PRISMÁTICO DELÍRIO
“Liberto os meus fantasmas quando escrevo”,
Traduzo os sentimentos que nem sinto,
Poeta, na verdade, às vezes minto,
Decifro o caminhar a cada trevo.
Se sou ou não seria, que me importa?
Voando sem ter asas, ir além,
Poder que a fantasia sempre tem
O de ignorar as chaves, abrir porta.
No embaralhar das letras, sentimentos,
Urgindo ser feliz, perco o astrolábio.
E faço do percalço, meus inventos.
Só sei que não sabendo finjo sábio.
Mergulho num abismo encantador,
Prismático delírio multicor...
MARCOS LOURES
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