Cotidiana mente
Jamais me transformasse no que um dia
Se fez em torno à lâmpada, falena,
E nada do que teime e quando acena,
Serena o mar na intensa fantasia,
Mas logo nova luz me mostraria,
A farsa desdenhosa, porém plena,
E a morte desenhando a própria cena,
Deixando a noite amarga e mais sombria,
Nas névoas do meu mundo, resto quieto,
E quando do vazio me repleto,
Infecto passageiro do jamais,
Esbarro nos meu não cotidiano,
E tento imaginar, porém me dano,
Em dias sempre iguais, todos banais.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário