FALAR DO QUANTO PUDE
Falar do quanto pude e não tivera
A vida ano que vem, talvez prossiga,
A luta quando molda a face antiga
Expressa uma emoção atroz e fera,
Não quero alimentar esta quimera,
Tampouco quero a faca quando a briga
Impede qualquer sonho e desabriga,
Matando desde sempre a primavera,
Negar outro momento e acreditar
Nos erros que costumo desenhar
Nas ermas ilusões, medonha mente,
E quando a luz se faça e se apresente
O preço a se pagar não mais compensa
E uma alma se desdenha, enquanto imensa.
Marcos Loures
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