Candentes emoções traduzem medo
E quando me enfronhara em falsas luzes,
Percebo que deveras reproduzes
O farto desencanto que concedo.
Estranho o meu caminho, amargo e ledo
Carrego mansamente minhas cruzes
Pisando em espinheiros, velhas urzes
Desnuda não concebo mais segredo.
E o peso do passado em minhas costas
Diverso do futuro que ora apostas
Estraçalhando em mim o que restara
Do tempo onde talvez pudesse crer
Que o mundo me trouxesse o bem querer,
E agora sei que a jóia se fez rara..
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