De outro engodo
Do caos entremeado em lama e sonho,
O mundo de onde possa e assim procedo,
Seguindo sem sentido algum degredo,
Ousando noutro tom onde me ponho,
E desta forma em vão já decomponho
Deixando para trás qualquer segredo,
Ainda quando houvera dor e medo,
O mundo se tornara mais bisonho,
Eclodem entre toscas luzes, cúmulos,
Preparam na verdade tantos túmulos,
E dentre vários féretro, meu ninho,
Aonde se fizera uma esperança
A voz hoje cansada ao nada lança
Enquanto de outro engodo eu me avizinho.
Marcos Loures
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