sábado, 21 de julho de 2012

O Fim do jogo

O Fim do jogo

A vida quantas vezes vem e dribla,
Entranha por veredas que, temíveis,
Eclodem em diversos vagos níveis,
E nisto a cada vez desequilibra,

Desconcertando o quanto fora libra,
Mergulhos entre abismos tão terríveis,
Os sons de uma esperança ora inaudíveis
E o mundo noutro enredo não calibra,

Ecoam velhos motes mais patéticos
Os sonhos morrem toscos e apopléticos
Aonde se quisera apoteose,

Dilacerada face ora se expondo,
Fatídica ilusão já decompondo
Enquanto o fim do jogo se antegoze.

Marcos Loures

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