VENDEDOR DE SONHOS.
A mesma face em farsa, o mesmo otário,
A vida se repete e sei bem disso,
E quanto mais de fato além cobiço,
Encontro no caminho outro vigário
Apenas é questão de itinerário,
O solo sempre fora movediço,
Mas tendo certo encanto, um raro viço,
Afagam o malandro imaginário,
Depois de certo tempo é que percebe
O quanto era lodosa a velha sebe
E o fim é sempre o mesmo. Caia fora.
Esmola se é demais vira vinagre
Do vinho que compraste qual milagre,
E o vendedor de sonhos? Comemora!
Marcos Loures
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