Sorte sublime?
Na tenra e mais sublime sorte, outrora,
Enquanto imaginasse o quanto houvera
Da farsa que pensara mais sincera,
Apenas o vazio se demora,
Dementes desejares onde ancora
Desembainhando a força da quimera,
Bebendo a mais distante e louca espera,
Degenerando enquanto me devora,
No olhar mais desdenhoso desta súcia,
A mesma sensação da velha astúcia,
Resume o quanto em sumo eu fora gélido,
Embrenho meus anseios neste fétido
Terror enquanto a vida delicia
A morte sem escusas, vã. Sombria.
Marcos Loures
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