz solar,
Estrelas escondidas no bornal.
Mil anos te buscando sem parar,
Amiga, em tua glória, meu final.
Serei qual caminheiro bem ditoso,
Nos braços divinais, tão orgulhoso...
MARCOS LOURES
Amiga, tantas vezes vou incerto
Em rumos que não sai para onde vão.
Bebendo desta vida em tal deserto
Encontro tantas vezes, solidão...
Um dia, assim quem sabe, amiga; acerto
Restando, neste instante, a solução...
Aos Céus, enfim por certo, irei chegar,
Nas asas da amizade angelical.
Nos olhos carregando luz solar,
Estrelas escondidas no bornal.
Mil anos te buscando sem parar,
Amiga, em tua glória, meu final.
Serei qual caminheiro bem ditoso,
Nos braços divinais, tão orgulhoso...
MARCOS LOURES
CAMINHANDO PELA CASA
CAMINHANDO PELA CASA
Ao ver-te caminhando pela casa
Envolta na toalha; te desejo.
No banho que tomaste, queimo em brasa
Tua nudez divina eu já prevejo..
Meus olhos estão presos, cordoalha;
Ligando esta vontade com o fato
Da maciez felpuda da toalha
Tocar essa delícia. Que maltrato
Tu fazes para um pobre coração
Que vive desejoso desta pele
Envolta com carinho. Uma ilusão
Ao mesmo tempo chama e me repele...
Depois, a noite inteira vou sonhando
Debaixo da toalha... Diga... Quando?
MARCOS LOURES
Ao ver-te caminhando pela casa
Envolta na toalha; te desejo.
No banho que tomaste, queimo em brasa
Tua nudez divina eu já prevejo..
Meus olhos estão presos, cordoalha;
Ligando esta vontade com o fato
Da maciez felpuda da toalha
Tocar essa delícia. Que maltrato
Tu fazes para um pobre coração
Que vive desejoso desta pele
Envolta com carinho. Uma ilusão
Ao mesmo tempo chama e me repele...
Depois, a noite inteira vou sonhando
Debaixo da toalha... Diga... Quando?
MARCOS LOURES
AMOR ETERNO...
AMOR ETERNO...
Jurando amor eterno tu partiste
E logo não deixaste nem pegada.
Não sei bem se fiquei decerto triste,
Apenas me gastei na madrugada
Fazendo um mutirão que não resiste
Tomando um botequim quente e gelada,
Se eu acredito ou não que amor existe
O certo é que depois não sobrou nada...
Somente uma vontade de dançar
A noite inteira, fui pr’ Estudantina
Bebendo essa morena sem parar.
Não venha agora; amor; estás banida
A sorte noutra vida descortina
Juraste amor eterno? Que bandida!
MARCOS LOURES
Jurando amor eterno tu partiste
E logo não deixaste nem pegada.
Não sei bem se fiquei decerto triste,
Apenas me gastei na madrugada
Fazendo um mutirão que não resiste
Tomando um botequim quente e gelada,
Se eu acredito ou não que amor existe
O certo é que depois não sobrou nada...
Somente uma vontade de dançar
A noite inteira, fui pr’ Estudantina
Bebendo essa morena sem parar.
Não venha agora; amor; estás banida
A sorte noutra vida descortina
Juraste amor eterno? Que bandida!
MARCOS LOURES
O TEU AMOR
O TEU AMOR
A solidão, terrível, mortuária
Se fez em minha vida, em triste treva,
Tragando toda a sorte numa leva;
Força descomunal e temerária.
Cantiga de um amor, tão solitária,
Matando uma esperança, olhar que neva
Por sobre um campo atroz, negando ceva
Tornando uma alegria relicária.
Porém, cedo chegou a calmaria
Trazida pelas mãos de uma mulher,
Depois que quase nada esperaria
Quem teve tão somente impaciência.
Da vida que se fez em penitência,
Já sonha com o dia que vier...
MARCOS LOURES
A solidão, terrível, mortuária
Se fez em minha vida, em triste treva,
Tragando toda a sorte numa leva;
Força descomunal e temerária.
Cantiga de um amor, tão solitária,
Matando uma esperança, olhar que neva
Por sobre um campo atroz, negando ceva
Tornando uma alegria relicária.
Porém, cedo chegou a calmaria
Trazida pelas mãos de uma mulher,
Depois que quase nada esperaria
Quem teve tão somente impaciência.
Da vida que se fez em penitência,
Já sonha com o dia que vier...
MARCOS LOURES
O AMOR...
O AMOR...
Ao rolar esse rio em mil cascatas,
Nas curvas, bambuais e lambaris...
Respondem tantos sóis as belas matas.
Ladrilhos e jardins: eu fui feliz?
Os olhos dessas águas, mansas pratas,
As margens não se inundam por um triz...
Das belezas divinas, águas pratas
Matas, cascatas, rio velha atriz...
No reflexo das mágoas, sua tiara...
Procuro em alta fímbria meu destino...
Mergulho tocaiando bela Iara...
Se espalha com total insanidade,
Causando furioso desatino.
Na fúria das enchentes, tempestade...
MARCOS LOURES
Ao rolar esse rio em mil cascatas,
Nas curvas, bambuais e lambaris...
Respondem tantos sóis as belas matas.
Ladrilhos e jardins: eu fui feliz?
