Cegos caminhares pela vida
Na busca inconseqüente por alguém
E mesmo quando vejo sem ninguém
Uma alma segue pálida e iludida.
Vencida pela sorte e revestida
Das dores que o vazio sempre tem
O mundo desabando e me convém
Saber que ainda resta ao longe a ermida.
E sendo uma eremita, eu sigo só
As marcas dos meus pés por sobre o pó
O vento dissipando e sem um rastro
Quem poderia um dia vir a mim?
Nem mesmo uma lembrança de onde vim,
À deriva, meu barco sem ter lastro...
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