CERTO TEMPO
Andara certo tempo, qual perdida,
Sem rumo, sem caminhos, sem seu norte.
Irmã dos sofrimentos, sem a sorte
De quem já procurou amor na vida.
Nas brumas de seus olhos, despedida,
Destino mais cruel, profundo corte.
Espera calmamente pela morte,
Uma alma já cansada, sem saída...
Porém um olho mágico se vê
Por trás da porta sempre mal fechada,
Permite-se, com isso, que se crê
No renascer da vida, iluminada,
E surpreendentemente uma emoção
Revela-se nos olhos da paixão...
MARCOS LOURES
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