Os olhos dessas águas, mansas pratas,
As margens não se inundam por um triz...
Das belezas divinas, águas pratas
Matas, cascatas, rio velha atriz...
No reflexo das mágoas, sua tiara...
Procuro em alta fímbria meu destino...
Mergulho tocaiando bela Iara...
Se espalha com total insanidade,
Causando furioso desatino.
Na fúria das enchentes, tempestade...
MARCOS LOURES
FALAR DE AMOR
FALAR DE AMOR
Ao escutar teu nome, porventura,
Não posso me olvidar do que passamos...
Pois sempre misturamos com ternura
As velhas dores que jamais negamos,
O nosso amor no coração murmura
Velhos rancores... Nunca mais deixamos
De maltratar amor por desventura...
Quantas palavras duras nos cortamos!
Matamos primavera. Cadê flores?
Amor que assim se fez nunca prossegue,
Mas deve ser tratado com pudores.
No outono de minha alma tudo morre...
Por mais que já tentamos quem carregue,
A culpa é de quem fere e não socorre!
MARCOS LOURES
Ao escutar teu nome, porventura,
Não posso me olvidar do que passamos...
Pois sempre misturamos com ternura
As velhas dores que jamais negamos,
O nosso amor no coração murmura
Velhos rancores... Nunca mais deixamos
De maltratar amor por desventura...
Quantas palavras duras nos cortamos!
Matamos primavera. Cadê flores?
Amor que assim se fez nunca prossegue,
Mas deve ser tratado com pudores.
No outono de minha alma tudo morre...
Por mais que já tentamos quem carregue,
A culpa é de quem fere e não socorre!
MARCOS LOURES
NOVO AMOR...
NOVO AMOR...
Nesse banquete; glórias e concertos,
As fantasias, loucas e completas...
Os sonhos impossíveis de um poeta.
No final dessa festa, mais consertos,
Nos tremendos reparos, meus acertos,
Amor novo, Cupido trouxe setas.
As mágicas orgias tão diletas;
E refeitos, meus sonhos vão despertos...
No banquete, bacantes e nudez,
A noite espreita, espera sua vez.
A morte tocaiando, ri-se, espúria...
Nos olhos, lacrimejo, minha mágoa,
A chuva torturante, traz tanta água.
Mas na minha alma em seca, outra lamúria...
MARCOS LOURES
Nesse banquete; glórias e concertos,
As fantasias, loucas e completas...
Os sonhos impossíveis de um poeta.
No final dessa festa, mais consertos,
Nos tremendos reparos, meus acertos,
Amor novo, Cupido trouxe setas.
As mágicas orgias tão diletas;
E refeitos, meus sonhos vão despertos...
No banquete, bacantes e nudez,
A noite espreita, espera sua vez.
A morte tocaiando, ri-se, espúria...
Nos olhos, lacrimejo, minha mágoa,
A chuva torturante, traz tanta água.
Mas na minha alma em seca, outra lamúria...
MARCOS LOURES
O TEU AMOR
O TEU AMOR
A boca que me cospe? A que me beija
Nas horas que procuro, sempre escapa...
A mão que acaricia dá um tapa,
Quem me maldiz também, louca, deseja...
Quantas vezes, carícia que m’aleija...
Quem me segura, empurra e cai, derrapa
Quando Copacabana finge Lapa.
Se não arranha céu, sempre rasteja...
A rainha se faz de camponesa,
Mal me devora, espera a sobremesa...
Nunca se faz presente, mera ausência
Quando ajoelho pede por clemência...
Mas quando peco, nega o seu perdão
Diz mente desmentindo o coração...
MARCOS LOURES
A boca que me cospe? A que me beija
Nas horas que procuro, sempre escapa...
A mão que acaricia dá um tapa,
Quem me maldiz também, louca, deseja...
Quantas vezes, carícia que m’aleija...
Quem me segura, empurra e cai, derrapa
Quando Copacabana finge Lapa.
Se não arranha céu, sempre rasteja...
A rainha se faz de camponesa,
Mal me devora, espera a sobremesa...
Nunca se faz presente, mera ausência
Quando ajoelho pede por clemência...
Mas quando peco, nega o seu perdão
Diz mente desmentindo o coração...
MARCOS LOURES
TEU COLO
TEU COLO
Teu colo tão macio me recebe
Encantos e ternuras desfrutamos.
E todo esse desejo se concebe
À medida que, loucos, nos amamos...
Prazeres, turbilhões percorro as sebes
Dos gozos que nos tomam, nossos amos...
Em cada novo beijo que me dás,
Toda a sofreguidão já se revela.
Insanas sensações. Feliz, em paz,
Navego no teu corpo, linda tela
E todo este prazer nos satisfaz
Singrando sem parar, paisagem bela.
Guardando dentro em ti, mil explosões.
A noite se tomando de emoções...
MARCOS LOURES
Teu colo tão macio me recebe
Encantos e ternuras desfrutamos.
E todo esse desejo se concebe
À medida que, loucos, nos amamos...
Prazeres, turbilhões percorro as sebes
Dos gozos que nos tomam, nossos amos...
Em cada novo beijo que me dás,
Toda a sofreguidão já se revela.
Insanas sensações. Feliz, em paz,
Navego no teu corpo, linda tela
E todo este prazer nos satisfaz
Singrando sem parar, paisagem bela.
