DESALENTO
Não quero e nem tentasse ser algum alento
Enquanto o que me resta não bastasse
Vencido pela luta em vago impasse,
Outro cenário embalde ainda tento,
Restando pouco além do sentimento
Oferecendo à morte a minha face,
O todo se desnuda e demonstrasse
O passo sem destino e mesmo lento,
Arcando com enganos e falácias
Acreditando ainda em perspicácias
Que nada mais seriam senão erros,
Meu prazo terminando pouco a pouco,
Restando o quanto fora amargo e louco
Encontro sem sentido os vãos desterros.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário