NOVO DESENLACE?
Já não mais bastaria outro momento
Depois da velha face do passado,
Não trago outra saída e, desolado,
Do mesmo que não veio eu me alimento,
Restando quase apenas sofrimento
E o medo noutro instante desenhado,
Aguardo o que pudera e quando eu brado
Somente um dia além do morto eu tento,
Escuto as mesmas velhas negativas
E os cantos; entre espantos, reavivas.
Gerando o que talvez nos degradasse,
No imprevisível mundo que hoje tramas,
As horas se perdendo em toscas chamas
Clamando por um novo desenlace.
Marcos Loures
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