Guardando dentro em ti, mil explosões.
A noite se tomando de emoções...
MARCOS LOURES
VENCIDO
VENCIDO
Minhas mãos, calejadas, buscam fardos.
O mar bravio, ronca nessa praia,
Um albatroz, voando vem, se espraia;
Num cântico sereno, tantos bardos...
Meus pés estão feridos pelos cardos,
Conheço na castanha, a sapucaia.
A vida me impelindo quer que eu caia
Os olhos do inimigo, baços, pardos.
Conheço nas magias, as ciganas;
Percebo quando tentas, não enganas...
Teu jogo traiçoeiro foi brinquedo...
Vencido, fiz de morto, sem saberes;
Teu garbo, mentiroso, traz quereres
Que, no fundo, parecem arremedo...
MARCOS LOURES
Minhas mãos, calejadas, buscam fardos.
O mar bravio, ronca nessa praia,
Um albatroz, voando vem, se espraia;
Num cântico sereno, tantos bardos...
Meus pés estão feridos pelos cardos,
Conheço na castanha, a sapucaia.
A vida me impelindo quer que eu caia
Os olhos do inimigo, baços, pardos.
Conheço nas magias, as ciganas;
Percebo quando tentas, não enganas...
Teu jogo traiçoeiro foi brinquedo...
Vencido, fiz de morto, sem saberes;
Teu garbo, mentiroso, traz quereres
Que, no fundo, parecem arremedo...
MARCOS LOURES
A FORÇA DA AMIZADE...
A FORÇA DA AMIZADE...
Amiga e companheira de viagem,
Eu sei que a vida pode maltratar
Quem vive para amar, leda miragem.
Por isso é que te busco sem parar
Pois sem que sempre trazes na bagagem,
Num brilho mavioso a nos banhar,
Um sonho mais correto e tão perfeito,
Estar contigo é sempre ter afeto.
Se estou querida assim, mais satisfeito
Se o mundo que pretendo está completo.
Eu sei que isto se deve ao manso jeito
Com que fazes amor ser tão dileto.
Na força da amizade é que se vê
O tempo de esperança em que se crê...
MARCOS LOURES
Amiga e companheira de viagem,
Eu sei que a vida pode maltratar
Quem vive para amar, leda miragem.
Por isso é que te busco sem parar
Pois sem que sempre trazes na bagagem,
Num brilho mavioso a nos banhar,
Um sonho mais correto e tão perfeito,
Estar contigo é sempre ter afeto.
Se estou querida assim, mais satisfeito
Se o mundo que pretendo está completo.
Eu sei que isto se deve ao manso jeito
Com que fazes amor ser tão dileto.
Na força da amizade é que se vê
O tempo de esperança em que se crê...
MARCOS LOURES
O PODER DE UMA AMIZADE
O PODER DE UMA AMIZADE
A vida nos maltrata e nos perjura
Roubando um sentimento, às vezes claro.
Olhando os descaminhos logo eu paro,
E vejo noutros céus, outra pintura.
Erguendo as mãos tão frias, em tortura,
Carrasco deste sonho, um ser avaro,
Impede que se faça num reparo,
A vida noutros termos, com brandura.
Profundos dissabores, fundo corte,
Profanam os carinhos, seus altares.
Num vento tormentoso frio e forte
Quem sabe talvez tenha a claridade,
Em sonhos de Quilombo outro Palmares,
Na força e no poder de uma amizade....
MARCOS LOURES
A vida nos maltrata e nos perjura
Roubando um sentimento, às vezes claro.
Olhando os descaminhos logo eu paro,
E vejo noutros céus, outra pintura.
Erguendo as mãos tão frias, em tortura,
Carrasco deste sonho, um ser avaro,
Impede que se faça num reparo,
A vida noutros termos, com brandura.
Profundos dissabores, fundo corte,
Profanam os carinhos, seus altares.
Num vento tormentoso frio e forte
Quem sabe talvez tenha a claridade,
Em sonhos de Quilombo outro Palmares,
Na força e no poder de uma amizade....
MARCOS LOURES
AMIZADE
AMIZADE
Já vem raiando um belo e claro dia
Trazendo no seu bojo a tocha acesa
Que faz iluminar a natureza
Assim que o sol, brilhante se irradia.
Formando em cada raio um novo guia
Que oferta para todos a beleza,
Em força e claridade, uma riqueza,
Assim que uma manhã se principia.
Estampa em cada rosto, a caridade,
Tornando nossos sonhos mais brilhantes.
Amar assim aos nossos semelhantes
É ter uma certeza: ser feliz.
Por isso em cada verso que te fiz
Eu louvo o teu desejo de amizade...
MARCOS LOURES
Já vem raiando um belo e claro dia
Trazendo no seu bojo a tocha acesa
Que faz iluminar a natureza
Assim que o sol, brilhante se irradia.
Formando em cada raio um novo guia
Que oferta para todos a beleza,
Em força e claridade, uma riqueza,
Assim que uma manhã se principia.
Estampa em cada rosto, a caridade,
Tornando nossos sonhos mais brilhantes.
Amar assim aos nossos semelhantes
É ter uma certeza: ser feliz.
Por isso em cada verso que te fiz
Eu louvo o teu desejo de amizade...
