REMANSO DERRADEIRO
Do fadário da vida, o principal
Momento de beleza insuperável,
Atravessando o mar, estreita nau,
Levando a sua cruz, inevitável.
Aos poucos, de um festivo carnaval,
Restando tão somente o interminável
Vazio que se torna natural,
Que às vezes chega a ser tão agradável.
Depois de certo tempo, agrisalhado,
Lembrando cada cena do passado,
Procuro alguma forma de descanso.
E vejo em minha frente a sepultura,
Meu leito de eternal paz e ternura,
Recanto derradeiro, meu remanso...
MARCOS LOURES
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