quarta-feira, 3 de março de 2010

O OLHAR QUE ME DIRIGES

Dispersivo este olhar que me diriges
E pensas seduzir com tal esgar
E nisso como fosse algum luar
Ao qual um monumento em vão; eriges

Não sabes quanto em mim ainda reges
Por mais que te pareça uma loucura,
Às vezes a emoção inda perdura
No meio destes vagos tons hereges.

O amor de uma plebéia por um rei
Não pode terminar numa outra forma
O belo quando nu já se deforma
E nisto sem defesas mergulhei

Herdando deste amor a hipocrisia
Que enquanto não maltrata não sacia...

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