MARCOS LOURES
UMA AMIZADE PURA
UMA AMIZADE PURA
Mostrando a todo mundo os esplendores
Que raiam, descortinam horizontes,
Da vida em teus braços, novas fontes,
Que fazem alegrias dos amores.
Renascem nos jardins, divinas flores
Ao sol que vem surgindo trás os montes.
Tocando nossos olhos, nossas frontes,
Entorna sobre a Terra seus pendores.
Reparte em nossas vidas tantas glórias,
Louvando nossos sonhos esquecidos.
Promete para todos as vitórias.
Impede mil afãs mal resolvidos.
Exemplo de carinho, honestidade,
O sentimento puro da amizade...
MARCOS LOURES
Mostrando a todo mundo os esplendores
Que raiam, descortinam horizontes,
Da vida em teus braços, novas fontes,
Que fazem alegrias dos amores.
Renascem nos jardins, divinas flores
Ao sol que vem surgindo trás os montes.
Tocando nossos olhos, nossas frontes,
Entorna sobre a Terra seus pendores.
Reparte em nossas vidas tantas glórias,
Louvando nossos sonhos esquecidos.
Promete para todos as vitórias.
Impede mil afãs mal resolvidos.
Exemplo de carinho, honestidade,
O sentimento puro da amizade...
MARCOS LOURES
EM PERFUMES E CORES
EM PERFUMES E CORES
Em perfumes e cores misturadas
Mostrando suas faces bem mais belas.
Distantes ilusões foram aquelas
Que a vida nos tomou, suas guinadas.
Por certo são mais finas, delicadas,
As múltiplas facetas das estrelas.
Das rosas, que vermelhas, amarelas,
Rainhas dentre as outras nas floradas.
Assim, uma amizade nos decora,
Deixando nossos passos bem mais fortes.
Curando calmamente tantos cortes,
Apóia meu caminho mundo afora
Não há nada mais rica, alvissareira,
Que uma amizade plena e verdadeira...
MARCOS LOURES
Em perfumes e cores misturadas
Mostrando suas faces bem mais belas.
Distantes ilusões foram aquelas
Que a vida nos tomou, suas guinadas.
Por certo são mais finas, delicadas,
As múltiplas facetas das estrelas.
Das rosas, que vermelhas, amarelas,
Rainhas dentre as outras nas floradas.
Assim, uma amizade nos decora,
Deixando nossos passos bem mais fortes.
Curando calmamente tantos cortes,
Apóia meu caminho mundo afora
Não há nada mais rica, alvissareira,
Que uma amizade plena e verdadeira...
MARCOS LOURES
MINHA AMIGA
MINHA AMIGA
Nos arredores da cidade, engano.
Abertos sentimentos, em saudade.
Vagando sem destino, qual insano,
Na busca por amor ou amizade.
Todo o pó desta estrada quando espano
Rebrilha com um ar de falsidade
O medo que me toma, desumano,
Esconde em verso triste, esta verdade.
Nas mãos que cultivaram, um rastelo
Deixou a dor por certo em cicatriz.
No canto de quem fora mais feliz,
Apenas um retrato em que revelo,
A sorte de viver só por um triz,
Querendo, minha amiga, o teu castelo...
MARCOS LOURES
Nos arredores da cidade, engano.
Abertos sentimentos, em saudade.
Vagando sem destino, qual insano,
Na busca por amor ou amizade.
Todo o pó desta estrada quando espano
Rebrilha com um ar de falsidade
O medo que me toma, desumano,
Esconde em verso triste, esta verdade.
Nas mãos que cultivaram, um rastelo
Deixou a dor por certo em cicatriz.
No canto de quem fora mais feliz,
Apenas um retrato em que revelo,
A sorte de viver só por um triz,
Querendo, minha amiga, o teu castelo...
MARCOS LOURES
DESESPERO
DESESPERO
Acordo e não te vendo desespero...
Procuro-te nas ruas, avenidas.
Sem teu amor é vida sem tempero,
É perder, dos caminhos, as saídas...
Porém ao retornar: felicidade!
Encontro novamente o meu sorriso.
Refeito deste susto e com saudade
Voltamos num segundo ao paraíso.
Tu falas da preguiça tão gostosa
Do amor que se faz forte e sedutor.
Perfume inebriante desta rosa;
A rainha absoluta mulher/flor.
E somos tão felizes, desse jeito,
Da rosa ; eu recebendo o amor perfeito....
MARCOS LOURES
Acordo e não te vendo desespero...
Procuro-te nas ruas, avenidas.
Sem teu amor é vida sem tempero,
É perder, dos caminhos, as saídas...
Porém ao retornar: felicidade!
Encontro novamente o meu sorriso.
Refeito deste susto e com saudade
Voltamos num segundo ao paraíso.
Tu falas da preguiça tão gostosa
Do amor que se faz forte e sedutor.
Perfume inebriante desta rosa;
A rainha absoluta mulher/flor.
E somos tão felizes, desse jeito,
Da rosa ; eu recebendo o amor perfeito....
MARCOS LOURES
AH! AMOR...
AH! AMOR...
Quando me lembro, bela e tão cheirosa,
A moça delicada, linda trança.
Sonhava com teus beijos, melindrosa,
No gosto da mulher que não se cansa.
Sonhava simplesmente, moço prosa,
Achando poder ter uma esperança;
A moça, delicada, qual a rosa,
Espinhos me deixando de lembrança.
