sexta-feira, 5 de março de 2010

NOITES DE BRUMA

Brumosas noites negam qualquer sol,
Mas quando nos teus braços eu me entrego
Por mares tão diversos já navego
E tendo o teu olhar como farol

Iluminando em paz todo o arrebol
Ansiosamente, amado, não sossego
E o passo que ora dou mesmo que cego
Transforma em arquipélago um atol.

Escusas madrugadas solitárias
Delícias inconstantes, temporárias
Mergulhos num abismo? Não mais quero.

Desejo tão somente o teu desejo
E nele o amanhecer solar que vejo
Permite um dia manso e mais sincero...

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