O MEU FIM
Enquanto em vã clausura o peito tenta
Vencer as mais diversas ironias
Bem sei quanto de fato mostrarias
Apaziguando enfim qualquer tormenta,
E nada do que eu possa violenta
A sorte mais atroz que moldarias
E nela refletindo em turvos dias
O nada tão somente me orienta,
A boca se prepara para o bote
Somente o quanto pude não denote
O tanto que devesse e mesmo assim
Vasculho dentro da alma algum resquício
Que possa me livrar do precipício,
Porém sinto mais próximo o meu fim...
Marcos Loures
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