Não pude conhecer este confeito.
Amores que se foram sem carinho.
Sobraram despedidas. Moço feito,
A porta que restou? A de saída;
Da boca que beijei amargo vinho,
Meus olhos naufragaram, nau perdida...
MARCOS LOURES
Quando me lembro, bela e tão cheirosa,
A moça delicada, linda trança.
Sonhava com teus beijos, melindrosa,
No gosto da mulher que não se cansa.
Sonhava simplesmente, moço prosa,
Achando poder ter uma esperança;
A moça, delicada, qual a rosa,
Espinhos me deixando de lembrança.
Não pude conhecer este confeito.
Amores que se foram sem carinho.
Sobraram despedidas. Moço feito,
A porta que restou? A de saída;
Da boca que beijei amargo vinho,
Meus olhos naufragaram, nau perdida...
MARCOS LOURES
terça-feira, 17 de julho de 2012
FALAR DE TUA AUSÊNCIA
FALAR DE TUA AUSÊNCIA
FALAR DE TUA AUSÊNCIA, MINHA AMADA
NO TORPOR DESSAS TANTAS MADRUGADAS,
VOU CAMINHANDO, ÀS CEGAS, PELA ESTRADA
PROCURANDO ENCONTRAR TUAS PEGADAS...
SOLTO, EM VÃO, MINHA VOZ DESESPERADA,
PROCURO EM OUTRAS MÃOS, TUAS AMADAS
MAS NADA ENCONTRO, NÃO ENCONTRO NADA,
A NÃO SER TUAS SOMBRAS NAS CALÇADAS;
NESSA MINHA SAUDADE ; QUE TORTURA!
TE PROCURO POR TODOS OS CAMINHOS,
ME RESTA TÃO SOMENTE ESSA AMARGURA,
DAS TRILHAS DOS MEUS PASSOS; TÃO SOZINHOS,
MINHAS NOITES EM BUSCA DA CANDURA,
VOU PROCURANDO, EM VÃO POR TEUS CARINHOS...
MARCOS LOURES
FALAR DE TUA AUSÊNCIA, MINHA AMADA
NO TORPOR DESSAS TANTAS MADRUGADAS,
VOU CAMINHANDO, ÀS CEGAS, PELA ESTRADA
PROCURANDO ENCONTRAR TUAS PEGADAS...
SOLTO, EM VÃO, MINHA VOZ DESESPERADA,
PROCURO EM OUTRAS MÃOS, TUAS AMADAS
MAS NADA ENCONTRO, NÃO ENCONTRO NADA,
A NÃO SER TUAS SOMBRAS NAS CALÇADAS;
NESSA MINHA SAUDADE ; QUE TORTURA!
TE PROCURO POR TODOS OS CAMINHOS,
ME RESTA TÃO SOMENTE ESSA AMARGURA,
DAS TRILHAS DOS MEUS PASSOS; TÃO SOZINHOS,
MINHAS NOITES EM BUSCA DA CANDURA,
VOU PROCURANDO, EM VÃO POR TEUS CARINHOS...
MARCOS LOURES
Quando a vida
Quando a vida
Reparos que buscasse quando a vida
Sem mais sequer momentos de alegria
Tramasse o que em verdade não teria
Senão a mesma farsa que me acida,
Prenunciando a morte ou mesmo a lida
Hermética ilusão se faz vazia,
E a vaga sensação não poderia
Traçar o quanto eu quis, nova saída,
Recolho os meus pedaços sigo em frente,
E quando outra existência se apresente
Marcantes erros ditam o que reste,
O medo a cada instante fortalece
O mundo sem saber qualquer benesse,
Eclode num cenário tosco e agreste.
Marcos Loures
Reparos que buscasse quando a vida
Sem mais sequer momentos de alegria
Tramasse o que em verdade não teria
Senão a mesma farsa que me acida,
Prenunciando a morte ou mesmo a lida
Hermética ilusão se faz vazia,
E a vaga sensação não poderia
Traçar o quanto eu quis, nova saída,
Recolho os meus pedaços sigo em frente,
E quando outra existência se apresente
Marcantes erros ditam o que reste,
O medo a cada instante fortalece
O mundo sem saber qualquer benesse,
Eclode num cenário tosco e agreste.
Marcos Loures
Cotidiana mente
Cotidiana mente
Jamais me transformasse no que um dia
Se fez em torno à lâmpada, falena,
E nada do que teime e quando acena,
Serena o mar na intensa fantasia,
Mas logo nova luz me mostraria,
A farsa desdenhosa, porém plena,
E a morte desenhando a própria cena,
Deixando a noite amarga e mais sombria,
Nas névoas do meu mundo, resto quieto,
E quando do vazio me repleto,
Infecto passageiro do jamais,
Esbarro nos meu não cotidiano,
E tento imaginar, porém me dano,
Em dias sempre iguais, todos banais.
Marcos Loures
Jamais me transformasse no que um dia
Se fez em torno à lâmpada, falena,
E nada do que teime e quando acena,
Serena o mar na intensa fantasia,
Mas logo nova luz me mostraria,
A farsa desdenhosa, porém plena,
E a morte desenhando a própria cena,
Deixando a noite amarga e mais sombria,
Nas névoas do meu mundo, resto quieto,
E quando do vazio me repleto,
Infecto passageiro do jamais,
Esbarro nos meu não cotidiano,
E tento imaginar, porém me dano,
Em dias sempre iguais, todos banais.
