ISOLADO.
Isolo-me do mundo e só me resta
Um facho meio opaco desta luz,
Beleza muitas vezes reproduz
O quanto poderia entrar na fresta,
Mas sei tal realidade que é funesta
Vertendo invés do claro torpe pus,
E quanto mais ainda enfim me opus
Jogado porta afora nesta festa,
E o vandalismo toma o que já fora
Uma arte tão sublime e abandonada
A cada novo verso se percebe
Na senda mais atroz e redentora
Quanto improvável ver na mesma sebe
A primavera intensa, outra florada...
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