O TEU AMOR
A boca que me cospe? A que me beija
Nas horas que procuro, sempre escapa...
A mão que acaricia dá um tapa,
Quem me maldiz também, louca, deseja...
Quantas vezes, carícia que m’aleija...
Quem me segura, empurra e cai, derrapa
Quando Copacabana finge Lapa.
Se não arranha céu, sempre rasteja...
A rainha se faz de camponesa,
Mal me devora, espera a sobremesa...
Nunca se faz presente, mera ausência
Quando ajoelho pede por clemência...
Mas quando peco, nega o seu perdão
Diz mente desmentindo o coração...
MARCOS LOURES
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