Marcos Loures
Meu submundo
Meu submundo
Mergulho em meu submundo e vejo em mágoas
Passado sem presente nem futuro,
E a cada novo enredo eu configuro,
As sendas; onde, em paz, sei que deságuas,
Ainda quando restem turvas águas
Ousando o quanto veja além do escuro
Momento enquanto em vão sinto e perduro,
Inútil procurar por frágeis fráguas.
Mesclando o quando e o como nada sei,
E sinto quão terrível sinto a grei,
Esparsa e sem noção do quanto venha,
A ventania traga o que moldasse
Trazendo em cada engano um novo impasse,
Do pesadelo sou o fogo, a lenha...
Marcos Loures
Mergulho em meu submundo e vejo em mágoas
Passado sem presente nem futuro,
E a cada novo enredo eu configuro,
As sendas; onde, em paz, sei que deságuas,
Ainda quando restem turvas águas
Ousando o quanto veja além do escuro
Momento enquanto em vão sinto e perduro,
Inútil procurar por frágeis fráguas.
Mesclando o quando e o como nada sei,
E sinto quão terrível sinto a grei,
Esparsa e sem noção do quanto venha,
A ventania traga o que moldasse
Trazendo em cada engano um novo impasse,
Do pesadelo sou o fogo, a lenha...
Marcos Loures
Desafio
Desafio
Não fosse de tal forma a própria essência
Da vida sem sentido ou serventia,
O quanto no final me negaria
Tramasse o que traduza a mesma ausência,
Envolto pelas tramas da demência,
Encontro o que pousasse em agonia,
E disso se transforma esta heresia
Deixando no passado uma decência,
Restauro meus terrores, sorumbático,
Um tolo versejar se faz apático
E tento outro sonho, um desvario.
Preâmbulos de vidas sem mais nexo,
Seguindo sem sentido, um mero anexo,
Ainda, mesmo em vão, me desafio.
Marcos Loures
Não fosse de tal forma a própria essência
Da vida sem sentido ou serventia,
O quanto no final me negaria
Tramasse o que traduza a mesma ausência,
Envolto pelas tramas da demência,
Encontro o que pousasse em agonia,
E disso se transforma esta heresia
Deixando no passado uma decência,
Restauro meus terrores, sorumbático,
Um tolo versejar se faz apático
E tento outro sonho, um desvario.
Preâmbulos de vidas sem mais nexo,
Seguindo sem sentido, um mero anexo,
Ainda, mesmo em vão, me desafio.
Marcos Loures
Penúria
Penúria
Pousasse no final da arribação
Deixando tantas milhas para trás,
Ao menos poderia ter a paz
Embora a vida dite o mesmo não,
E sei que novos dias mostrarão
O sonho se desnuda mais tenaz,
Porém o quanto seja e se desfaz,
Demonstra deste todo, imensidão,
Negar a minha história? Não pudera,
Palavra quando ausenta é mais sincera,
Um verme caminhando em terra espúria,
Depositando os erros me entranhando,
Há quanto tempo sigo aquém do bando,
Reflexo de uma vida em vil penúria.
Marcos Loures
Pousasse no final da arribação
Deixando tantas milhas para trás,
Ao menos poderia ter a paz
Embora a vida dite o mesmo não,
E sei que novos dias mostrarão
O sonho se desnuda mais tenaz,
Porém o quanto seja e se desfaz,
Demonstra deste todo, imensidão,
Negar a minha história? Não pudera,
Palavra quando ausenta é mais sincera,
Um verme caminhando em terra espúria,
Depositando os erros me entranhando,
Há quanto tempo sigo aquém do bando,
Reflexo de uma vida em vil penúria.
Marcos Loures
Amanhecer?
Amanhecer?
O dia amanhecendo e a solidão
Consolidando o quanto nos restasse,
Apenas o mais tolo desenlace,
E as tramas ditam sempre o mesmo não,
E quando novos dias moldarão
Somente as garatujas que traçasse
A sorte quando a vida nos tocasse,
Deixando para trás qualquer verão,
Negar o que presumo e mesmo sinta,
Da morte já sei bem pincel e tinta,
Nesta aquarela em fúnebre manhã,
Embora raie em luzes tão diversas,
Num paradoxal mundo desconversas
Cada palavra soa insossa e vã.
Marcos Loures
O dia amanhecendo e a solidão
Consolidando o quanto nos restasse,
Apenas o mais tolo desenlace,
E as tramas ditam sempre o mesmo não,
E quando novos dias moldarão
Somente as garatujas que traçasse
A sorte quando a vida nos tocasse,
Deixando para trás qualquer verão,
Negar o que presumo e mesmo sinta,
Da morte já sei bem pincel e tinta,
Nesta aquarela em fúnebre manhã,
Embora raie em luzes tão diversas,
Num paradoxal mundo desconversas
Cada palavra soa insossa e vã.
