QUEM NEGA A CLARIDADE
Quem nega a claridade de luares,
Deixando as garras sempre demarcadas
E traz nas frias mãos, duras pancadas,
Fornalha onde incendeia tristes pares.
Veneno em sobremesa nos jantares
O vento da tristeza em mil lufadas,
Escorpiões caminham almofadas
Sorrisos de ironia ao beijares.
Lençóis abandonados sobre a cama,
Vagas emoções, loucos delírios.
Sobrando simplesmente meus martírios,
E a voz que solitária te reclama.
Mas deixo a vida agora, morte chama,
Já pode encomendar cravos e lírios...
MARCOS LOURES
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