CISMANDO SEM JUÍZO
Cismando sem juízo, velhas sendas,
Estradas que passei em outras eras,
Permitem que iludido, creio, acendas,
De novo num fulgor, as primaveras.
Tampando cegos olhos, outras vendas,
Impedem-me de ver rotas severas.
Abrindo bem profundas, grandes fendas,
Expondo de tocaia, garras, feras...
Olhando para o longe, enfim divago,
E penso que inda tenho algum afago.
Depois, desiludido, volto a mim
E risco mais um nome desta agenda
Porém, qual imbecil, retorno enfim,
E volto a percorrer a mesma senda...
MARCOS LOURES
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