Marcos Loures
Dilapidando
Dilapidando
Levando qualquer sonho em contrapeso,
Dilapidando o pouco quando resta,
A luta se fazendo em tons de festa,
Ainda me imagino quase ileso,
Negar o quanto houvera e mesmo assim
Seguir vagando aquém do quanto busco,
O passo quando fosse bem mais brusco,
Deitasse o que inda trago dentro em mim,
Notando o quando ou quase seja embora
Estando dentro em nós, fardo e demência,
Procuro inutilmente por clemência,
Sem cais meu barco segue e não ancora,
Entregue ao vendaval, sigo à deriva,
Enquanto de esperança, a vida priva.
Marcos Loures
Levando qualquer sonho em contrapeso,
Dilapidando o pouco quando resta,
A luta se fazendo em tons de festa,
Ainda me imagino quase ileso,
Negar o quanto houvera e mesmo assim
Seguir vagando aquém do quanto busco,
O passo quando fosse bem mais brusco,
Deitasse o que inda trago dentro em mim,
Notando o quando ou quase seja embora
Estando dentro em nós, fardo e demência,
Procuro inutilmente por clemência,
Sem cais meu barco segue e não ancora,
Entregue ao vendaval, sigo à deriva,
Enquanto de esperança, a vida priva.
Marcos Loures
Jargões
Jargões
Jargões que me repetes diuturnos,
Os mundos; sintetizas no jamais,
E quando noutro instante te distrais,
Adentro estes momentos mais soturnos,
Embora creia em passos que, noturnos,
Encontram dias mansos e banais,
A vida sempre nega e são venais
Erráticos tormentos, vagos turnos,
Bastasse algum sorriso e; quem me dera,
A imensidão da noite amarga e fera
Pudesse transcorrer em novo estágio,
Mas sei quando afinal tu me renegas
Andando sem sentido sempre às cegas,
Do encanto em mansidão, sequer contágio.
Marcos Loures
Jargões que me repetes diuturnos,
Os mundos; sintetizas no jamais,
E quando noutro instante te distrais,
Adentro estes momentos mais soturnos,
Embora creia em passos que, noturnos,
Encontram dias mansos e banais,
A vida sempre nega e são venais
Erráticos tormentos, vagos turnos,
Bastasse algum sorriso e; quem me dera,
A imensidão da noite amarga e fera
Pudesse transcorrer em novo estágio,
Mas sei quando afinal tu me renegas
Andando sem sentido sempre às cegas,
Do encanto em mansidão, sequer contágio.
Marcos Loures
Sem ênfase
Sem ênfase
Sem ênfase nenhuma cerze a vida
Em avidez ou mesmo em tom agreste,
Trazendo no final o que me deste,
Abrindo novamente esta ferida,
Represas com teus nãos o quanto acida
A luta sem sentido em que vieste,
Restando tão somente dor e peste
Dilapidada sorte presumida.
Porém quando restasse alguma luz,
Ao menos outro engano nos conduz
Ao fato de ser fátuo ou vazio,
Embora sonhador, nada mais resta,
Sequer do quanto houvera mera fresta,
E nela outro tormento; em vão, recrio.
Marcos Loures
Sem ênfase nenhuma cerze a vida
Em avidez ou mesmo em tom agreste,
Trazendo no final o que me deste,
Abrindo novamente esta ferida,
Represas com teus nãos o quanto acida
A luta sem sentido em que vieste,
Restando tão somente dor e peste
Dilapidada sorte presumida.
Porém quando restasse alguma luz,
Ao menos outro engano nos conduz
Ao fato de ser fátuo ou vazio,
Embora sonhador, nada mais resta,
Sequer do quanto houvera mera fresta,
E nela outro tormento; em vão, recrio.
Marcos Loures
Minha Sina
Minha Sina
Opacas emoções em noite escusa,
Ultrizes ilusões tomando a cena,
Depois de tantos anos, esta amena
Loucura se transforma e sempre me usa,
A vida não pudera mais confusa,
E quando a turbulência se faz plena,
Nem mesmo uma esperança me serena,
Palavra mais concisa nos conduza,
Morrer e nada além, isso somente,
E o tempo noutro engodo, qual demente,
Expressa esta visão que me domina,
Querendo ou não; de fato, nada sou,
Semente que este estio ora abortou,
Tomando em rédeas frias, minha sina.
Marcos Loures
Opacas emoções em noite escusa,
Ultrizes ilusões tomando a cena,
Depois de tantos anos, esta amena
Loucura se transforma e sempre me usa,
A vida não pudera mais confusa,
E quando a turbulência se faz plena,
Nem mesmo uma esperança me serena,
Palavra mais concisa nos conduza,
Morrer e nada além, isso somente,
E o tempo noutro engodo, qual demente,
Expressa esta visão que me domina,
Querendo ou não; de fato, nada sou,
Semente que este estio ora abortou,
Tomando em rédeas frias, minha sina.
Marcos Loures
Frágil vento
Frágil vento
Representando apenas o que há tanto
Seria mais suave e não pressinto,
Enquanto o que restaura vejo extinto,
Ao menos o final hoje eu garanto,
E bebo cada gole e me quebranto,
Resulto do cenário quando minto
E omito esta verdade que não sinto,
Embora o vento trame um novo espanto.
Negar minha existência, simplesmente,
E sei da imensidão que mata e mente
Restando quase nada do que tento;
Rumino uma esperança e nada veio,
Somente a mesma face do receio,
Trazida pouco a pouco em frágil vento.
Marcos Loures
Representando apenas o que há tanto
Seria mais suave e não pressinto,
Enquanto o que restaura vejo extinto,
Ao menos o final hoje eu garanto,
E bebo cada gole e me quebranto,
Resulto do cenário quando minto
E omito esta verdade que não sinto,
Embora o vento trame um novo espanto.
Negar minha existência, simplesmente,
E sei da imensidão que mata e mente
Restando quase nada do que tento;
Rumino uma esperança e nada veio,
Somente a mesma face do receio,
Trazida pouco a pouco em frágil vento.
Marcos Loures
INSENSATEZ
INSENSATEZ
Do pouco que inda tenho ou mesmo em nada,
Ascendo ao mais sublime e quando o vejo,
Apenas refletindo um vão desejo
Deixando para trás a mesma estrada
Deveras quando fosse esta alvorada
Traçando no horizonte outro lampejo,
Promessa de que venha em azulejo
Prazer de uma manhã ensolarada,
Mas sei também das nuvens que presumem,
A falsa sensação de um raro lúmen,
Tornando o quanto seja mais diverso,
E entranho meus olhares no horizonte,
Tocado pela fúria quando aponte,
Trazendo a insensatez deste universo.
Marcos Loures
Do pouco que inda tenho ou mesmo em nada,
Ascendo ao mais sublime e quando o vejo,
Apenas refletindo um vão desejo
Deixando para trás a mesma estrada
Deveras quando fosse esta alvorada
Traçando no horizonte outro lampejo,
Promessa de que venha em azulejo
Prazer de uma manhã ensolarada,
Mas sei também das nuvens que presumem,
A falsa sensação de um raro lúmen,
Tornando o quanto seja mais diverso,
E entranho meus olhares no horizonte,
Tocado pela fúria quando aponte,
Trazendo a insensatez deste universo.
Marcos Loures
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Flutuas
Flutuas
Desafiando o tempo e nada além
Desta coincidência que buscara,
Vencendo cada vão desta seara,
Apenas o passado em dor convém,
O preço a se pagar, conheço bem,
A torpe sensação que se prepara
A cada novo engano ora escancara
O mundo que de fato nada tem,
Espúrias noites vagas num deserto,
Enquanto noutro tanto me acoberto
Encontro os meus pedaços pelas ruas,
E segues sem sequer olhar p’ra trás
Deixando o que deveras se desfaz
E noutro instante além bem sei, flutuas...
Marcos Loures
Desafiando o tempo e nada além
Desta coincidência que buscara,
Vencendo cada vão desta seara,
Apenas o passado em dor convém,
O preço a se pagar, conheço bem,
A torpe sensação que se prepara
A cada novo engano ora escancara
O mundo que de fato nada tem,
Espúrias noites vagas num deserto,
Enquanto noutro tanto me acoberto
Encontro os meus pedaços pelas ruas,
E segues sem sequer olhar p’ra trás
Deixando o que deveras se desfaz
E noutro instante além bem sei, flutuas...
Marcos Loures
O nada ser
O nada ser
Galanteando o encanto do não ser
E tendo outra versão que nos trouxesse
Aquém do quanto queira em voz e prece,
Em ávida expressão nada a temer,
Represando o mundo ao perceber
Tolice que deveras não se esquece,
Restauro o dia a dia em torpe messe,
E o passo sem sentido eu passo a ter,
Resquícios de outros vícios, preconceitos,
Deixando para trás dispersos leitos,
Em afluências tolas e venais,
Buscando o quanto houvesse dentro em nós,
Meu mundo se desvia em louca foz,
E nisto o quanto tu me demonstrais.
Marcos Loures
Galanteando o encanto do não ser
E tendo outra versão que nos trouxesse
Aquém do quanto queira em voz e prece,
Em ávida expressão nada a temer,
Represando o mundo ao perceber
Tolice que deveras não se esquece,
Restauro o dia a dia em torpe messe,
E o passo sem sentido eu passo a ter,
Resquícios de outros vícios, preconceitos,
Deixando para trás dispersos leitos,
Em afluências tolas e venais,
Buscando o quanto houvesse dentro em nós,
Meu mundo se desvia em louca foz,
E nisto o quanto tu me demonstrais.
Marcos Loures
Luta desumana
Luta desumana
O meu caminho em luta desumana
Apenas representa outra faceta
E quando noutro tom nada acometa
A vida se prepara enquanto engana,
A farsa mais suave e até profana,
Na saga tão audaz deste cometa,
Superna sensação onde arremeta
A lubrica emoção que esconde e dana,
Responde a voz daquele que se fez
Somente o quanto viu misericórdia,
Retrata no final tal mixórdia,
E mesmo a mais total insensatez,
Repenso o quanto houvera em alfarrábios
Sabendo dos meus dias, jamais sábios.
Marcos Loures
O meu caminho em luta desumana
Apenas representa outra faceta
E quando noutro tom nada acometa
A vida se prepara enquanto engana,
A farsa mais suave e até profana,
Na saga tão audaz deste cometa,
Superna sensação onde arremeta
A lubrica emoção que esconde e dana,
Responde a voz daquele que se fez
Somente o quanto viu misericórdia,
Retrata no final tal mixórdia,
E mesmo a mais total insensatez,
Repenso o quanto houvera em alfarrábios
Sabendo dos meus dias, jamais sábios.
Marcos Loures
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