quarta-feira, 10 de julho de 2013

CIRCO DE HORRORES



CIRCO DE HORRORES

O velho cupinzeiro está de volta
Num circo onde os palhaços somos nós,
O povo miserável perde a voz
E a corja disfarçada quer revolta,

Carniça de quem sonha; o cão não solta,
Velha carnificina traz no algoz
O riso do imbecil que logo após,
Esconde-se nas grades, tola escolta,

Um crápula velhaco se aproveita
E a burguesia podre se deleita
Querendo escravizar sempre o mais fraco,

Não sabe a pestilenta que me verdade
Calando o quanto possa em liberdade
Cavasse; a suicida, o seu buraco...

MARCOS LOURES




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