DIAS FEITOS DE ABANDONO
Nos tantos dias feitos no abandono
Enquanto o que jamais se imaginasse
Trouxesse em mais temível desenlace
O nada quando enfim do vão me adono,
Restauro com terror e sem abono
A vida que jamais se desenhasse
Na farsa que tampouco nos mostrasse
Vestígios de um não ser que agora eu clono.
Mesquinharias ditam o futuro
E quantas vezes tolo eu te procuro,
Nas fases de uma lua ora nublada,
A vida sem temor e sem proveito
Somente este jamais que agora aceito
Entoa o que virá noutra alvorada
Marcos Loures
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