ESCRAVIZADA
Coexistindo em mim a fêmea e o macho
Que tanto te procura e te sacia
Uma alma vagabunda e tão vadia
Às vezes te pisando sou capacho,
E quanto mais procuro menos acho
O rumo que me leve à fantasia
Deveras transbordando em agonia
O gozo se possível mais escracho.
Escrava que dos sonhos se assenhora
Pretendo tê-la aqui e sem demora
Vibrar com tua língua, lábios, dedos
Nos vários e distintos caminhares
Aos deuses e às deusas meus altares
Sortida imagem tramam tais enredos.
VALMAR LOUMANN
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