sexta-feira, 15 de junho de 2012

SORTE DESREGRADA

SORTE DESREGRADA

Cavalo bravo, sorte desregrada,
Viajo um pantanal dentro de mim.
Na mão esquerda eu trago sempre o nada;
Na mão direita a rosa carmesim.

Destino que se fez em vaquejada
Charneca apodrecida foi meu fim,
Minha esperança tola e destroçada
Eterna seca toma meu jardim...

Cavalo bravo, sina sertaneja
Estrias vão tomado o meu futuro,
Não há mais solução que se preveja

Nem gesto que demonstre liberdade.
A sorte vem sem cobre em chão mais duro.
De graça nesta vida? Uma amizade...

MARCOS LOURES

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