Escuto a voz do vento me chamando
Batendo na janela do meu quarto
E quando a fantasia enfim descarto
O amor vem ressurgindo e se mostrando
Desnudo se tramando em contrabando
Vagando pelo anseio mesmo farto
E toma plenamente; não me aparto
Do sonho que percebo me encantando.
Às vezes é melhor seguir sozinha
Uma alma transparente, uma avezinha
Que busca num umbral sua pousada,
Mas vejo tão distante do meu ninho
O amor que desejara em vão carinho,
E agora volta em mágica lufada.
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