O MANTO MAIS SAGRADO DESTE AMOR
Da flor que nós plantamos no jardim
Em frente à nossa casa, pé da serra,
Monsenhores, crisântemos, jasmim,
Adubos de esperança em nova terra
Sangrada em cada mão mais calejada,
Depois numa aguardente uma resposta
Que sempre foi pedida e nunca dada
Por que essa vida é sempre a mesma bosta?
Só resta fazer filho prá cangalha
Pesada da labuta sem descanso.
No corte mais profundo da navalha,
O rosto embriagado fica manso.
Restando este perfume em triste flor
O manto mais sagrado deste amor...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário