Abutres devorando esta criança
Exposta na calçada, fome e frio,
Uma ameaça tosca que vã trança
Nas ruas e ladeiras, meio-fio.
Uma alma entorpecida desde cedo,
A vítima carrega algum punhal
O corpo apodrecido, um arremedo
Do que se diz justiça social.
Autoridades tomam providência,
O rabecão transporta esta indigente,
Livrando desde cedo a consciência
Apascentando assim, a toda gente
Que volta do trabalho, da labuta,
Liberta do perigo, morta a puta...
Um comentário:
Olá Marcos Loures...grande e belo o teu poema...assim vai a justiça social...em todo o mundo dito civilizado...um saudoso abraço de amizade e admiração..
joão raimundo
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