TRAZENDO A RECOMPENSA
Quando abriste teu corpo em gesto e cena,
Penetraram-te sonhos e vontades.
A triste solidão morria plena
Em duros vergalhões e tempestades.
Quem cura, muitas vezes envenena
Mentiras superpostas em verdades.
A boca tão carnuda quanto exótica
Os olhos anelados, carne dura...
Na tua carnadura tão erótica
A noite se profana na ternura.
Entrando no teu mar, aberto o porto,
Um barco se encontrando em chuva intensa,
Nestas águas tão quentes o conforto
Trazendo para nós a recompensa...
MARCOS LOURES
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