Degradação
Restando muito pouco do que há tanto
Seria mais audaz, a juventude,
O mundo noutra face não me ilude
E encontro finalmente o desencanto,
Restasse o quanto escondo e não garanto,
O preço a se pagar é bem mais rude,
Não sei da solução e nem mais pude
Viver além da dor, do medo e pranto.
Eclodem versos velhos dentro da alma
E quando a noite vem e o sonho acalma
Aplaca a violência da verdade,
E nisto o que se faça em ilusório
Caminho mata o quanto foi notório
E o pouco quando sobre já degrade.
Marcos Loures
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