Sidéreas sensações, ações em vão,
Nas momentâneas farsas que tu trazes
A vida ensandecendo as tantas fases
E nelas velhas celas se verão,
Venéreas noites feitas de paixão,
Ousando acreditar em mais audazes
Enredos onde o tanto que comprazes
Expressa tanta pressa ou mansidão,
Imerso num disperso mundo pálido,
Meu canto; a cada verso, quase esquálido,
Do cálido passado nada resta,
Bisonhamente enfrento os meus moinhos
E os prazos se transformam em daninhos
Fugindo a cada instante, mesma fresta.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário