sábado, 16 de junho de 2012

NADA DE NOVO SOB O SOL

NADA DE NOVO SOB O SOL

Organizadamente a vida segue
É lobo devorando algum cordeiro
E o corte mais profundo e derradeiro
Enquanto o mar em chamas se navegue,

O resto se presume e sendo entregue
Ao lodo mais suave e corriqueiro,
Percorro o que me resta, um garimpeiro,
Sem mesmo o quanto agora me sossegue,

Meu mundo se perdendo a cada curva.
A vida se mostrando sempre turva
E o pendular anseio mata e corta.

Apresentando ao fim a mesma farsa
Quem passa pela rua mal disfarça
Ao ver esta criança/sonho morta.

Marcos Loures

Um comentário:

José Edward Guedes disse...

Dr. Marcos, creio que obra de arte é aquilo que quando a gente indaga algo do tipo "puxa, por que eu nunca pensei nisso antes?" ou diz "nossa, eu gostaria de ter feito isso". Eu só não mergulho de cabeça na sua obra, porque quero ser eu mesmo, leio-o de vez em quando e a cada leitura a admiração aumenta. Lembro-me de uma vez que passei um tema para você em que eu insistia num passarinho chamado "tiziu", falava de modo terno sobre o fato do tiziu, e é verdade isso, dar uma pirueta no ar e parar no mesmo ponto do galho em que fez a acrobacia, e você rapidinho cascou um soneto em que dizia no último verso algo assim "... e o tiziu virou bosta" EHEHEHEHEEHEHEHE. E ficou super cômico, legal até falar que chega. Esse é o Marcos Loures. Akele abraço!!!!!