Não posso permitir outro tropeço
De quem se fez amante e bem sabia
Que amor ao se tornar farta agonia
Trazendo a voz sombria, e me escureço.
Aonde poderia ter a sorte
De crer noutro momento mais tranqüilo,
Destino tão difícil de cumpri-lo
Sem ter sequer o gozo que conforte.
A paz tão necessária já não vejo,
E tudo o recendendo ao vão receio
Desdenha este caminho de onde veio
O medo transformado num desejo.
E o peso do futuro não sustento,
Sabendo quanto o amor é virulento.
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