Duelo Velhos Trovadores! Marcos Loures & SOL Figueiredo
Um velho trovador
Somente um trovador olhando a lua
Que além deste horizonte refletisse
O quanto do meu mundo em vã tolice
E nisto a minha luta continua,
Vagando o quanto perco e além flutua
O tempo que de fato se desdisse,
Na plaga mais distante o que se visse
Servisse de cenário onde se atua,
Não falo quase nada e mesmo assim,
O tanto que resume enquanto eu vim
Tramasse em rimas pobres o que resta,
Do brilho que estrelar domina o céu,
Enquanto um vagabundo segue ao léu,
Porém uma alma solta vive em festa.
Marcos Loures
Minha trova em ti tenta refletir,
Repito cada passo teu, anoitece...
Na trama em que cada rima tece,
Já agito sem compasso esse sentir!
Um grito d’alma desfaço o porvir,
Por te vir, tua calma me enlouquece,
Peço enfim a meu Deus em uma prece...
Minha paz que perdi, desse amor a florir!
Cultivo um jardim com teu jasmim,
Trovo teu nome em versos de cetim,
Por fim, só essa festa é o que me resta...
Ativo o teu cheiro, um alecrim, ó céus!
Revivo um amor verdadeiro, sem véus...
A cobrir assim a tua testa como uma fresta!
© SOL Figueiredo
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