DEITADA SOBRE A AREIA
A lua que se fez em duas peles
Deitada sobre a areia, nua, exposta.
Naquela que permite que te atreles
As mãos, a língua quente, carne em posta
Enlaças mansamente uma sereia
Em trocas de salivas e prazeres.
A noite mergulhando viva e cheia,
Nas lutas e procuras dos quereres...
A sede tão ardente que se mata
Na lua que irmanaste em paraíso,
A chuva se transforma na cascata
Mistura dos humores num sorriso...
Nas ânsias delicadas destas luas,
Eu vejo o lume intenso em vocês duas...
MARCOS LOURES
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